Sweet Lie
Torn II - Numb
Pov Percy
Sabe aqueles dias que a pessoa nem devia sair de casa, pois hoje era um deles. Primeiro a Calipso voltou com essas ideias de que eu devia ser mais carinhoso com ela, depois teve o encontro com a jararaca loira, que ainda por cima levou meu celular por engano. Tudo bem, eu consegui muitas informações contra ela. Como por exemplo, a ligação com Atena Wirrom Chase. Quem diria que elas são mãe e filha?
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Como se não bastasse, o Nico ainda deu bolo. Ele disse que viria a festa, mas quando eu liguei perguntando se já estava chegando, ele me disse que não poderia vir, porque estava "incapacitado de andar". E disse também algo sobre "garota louca, mas gostosa".
Para completar, aquela arquiteta metida ainda foi atrás de mim, justo quando uma ruiva gostosa estava me dando mole. Discutimos e ela saiu correndo, o que me deixou bravo. Odeio quando as pessoas fogem, fique e enfrente as consequências de seus atos, poxa.
Ela já tinha estragado minha noite, então acho que eu tinha direito de me vingar e dizer o que estava pensando. Ela estava no meio da rua quando gritei:
– Covarde!
Ela se virou para mim, provavelmente com uma resposta bem malcriada na ponta da língua, quando um carro a atropelou.
– Annabeth!- eu gritei e corri até ela.
O rapaz que atropelou, saltou do carro preocupado e perguntou:
– Ela está bem?
– Claro! Você atropela a moça e ela fica super bem. Agora é a hora que ela levanta e dança macarena. – respondi venenoso.
– Desculpa cara, eu não vi. Ela já estava do outro lado e voltou do nada, eu não tive culpa... – falou tremulo. Chequei o pulso dela, estava fraco, mas ela ainda estava viva.
– Tá, tá, tá! – falei impaciente - Me ajuda a levar ele para o carro! – pedi.
– Ela é o que sua? – perguntou desconfiado.
– Minha namorada! – inventei. Se ela estivesse acordada me mataria, mas como não estava...
Ele abriu aporta do quarto e eu a carreguei até lá, depositando-a com cuidado no banco de trás.
Tive que aturar o cara se lamentando e pedindo desculpas sem parar, o que me irritava. Garanti a ele que ficaria tudo bem e só assim foi embora.
Peguei meu telefone e liguei para o doutor Stevan, o médico de confiança da família.
– Alô!? – falou alguém no outro lado da linha.
– Alô? Doutor Stevan, aqui é Perceus Jackson!
– Perseus, o que aconteceu? Algo com seus pais? - perguntou preocupado.
– Não, foi um acidente envolvendo minha... namorada. Saímos para jantar, e ela foi atropelada. – Foi a segunda vez que eu menti sobre esse assunto. E se ela descobrisse, provavelmente não iria deixar barato.
– Entendo! Em que estado ela se encontra? – perguntou novamente.
– Desacordada!
– Verificou a pulsação?
– Sim! Está um pouco fraca, eu acho. – falei em dúvida.
– Bom, creio que conhece o hospital San Vincent, leve-a para lá imediatamente. Estou a caminho. – disse.
– Ok, entendi. Te encontro daqui a uns quinze minutos. Muito obrigado.
Desliguei o celular, entrei no carro e acelerei. Pelo menos 150k/h, eu estava a toda velocidade. Sentia-me meio culpado pelo acidente dela, e mesmo que não assumisse, estava muito preocupado. Dez minutos depois cheguei até o hospital. Estacionei de qualquer jeito, sai do carro e fui tira-la.
Como ela ainda estava desacordada tive que carregá-la. Entrei no hospital e logo uma equipe estava a socorrendo. Me fizeram vaias perguntas e eu respondi tudo automaticamente, e maioria das coisa que eu disse, eram incontestavelmente mentiras.
Levaram-na para fazer exames e eu fiquei esperando do lado de fora, Dr. Stevan mal chegou e foi direto ver como ela estava. Não sabia o motivo, mas de repente um medo tomou conta de mim. Nós podíamos ter nos conhecido há pouco tempo, e definitivamente não houve simpatia à primeira vista, mas ela não podia morrer... Essa hipótese estava fora de consideração, então ela tratasse de ficar bem logo.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Passei a mão nos cabelos, numa clara demonstração de aflição, meus olhos, sem nenhum motivo aparente se encheram de lágrimas. Eu estava com medo?
Gritei! Sem razão, ou circunstância. Simplesmente gritei. A frustração de anos, desde que a Aline foi embora e todos outros motivos que me deixaram amargos, pela primeira vez em anos, deixaram meus pensamentos. Eu me sentia culpado, como fui idiota a ponto de fazer tudo que fiz?
Isso é que dá fazer tudo por impulso. Você é muito intenso, se sofre, é para valer. Se ama, se entrega de corpo e alma. Disse uma vozinha irritante no fundo da minha mente.
Vai se ferrar! Respondi malcriadamente a ela.
Deus, eu estou falando com minha própria consciência, é o fim!
– Com licença, você é o acompanhante de Annabeth Chase? – perguntou uma senhora um pouco gorda, com os cabelos loiros e um sorriso amável.
Levantei-me em um só pulo e afirmei com a cabeça.
– Bom, o quadro dela é estável, e na tomografia não deu nada. Ela desmaiou pela pancada, mas vai ter que ficar aqui pelo menos até amanhã.
Respirei aliviado.
– Ela já acordou? – perguntei tentando parecer displicente, mas acho que não funcionou.
– Ainda não, querido! Provavelmente não acordará mais hoje, talvez amanhã cedo ou à tarde. – fiquei um pouco tenso quando ela disse isso. Se estava tudo bem, porque ela não tinha acordado?
Como se tivesse lido meus pensamentos ela completou:
– Ela está sedada para não sentir dor. Por isso não vai acordar.
Assenti com a cabeça.
– Vai dormir com ela suponho? – a sua pergunta me pegou desprevenido, mas eu não podia dizer que não, afinal ela era a minha “namorada”.
– Claro!
Ela me encaminhou até o quarto da Annabeth, e me instruiu chamar alguém caso houvesse algum problema. Eu teria que me arranjar numa poltrona mesmo, pois era a única coisa que tinha.
Quando a enfermeira foi embora, olhei para ela, e me deu um aperto no coração ver o estado que se encontrava por minha culpa. Afastei esses pensamentos da cabeça e improvisei uma cama ali.
Fui até a maca dela e peguei sua mão.
– Me desculpe! – murmurei baixinho. – Realmente sinto muito!
A cobri e dei um beijo na sua testa antes de apagar a luz e ir me deitar, pensando: Será que foi uma boa ideia ter ficado para dormir aqui?
A resposta veio logo em seguida quando a enfermeira veio checar se estava tudo bem e antes e sair disse:
– Essa garota tem muita sorte de ter você aqui! Poucas pessoas sabem como é ruim ficar sozinho nas horas que mais precisamos! – logo depois deu um sorriso bondoso e se retirou.
Olhei para a maca onde ela estava e suspirei. Apesar das nossas diferenças, hoje ela precisava de mim. E eu não daria as costas para ela. Não sei se foi a culpa, ou se realmente eu estava começando a sentir algo por ela, mas... Eu me importava.
Não que gostasse, mas me importava!
– Pode contar comigo, jararaca loira! Pode contar comigo! - disse antes cair no sono.
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