Doce Pesadelo

Capítulo 18


Escutei o grito de Caio, e olhei para trás e vi que o carro estava próximo de mim, mas por sorte ele freou antes de me atropelar.
Meu coração acelerou tanto, que pensei que estava tendo um ataque cardíaco.
- Você tá bem moça, quer que eu te leve no médico? – disse uma mulher morena, linda com olhos cor de mel.
- Não estou bem! – falei.
- Tem certeza, eu te levo para o hospital! – disse ela preocupada.
- Muito obrigado mesmo, mas eu estou bem. Desculpe foi culpa minha, eu que estava desatenta.
- Tudo bem então – falou a mulher.
Entrou no carro e foi embora.
Caio correu até mim.
- Você tá bem? – falou ele ofegante.
- Sim, estou bem – sorri.
- VOCÊ PERDEU O JUÍZO MADSON!? Porque não se jogou na frente do carro, porque assim você iria conseguir o que quer! – disse nervoso.
- Quem disse que eu quero morrer? – perguntei.
- Se não quisesse, daria mais valor a sua vida! Presta atenção sua maluca, será que vamos ter que te vigiar? – disse ele.
- Okay, okay eu estava errada em não prestar atenção, desculpe! Mas fica calmo Caio – falei.
- Como ficar calmo Madson? Eu quase vi minha irmã morrer, por um triz que você não se vai... Eu não quero ter a mesma experiência que você teve, e eu não quero perder mais alguém que eu amo novamente! – disse ele com lágrimas nos olhos.
- Eu não vou te deixar, e você não vai me perder! Eu prometo! – sorri. – Palavra de escoteiro.
Ele me deu um abraço, e ficamos ali um tempo naquele abraço cheio de ternura, de amor e carinho.
- Eu te amo Caio, e não importa o que aconteça eu sempre estarei com você – falei nos afastando.
- Não! Se acontecer algo, iremos juntos para o mesmo lugar! – sorriu.
Dei outro sorriso, e fomos para casa. Caio foi na cozinha e pegou um copo d’água, para mim.
- Obrigado – disse.
- De nada, e descansa um pouco, porque você teve uma grande adrenalina hoje hein? – sorriu Caio.
- Okay, vou lá para o meu quarto e deixemos isso entre nós – pisquei.
- Tudo bem – assentiu.
Fui para o meu quarto e deitei um pouco, ainda tinha ficado assustada, e surpresa pela declaração do meu irmão.
- Mad! Mad! Mad! – gritava Ariel.
- Oi – falei.

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Ela entrou no meu quarto, toda empolgada.
- Você nem vai acreditar, o Nathan foi e me pediu desculpas, disse que estava errado e não precisa ter sido tão grosso comigo, a idiota da Jeniffer até saiu de perto – disse ela.
- Hahaha o que uma bela de uma surpresa não faz hein? – ri.
- Háhá, você é a melhor irmã Madson, sem duvidas. Te amo – deu um beijo na minha bochecha e saiu do meu quarto cantarolando.
Fiquei ali deitada, por tanto tempo que nem vi mais nada, dormi.
Abri os olhos, e tomei um susto ao deparar com minha mãe na beira da cama me observando.
- Mãe? – perguntei.
- Ah, oi filha – sorriu.
- Faz tempo que está aqui? – brinquei.
- Um pouco, passei pelo corredor e vi você dormindo, fiquei observando você dormir, é tão fofa, me lembra tantas coisas – sorri de canto.
Eu entendia o que era “tantas coisas”.
- Você costumava fazer isso com mais frequência, quando eu era menor – sorri.
- Sim, me lembro que te contava histórias para dormir... O tempo passou tão rápido, você cresceu e agora está independente, você mudou tanto Madson – falou.
- É verdade – sorri – Eu nunca mais vou ser aquela garotinha ingênua e feliz como antes.
- Mad... Você nunca vai superar isso? Você acha que ele, iria gostar de te ver assim? Se culpando? Você tem que seguir em frente. – mamãe falou.
- Não é fácil seguir em frente, sabendo que eu fiz aquilo! – respondi.
- Você sabe que agiu sem pensar, você estava se sentindo mal por tudo que aconteceu, você só queria.... – disse ela, deixando a frase morrer.
- Vingança – completei-a.
Flashback on.
- Nããoooo! Não ele não pode ter ido embora, ele prometeu ficar do meu lado – eu gritava com os olhos cheios de lágrimas.
- Mad calma! – falava Caio tentando me acalmar, mas ele também estava se segurando para não chorar.
- CALMA? Como eu vou ficar calma! Não isso não pode estar acontecendo!!! – gritei.
Saí correndo e fui ao nosso lugar, onde nós íamos para desabafar. Agora eu nunca mais iria encontrar ninguém para desabafar, ninguém iria me entender... Ninguém o substituiria, chorei novamente.
Meu coração doía demais, e eu estava obcecada pelo ódio, então prometi a mim mesmo que eu iria me vingar quando descobrisse quem fez isso. Eu iria fazer justiça com as minhas próprias mãos... Nada mais me importava, eu estava no fundo do poço, dilacerada e sem ele para me proteger e me acolher. Que exploda o mundo, mas aquele cretino iria para o inferno.
Flashback off.

Senti um peso no coração e desatei a chorar, minha mãe me abraçou.
- Todos sentimos sua falta! – ela disse com algumas lágrimas brotando em seus olhos.
- Eu queria que ele tivesse aqui! – disse enfiando meu rosto nos seus cabelos louros.
- Madson, filha, eu amo você, e estou aqui para te ajudar – sorriu.
Eu desabava, todo aquele choro que segurei por tanto tempo e que estava entalado em minha garganta e sendo sugado pelo meu coração amargurado, estava ali nesse momento.
Olhei para porta e vi Ariel e Caio olhando para mim e para mamãe. Eu não aguentava mais essa dor, eles olhavam com pena, pois eles sabiam muito bem o que eu sentia.
“Madson você não pode desistir! Você é forte, eu confio em você” essas palavras ficavam na minha mente, ele sempre me dizia isso.
- Madson você é forte, você tem que superar isso! – disse isso uma pessoa que eu jamais pensaria que iria escutar.

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