Pura Indecisão

Capítulo 5 - Se estamos juntos, o meu mundo gira


No capítulo anterior...

Toquei seu rosto e ela se aproximou de mim. Eu pude sentir seu doce cheiro.

– Thales... - Ela sussurrou.

Aquilo foi a deixa para poder sentir seus lábios nos meus.


POV Thales

Nossas testas estavam coladas e ela estava com os olhos fechados.

– Tem certeza de que quer isso? - Eu disse.

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– Não.

E, mesmo com essa resposta, ela me beijou. Nossas línguas eram como nossos corpos: pareciam se moldar.

– Duda... - Interrompi. - Estamos indo rápido demais, não estamos?

– É... - Ela disse, sem graça. - Me desculpe por isso. - Ela se ajeitou no sofá e se sentou com suas pernas cruzadas.

– Não tem problema. - Toquei o queixo dela. - Eu gostei. - Nós sorrimos.

– Mas nós não nos conhecemos direito. Aconteceu tanta coisa em um só dia.

– É verdade. Foi quase paixão a primeira vista. Se você tivesse me dado um soco, nós estaríamos muito distantes um do outro.

– E eu estaria no hospital talvez.

– Não quero que você enfrente o Pedro de novo. Ele não é boa pessoa.

– Tá bom. - Ela sorriu. - Vou confiar em você. - Ela mudou a expressão. - Tem muito tempo pro meus pais chegarem. Conta um pouco mais dos seus gostos.

– Mas o que você quer saber?

– Vamos começar por... Onde você mora?

– Eu moro na esquina da rua do nosso colégio.

– Hum... Sua cor favorita?

– Azul.

– Comida favorita?

– Não diria comida, mas eu amo doce de leite.

– Sério? Eu também amo demais! - Eu sorri.

– Eu posso te fazer umas perguntas agora?

– Claro que sim.

– Mas eu vou perguntar o que você menos imaginar.

– Tá bom! Pode perguntar!

– Já namorou quantas vezes?

– Nunca namorei.

– Mesmo? - Eu disse, meio indiferente.

– Sim.

– Mas já beijou algum menino, né?

– Sim, claro. Mas nunca foi como... - Ela abaixou a cabeça.

– Como hoje?

– É.

– E como você define o que houve entre nós hoje?

– Um quase amor a primeira vista.

– Se não fosse pelo nosso pequeno desintendimento de manhã.

– É verdade. Aconteceu tanta coisa hoje que é difícil de acreditar que nos conhecemos há apenas um dia. E você já está na minha casa!

– Mas isso é porque você se machucou.

– Só por isso?

– Sim... Não teria coragem de vir aqui te visitar por nada.

– Por que não?

– Porque você me odeia.

– Você acha mesmo que eu te odeio, Thales?

– Eu não sei...

– Eu acabei de te beijar, menino... - Ela sorriu e eu sorri também.

– Mas, sabe... - Abaixei a cabeça. Eu pensei em contar pra ela... Mas e se ela gostasse da notícia? E se eles já tivessem se falado?

– O que foi? - Ela ficou séria.

– Eu queria repetir que eu gostei. - Sorri. Ela também sorriu.

Ficamos conversando a tarde inteira. Trocamos o número dos nossos celulares, trocamos informações e muito mais. Parece que nos conhecemos há anos.

Até que os pais dela chegam e ficam me encarando. Nós não estávamos fazendo absolutamente nada demais, mas a impressão deles em relação a mim não será boa.

– Então... Eu vou embora. - Beijei a testa da Eduarda. - Até amanhã. Qualquer coisa me liga.

– Tá bom. Desculpa qualquer coisa. - Ela disse, sussurrando.

– Depois a gente conversa. - Pisquei pra ela e saí "de fininho".


POV Eduarda

Estava pronta para escutar as bobagens que os meus pais iriam dizer.