Estava sentada ao lado de Edward na aula de biologia, haviam se passado dois dias e meu pai nunca mais tocou no assunto, eu ainda continuava rodeada de seguranças, eles checaram meus amigos que agora passavam mais tempo em minha casa, Charlie havia entendido que não iria me afastar deles e apenas disse a Ruan que mantivesse os olhos em mim.

-Tudo bem? –Edward questionou tocando minha mão, era um toque que parecia tão certo, tão comum, mas ao mesmo tempo sempre parecia que era a primeira vez que ele me tocava.

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-Tudo. –Eu disse e lhe dei um sorriso, sendo presenteada por um sorriso torto.

Talvez eu estivesse levando as coisas para outro lado mais eu sentia que havia mais do que amizade entre Edward e eu, eu sentia isso quando ele me abraçava ou quando beijava minha testa, sentia isso quando andávamos abraçados pela escola sem nos importar com que os outros fossem falar.

A aula acabou e nós seguimos para a quadra, nas entradas da quadra eu pude ver alguns seguranças, Edward tinha seu braço envolta do meu pescoço enquanto eu tinha o meu braço em sua cintura, eu bufei alto sentindo aquela sensação de ser uma prisioneira e era isso que eu mais odiava.

-Tenha calma. –Edward sussurrou no meu ouvido fazendo um calafrio passar pelo meu pescoço.

-Estou tentando. –Eu disse e olhei em seus olhos, ele beijou minha testa e nós continuamos andando.

-Isabella; Edward. –Marcos um dos seguranças nos saudou.

-Marcos. –Edward disse enquanto eu simplesmente movia a cabeça.

-O que estão fazendo? –Questionei.

-O circo esta apertando, encontramos dois caras armados na mata. –Marcos disse apontando para a floresta atrás da escola.

-E vocês têm certeza que estavam atrás de mim? –Questionei sem nenhum pingo de medo.

-Eles tinham sua foto. –Ouvi a voz de Ruan a minha costa e me virei para olhá-lo.

-Bom acho que terei que quebrar o acordo com meu pai. –Eu disse o olhando nos olhos o desafiando a falar algo, Ruan tinha todo um jeito superprotetor que me lembrava a Jacob. –Ou ele resolve isso logo, ou eu vou resolver com minhas próprias mãos.

Dei-lhe as costas e entrei na quadra sendo seguida por Edward, nos juntamos ao nosso grupo e eles notaram como minha postura estava tensa e sabiam que algo estava errado eu geralmente estava rindo principalmente perto de Edward.

-O que você quis dizer com resolver com as próprias mãos? –Edward perguntou quando eu me sentei e ele ficou em pé na minha frente, nosso olho se encontraram e eu vi medo nos seus olhos.

-Eu tenho um plano que tem tudo para dar certo, mas meu pai não quer colaborar. –Eu disse e olhei para meus amigos. –Talvez eu precise da ajuda de vocês.

-Para colocar a sua vida em risco, nem fudendo. –Emmett disse e eu rolei os olhos.

-O que você esta planejando? –Rose questionou e eu contei a eles que me olharam chocados.

-Você não vai fazer isso. –Edward disse sério.

-Eu vou fazer isso com ou sem vocês Edward, é claro que com vocês tudo seria mais fácil.

-Esta pensando em fazer isso agora? –Alice questionou provavelmente pensando em algo.

-É agora ou nunca. –Eu disse e ouvi-os suspirarem.

-Podemos fazer isso. –Jasper disse assustando a todos. –Acho que Bella pode fazer isso dar certo, alem do mais os seguranças logo estarão todos atrás dela mesmo.

-Só se formos com você. –Edward disse e eu respirei fundo antes de assenti.

-Vamos começar. –Rosalie disse e se pos de pé.

Seguimos para a quadra onde muitos alunos praticavam os esportes e eu vi Tânia Denali jogando vôlei, era minha única chance então vi Alice dizer a professora que queríamos jogar e chamamos Ângela para se juntar a nossa equipe com Bruna e Vanessa uma menina tão quieta quando Ângela.

Quando o jogo começou eu fingi esta apenas jogando, mas assim que Rosalie me passou a bola eu usei toda minha força para acertar a cara de Tânia com toda minha força.

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-E lá vamos nós. –Eu disse e parei ao lado de Bruna e Ângela. –Preciso de um favor. –Eu comecei. Entreguei minha blusa de frio para Bruna que me olhava entendendo o que eu fazia. –Brigue com Tânia?

-Com prazer. –Ela disse ajustando o capuz e nós vimos Tânia vindo em nossa direção.

-Ângela diga aos seguranças que eu estou brigando, depois quando eles virem que não sou diga para me encontraram na saída de Forks.

-Ok. –Ângela disse e antes que Tânia pudesse me alcançar Bruna lhe deu um tapa.

Toda a quadra se amontoou para ver a briga enquanto eu e os meus amigos nos afastamos, vi Ruan, Marcos e o outro segurança entraram na quadra, nós corremos e eu coloquei a blusa de Alice escondendo meu cabelo.

Alice e Jasper foram à BMW de Jasper enquanto nós quatro entramos no volvo de Edward e saímos da escola, vi alguns seguranças olharem para Edward, mas nada fizeram para impedi-lo.

Era agora ou nunca se eu falhasse estaria em uma encrenca maior que eu poderia agüentar e meus amigos também, por isso respirei fundo enquanto Edward voava para a entrada da cidade, 2 quilômetros antes ele parou o carro e eu pulei para fora, sendo seguida e por Alice que estava no outro carro, eles acenaram e eu vi medo nos olhos de Edward enquanto ele dava a volta no carro.

Eu o abracei apertado querendo não pensar que poderia ser a ultima vez que eu veria, fechei meus olhos e senti seu perfume, ele beijou minha cabeça e eu suspirei, querendo fazer tudo o que fosse possível eu o olhei nos olhos e me senti hipnotizada, levantei meus pés e toquei seus labios com os meus, senti aquela descarga elétrica que já estava acostumada, só que agora mais forte, ele me segurou com força e correspondeu ao beijo aprofundando ele.

Minhas mãos foram para sua nuca enquanto seus braços se firmavam em minha cintura, senti o ar nos faltar, mas não foi só isso que nos afastou foi um aplauso logo atrás de mim, assim que me virei vi um homem branco, seus cabelos eram loiros e seus olhos eram negros, meus amigos recuaram e ficaram ao meu lado, Edward firmou sua mão em minha cintura me puxando para seu lado.

-Você é mesmo burra não, depois de matar seu irmão agora coloca a vida dos seus amigos e namorado em jogo também. –Ele disse e me lembrei do nome que meu pai disse.

-James. –Eu disse e ele pareceu um pouco surpreso. -Queria mesmo te encontrar. –Eu parei e olhei para meus amigos. –Acho que é hora de vocês se afastarem. –Eu disse me afastando dos braços de Edward.

-Não mesmo. –Alice disse com medo.

-Eu disse agora. –Eu disse e me virei para James. –Seu problema é comigo James, vamos resolvê-lo.

-Garota durona. –Ele disse e fez sinal com a mão, vi mais uns vinte caras armados saírem da mata e nos olharem. –Vocês vem comigo. -Ele fez sinal e eu sabia que não havia escolha, entramos na mata e no meio do caminho eu deixei minha pusera cair no chão e então entramos em uma clareira, os homens nos cercaram e logo seguravam meus amigos James deu a arma para um deles e se virou para mim que era a única a não ser segurada.

-Então queria me ver. –James disse e caminhou em minha direção até tocar meu cabelo, ouvi o protesto dos meus amigos e de Edward, mas não me virei apenas fixei meus olhos em James.

-Na verdade eu estou aqui por outro motivo alem de te ver. –Eu disse com a mão no bolso da calça.

-Pelo que então? –James disse e segurou minha cintura, eu me senti imediatamente suja e seu perfume barato me atingiu me dando mais nojo.

-Por isso. –Eu disse e enfiei meu canivete em sua barriga ele me empurrou e o canivete saiu da sua barriga, ele olhou o corte e vi o ódio lhe tomar.

Ele se abaixou e segurou minha mão quando eu tentei lhe acertar de novo, ele me deu um tapa na cara e ouvi meus amigos gritarem, era isso que eu queria que eles não visse, eu sabia que isso aconteceria e pelos meus cálculos Ruan já deveria estar chegando a clareira e tudo ficaria bem.

-Sua vadia, eu vou matar você. –Ele disse e eu chutei seu saco o fazendo cair, eu levantei com o canivete e corri para um dos caras que sorriu vindo na minha direção quando eu cheguei perto dele lhe acertei o canivete no rosto, mas ele me socou me fazendo cair, vi meus amigos brigando e isso era bom tirando o fato que logo um desses caras iria sacar a arma e atirar.

Quando me pus de pé vi o caminho por onde viemos ser abarrotada de agentes da Cia, vi meu pai ser o ultimo a entrar e em seus olhos tinha puro o ódio, se eu nunca tive medo dele agora eu tinha, meus amigos correram em minha direção e nós nos mantivemos longe da confusão, os homens estavam sendo presos e Ruan passou a algema pelo braço de James, ele parecia furioso quando levantou os olhos e encontrou os meus.

-Fiquem aqui. –Eu pedi e caminhei de vagar até James e Ruan, vi meu pai conversando com Fernando e me fulminando com os olhos.

-Você esta bem encrencada mocinha. –Ruan disse em um rosnado quando me aproximei.

-Pelo menos eu sou mais ágil que vocês. –Eu disse. –Ele esta preso e eu vou ter minha liberdade.

-Se seu pai não te botar de castigo pelo resto da sua existência. –Ruan disse. –Você tem noção do que tudo isso envolve? Você poderia estar morta seus amigos poderiam estar mortos, você não parou nem um segundo para pensar em como todos nos sentiríamos por ter falhado com você e com seu pai?

-Eu sabia que você estaria aqui. –Eu disse e toquei seu braço vendo James bufar. –Você é meu protetor Ruan, você sempre esta lá, você estaria aqui também, eu sabia disso.

-Você é maluca. –Ele disse por fim.

Eu coloquei meu pé no corte de James e sorri para ele, finalmente eu estaria livre dele e de toda aquela merda, mas antes eu precisava fazer algo, então enchi a mão e lhe dei um murro no rosto.

-Isso é pelo meu irmão seu idiota. –Eu disse e sorri para Ruan que balançou a cabeça em negação, mas ao que parece a raiva estava diminuindo.

Me virei pronta para voltar para meus amigos e vi meu pai e Fernando conversando com eles, pensei em mudar de direção, mas não adiantava fugir eles iam me matar mesmo, toquei o cordão em meu pescoço e suspirei.

Eu sempre vou te amar. –Eu pensei enquanto me aproximava.

-Olha ela ai. –Fernando disse e parecia tranqüilo, eu olhei novamente para meus amigos antes de encarar meu pai. –Vamos meninos, vou levá-los de volta a estrada e garanti que cheguem a casa.

-Nos vemos amanha na escola. –Eu disse quando os vi em duvida se podiam ir e eu ficaria bem, eles assentiram, meus olhos cruzaram com os de Edward e ele se afastou com o grupo.

-Estou pensando se te mato agora ou deixo para sua mãe se juntar a festinha. –Charlie esbravejou irritado.

-Não seja tão dramático. –Eu pedi cruzando os braços. –Eles invadiram minha escola para me procurar, qual seria o próximo passo? Invadi a casa dos meus amigos? Vocês não sabiam onde ele estava nem como pega-lo eu dei um jeito.

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-Você poderia ter morrido. –Charlie disse e apontou o dedo para mim.

-Eu já ouvi esse discurso hoje pai, se o senhor não notou Ruan também já o fez, e aqui pra nós eu poderia ter morrido, mas não morri. –Eu disse tentando não gritar e não descontar a raiva que de repente se apoderou de mim nele, eu não sabia por que estava assim, talvez por que agora eu queria colocar tudo para fora. –Alem do mais não é por que a sua consciência começou a pesar dês da morte de Jacob que você pode simplesmente tentar entender como eu sou.

Eu parei e ele também, eu sabia que aquilo era o que meu coração sentia, mas não queria feri-lo com minhas palavras, eu só queria colocar tudo para fora, me livrar de toda aquela bagunça, me virei e segui para onde Ruan estava conversando com Marcos.

-Pode me levar embora agora? –Questionei a Ruan que me olhou e depois olhou para meu pai, o ouvi suspirar e assenti.

-Claro, vamos lá. –Ele disse e eu o segui por entre a floresta depois de acenar para Marcos.

Dentro do carro nenhum de nós dois nada dissemos, eu não pude conter as lagrimas e deixei que elas saíssem, chorei como nunca chorei antes, os soluços saiam sem que eu pudesse conte-los e na verdade eu não fazia a mínima força para para-los, ao chegarmos em casa, Ruan alisou meu cabelo como Jacob costumava fazer quando eu chorava por algo e aquilo fez com que meu choro intensificasse.

-O que ouve pequena? –Ruan questionou e eu vi em seus olhos aquele olhar protetor que eu vi desde que ele virou meu segurança.

-Eu não sei dizer ao certo. –Eu disse tentando enxugar os olhos. –Eu não sei se é por Jacob, não sei se é de alivio por nos livrarmos de James, não sei se é por meus amigos. –Eu parei e suspirei. –Acho que é por tudo isso, mas por finalmente poder colocar para fora tudo, não sei como eu e meus pais vamos passar por isso, não da para fingir que tudo que eles já fizeram não me magoa.

-Vai passar. –Ele sussurrou mexendo no meu cabelo. –Eu te entendo, você quer colocar para fora e isso é normal, quando tudo isso passar e você tiver colocado toda essa dor para fora, vai ver que se sentira bem melhor.

-Obrigada Ruan. –Eu disse e o olhei. –Por tudo. –Eu o abracei e logo me afastei. –Você é como um irmão mais velho para mim, sempre foi.

-E você como minha irmãzinha. –Ruan disse e beijou minha testa. –Eu não sei se vou te ver antes de irmos. –Ele parou e me olhou nos olhos. –Mas se aquele bad boy te magoar saiba que pode me ligar quando precisar.

Eu sabia que ele falava de Edward e acabei rindo, sai do carro e entrei em casa, vi minha mãe aflita e seus músculos ao me ver relaxaram, ela correu e me abraçou e eu deixei que as lagrimas caíssem dos meus olhos, diferente do meu pai, ela não estava brava e se estivesse não demonstrou, ela se sentou no sofá e eu fiquei nos seus braços chorando.

Ouvi quando meu pai entrou em casa, ouvi ele suspirar ao nos ver e não me importei, naquela noite eu me permitiria chorar por tudo, deixaria que a dor viesse com força total, pois depois de todo Crepúsculo vinha uma Lua nova, depois de todo Eclipse vinha o Amanhecer e era por ele que eu aguardava.