Capítulo 18 - Descobertas

Descobertas

Pov Hermione

Entrei no Três vassouras e pude ver Narcisa sentada em um canto mais escuro, bom pelo visto ela não queria ser vista junto com uma sangue-ruim, eu tive a sensação que isso era algo bem normal, ignorei esse pensamento respirei fundo e andei na direção dela.

-Oh! Fico tão feliz em vela queria- ela veio e me abraçou um pouco surpresa devo dizer, ela devia ter achado que aquela carta ia me intimidar. Quando nos separamos do abraço e ela se sentou pude ver um sorriso sínico no seu rosto, como ela podia ser tão falsa?

-Olá Narcisa e sim vejo sua alegria pude senti-la de longe na verdade.

Ficamos um tempo em silencio, depois fizemos nossos pedidos ela um copo d’água e eu cerveja amanteigada com um pouco de gengibre. Nossos pedidos logo chegaram, o silencio já estava me deixando desconfortável e quando eu ia me falar algo ela se disse.

-Então vamos direto ao assunto sim?- concordei com a cabeça e respirei fundo, tinha que ter sangue frio para falar com ela, pois ia acabar pulando no seu pescoço em breve se não me controlasse, não por falta de coragem sei que sou uma grifinória e honro isso mais, meu ódio por aquela mulher so crescia.

-Muito bem, como já disse na carta, sei muito bem o que você esta fazendo, pobre Draco caindo nas garras de uma menina má que so quer seu dinheiro, sei muito bem o que você quer, fazer ele se apaixonar,fazer uma declaração linda pra você, ai você fala que também o ama se casa com ele pega todo dinheiro dele e volta para os seus amiguinhos traidores de sangue.- ela falava com naturalidade tudo aquilo, eu estava com tanta raiva e a ideia de pular no pescoço dela ficava cada vez mais atrativa-Mais eu não vim aqui para falar sobre isso e sim sobre como vamos resolver isso

-Resolver o que,ate agora so ouvi historias doidas as alucinações que você tem, esta velha então isso é normal não se preocupe

-Ora menina veja como fala comigo, so quero resolver seus problemas que acabaram se tornando meus problemas também já que envolve o meu filho

-Pare com isso Narcisa comece a raciocinar, se eu estivesse usando ele como você diz, você não acha que ele teria capacidade para entender isso?

-Claro que sim ele é um ótimo rapaz, bom digno so caiu em um truque muito antigo mais comum vindo de uma pessoa como você -quando eu ia rebater aquelas acusações ela voltou a falar-não se preocupe criança vamos resolver tudo sim.Agora diga quanto você quer para se afastar do meu filho?

-Querida eu não posso ser comprada. Nenhum dinheiro nesse mundo vai me afastar de quem eu amo,e não temo ameaças vindas de você pois creio que você pode ser louca, mais não louca a ponto de machucar seu filho.

-Meu filho não, mais quanto a você.Afinal como sobreviveu ao acidente em menina? Deveria ter morrido, ou pelo menos desistido do meu filho depois do que eu fiz mas não você so se aproximou mais dele sua - ela se levantou logo em seguida com a varinha em punho, ela me pegou desprevenida levantei rapidamente pegando minha varinha desajeitadamente tentando não parecer surpresa, ela na faria nada não é? Afinal com testemunhas a sua volta.

Então uma chuva de lembranças começou a brotar na minha cabeça, fleches verdes, pessoas gritando era um cenário de guerra, vi a imagem de Draco sobre uma pilha de coisas que eu não conseguia identificar so sabia que estávamos em perigo, tinha fogo por todo canto, ele pedia ajuda logo o cenário mudou mais fleches corpos sem vida no chão tudo girou minha cabeça parecia que ia explodir depois de uma forte dor de cabeça.

Minutos depois, que para mim pareceram séculos eu abri os olhos vi pessoas que antes estavam conversando em outras mesas, sem prestar a atenção em mim me olhavam preocupadas,um homem velho perguntou se eu estava bem, disse que sim perguntei o que tinha acontecido ele disse que eu desmaiei e que a mulher que estava comigo pediu ajuda preocupada mais teve que ir embora, mais mandou dizer que queria noticias e que continuaríamos nossa conversa depois.

Aquela conversa não tinha acabado,mais agora eu tinha um problema maior para enfrentar,tinha que evitar que Draco descobrisse que eu visitei sua querida mãe.Estava na frente da porta,tinha que arrumar uma desculpa rápida, respirei fundo e entrei e me surpreendi com o fato de ele não estar ali,nem na cozinha, subi rapidamente para meu quarto fechei a porta e soltei o ar que nem percebi que estava segurando, fui ate a janela e pude ver Draco no jardim cuidando das flores,senti uma dor na minha cabeça e uma sensação que essas flores significavam algo mais importante,mais infelizmente não sabia o que era algo que tinha acontecido a algum tempo provavelmente.

Peguei minhas coisas e fui para o banheiro, tomar um banho me ajudaria a colocar os pensamentos em ordem.Não era uma tarde fria muito menos quente,era um clima perfeito,um dia pelo, com sol porem não muito quente um dia perfeito se não fosse uma chuva de flash de memória que eu não conseguia organizar.Uma coisa eu havia compreendido, foi ela que casou essa minha perca de memória, ela era a figura loira que estava dirigindo o carro, estranho ela estar com duas faces distintas na minha cabeça.Uma dela feliz,me olhando quase que agradecida como se eu tivesse salvo sua vida,e outra era raiva e ódio seguida de uma escuridão e desespero agonizantes.

Porque ela me odiava tanto, se Draco me ama,ela deveria ficar feliz pois isso é a melhor coisa que um filho pode dizer a sua mãe não é? Que esta amando, um sentimento tão puro e maravilhoso que deveria trazer apenas felicidade e não ódio. Os pensamentos borbulhavam enquanto a água morna acalmava meu corpo, mais não minha alma.

Desliguei o chuveiro, me sequei e coloquei um vestido leve e florido, penteei meu cabelo, e tentei colocar um sorriso no rosto,para que Draco não desconfia-se de mim.Fui ate os jardins e encontrei ele sentado admirando as flores.

-Olá - disse sem jeito depois de ficar um longo tempo obervando o loiro, que demorou para me responder

-Oi-ele com uma rosa nas mãos veio para perto de mim- não é bela, a rosa, pura, doce e não esconde seus espinhos. Se tem algo para que te incomoda não se preocupe em mostrar para os outros,vamos juntos tirar os espinhos e admirar a verdadeira beleza da flor.

Olhei para ele admirada com a profundidade de suas palavras, ele estava sereno me olhando com ternura,como mentir para uma pessoa assim,que esta se dispondo a ajudar,peguei sua mão o puxando em direção aos bancos do jardim.

-Me ajude então a retirar esses espinhos.

Continua ....