Doce Ironia.

A linha tênue.


“E então, meu coração começou a bater diferente a partir do dia em que te conheci.”


P.O.V’s Ashley.

Eu não sabia ao certo o que havia me levado a fazer aquilo.

Só sabia que de repente... eu precisava do seu beijo. Vai soar dramático, clichê e enjoativo demais, mas... eu precisava do seu beijo como precisava de ar.

Seus braços fortes estavam ao meu redor firmemente como se dissessem que nada no mundo poderia em atingir enquanto eu estivesse lá.

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Passei meus braços em torno do seu pescoço, enquanto ele me puxava para mais perto, aprofundando ao mais o beijo.

Seus lábios cor de cereja, roçaram de leve o meu antes dele voltar a me beijar com mais vontade do que antes e eu sentir seu hálito de menta, na minha boca.

Uma mão dele escorregou por toda a minha coluna, parando na sua base e imediatamente eu senti um arrepio correr meu corpo, e apenas acariciei sua nuca em resposta e suspirei de leve entre seus lábios.

Quando ambos precisamos de ar, nos afastamos enquanto ele puxava meu lábio inferior entre os dentes e eu sentia o seu sorriso.

Sentia, porque eu não queria abrir meus olhos.

Não queria abri-los e perceber que eu só estava imaginando. Não queria abri-los para ver todo o pessoal lá em baixo que a proposito gritava e assoviava para a cena. Não queria abrir e me arrepender do que tinha feito.

– Ruiva. – a voz dele soou rouca e baixa e eu apenas suspirei novamente sem abrir os olhos. Senti a sua mão contornar cada um dos traços do meu rosto com suavidade e em seguida pousar no meu pescoço. Senti a sua respiração bater de leve com a minha. – Olha pra mim.

– Não. – sussurrei de volta e ouvi a sua baixa risada rouca

– Por favor? – pediu novamente depositando um beijo no canto da minha boca.

Hesitantemente, abri meus olhos encontrando os seus mais pertos do que eu esperava. E mais lindos também. Com a claridade, eu podia contar exatamente onde cada tom de cada cor estava. Era hipnotizante.

– Você é a minha vida. – sua voz saiu baixinha e ele encostou a sua testa com a minha. – Você é o que eu tenho de mais importante.

Eu não sabia como responder.

– Você colocou a minha vida de cabeça pra baixo. – foi o que eu sussurrei de volta e ouvi a sua breve risada.

– Digo o mesmo não é? – observei uma de suas sobrancelhas se arquear. – Eu mudei tanto... por sua causa.

– Sinto muito. – eu realmente não sabia o que falar.

– Não sinta. – seus lábios se curvaram num sorriso torto. – Eu gosto do novo James, porque esse novo James, bom... ele é seu.

Eu suspirei e apoiei a cabeça no seu peito quando ele me abraçou.

– Eu tenho medo. – foi o que eu admiti baixinho.

– Medo? Porque?

– Medo de você me machucar. – levantei a cabeça para lhe olhar nos olhos. – Medo de você fazer comigo o que fez com todas as outras.

– Você não é como elas. – ele falou depois de um tempo. – Você me fez melhor. E bom... – ele limpou a garganta e eu franzi a testa. – E-eu te...

– VOCÊS PODEM PARAR DE AGARRAÇÃO AÍ EM CIMA E DESCER LOGO? – o grito do Fred interrompeu o que ele ia falar.

Eu não sabia se xingava o Weasley ou se agradecia pela interrupção. Tinha a sensação que sabia o que ele ia falar e não achava que estava preparada pra ouvir.

Ele já tinha falado que gostava de mim, mas...

Aquelas três palavrinhas era outra coisa.

Aquelas três palavrinhas era como se fosse uma promessa.

– Ok, acho melhor descermos. – falei num sussurro e me separando um pouco dele.

– Ok. – ele concordou dando um suspiro derrotado.

– Ok. – meus lábios se curvaram de leve pra cima ao me lembrar de um livro trouxa que eu havia lido.

“Talvez Ok venha a ser o nosso sempre.”

[...]


– Você pode me explicar... O QUE FOI AQUILO? – essa era uma Audrey que saltitava pelo nosso dormitório enquanto eu estava sentada na cama, rolando de leve os olhos, apesar dos meus pensamentos me levaram para longe dali de minuto em minuto.

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– Nem eu sei. – admiti e ela me olhou como se eu fosse maluca.

Mas, droga... era a verdade!

Nem eu entendia direito o que tinha acontecido em cima daquela vassoura, só... nós falamos o que pensamos e sentíamos. Nada mais.

– Você beijou o James! VOCÊ BEIJOU O JAMES! – ela falou como se eu fosse uma demente.

– Eu sei disso. – resmunguei rolando os olhos.

E bom... eu mão me arrependia. Não mesmo. Era incrível o modo como naquele momento eu havia me sentido... completa. Era essa a palavra. Isso era normal?

– E então... – a fabulosa me incentivou esperançosa, como se esperasse que eu falasse ou fizesse algo.

– Então o que? – franzi a esta distraída e a minha melhor amiga deu um tapa na própria testa.

– VOCÊS NÃO VÃO ACREDITAR. – uma Roxy animada entrou no nosso dormitório quase nos fazendo morrer do coração.

– Sabe aquela porta ali? Você poderia bater nela. – a Audrey sorriu de lado.

– Dispenso. – a morena se sentou ao meu lado e me olhou risonha. – Que beijo foi aquele que você deu no James?

– Cala a boca. – resmunguei.

– Foi bom? – ela me ignorou completamente me provocando.

– Você não tem nada melhor pra fazer não tipo... se agarrar com seu namorado pelos corredores? – bufei irritada.

– Como você se agarra com o James? – ela deu risada e ganhou meu dedo como resposta.

– Porque tanta animação Roxy? – a Audrey falou dando risada e recordando da noticia que a morena ia nos contar.

– A final de Quadribol é amanhã. – a garota só faltou gritar de empolgação.

– Serio?! – arregalei meus olhos. Como eu me esqueci disso?

– Sim. Grifinória vs. Sonserina. – Roxy agora tinha um sorriso de lado.

– Uh, vai derrubar o próprio namorado da vassoura? – debochei.

– No campo ele não é meu namorado baby. No campo ele é apenas mais uma minhoca que eu tenho que mandar pra fora da vassoura. Simples. – a naturalidade dela era impressionante.

– Que seja. – a fabulosa deu de ombros. – Antes de você entrar aqui, sem bater, devo ressaltar, eu estava tentando ter uma conversa com a lerda da ruiva aqui a respeito do beijo que ela deu nele.

Porque elas amavam jogar na minha cara que havia sido eu que tinha beijado o Sirius?

– Vocês não vão parar de falar disso? – rolei os olhos afundando na cama.

– A gente só quer entender o que se passa na sua cabecinha de fogo. – a Audrey falou calmamente.

– Eu não sei, eu... – respirei fundo. – Estou tentando entender como tudo isso aconteceu.

Era verdade.

Num momento eu o chamava de “Potter” e não conseguia ficar próximo a ele sem alguma merda acontecer. Eu o odiava. No momento seguinte ele tinha virado “Sirius” pra mim, podíamos ter conversas agradáveis, e eu parecia gostar dele.

Vida confusa.

– A linha tênue entre o ódio e o amor. – a Roxy deu uma de Rose e falou sabiamente.

– Tirou da caixinha de leite querida? – rolei os olhos fazendo ela me dar um tapa e a Audrey rir.

– Você ama o James. – a fabulosa cantarolou se levantando.

– Será que da pra parar de repetir isso? – pedi emburrada fazendo o mesmo. Até porque eu já sabia disso.

– Que bom que ela já saiu da fase de negação. – a Roxy sorriu.

– Um grande avanço. – minha melhor amiga concordou.

– Ela já até beijou ele! – a morena era só empolgação.

– Será que da pra parar de falar como se eu não tivesse aqui? – resmunguei enquanto as seguia para fora do dormitório.

– Foi mal. – Roxy se desculpou. – Só acho que esta na hora de você tomar uma atitude Ash.

– O que quer dizer com isso? – questionei a fazendo rolar os olhos, mas foi a Audrey que me respondeu.

– Ela quer dizer que o James é lindo e te ama. – falou simplesmente. – Esta na hora de você aceitar isso e ir atrás dele de uma vez por todas. Porque se você não o fizer... outra fará.