Ignorance Is Your New Best Friend.
Over again, I get what I want.
Ponto de vista: Hermione Granger.
Meu corpo se curvou em um perfeito "U" ao contrário. Meus braços estavam rentes ao meu corpo, dobrados na região do meu diafragma.
Meus músculos estavam duros, e parecia que mil agulhas de ácido eram injetadas em minhas veias, arrancando todo meu sangue e colocando o líquido torturante no lugar. Meu coração batia aceleradamente, e por meus olhos escorriam lágrimas juntamente ao suor que deixava o cabelo solto colado ao meu rosto.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Berros de agonia queimavam por minha garganta. Como se Fogo Maldito estivesse passando por ela, e queimando todo meu corpo por dentro.
Algo pior que a tortura invadia meus ouvidos. – a risada fanha e fina de Bellatrix.
Maldita.
– PARA! PARA! PELO AMOR DE DEUS, PARA! – Dinstingui palavras mais ou menos assim, que chegaram aos meus ouvidos juntamente da risada da vaca de cabelo armado.
– Bella, chega! – A voz arrastada e de cobra sibilou, cessando a tortura. Meu corpo se encolheu automaticamente, ainda trêmulo e sem forças pra sequer me mover.
O rosto branco e ofídico caminhou lenta e decididamente até meu corpo no chão.
Chutou meu rosto com violência, cortando minha bochecha por dentro, fazendo-me saborear meu próprio sangue, e bater a cabeça contra o mármore duro da enorme sala. Meu coração batia aceleradamente, e de certa forma, eu sabia que minha morte seria ali.
– Sangue ruim, nojenta! Como pude confiar algo tão importante à você? Como pude colocar minha marca tão preciosa no seu corpo imundo? – Ele disse, fazendo meu sangue borbulhar. Imundo era ele. O olhei com desprezo. Da mesma forma que ele fez comigo.
– E-eu não traí ninguém – Protestei.
– Calada! – Ele gritou, e chutou meu estômago, fazendo eu contrair os lábios e saborear ainda mais meu próprio sangue. – Como ousa tentar se defender ainda por cima? Você não é digna de possuir o que possui. A minha marca, a marca mais poderosa do mundo. Você não é digna de ser fiel a mim. – Ele gritou, seus olhos de pupilas finas me fitavam com ódio.
– Hermione não traiu ninguém! – A voz arrastada do loiro gritou.
– Draco, fica quieto, vai sobrar pra você... – Eu disse, a voz saiu fraca.
– Não, vamos ouvir o que ele tem a dizer. – Era Narcisa, tentando agir a favor do filho.
Bellatrix concordou, e Voldemort por fim se rendeu.
Draco contou-lhes da minha gravação, e que só estava vivo graças a mim.
Espera. Malfoy retribuindo um favor e salvando minha vida de volta? Ok. As coisas estão realmente estranhas por aqui.
Voldemort virou-se pra mim.
– Levante-se, sangue ruim. – Obedeci amargurada, e fiquei de pé, com a postura ereta.
– Sim, milorde. – Confesso que a palavra saiu mais irônica e amargurada do que eu pretendia.
– Mostre-me a gravação. – Ele disse, tentando se manter "calmo", ou natural.
Tateei minhas vestes, encontrei minha varinha, e entreguei a ele, sussurrando o feitiço e mostrando a gravação de Lupin.
– E quem garante, que isso não é armação? – Perguntou a vaca de cabelos armados, assim que Voldemort estava quase se dando por convencido e me entregara a varinha.
– Se fosse uma armação, acha que eu seira burra o suficiente pra voltar aqui e mostrar minha cara para ser aniquilada? – Retruquei irritadiça. – ACHA QUE EU SALVARIA O DRACO?! EU FUGIRIA! SEI DOS RISCOS! – Agora eu estava aos berros.
– Olha o tom de voz comigo, sua trouxa imunda! – Bellatrix gritou, o rosto por debaixo do cabelo armado ficando vermelho de ódio, fazendo-me sorrir.
– EU FALO DO JEITO QUE EU QUISER, VOCÊ NÃO GOSTA DE MIM, BELLATRIX, E EU NÃO TE OBRIGO, MAS RESPEITAR É BOM, SE ESTAMOS AQUI, ESTAMOS DE IGUAL PRA IGUAL! – Eu disse, agora vermelha de raiva.
– Então vamos nos tratar de igual pra igual! – Bella disse, e um raio verde disparou em minha direção. Com um aceno lancei um escudo protetor, talvez desviando a minha morte em um único feitiço.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Sério que eu iria travar uma batalha com Bellatrix Lestrange no meio da mansão Malfoy? Ela confirmou isso no momento que mais lampejos multicoloridos dispararam de sua varinha em direção a mim. Eu apenas os desviava com o "Protego."
– Sangue ruim maldita! – Ela disse entredentes, e com um aceno, minha varinha escapou de meus dedos, voando para o outro lado da sala. – Cruccio! – Ela apontou pra mim, e eu me encolhi, esperando o ácido substituir meu sangue. Mas um grito agoniado diferente irrompeu o ar, e Draco tinha entrado na frente do feitiço. Estúpido. Corri até o canto onde minha varinha estava, e desarmei Bellatrix. Draco parou de se contorcer em dor, e Voldemort cessou toda a confusão fechando o punho no ar.
Ele caminhou até mim, e sorriu, os olhos ofídicos e os dentes semi-podres.
– Foi corajosa, garota. – Ele passou os dedos gélidos e asquerosos por meu queixo, fazendo-me sentir náuseas. – E é por isso que eu vou te dar a última – última – chance – Ele disse, e tirou os dedos de meu rosto, afastando-se.
Respirei fundo, apenas assentindo. Mais uma vez, eu consegui o que eu queria.
Ele gesticulou par que saíssemos dali, e Draco me puxou, arrastando-me para seu quarto.
Adentrei o local, era escuro, havia uma enorme cama de casal, e tinha as paredes em um tom verde-oliva. Havia algumas prateleiras repletas de CD's de bandas bruxas, e uma televisão trouxa de cerca de quarenta e duas polegadas em um suspensório pendurado no teto
Tinha também um lustre que deixava o quarto com um ar mais tranquilo, e ao lado da cama havia um criado-mudo com um abajur cor de creme.
As cores da roupa de cama eram cor de creme com um verde-oliva da cor da parede. E tinha dois grandes travesseiros de pena de gansos, depostos sobre a larga cama.
O teto era decorado com detalhes creme.
– Doninha idiota, onde você tava com a cabeça? – Eu perguntei, enfiando-lhe um murro no ombro. – Por que se enfiou na minha frente?! – Eu disse, indignada.
– Hermione, tá machucando. – Ele disse, recuando, e aí eu lembrei que ele estava machucado.
– Desculpe. – Murmurei e fitei meus próprios pés.
– Eu não pensei no que estava fazendo, apenas fiz. Você salvou minha vida, senti no dever de fazer o mesmo. – Ele disse baixinho, e eu sorri de canto.
–Obrigada, doninha.
– De nada, rata de biblioteca – Ele sorriu, e só assim eu percebi o quão estava cansada. Me sentei em sua cama, e meus olhos pesaram.
Ouvi alguns sons, e um colchão de espuma surgiu no chão. Era extremamente confortável.
– Vai se deitar, você está cansada. – Ele disse, e não protestei. Me deitei, realmente, ser torturada pelo cruccio cansa as pessoas. Um cobertor pesado de pena caiu sobre meu corpo.
– Você tá bem? – Eu perguntei, com a voz embargada.
– Estou. – Pelo tom que sua voz assumiu, posso chutar que ele estava sorrindo.
Apenas assenti, e adormeci, sem pensar em mais nada. Deixei que os problemas se afastassem uma única vez.
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