Doce Ironia.

Futuro, parte 1.


LEIAM AS NOTAS. LEIAM AS NOTAS.

“Porque você era Romeu e eu era uma menina má e meu pai disse 'Fique longe de Julieta', mas você era tudo para mim. Eu estava implorando a você 'Não vá' e eu disse: Romeu me leve à algum lugar onde possamos ficar sozinhos. Eu estarei esperando, tudo que faremos é correr. Você será o príncipe e eu serei a princesa, esta é uma história de amor, querido, apenas diga sim.” – Love Story.


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P.O.V’s Ashley.

– POTTER, ME DEVOLVE ESSE LIVRO AGORA! – eu tinha certeza que o meu grito poderia ser ouvido até do outro lado do castelo, enquanto eu lutava contra a vontade de tacar tudo ao meu alcance do salão comunal no garoto a minha frente.

– Ruiva, você esta estudando a horas. Você vai acabar enlouquecendo. – ele me lançou um sorrisinho que eu acharia até bonito, sexy e atraente se eu não estivesse com vontade de mata-lo. Talvez as pessoas tenham razão... minha relação com ele de amor/ódio nunca ia acabar.

– Outra briga? – a Audrey rolou os olhos mais concentrada no seu pergaminho do que em prestar atenção em mim e no Sirius. Já era tarde da noite, mas a maioria dos setimanistas ainda estavam ali, porque estavam estudando para os NIEM’s que já quase batiam na nossa porta.

Bom, acho que eles tentavam estudar, porque com os meus gritos com o Sirius não estavam ajudando muito. Eu provavelmente ia acordar a torre da Grifinória inteira daqui a pouco, mas eu não tinha culpa se o idiota tinha resolvido simplesmente pegar o livro que eu estava lendo.

– Se você não me devolver esse livro agora, eu juro que vou ter que pegar ele a força e então eu vou querer enfia-lo em um lugar seu que você não vai gostar nada, mas que vai incomodar muito. – falei tudo isso com um sorriso terno.

Fred deu risada.

– Sua delicadeza sempre me surpreendendo. – o Weasley debochou. – Mas enfim... eu vou dormir, porque já deu de estudar por... o resto da minha vida. – resmungou no final se levantando.

– Eu não sei como vocês dois tiram notas tão boas, se nunca estudam. – resmunguei olhando dele para o Sirius.

– Somos inteligentes. – ambos se gabaram ao mesmo tempo.

– Ta no sangue. – o Fred ainda completou mais convencido.

– Se matem. – o mal humor da Audrey era palpável, enquanto ela reescrevia pela milésima vez no pergaminho a parte que tinha errado. Estudar não era algo que a morena gostava muito, mas infelizmente era necessário.

– Acho que você deveria ir dormir também thuthuca. – o Fred falou olhando para a namorada.

– Thuthuca? – repeti soltando uma gostosa gargalhada junto com o Sirius e alguns outros setimanistas, inclusive o John que estava mais afastado da gente junto com o Edward que também tinha a cara enfiada nos livros. – O que infernos é isso?!

– Cala a boca cabeça de cenoura. – a Audrey resmungou para mim. – E você Fred... vai se foder. – o carinho entre namorados era incrível.

– Você vem comigo? – ok, a putaria tinha chegado em outro nível.

– Acho melhor vocês dois irem dormir. – John gritou do cantinho dele.

– É uma boa sugestão. – a fabulosa levantou se espreguiçando e guardando o pergaminho. – E você Ash, deveria fazer o mesmo e também ir para cama. – ela completou para mim. – Você esta estudando a horas, daqui a pouco a sua cabeça pega fogo. – ela fez uma pausa e olhou para o meu cabelo. – Foi mal.

Em seguida deu um beijo no Fred subindo as escadas para o dormitório feminino, deixando um Sirius tentando abafar as risadas para a minha cara de tedio. Os trocadilhos com o meu cabelo eram tão criativos.

– Boa noite para vocês. Tentem não se matar. – foi o que o Fred disse dando um beijo no topo da minha cabeça e batendo no ombro do Sirius antes de também seguir caminho para o dormitório masculino.

– Vai me devolver o livro ou não? – voltei a minha atenção ao moreno de olhos castanhos esverdeados que apenas sorriu de lado.

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– Serio, ruiva... você já estudou demais hoje. – ele falou com a voz rouca largando o livro em cima do pufe e me puxando para um abraço. Me debati tentando sair do mesmo, mas ele me apertou mais forte contar si e eu cedi soltando um suspiro, enquanto ele passava as mãos pelas minhas costas. – Você quase não me deu atenção. – completou sussurrando no meu ouvido. – Posso ter a minha namorada por um minuto?

– Mas os NIEM’s... – comecei resmungando.

– Você já estudou o bastante para eles hoje. – ele se afastou levemente de mim para me olhar nos olhos. – Serio.

– Ok Potter. – um sorriso se repuxou nos seus lábios e dessa vez fui eu que o abracei soltando um suspiro cansado enquanto repousava a cabeça em seu peito.

– Você esta com cara de cansada. – ele passou a mão pelo meu rosto enquanto me puxava para o sofá se sentando e me fazendo sentar em seu colo, colocando as pernas em cima do sofá e apoiando a minha cabeça no seu peito. Como se ele fosse um adulto ninando uma criança.

– Eu estou cansada. – minha voz saiu abafada pelo fato de eu estar com a cabeça enterrada em seu peito. – Desculpe por não ter te dado atenção hoje. – continuei levantando a cabeça para olhar nos seus olhos castanhos esverdeados. – Mas é que os...

– NIEM’s. – ele completou rolando os olhos e colando sua testa com a minha. – Serio, ruiva... eu não estava brincando. Você vai acabar enlouquecendo de tanto estudar.

– Isso é o que você diz. – falei com um sorrisinho e ele sorriu também pousando levemente seus lábios com os meus.

Eu gostava disso. De ficar assim com o Sirius. Era tão... natural. Tão espontâneo. Eu sentia como se estivesse... em casa. Como se não desejasse e nem quisesse estar em nenhum lugar mais.

– Larguem de agarração vocês dois também! – a voz de Edward soou me fazendo separar do Sirius e lhe olhar com cara de tedio. – Isso aqui é um lugar de família!

– Desde quando? – questionei.

– Vão dormir vocês dois também. – John aconselhou.

– É. Eu acho que vou mesmo. – comentei bocejando e me levantando do colo do moreno que me olhou com um biquinho. – Nem adianta fazer essa cara. Vai dormir você também.

– Tudo bem. – ele resmungou se levantando e me abraçando por trás enquanto eu caminhava preguiçosamente até as escadas que davam nos dormitórios femininos. – Vou te levar até no dormitório. – completou me fazendo o olhar.

– Não precisa. – rolei calmamente os olhos com um sorriso de lado. – Sem contar que garotos não podem subir no dormitório feminino.

– Eu já subi lá ruiva. – ele soltou uma risada e eu franzi a testa me lembrando que era verdade.

– Como você faz isso? – perguntei de olhos arregalados.

– Segredo meu e do Fred. – Sirius me lançou um daqueles sorrisos que faziam minhas pernas tremerem. – Se eu te contar perde a graça e a emoção.

– Por favor? – tentei fazendo minha melhor cara de pidona enquanto o abraçava, dois degraus mais alta, ficando assim da altura do seu rosto. Sim, eu era baixinha.

– Isso é golpe baixo. – ele sussurrou colando de leve seus lábios no meu pescoço, fazendo um arrepio correr meu corpo. – Eu e o Fred descobrimos o feitiço que é usado para impedir a entrada dos garotos. Então apenas usamos o Finite Incantatem e quebramos o mesmo, então é só passar e depois colocar o feitiço novamente. Simples.

– Só isso? – eu realmente esperava algo mais genial.

– Só isso. – ele soltou uma risada me dando um leve selinho. – Eu falei que estragaria a magia.

– Vou te ouvir mais vezes. – admiti o fazendo rir mais. – Boa noite, Six. – completei lhe dando um beijo na bochecha.

– Six? – repetiu divertido e me olhando nos olhos.

– Sim, Six. – soltei um leve sorriso, porque tinha gostado do apelido, apesar de meio meloso.

– Tudo bem então. – foi a vez dele me dar um beijo, dessa vez na testa. Um gesto carinhoso. – Boa noite, ruiva.

[...]


– VAMOS ACORDANDO. VAMOS ACORDANDO PREGUIÇOSAS! – alguma filha de uma mal comida, entrou gritando no nosso dormitório. Porra, será quem nem dormir em paz eu posso mais nesse caralho?

– CALA A BOCA! – vejo que a Audrey tinha gostado disso tanto quanto eu. Bom, a gente tinha ficado até tarde estudando. Era normal estarmos de mau humor.

– Vocês duas vão se atrasar para o café. – era a voz da Rose enquanto a mesma puxava a minha coberta.

Desculpa Hermione.

– ME DEIXA DORMIR PORRA! – gritei dando as costas para ela e enterrando minha cabeça no travesseiro.

– Levanta agora vocês duas! – dessa vez era a Roxy e pelo xingamento nada bonito que a fabulosa soltou eu imagino que a garota tenha puxado a coberta dela.

– Eu odeio vocês. – eu disse com a cara fechada enquanto me sentava na cama encarando de um jeito nada legal as duas criaturas que sorriam, como se o dia estivesse lindo e não como se a manhã fosse a praga que realmente era.

– Nós também te amamos. – elas falaram juntas enquanto eu me dirigia mal humorada para o banheiro.

– E não voltem a dormir. – a Roxy completou lançando uma almofada na Audrey enquanto saia do dormitório junto com a outra ruiva.

– Vadia! – a fabulosa gritou e eu ouvi a gargalhada da morena do outro lado da porta.

– OLHA COMO FALA COM A SUA CUNHADA! – o grito da Roxy foi ouvido e eu vi a Audrey xingar baixinho um nome nada bonito enquanto eu me permitia um leve riso entre o meu humor matinal.

Eu e a fabulosa tivemos uma breve discussão sobre quem ia usar o banheiro primeiro, discussão essa que só foi encerrada quando a vadia que eu chamo de melhor amiga, correu para dentro do mesmo batendo a porta.

Eu olhei no relógio e vi que se não adiantássemos íamos chegar atrasadas para o café e consequentemente para a primeira aula então tratei logo de ajeitar as minhas coisas enquanto a Audrey se arrumava.

– Hoje vai ser um dia do cão. – foi o comentário da fabulosa enquanto descíamos as escadas do dormitório feminino, já prontas.

– Concordo. – fiz uma careta. Tudo o que eu queria era a minha cama.

– Bom dia meninas. – esse foi um olá animado da pequena Potter, vulgo Lily.

– Bom dia para quem? – será que eles não notaram o meu mau humor?

– Olá mau humor matinal da ruiva. – o Sirius veio me abraçar me dando um beijo, e eu me permiti suspirar levemente enquanto era envolvida pelos seus braços. De repente a manhã não pareceu tão ruim.

– Arg, parem de agarramento. – a voz mau humorada da Audrey soou.

– Fred, agarre a sua namorada para ver se o mau humor dela também passa. – foi o comentário da Roxy que ganhou um olhar não muito bonito da fabulosa.

– Não seja mal humorada docinho. – o Fredoca abraçou a minha melhor amiga.

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– Não me chama assim. – ela tentou parecer tão irritada quanto antes, mas fracassou miseravelmente.

– Acho melhor irmos tomar café. Quero ver o Scorpius. – a Rose comentou saindo pelo buraco do retrato.

– Pra quem dizia que não pegaria o loiro de jeito nenhum... – comecei.

– Isso foi extremamente hipócrita da sua parte. – o Fred comentou despreocupadamente ganhando um olhar feio meu em seguida, enquanto o pessoal ria.

Assim que chegamos ao Salão Principal, a Rose foi logo em direção a mesa da Sonserina, atrás do namorado e a Roxy prontamente seguiu o mesmo caminho, enquanto o resto de nós caminhamos em direção a mesa dos leões.

– Hey divônica... – a Audrey começou olhando para algum ponto atrás de mim enquanto eu colocava um pãozinho na boca. – Aquele ali é o Miller entrando no salão com a puta loira?

Com os olhos arregalados eu me virei para ver que era realmente verdade. O Rich e a veela paraguaiana entravam juntos no salão principal. Em seguida ele se despediu dela com um sorriso e seguiu para a mesa das cobras enquanto ela ia se sentar com as suas copias perfeitas. Mas antes do Richard se sentar, seu olhar cruzou com o meu e seu sorriso diminuiu um pouco antes de se tornar um sincero sorriso triste e ele desviar o olhar.

Aquilo conseguiu, oficialmente, acabar com o meu dia.

– Você esta bem? – o Fred me perguntou porque eu provavelmente tinha uma expressão desolada no rosto quando voltei meu olhar para eles. O Sirius apenas me encarava entre preocupado e... triste também?

Eu era uma pessoa horrível. Como será que o meu namorado se sentia ao me ver ficar assim por causa de um garoto que ele não gostava? Mas o Rich era meu amigo. Eu sabia que o Sirius entendia isso. Mas tinha o fato que eu tinha quebrado o coração do Sonserino ao aceitar namorar com o Six. Eu conseguia deixar todo mundo ao meu redor triste. Parecia ser um dom.

– Esta tudo bem. – o Sirius me deu um beijo na testa como se lesse os meus pensamentos e eu apenas soltei um suspiro resignado, sabendo que não poderia estar tudo bem. Mas eu estava com ele. Isso era o que importava.

Em seguida centenas de corujas entraram no salão trazendo o correio. Apenas as observei enquanto tomava meu suco e me assustei levemente ao ver uma coruja das torres deixar na minha mesa quatro cartas. Observei Atena deixar para a Audrey três cartas, e pude notar que o maior envelope dela era idêntico a um meu. Ela também notou porque me olhou confusa.

– Porque meu pai me mandou uma carta dizendo que tem gente querendo me matar? – o voz do Sirius me fez o olhar, vendo ele com a testa franzida lendo o bilhete. – Acho que isso é coisa do seu pai ruiva.

– Você tem alguma duvida? – soltei uma risada anasalada.

– Quem é Bob? – a voz confusa do Fred fez todo mundo lhe encarar e eu prender o riso reconhecendo o nome.

– Porque pergunta isso? – uma Audrey preocupada confirmou minhas suspeitas.

– Porque um tal de Bob me mandou uma carta. – o Weasley respondeu e eu soltei uma gargalhada fazendo todo mundo me encarar, mas eu simplesmente não conseguia parar de rir.

– Ãn... Bob é meu pai. – a fabulosa falou baixinho e dessa vez o Sirius me acompanhou na risada notando a cara apavorada do melhor amigo. – Acho melhor você deixar para ler isso depois. – ela completou para o namorado que apenas assentiu com os olhos arregalados.

– Como seu pai descobriu que você esta namorando? E ainda descobriu o nome do Fred? Você contou? – perguntei para a Audrey depois que consegui parar de rir.

– Ta maluca? Não. – ela rolou os olhos. – Seu pai ou sua mãe deve ter dado com a língua nos dentes ou algo assim. Ou ele simplesmente descobriu. Meu pai é um auror e as vezes consegue me assustar com a sua capacidade de sempre saber de tudo.

– E que cartas são essas de vocês? – o Sirius perguntou mudando de assunto.

– Bom... uma é do meu pai. – a Audrey rolou os olhos vendo. – A outra é da minha mãe... – pegou o segundo envelope e em seguida olhou para o envelope igual ao meu. – E a outra é... – quando ela leu, ficou imediatamente pálida.

– Audrey, ta tudo bem? – perguntei preocupada enquanto todo mundo encarava a fabulosa com os olhos arregalados enquanto ela tinha os lábios pressionados em uma linha rígida. Em seguida ela levantou os olhos castanhos e me encarou.

– Olha as suas cartas. – sua voz estava fraca.

– Bom, a primeira é do meu pai. – rolei os olhos sabendo que vinha bronca pela frente. – Leio depois. A segunda é do Harry. – olhei de canto para o Sirius que apenas deu de ombros como se não soubesse do que se tratava. – A terceira é da... PETUNIA? – minhas voz saiu como um grito.

– A CARA DE CAVALO TE MANDOU UMA CARTA?! – a voz da Audrey se assemelhou a minha.

– Eu também estou chocada. – arregalei os olhos. – O que será que tem nela?

– Depois você vê. – me surpreendi ao ver a fabulosa ficar seria enquanto os meninos apenas nos observavam. – Acho melhor você ver a ultima.

Eu olhei para o pacote igual ao da Audrey e me inclinei para ler o remetente e arregalei os olhos em seguida, vendo o logo e me sentindo ficar pálida.

Oh, my fuck God...

– Ruiva... – a voz do Potter me fez o olhar sem absolutamente nenhuma expressão. – Que carta é essa? – completou me olhando preocupado.

Eu apenas desviei meu olhar para uma Audrey com a mesma expressão que a minha. Nós duas encontramos os olhos e engolimos em seco desvaindo o olhar em seguida.

– É uma carta da AMB. – minha voz era um sussurro e em seguida olhei nos olhos castanhos que me observavam com curiosidade. – Uma carta da Academia de Medi-Bruxos da França.