All I Want Is You - Segunda Temporada
Valentina
- Não entendi qual o drama. – Megan disse olhando pra mim.
- Ele sabe que eu não gosto de flores.
- Vai ver ele não sabia o que te dar. – Arqueei uma sobrancelha.
- No Natal ele me deu um buque de cenouras porque sabia que eu não gostava. Vai dizer de novo que ele não sabia o que me dar?
- Ow, calma aí, estressadinha. E só foi isso ou teve mais alguma coisa?
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!- Ele me ignorou pra conversar com outra menina!
- Isso é grave.
- Grave? É um absurdo!
- Ela é bonita?
- Sei lá, Megan. Não reparei.
- A gente podia fuçar. Era pelo facebook, não era?
- Era... – Ela pegou meu notebook.
- Tem a senha dele?
- Não, mas sei como conseguir. – Ela me olhou.
- Vai rackear teu namorado? – Dei de ombros e puxei o notebook pra mim.
- Eu tenho a senha do email. E eu tentei entrar ontem no facebook dele. Ele mudou a senha. – Ela olhou pra mim e não falou nada. Entrei no facebook e cliquei pra recuperar a senha. Depois entrei no email e estava lá. – Me dá um papel. – Ela pegou em cima da minha mesinha e eu anotei. Apaguei o email, saí e entrei no facebook dele.
- Vai direto nas mensagens.
- Eu to indo. – Cliquei e estava lá. Uma conversa enorme com a tal Amanda.
- Já deixa o perfil dela aberto. – Olhei pra Megan.
- Sossega aí. Eu sei o que to fazendo. – Ela fez uma careta. Começamos a ler a conversar. No começo estavam normais as conversas deles. Quando começou há umas três ou quatro semanas atrás, o negócio começou a mudar. Arqueei uma sobrancelha. – Eu não acredito que o Derek acha normal ela chamar ele de amor.
- Algumas pessoas chamam os amigos de “amor”.
- Ela pode chamar o raio que o parta de amor! Não meu namorado! – Ela não falou nada e continuamos lendo.
“Vai demorar pra você vim pra cá? To com saudade.”
“Acho que não. Aw também to com saudade.”
- Acho que vou vomitar. – Disse e a Megan riu.
“Mas pq vc já não veio? Acabaram suas aulas.”
“Pq não dá.”
- Onde eu entro nessa história?
- Ela sabe da sua existência?
- To começando a duvidar disso. – Ela olhou pra mim, mas não falou nada. – Que foi?
- Nada ué.
- Acha que sou corna, não acha? – Megan não me respondeu. – Eu também to começando a achar.
- Pode ser um mal entendido, Lily.
- Tem certeza? Depois de tudo que a gente leu? – A porta do meu quarto escancarou e quase demos um pulo na cama.
- Nossa, to tão feio assim? – Derek disse sorrindo e a Megan ficou olhando pra mim. Fechei o notebook e entreguei pra ela. Ri forçado e ele sentou do meu lado. – Tavam fazendo o que?
- Nada... A gente tava olhando o facebook da Megan. – Ela sorriu sem mostrar os dentes. Fiquei encarando ela. Megan levantou, murmurou um “tchau” e saiu levando meu notebook. – Já volto. – Ele deu de ombros e eu fui até o banheiro.
“Olha o facebook dela e depois me conta o que achou. Ah, continua fuçando o outro. Depois eu vou na tua casa. Lily”
Mandei mensagem pra ela e saí.
- Vocês tavam estranhas quando eu cheguei.
- A gente só se assustou, Derek. – Ele deu de ombros. – Vai querer sair?
- To cansado. – Como sempre. Pensei. Liguei a TV e me deitei na cama.
(...)
Escutei berrarem meu nome lá de baixo. Abri a porta e botei a cara pra fora.
- Que é?
- Desce aqui. – Abri mais a porta e desci. – Comprei uma coisa pra você. – Ryan disse. Tenho até medo do que seja. Ele colocou uma caixa no chão. Pelo tamanho e pelos furos, acho que é um cachorro. – Abre.
- É um cachorro? – Ele riu fraco.
- Abre, Lily. – Tireis a tampa da caixa e olhei dentro. Pulei no Ryan.
- Aw! Obrigada!
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!- Ai, garota. De nada. Pega lá. – Coloquei os braços dentro da caixa e peguei o coelho.
- É a coisa mais fofa que tem! Né neném? – Disse o acariciando.
- Devo te avisar que coelhos não falam?
- Cala a boca. É menina?
- É.
- Ela precisa de um nome.
- Josefina? – Olhei pra ele.
- Não sei pra que peço tua opinião ainda.
- Não vai colocar aqueles nomes clichês tipo “fofinha”. É broxante.
- Eu sei né.
- Joaquina?
- Valentina? – Ryan riu. – Melhor que os seus.
- É meigo.
- Igual a Valentina. – Beijei o topo da cabeça da coelha. – O que eles comem sem ser cenoura?
- Dá verdura e legume. – Dei de ombros.
- Eu preciso de uma caminha pra ela. Lá no meu quarto.
- Você não vai levar isso lá pra cima. – Meu pai disse entrando na cozinha e abrindo a geladeira.
- Lógico que vou. Não vou deixar a Valentina sozinha. – As orelhinhas ficaram batendo na minha cara. Quase engoli pelo. Coloquei ela de volta na caixa. Peguei a tampa e forrei com um edredom e uma lençol velhos. Peguei dois potes e coloquei água em um. No outro, coloquei legumes pra ela comer. Tirei a Valentina da caixa e coloquei na caminha que eu fiz. – De noite eu subo você. – Disse dando de comer pra ela.
- Não vai desgrudar mais. – Ryan disse ainda na cozinha. Sorri.
- Obrigada, Ryan. – Ele sorriu de volta.
(...)
- Temos uma filha agora, Derek. – Disse. Estávamos na casa dele. Ouvi algo caindo no chão e virei pro lado, assim como ele.
- Você tá gravida, Lily?! – A mãe dele perguntou de olhos arregalados. Ri fraco.
- Não, senhora Peterson. Eu ganhei uma coelha. – Ela botou a mão no peito.
- Quase morri do coração. – Derek riu fraco.
- Como é o nome? – Ele me perguntou.
- Valentina. – Olhei pro lado vendo ela no canto balançando as orelhinhas. Ela veio até mim. – Oi neném. – Peguei ela no colo. – Não é fofa? – Ele riu.
- Puxou a mãe. – Olhei pra ele sorrindo. Ele me deu um selinho. Senti algo fazendo cosquinha no meu queixo.
- Você é ciumenta demais.
- É estranho você falando com um coelho. – Dei de ombros.
- To querendo sair, Derek.
- Pra onde?
- Qualquer lugar. Desde que cheguei ou fico aqui, ou em casa.
- A gente podia ir comer.
- Ou ir no parque. – Sugeri “jogando verde”.
- Fazer o que lá? E eu to com fome. – Desanimei legal agora. O parque foi o primeiro lugar que saímos, íamos direto lá... Era como se fosse nosso refugio juntos.
- Tá bom, então. Vamos passar pra deixar a Valentina em casa e eu trocar de roupa e você vai decidindo onde a gente vai.
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