Amor Rebelde

Capítulo 22 Dor forte


_Sim... E você vai morar com ela!

_O que ?

_Isso mesmo que você ouviu! O avião sai amanhã... Não acho certo você ficar morando com aquele garoto... Então minha decisão está tomada.--ela disse firmemente--

_Você só serve pra acabar com a minha vida!--eu disse entre lágrimas saindo da casa--

Minha cabeça girava tanto! Como isso podia acontecer comigo ? Por que aconteceu ? Eu o amava tanto...

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Por que partir agora ? A gente lutou tanto pra ficarmos juntos pra nada... ? Isso é o fim mesmo ?

Cheguei em casa e vi o Cebola cozinhando. Reparei sua mania de cantar enquanto cozinhava, analisei tudo nele. Mas não pude conter as lágrimas assim que olhei em seus olhos que me encaravam.

Me derrubei em lágrimas que não conseguia controlar. Ele parecia muito surpreso com a minha reação. Ele veio até mim e eu me joguei de joelhos no chão inconsolável. Ele me abraçou forte e quente... Eu apenas chorei em seus ombros aproveitando cada segundo daquele momento... Não queria esquecer seu sorriso, seu abraço, seus beijos, seu jeito, nós dois...

_O que foi minha bonequinha ?--ele perguntou passando as mãos nos meus cabelos--

_Eu... eu vou embora Cê...--eu disse entre lágrimas e soluços--

_Como assim embora ?--ele disse surpreso e com uma espressão atordoada--

_Eu vou morar em Madri... com a minha tia...

_Não! Eu não posso te perder!--ele disse me abraçando forte--

_Nem eu... Mas eu não posso fazer nada...--eu disse olhando em seus olhos-- Eu vou amanhã...

_O que ?--ele disse marejando seus olhos--

_Eu sinto muito.--eu disse vendo uma lágrima de seus olhos derramar--

Enchuguei a lágrima e o beijei. Eu odiava que aquele poderia ser um de nossos últimos beijos, mas não podia fazer nada. Eu sentia que aquele beijo me passava tristeza, alegria, bons momentos, paixão, amor...

Ficamos um bom tempo só nos beijando... Depois fomos comer, mas não comi muito. Estava sem fome. Depois fomos dormir.

_Dorme comigo...--sua voz suava como uma suplicação--

_Dormir... com você ?...

_Só dormir.--ele disse pegando na minha mão--

Deitamos juntos na sua cama, que era de casal. Fiquei observando seu rosto sobre a luz branca da Lua que entrava pela janela. Coloquei minha cabeça sobre o travesseiro e apenas fiquei olhando para ele, enquanto ele passava a mão pelo meu rosto.

_Eu nunca vou te esquecer...--ele sussurrou pra mim--

_Eu também não...--disse sussurrando de volta--

Coloquei minha cabeça sobre seu peito e fechei os olhos enquanto ele acariciava meus cabelos. Dormimos assim.

Quando acordei, não vi o Cê na cama. O procurei olhando em volta, mas ele não estava no quarto. Me sentei na cama, quando lembrei que teria que ir pra Madri hoje... Fiquei um tempo olhando pro nada, depois desci.

Vi o Cê sentado no sofá com as mãos na cabeça e uma mala do lado.

_Essa é a minha mala ?--perguntei --

_É...sua mãe ligou falando que seu voô sai às 11:00. E já são 9:00, então resolvi arrumar pra você...--ele respondeu--

_Ah...--disse somente--

_O café já está na mesa. Se quiser comer, ta aí.--ele disse se levantando e subindo--

Eu não sei se ele estava com raiva de mim por ir, ou se era raiva por eu ir. Mas acho que era os dois.

Me sentei na mesa e comi pouco. Depois subi, me arrumei e fui junto com o Cê para o aeroporto. Fomos de taxi, já que nem um, nem outro tem idade para dirigir. Ficamos o caminho inteiro em silêncio, apenas de mãos dadas.

Quando cheguei no aeroporto...senti meu coração doer...