A Rosa Negra

Capítulo 9 - Jardim de Rosas


Almoçamos macarrão, lavamos a louça e fomos correndo atrás da empresa de Leandro. Não ficava muito longe da nossa casa, pegamos um ônibus e fomos pra la. Meu estomago revirava só de pensar que ele poderia mesmo ser o assassino. Se Victor e Celina aparecessem antes? Qual seria a reação deles ao ver que seu pai ainda esta vivo? Chegamos à pequena empresa. Luc foi ate a recepção e pediu pra falar com Leandro. A mulher pediu que nos aguardássemos ele.

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10, 20, 30 minutos se passaram. Horas. Não sei. A sala da recepção ia ficando cada vez mais vazia ao longo do tempo que esperávamos. A sala era arrumada, tinha uma mesinha no centro com um vazinho de flores, sofás vermelhos envolta da mesinha de centro. Um balcão onde havia duas atendentes. Luc encostou-se ao meu ombro, parecia que ia dormir. Eu também estava quase dormindo. Quando finalmente fomos chamados. Era quase 17h00min. Esperamos a tarde inteira. Era agora. Íamos finalmente entender o que aconteceu. Luc me olhou eu sorri e segurei sua mão.

- Vai dar tudo certo.

- Eu espero...

Entramos na sala, o homem que estava la era alto. Tinha o cabelo branco, devia ter uns 58 anos por ai, usava uma camisa pólo branca, e uma calça caqui bege. Ele sorriu ao nos ver.

- O que vocês crianças desejam?

- A gente queria conversar com o senhor, sobre o ano de 89.

O sorriso dele vacilou, mais ainda continuou la, falso como nunca: - O que querem saber?

- O senhor era pai de Kamila, Sarah, Victor e Celina não e mesmo?- disse sem fazer rodeios.

- Sim, por quê?- disse falando baixo.

- Eles morreram?

- Sim infelizmente morreram, - disse o homem fingindo tristeza, o que me fez ter nojo do seu rosto. - pobres crianças, e minha esposa tão querida que...

- Ah cale essa boca! – disse Luc.

Leandro nos olhou com a expressão assustada.

- O senhor os matou não foi mesmo? Não os agüentava em casa, teve que os mandar pro além, impedindo a felicidade. – continuou Luc.

- Não... Eu... – gaguejou.

- Ela ia se separar do senhor, a sua esposa ia embora e o senhor não queria isso não e mesmo? Queria ela morta se não fosse pra ela ficar ao seu lado. Então matou ela e colocou as rosas recém plantadas envolta do seu corpo. As rosas que o jardineiro que ela contratou plantou. O jardim das rosas fora destruído por você. E as garotas estavam na cozinha na hora do assassinato e por isso matou as pobres crianças. Suas filhas! Matou as pequenas primeiro. E depois Celina... - disse.

- Não eu jamais fari...

- E depois subiu pra matar Victor. Aproveitou que ele queria se matar e cortou seus pulsos espalhando sangue pelo corredor inteiro não e mesmo? Mas ele era um garoto forte. Agüentou muito tempo, o senhor cortou-lhe a garganta e depois o cobriu de facadas por todo o corpo.

Ele riu. Depois de todas aquelas as acusações ele riu. Ligou pras secretarias liberando as. Disse que éramos seus sobrinhos. Mandou as embora pra nos matar também.