Eu Sempre Serei Sua...

Capítulo 5 - Você chama a isso representação?


Quando cheguei no quarto, estava tudo escuro. Nada se ouvia, nenhum ruido enchia aquele lugar. Acendi a luz e fui no banheiro. Me troquei e depois me deitei. Fiquei imaginando o que Diogo estava falando para a Liz. Será que arranjou uma desculpa ou falou a verdade? Será que estava atrapalhado, ou bem calmo, visto que na real a gente num tinha feito nada.

Depois de umas quantas voltas dadas na cama, graças ao desconforto dela e depois de ter experimentado umas quantas posições para adormecer a porta do quarto se abriu. Me revirei uma ultima vez e fiquei vendo, com os olhos entreabertos o que Diogo iria fazer.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Fechou a porta e se encostou nela. Respirou fundo e levou as mãos na cabeça. Depois tirou a camiseta e a jogou na cama. Passou as mãos pelo peito agora descoberto e deixou a cabeça se encostar na porta também.

_ Porque está fazendo de conta que dorme? – Como ele me descobriu?

_ Treinando minha capacidade de representação. – ele riu baixo e rouco, enquanto abria sua cama, para se deitar.

_ Você chama a isso representação? Eu chamava antes de forma de sonhar acordada.

_ Sonhar acordada? – onde ele queria chegar, com sonhar acordada?

_ Sim. Sabe quantas garotas já tentaram se infiltrar em meu quarto para ver esse corpinho pelado e sonhar comigo e com ela em outras ocasiões e atos? Será que esse também num será o seu caso?

_ Não. Esse num é meu caso. Ao contrário da Liz eu ligo mais para atitudes do que para aparências!

_ Sabe que é a primeira garota que fala isso pra mim?

_ Sério? Sabe que é mais um dos garotos que fala isso pra mim? – ele deu um sorriso amarelo. Tive a sensação de que esperava ouvir outra coisa.

_ Você é insuportável, Sophia! – ele se enfiou na cama e deitou a cabeça no travesseiro apagando a luz.

_ Boa noite Diogo!

_ Boa noite, coisa revoltada e chata! Há e faça o favor de não se mexer muito na cama, isso faz um barulho do raio!

_ Se vá foder, Diogo.

Peguei um travesseiro que encontrei no chão e o joguei para a cama em frente.

Acordei sem barulho nenhum e por mim mesma. Olhei para a cama em frente. Diogo também ainda dormia. Me pus fazendo contas de cabeça. Tinha chegado no colégio em uma quinta, meu primeiro dia de aulas foi em uma sexta, mais precisamente ontem, então hoje supostamente era sábado. Para ter a certeza peguei no celular que estava na mesinha ao meu lado e olhei no visor. Era mesmo sábado. Eram 9 horas da manhã. Fui até ao banheiro e como acordei meia melada tomei um banho, aproveitando que Diogo ainda estava dormindo.

Liguei o chuveiro e me enfiei debaixo. Quando terminei me embrulhei na toalha e passei a mão pelo lavado para pegar minha roupa interior até perceber que eu não tinha trazido roupa interior.

Putz! Como me fui esquecer de pegar minha roupa? E agora? O que eu ia fazer?

Pus a cabeça fora da porta e sai. Prendi minha toalha contra o corpo com medo de a deixar cair. Fui até ao roupeiro e peguei minha calcinha e meu sutiã.

Quando me voltei tinha Diogo fixado em mim.

_ Quer uma fotografia? – voltei a enroscar a toalha em mim muito depressa.

_ Desculpe eu não…, quer dizer… Porque está assim tão, tão histérica? Quer o quê? Quer que eu feche o olho quando você decide andar pelo quarto, assim?

_ Pode ao menos virar a cara para lá? Estou me vestindo?

_ Porque eu haveria de fazer isso?

_ Porque eu estou pedindo! – fiz cara de obvio. Ele cruzou os braços e esticou o pescoço abanando a cabeça depois.

_ Não, não, não. Da maneira como você falou num está pedindo, não! Vá com jeitinho Sophia. Com jeitinho!

_ AH! Eu não acredito que você está fazendo isso! E fique sabendo que num vou pedir nada pra você. O banheiro me poupa muito coisa. E ao menos num me obriga a pedir autorização para o usar.

Fechei a porta na cara de Diogo e me vesti. Quando sai ele estava na porta me esperando. Me encurralou se pondo na minha frente e me cercando com os braços que apoiou na porta

_ Sabe á quanto tempo esteve enfiada lá dentro?

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

_ Estive o que precisei. Agora ele é todo seu. – toquei na ponta do seu nariz e depois o empurrei para o lado brutamente abrindo caminho para eu passar.

Fiz minha cama e arrumei a parte do quarto que me pertencia. Meu celular deu sinal e eu atendi.

_ Bom dia!

_ Bom dia Menina Sophia. Como está se dando no novo colégio?

_ Está correndo tudo bem tirando a parte que… Esqueça.

_ Esqueço?

_ Sim. Besteiras da minha cabeça. – estava me preparando para falar para o Dr. Meireles que eu estava partilhando o quarto com um garoto mais depois me arrependi.

O Dr. Meireles é advogado da família. Desde que meus pais morreram no acidente em Marselha e deixaram a herança que só poderei abrir quando tiver 18 anos, pra mim ele é que tem sido o gestor e controlador de tudo. Ele tem me poupando de meus tios. Que apenas quiseram ficar com a minha guarda para irem apanhando o dinheiro que ganham por me adotarem. Já para não falar que me tratam como lixo e que nem sequer ligam se eu estou bem ou se eu estou mal. Eles querem é me ver pelas costas.

E eles são tão bons tios que nem no dia que cheguei no colégio eles me acompanharam á conhecer os cantos á casa. Foram como motoristas apenas me deixaram na entrada e disseram” Temos certeza que vai amar o colégio e não duvide que é a melhor educação pra você. Outro dia a gente passa por aqui, hoje estamos muito apertados no tempo e se não nos despachamos não chegamos na reunião da empresa a tempo e horas. Adeus querida. Se comporte e veja se tira notas decentes!”. Deram uma palavra ao diretor que se fartou de liagrr lá pra casa na durante a semana para saber informações sobre mim.

_ Como estão as coisas com a delegacia? - perguntei intressada.

_ Estão indo muito bem. – A porta do banheiro bateu e eu me virei. Diogo tinha saído.

_ Dr. Meireles, eu agora num posso falar. Me ligue mais tarde.

_ Tá bom. Eu falo com você mais tarde. Adeus.

Cortei a chamada e olhei para Diogo que também em encarava como se eu devesse algo pra ele.

_ Perdeu alguma coisa?

_ Ah? – ele falou confuso voltando a assentar a cabeça na terra.

_ Em que mundo você estava, hein? – a porta do quarto se abriu e de lá entrou um homem todo engravatado.

_ Em que mundo você estava mesmo, Diogo? O que deu na sua cabeça?

_ Pai? – Diogo olhou para o homem e eu fiquei assistindo á cena.

_ Pode me explicar em que mundo você estava para fazer o que fez com a Liz? O Pai dela veio falar comigo ontem! Parece que ela ligou pra ele se lamentando entre soluços e lágrimas. Fazendo fita e birra e … Quem é essa? – a coisa gigante que falava pra Diogo e mexia e levantava as mãos, reparou minha presença, cortando seu discurso sobre a perua do colégio.

_ Esse é o mundo em que eu estava pra fazer o que fiz com a Liz. – Diogo me roubou um beijo no rosto e depois envolveu suas mãos em minha cintura, me deixando completamente perdida. – Pai, apresento pra você a Sophia, minha nova namorada. – Diogo encaixou a cabeça em meu ombro e eu lhe lancei um olhar, capaz de o matar vivo. Sorri amarelo para o pai de Diogo que sorriu de volta pra mim.

_ E acho que a troca de mundo foi muito bem feita, filho, foi muito bem feita. Na realidade ela é muito bonita, muito bonita mesmo. – Apesar de falar para Diogo era pra mim que o homem olhava .