Capítulo 6

Larry fez questão de chamar os "moleques" para assistir a luta. Fomos eu, Dave, e algumas das pessoas que estavam dentro da taverna.

- Se você morrer, eu te mato. - diz Dave.

- Você ainda não esqueceu, não é mesmo?

- Acordo é acordo, minha cara. Lá vem ele. Está pronta?

- Mais do que nunca. - tiro a espada de Mary da bainha. Felizmente, uma típica espada viking. Extremamente afiada, e ao mesmo tempo, flexível. Agradecimentos a tio Benjamin, que fez com que eu me adequasse a qualquer tipo de espada. E a Mary também.

- Pronta, mocinha? - "cumprimenta" Larry.

- Não me chame de mocinha. - respondo, fazendo posição de luta. Dando uma rápida olhada em volta, percebo a presença dos "moleques" dele. São realmente jovens, o que me surpreende. O mais novo deve ter dezessete anos, e o que aparenta ser o mais velho, parece ter vinte e sete anos de idade.

Então Larry empunha a sua espada e tenta me atingir nas costelas, porém, eu me desvio rapidamente.

- É o melhor que pode fazer? - provoco.

Ele começa a ficar com raiva, me trazendo vantagem, porque uma pessoa lutando com raiva só se concentra na força, e não na agilidade ou habilidade, e nem calcula quando será o próximo golpe do adversário. Palmas pra mim.

Fiquei ora me defendendo com a própria espada, ora calculando o tempo exato de desferir um golpe na perna dele. Infelizmente, algum cidadão simpático joga um escudo para o homem.

- MALDITO! - berro.

Não posso ser tomada pela raiva. Não agora. Tento golpear a perna esquerda, mas ele consegue defender, e já me atinge nas costelas, fazendo um pequeno arranhão. Se não fosse pelo amado corpete servindo como armadura, eu teria me machucado. Alguém joga um escudo de madeira para mim. Não é o melhor escudo que eu poderia querer, mas agora, qualquer coisa é melhor do que ficar com o tronco exposto. Atinjo novamente a perna direito, dessa vez, a perna começa a sangrar. Ele tenta desesperadamente estancar o sangue, eu aproveito a oportunidade e chuto seu escudo contra o peito. Larry cai no chão com um estrondo. Chuto sua espada e escudo, para que fiquem fora de alcance. Ele chuta minhas pernas com a perna esquerda, consequentemente eu caio em cima dele.