Aqui estou eu. Pensando. Pensando não, tentando pensar. Eu penso tanto que não sei mais como pensar. Tento pensar em minha infância: problemática. Família: abandonada pelo pai quando tinha 5 meses. Escola: expulsa de várias. Essa sou eu. Cecilia Jones. Com esses pensamentos é de se desistir de pensar não é?

Depois de mais um dia chato na escola, voltei para minha casa, em uma parte sossegada de Manhattan, longe do trânsito e das bozinas.

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Meu padrasto, Dylan, estava sentado no sofá lendo o jornal, pois estava de folga de seu trabalho como petroleiro.

- Oi Dylan! – disse eu – Minha mãe foi trabalhar?

- Sim, parece que tem uma baleia encalhada na praia de Long Island e ela teve que ir examiná-la.

- Ah!

Minha mãe é bióloga marinha, por isso que ás vezes tem que sair em emergências desse tipo.

Enquanto me dirigia a cozinha, Thorben, meu cachorro apareceu com seu osso na boca.

- Hey amigão! Esta indo enterrar esse osso lá fora? É melhor ir logo, daqui a pouco vai chover...

Thorben deu um latido e seguiu em direção ao quintal pela porta da cozinha.

Fiz um hambúrguer e peguei uma latinha de Diet Coke na geladeira. Comecei a comer enquanto via a previsão do tempo.

A repórter começou a falar:

“Estamos aqui na Estátua da Liberdade para verificar as condições climáticas. Como podem ver está ventando bastante. A previsão é de tempestade. A indícios de terremotos com mais ou menos 2,5 graus, de Nova York até São Francisco. Evitem sair de casa hoje e amanhã!”

Assim que a repórter terminou de falar, o telefone tocou. Cinco minutos depois Dylan disse:

- Era da sua escola, Westover.

- Por incrível que pareça, eu sei que a minha escola se chama Westover!

- Ha-há. Muito engraçada. Por conta das condições climáticas amanhã não haverá aula! – disse Dylan imitando a voz da secretária da escola.

- Eba!

Fui comemorando para a cozinha para terminar o lanche. Quando acabei, fui chamar Thorben, pois já estava chovendo.

- Nossa! Você está bem sujo, amigão! Vou te dar um banho!

Segui com ele para o jardim de inverno. Liguei a mangueira e comecei a dar banho nele, que por ser um golden retriever, adora água, assim como eu!

Depois que sequei ele, subi para o meu quarto. Sorte que é suíte, pois já está ficando frio para tomar banho.

Por mais que ainda fossem quatro da tarde, coloquei meu pijama e meias. Liguei o aquecedor e a TV. Não estava passando nada de bom, então fui para a sala.

- Mãe! – exclamei ao vê-la entrando pela porta – A baleia ficou viva?

- Sim, ela ficou ótima, sorte que chegamos a tempo!

Minha mãe é uma mulher jovem, com apenas trinta anos, me teve com dezoito. Seu nome é Carly.

- Vou tomar um banho quente e depois que tal jogarmos umas partidas de WAR?

- Por mais que estratégia e sabedoria não sejam o meu forte, eu topo!

- Ótimo! Depois vou fazer uns petiscos. Por que não chama Liz e Dave para jogarem?

Liz e Dave são meus melhores amigos e aprontamos tudo juntos. Nós três somos os únicos da escola que sofremos de dislexia e TDAH.

Liz tem cabelos loiros cacheados e olhos cinzentos. Apesar da dislexia e do TDAH, ela é super inteligente. Já Dave é diferente. Ele e eu somos parecidos tanto fisicamente quanto psicologicamente. As pessoas costumam achar que somos irmãos.

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Ele tem pele clara, cabelos pretos e lisos e olhos verdes. Exatamente como eu.

Como além de estudarmos na mesma sala, somos vizinhos, para chamá-los bastou ir para o quintal e convidar (em forma de grito, claro). Eles toparam na hora.

Estamos na primavera, mas está fazendo bastante frio. Minha mãe fez chocolate quente e acendemos a lareira.

Começamos a jogar. As primeiras cinco partidas foi Liz que ganhou. Ela é realmente boa com estratégia.

Continuamos jogando. Aquela tarde com certeza ficou marcada...