I Hate You
"Não tem nada de fofo"
Chegamos na casa do Turner e minha mãe tava lá. Acordei o Jason e descemos do carro. Logo depois, os caras do guincho colocaram o carro na frente de casa.
- Meu bebê! Como você tá? – A senhora Turner falou e abraçou o Jason, que fez uma careta. Reprimi um riso, mas por dentro eu gargalhava! Abracei minha mãe.
- Como você tá, meu amor? – Ela me perguntou.
- Eu to bem, mãe.
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- Claro.
- Vocês querem que a gente leve vocês? – O senhor Turner perguntou.
- Não precisa. A gente vai dormir na minha mãe que é aqui do lado. – Minha mãe respondeu. Nos despedimos de todo mundo e fomos pra casa da minha vó. Minha mãe disse que já tinha avisado que dormiríamos lá e eu fui direto tomar banho.
- Filha?
- Eu. – Respondi de dentro do box já.
- Tá muito cansada?
- Quer que eu te conte como foi? – Ela assentiu parecendo uma garota de 14 anos e eu ri. – Foi legal.
- Nossa, só?
- Você quer que eu responda o que?
- Fala se ele foi gentil, atencioso, se ele chegou em você. – Olhei pra ela através do vidro quase transparente do box.
- Mãe, a gente não foi lá pra ficar.
- Mas não aconteceu nada de mais? Nem quando o carro parou do nada?
- Eu contei da minha fobia pra ele. – Ela abriu o box e me olhou com cara de tédio.
- Me conta as coisas direito?
- Ai que coisa! Ele queria sair pra achar sinal pra ligar pra vocês. E eu pedi pra ele não me deixar sozinha lá. Tava escuro demais.
- Que fofa.
- Não. Para. Não tem nada de fofo. Enfim, não aconteceu nada de mais. Ele só me ofereceu a jaqueta dele.
- E...?
- Eu não aceitei.
- Por que não?
- Porque ele tava molhado por causa da chuva e eu não tava com frio. Mas mesmo assim ele deixou comigo. E teve uma hora que eu achei que ele ia tentar me beijar.
- MASOQ. Como? Que hora? No show?
- Não, depois do show. A gente tinha parado pra comer numa lanchonete. Mas enfim, foi irrelevante. Ele nem se aproximou demais.
- Hm... e o show como foi?
- Mãe, foi incrível! Foi tão lindo! – Ela sorriu.
- Vou deixar você terminar seu banho. – Assenti. Pouco tempo depois, eu saí, coloquei o pijama e deitei na cama.
Acordei e fiquei enrolando durante um bom tempo na cama. Olhei no relógio e eram quase 15h30. Levantei, tomei um banho, me arrumei e desci pra comer alguma coisa.
- Oi vó. – Dei um beijo na bochecha dela. Minha voz quase não saia.
- Oi, querida. Sua mãe vai passar aqui pra te buscar depois do serviço.
- Tudo bem. E o vovô?
- Tá na loja. Se quiser passar lá, mais tarde. – Assenti e comi fruta. Olhei pra janela, vendo a casa do Turner. Ontem ele ficou molhado pra cassete. Imagina se ele pegou gripe? Acho que não. Apesar que ontem quando a gente chegou em casa ele tava bem pálido. Terminei de comer e lavei minhas mãos.
- Vou dar uma passada no Turner ok? – Ela assentiu e eu saí. Toquei a campainha e uma senhora atendeu. – O Jason tá aí?
- Tá sim. Entra. – Ela me deu passagem e eu entrei. – Só um minuto. – Assenti e ela subiu as escadas. Um tempo depois ela voltou falando que eu podia subir. Assim fiz. Bati na porta do quarto e depois entrei. Ele tava deitado na cama todo encolhido com o endredom.
- Oi. – Disse e sorri de canto.
- Oi. – Que horror, Jason tava parecendo um zumbi. Pior que ontem. Com olheiras, pálido, e ele tava com o nariz vermelho também.
- Como você tá? – Perguntei me sentando na ponta da cama.
- Com dor no corpo e dor de cabeça. E sua voz tá horrível.
- Eu sei. A sua também. E melhoras. – Ele sorriu, ou tentou, e eu sorri de volta.
- Achei que você já tava em casa.
- Não, acabei de acordar. Você vai no médico?
- Fui hoje de manhã. – Bateram na porta.
- Hora do remédio, senhor Turner.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!- Me chama de Jason, pelo amor de Deus, Sandra. – Ela riu fraco e ele tomou o bagui fazendo uma careta. Logo depois ela saiu.
- É muito ruim?
- É horrível.
- Tá passando o que?
- Sei lá. Eu tava no celular. Como era morar lá?
- Em Atlanta? – Ele assentiu. – Era normal ué. – Disse e ri fraco.
- Mas normal como? Lá não é que nem aqui, se você me entende.
- A diferença é que lá sempre vai ter gente na rua, independente do horário. Aqui tem bastante gente, eu sei. Mas lá era tipo “uau”. Não dá explicar. – Ele riu fraco.
- É mais legal lá ou aqui?
- Apesar de eu sempre ter gostado de morar lá, aqui. Você sempre morou aqui né?
- Não.
- Jura? Morava onde?
- Morava numa cidade perto de Nova Iorque. Me mudei pra cá com três anos.
- Achei que você tivesse nascido aqui. – Ficamos em silencio por um tempo. – Quer jogar?
- Quero. Pode ser o player 1 se quiser. – Olhei pra ele.
- Nossa, to surpresa. Nunca deixam outra pessoa ser player 1. Alias, nem eu deixo.
- Pra mim tanto faz. – Ele disse dando de ombros.
(...)
- Jason, tem uma mulher lá em baixo procurando pela Jenny. – A tal Sandra disse e eu olhei no relógio. 20h00 já.
- Deve ser minha mãe. Nem vi a hora passar.
- Nem eu. - Ele disse.
- Então, tchau, Jason. Melhoras.
- Tchau, Jenny. Obrigado. – Desci e ela tava lá me esperando e conversando com a senhora Turner.
- Oi senhora Turner.
- Oi, querida.
- Então, vamos? – Minha mãe disse e eu assenti. Nos despedimos da senhora Turner e saímos.
- Hm... Tava fazendo o que lá? – Minha mãe disse quando entramos na casa da minha vó.
- Ele tá doente. Fui ver como ele tava. Aí a gente ficou jogando vídeo game.
- Ai que fofo. – Minha mãe tava parecendo um meme.
Revirei os olhos.
- Não tem nada de fofo.
- A mãe dele te adora! Já imaginamos vocês dois juntos. – Eu virei um pimentão!
- Vocês duas ficaram loucas! – Meus avós só olharam pra gente e não falaram nada. Jantamos e depois fomos embora.
(...)
Entrei no refeitório e olhei em volta. Sentei numa mesa sozinha e lá fiquei.
- Não achei que você fosse faltar ontem. – Tyler disse sentando do meu lado e eu revirei os olhos.
- Pois é né.
- E como foi ontem? – Olhei pra ele.
- Pra que quer saber?
- Foi só uma pergunta.
- Foi bom. Ótimo, na verdade.
- Hm... Ficaram? – Olhei pra ele fazendo uma careta.
- Tá de zoa?
- Sei lá né. Vai saber. – Revirei os olhos.
- E se fiquei? – Ele respirei fundo.
- Você já como ele é.
- Ah, Tyler, vai pra porra. – Disse irritada e me levantei.
(...)
A aula foi um tédio. Sem contar que aquele professor de merda de ingles ficou me testando a aula inteira. Todas as perguntas que ele fazia, eram pra mim.
Cheguei em casa e tinha um bilhete da minha mãe dizendo que ela ia almoçar no trabalho. Fiz algo pra eu comer e depois fiquei vendo uma maratona de Phineas e Ferb que tava passando.
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