Doce Ironia.

Talvez eu não tenha feito o certo.


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“Talvez eu saiba em algum lugar no fundo da minha alma, que o amor nunca dura.”

P.O.V’s Ashley.

Minha cabeça doía quando acordei na manhã seguinte e eu sabia que se me olhasse no espelho eu estaria parecendo um panda que foi esfolado.

Depois do acontecimento no jardim, eu não voltei ao baile. Apenas me dirigi ao dormitório e por algum motivo desconhecido para mim, eu chorei. Chorei mais do que tinha chorado até agora.

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Não sabia se tinha sido por causa das coisas que o Rich havia me falado, ou simplesmente por eu não consegui corresponder aos seus sentimentos e deixar meu amigo sofrer, ou, por mais que doesse no meu orgulho admitir, por causa do beijo do Potter e da Dominique.

Pelo bem de todos e felicidade geral da nação, eu optei por ficar com as duas primeiras opções.

Ouvi alguns murmúrios e abri a cortina da minha cama, colocando a cabeça para fora e dando de cara com a Rose, a Roxy, a Lilly e a Audrey conversando animadamente e em voz baixa, mas assim que me notaram pararam imediatamente de falar.

– Você esta linda. – a Audrey comentou provavelmente olhando minha maquiagem borrada, mas vi que ela ficou preocupada ao ver rastros de lagrima pelo meu rosto, minha cara de dor e meus olhos vermelhos. Eu nem sabia que horas a fabulosa tinha chegado ontem.

– O que aconteceu Ash? – logo todas elas estava ao redor de mim me olhando preocupadas.

– Você sumiu do baile ontem, te procuramos e não te achamos. Nem você, nem o Miller. – a Roxy me informou.

– Preciso de um banho, conversamos depois. – falei indo ao banheiro e batendo a porta.

Lavei a maquiagem borrada do meu rosto, vendo meus olhos ainda vermelhos, e deixei a agua quente relaxar meus ombros tensos. Me enrolei na toalha e sai do banheiro vendo as quatro meninas me encarando. Ignorei e logo tratei de vestir uma roupa e me joguei na cama em seguida.

– Pode falar agora. – a Rose ordenou cruzando os braços.

– Eu e o Rich conversamos. – disse simplesmente e comecei a narrar tudo o que tinha acontecido no baile e depois dele, inclusive o beijo (o queixo delas caíram nessa hora) e tudo o que ele tinha falado e eu respondido. E como eu me sentia mal, triste, por não corresponde-lo.

– Isso não é sua culpa! – a Lilly falou vindo para o meu lado. – Você não pode se forçar a gostar dele.

– A gente não manda no coração. – a Rose falou acariciando minha juba ruiva.

– Talvez, mas isso não muda nada. Eu ainda me sinto horrível. – resmunguei.

– Talvez uma noticia boa te anime. – a Audrey falou sorrindo animada para mim e trocando olhares com as meninas.

– Que noticia? – perguntei curiosa.

– O John e a Charlotte estão namorando. – a Roxy me informou e eu dei um grito animado.

– Serio? – eu quicava de felicidade com um sorriso maior que a cara.

– Sim. – a Rose falou também sorrindo. – Ele pediu ela em namoro durante o baile, foi lindo.

– E não é só isso. – a Audrey falou e olhou de canto para a Lilly que corou.

– Eu e o Lorcan demos o nosso primeiro beijo. – a ruiva falou baixinho, mas foi o suficiente para eu ouvir e pular em cima dela.

– Parabéns baixinha! – falei a abraçando.

– Vejo que em breve teremos outro pedido de namoro. – a Rose falou sorrindo sonhadora.

– E um loiro morto. – a Roxy falou rindo e eu a acompanhei. O Albus e o Potter não iam gostar nada dessa historia. Foda-se eles.

– Cara, o Albus virou a mãe Diná! – murmurei para mim mesma e sorrindo.

– O que? – as meninas fizeram coro quando não entenderam o que eu disse.

– Nada. – falei sorrindo e minha barriga roncou.

– Com fome? – a Audrey me perguntou e eu assenti.

– O café já acabou, mas podemos ir na cozinha. – a Roxy falou se levantando.

– Só se for agora. – concordei calçando um sapato. As meninas me acompanharam para fora do dormitório e fomos caminhando pelos muitos corredores de Hogwarts em direção a cozinha, sempre tomando cuidado para não sermos pegas, afinal não estávamos com a capa de invisibilidade nem com o mapa do Maroto do Potter.

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Eu fiz cocegas na pêra e a mesma virou uma maçaneta, eu rapidamente abri a porta e entrei na cozinha. A única coisa que passava na minha mente no momento era um lindo e suculento Cupcake de chocolate.

Mas eu tive uma pequena surpresinha. Lá estava o Potter e o Fred e assim que eu pisei meus pesinhos no local, ambos me encararam.

– O-ou. – vi uma das meninas murmurarem atrás de mim e eu franzi a testa não entendendo.

– Posso ajudar senhorita? – um elfo me tirou dos meus pensamentos confusos. Eu sorri para ele.

– Sim, você pode trazer cupcakes de chocolate para mim, por favor? – questionei delicadamente.

– Claro, senhorita. – ele confirmou animado e saiu rapidamente.

– Perdeu o café da manhã Ash? – o Fred me perguntou. Eu simplesmente assenti.

– Sabe o que é curioso? – o Potter questionou me encarando sem nenhum traço de humor. – Nós te procuramos ontem no baile e não te achamos. Nem você... nem o Miller. – completou.

Sinceramente eu não queria entender a insinuação por trás daquela frase.

– Deve ser porque você estava mais ocupado enfiando a sua língua na garganta da veela demoníaca. – disparei de volta e se fez silencio no local.

– Digo o mesmo não é? Só que no seu caso, tinha um certo Sonserino idiota envolvido. – o rosto do Potter estava roxo de raiva e meu queixo caiu.

– Como você... – questionei chocada.

– Não só tinha vocês nos jardins ontem a noite Dursley. E um Sonserino fez questão de me parar no corredor a minutos atrás só para me informar isso sabia? – questionou irônico.

– Não é o que você... – comecei me defendendo, mas então pausei o encarando. – Eu não te devo satisfações da minha vida Potter! – falei irada.

– Que seja, só que você também sabe os motivos do meu beijo com a Dominique? Você por acaso se questionou se eu realmente queria aquilo? – me perguntou.

– Sinceramente você parecia gostar bastante e eu não tenho nada haver com a sua vida do mesmo modo que você não tem nada haver com a minha. – falei com meu rosto vermelho.

– Só se questione se o que você fez foi certo. – o Potter pediu balançando a cabeça negativamente. Talvez não tivesse sido certo com o Rich... eu deveria ter rejeitado o beijo. Mas, o que ele tinha haver com isso? Só seria errado com o Potter se ele realmente gostasse de mim. Acontece que ele não gosta. O Potter não gosta de ninguém.

– Sim, foi certo. – falei depois de um tempo e o Potter me encarou por um curto período de tempo com um sorriso amargo nos lábios.

– Parei com você. – falou simplesmente e sua voz era fria, mas eu vi algo como decepção nos seus olhos. Sem mais uma palavra ele saiu rapidamente da cozinha e bateu a porta atrás de si. O Fred me olhou por um tempo como se me desaprovasse, balançou minimamente a cabeça e seguiu o caminho do amigo.

Na mesma hora meu coração se apertou. Em que merda eu tinha me metido?