No Sewa Baby?!

Simpatia


– Eu estava na escola e o senhor demorou e...

– Eu não demorei porcaria nenhuma eu cheguei lá e você não estava em lugar nenhum, tem ideia de que você me fez levantar por nada e...

Ele parou bruscamente, finalmente percebendo que havia mais alguém ali.

– O que isto está fazendo aqui?

Lass encarou novamente aquela figura absurdamente alta e maligna, ele sentia pena de Arme por ter que conviver com aquilo, seja lá quem e o que fosse.

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–Senhor Dio! – A baixinha exclamou surpresa, a voz estremeceu um pouco.

Dio?

Se havia entendido bem toda a história de Arme e se aquela figura sombria era ’Dio’, então quer dizer que ele deveria ser o...

– Eu fiz uma pergunta, porcariazinha, o que isto está fazendo aqui?

– Ele... – Arme hesitou, olhou de lado para Lass, respirou fundo e disse com a voz tremida: - Ele não é ’isto ’... – Ela sentiu o olhar de raiva de Dio, diminuiu a voz para um leve sussurro, mas continuou – O nome dele é Lass e ele é meu... – A última palavra nem o garoto que estava ao seu lado conseguiu ouvir.

– O que você disse? Eu não consegui ouvir.

– Meu amigo. – Murmurou.

– Eu mandei falar mais alto! – O grito surpreendeu até Lass e fez Arme pular para trás.

– Amigo. – Disse num tom alto o suficiente para Dio entender.

Ele gargalhou.

– Oh, que coisa mais bela! A idiota arranjou um amiguinho idiota e formam um lindo casalzinho idiota feliz. Meu coração está tocado. – O sarcasmo escorria da frase, a hostilidade era claramente presente. – Eu vivo me perguntando qual é o seu maldito problema.

Ela respirou fundo.

– Você é mandada para uma escola cheia de nobres, lotada, ai eu penso que você poderia fazer algo útil na vida e arranjar algumas ligações, fazer amizade com asmodianos... Ele parece um nobre para você?

– Ele... Não... Eu pensei que... Entrar...

O asmodiano riu, riu muito alto, com desgosto.

E parou a risada de repente.

– Aqui só entram nobres e não-asmodianos importantes, fora isso apenas empregados. – Ele sorriu. – A não ser que você tenha arranjado um empregadinho pessoal e o enganado dizendo que eram amigos.

– Não.

Foi uma imensa surpresa ver o garotinho falar, era a primeira vez que ele ouvia a voz dele desde que eles haviam chegado.

Dio o encarou com ódio. Não tinha gostado dele sem ter ouvido sua voz, no momento gostava menos ainda.

– Quem você pensa que é para se dirigir diretamente a mim?

– Senhor Dio, por favor, não...

– Entre, agora.

– Mas...

– Eu mandei entrar!

No momento que ele gritou, se arrependeu.

Como não havia notado que ela estava segurando as lágrimas? Que ela era uma chorona inútil?

– Porcaria. – Resmungou.

Seus pais iam saber disso e não iriam gostar nada.

– Porcaria. – Repetiu.

Olhou para baixo. Ótimo, ainda tinha o amiguinho. Quase se esqueceu dele, não que ligasse, mas precisava despacha-lo.

–Você esqueceu sua filha hoje.

Ele o olhou indignado.

– Aquilo não é minha filha.

– Ah, é sim. – Antes que Dio começasse a reclamar de novo, Lass continuou. – E você devia prestar mais atenção.

Dio estava pasmo, como... Como uma criança poderia ser tão insolente? Quem ele imaginava que era?

– Ela não é minha filha! – Gritou e fechou a porta com força no mesmo momento do portão da casa.

E quase desejou ter ficado do lado de fora.

Uma Rey o encarava furiosamente do lado de dentro.

– Eu posso saber o que diabos estão acontecendo?

Ele pensou seriamente em responder um ’não é da sua conta’, porém sabia muito bem desde a infância que não era uma ideia especialmente inteligente irritar uma Rey brava.

– A coisinha trouxe um amiguinho.

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– A ’coisinha ’ está chorando. – Ela se aproximou do ouvido dele e sussurrou ameaçadoramente. – Minha vida também não está sendo uma das melhores, Dio, então eu acho melhor você começar a cooperar e começar a melhorar essa bosta. – Ela o soltou com força e saiu batendo os pés com força no chão.

E sua vida melhorava cada vez mais.

~*~*~*~

No outro dia de manhã bem cedo, Rey levantou como sempre para ir levar a menina para a escola e depois voltar para a sua confortável cama.

Ficou irada quando viu que ela não a esperava na porta e marchou até o quarto dela, abriu a porta com força e gritou para que ela levanta-se.

– Senhorita Rey? – Sussurrou.

– Ainda não levantou por quê?

– Eu... Não me sinto muito bem. – Ela olhou para a nobre. – Acho que não consigo ir para a aula. – Arme analisou Rey por uns instantes e resolveu acrescentar: - E amanhã não tem aula, é feriado...

Bem, ela não tinha saído do quarto ontem depois que havia chegado da escola, sua cara não era das melhores e ela não costumava a mentir.

Além do mais, ela não ia precisar enfrentar o frio matinal e poderia voltar para a cama direto.

Uma falta não ia fazer diferença, não é?

– Acho que não faz mal prolongar o feriado.

– Obrigada, senhorita Rey.

E a porta fechou.

~*~*~*~

O telefone irritava.

Irritava muito.

A asmodiana bufou e se arrastou para fora da cama, alcançou a extensão mais próxima e atendeu.

Ouviu gritos, bem indignados por sinal, não entendeu nada.

– Que?

– Rey.

Ela reconheceu aquele tom, aquela voz, no momento ela já sabia que ela tinha feito alguma coisa muito, muito errada.

– Oi, mãe.

– Não me venha com isso. Posso saber por que a Arme faltou aula?

Ela havia esquecido esse detalhe.

– Er... A... – Ela se segurou para não dizer ’coisinha ’ – Arme. – Finalmente soltou com desgosto. – Não estava se sentindo muito bem, então achei melhor ela descansar e...

– O que?! E já levaram ao médico?

– Hum, não, na verdade não.

Ela ouviu sua mãe respirar fundo.

– Preste atenção, vá até o quarto dela e veja se ela está com febre.

– Ok.

Andou por todo o corredor, quando finalmente chegou à porta do quarto da menina, raciocinou.

– Mãe, vocês lembraram-se de colocar um termômetro dentro dessa casa?

Um momento de silêncio.

– Hã... Não.

– Maravilhoso.

– Tudo bem. Toque na testa dela e no pescoço, veja se está quente.

– Você está falando sério?

– É claro.

Tocar a coisinha? Não, ela não poderia estar falando sério.

Ela abriu a porta e encontrou a garotinha dentro de um sono profundo, encolhida em um canto da cama.

– Eu tenho mesmo?

– Com certeza.

Ela andou lentamente, atrasando a ação.

– Isso vai ajudar em alguma coisa?

– Vai sim. Está quente?

Ela esticou um dedo e tocou na testa da menina.

– Não sei direito o que você quer dizer com ’quente ’.

– Está acima da temperatura normal dela?

Rey não poderia simplesmente dizer que não fazia ideia de qual era a temperatura normal da menina, nem se lembrava da última vez que tinha encostado na garota.

– Não... Não tenho certeza.

– Então não deve ser tanto. – Ela ouviu conversas rápidas ao fundo, alguns tons de comando, e sua mãe voltou a falar com ela. – Estou enviando alguns remédios para febre e como deve usá-los, eu sei que vocês dois são terríveis na cozinha, sem a Arme isso vai ser um desastre, vou mandar comida também, mas só para hoje, ouviu?

– Tudo bem.

– É isso, se cuide, filha, um dia eu irei visitar minha neta.

Rey quase vomitou quando ouviu o termo.

– Claro, mãe, adeus.

– Tchau, Rey.

– Ah, mais uma coisa.

– Sim?

– Como você sabia da falta?

– O colégio ligou avisando, sabe as escolas geralmente fazem isso quando os estudantes faltam.

– E porque ligou para vocês, e não para nós?

Uma risada.

– Vocês não acharam que ia ser tão fácil.

– Mas...

– Alias, avise para o Dio: fazer criancinhas chorarem não é uma das melhores estratégias para ganha pontos.

E desligou.

~*~*~*~

Do lado de fora de uma grande mansão, um garotinho de cabelos brancos encarava os portões da casa, se perguntando por que certa menina não havia ido para a escola naquele dia.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.