Cinco Coroas
A cética e estratégica Charlotte
Charlotte movia os quadris no ritmo pulsante da música, atraindo a atenção de vários homens humanos no clube. Alguém segurou a cintura da morena, que suspirou sentindo o bálsamo masculino. Rei Nicholas.
Ela virou-se e encarou aqueles belos olhos cor de mel, Nicholas a faz parar.
— O Coração, Charlotte. – seu sotaque francês o fazia cada vez mais sexy. Ela mordeu os lábios.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!— Ao que se refere, Nicholas? – ela perguntou a provocante.
— Não se faça de estúpida, Charlotte. Não insulte sua invejável inteligência.
— Não estou entendendo, Nicholas. Eu queria apenas dançar, mas aparentemente o seu poder real pode me impedir até disso.
— O Coração, Charlotte. E não repetirei. – ameaçou pressionando mais o aperto.
— Ah, o Coração... – ela murmurava enquanto olhava ao seu redor, estudando o local, já fizera isso quando entrara nele, mas era sempre bom revisar. E estava certa, Nicholas colocara um guarda em toda a saída disponível. – Maldição! – ela praguejou baixinho.
— Algum problema? – Nicholas perguntou com sarcasmo retido.
— Nenhum, meu rei. – ela mentiu. – Dança comigo?
Ele franziu o cenho e suspirou.
— Apenas dê-me o Coração, Charlotte.
— Vamos, é só uma dança. Danse avec moi, Roi. – Charlotte o acendeu.
Nicholas suspirou. Ele não devia. A moça era esperta e obviamente estava apenas ganhando tempo para escapar. Mas aquele era um jogo de dois.
— Apenas uma dança. – ele disse. – E então me entregará o Coração.
Ela assentiu. Nicholas a puxou para si, apertando seus dedos no quadril dela. Beijou seu pescoço dando mordiscadas, a música pulsante fez com que os passos dela fizessem os dois chocarem os corpos, estavam tão unidos que parecia que iam se fundir. Charlotte pegou uma das mãos de Nicholas e a pôs em sua coxa esquerda sob a saia e ele franziu o cenho quando sentiu o calor dela. Charlotte riu.
— Sentiu saudades disto, Nicholas?
Ele fechou os olhos por um tempo momentâneo e subitamente foi empurrado por Charlotte.
Nicholas tropeçou num garçom e um copo de tequila caiu sobre uma moça, que se levantou da cadeira gritando. Ao se levantar abruptamente, a senhorita bateu com a cadeira em outra mesa, fazendo com que outro garçom tropeçasse numa outra cadeira. Sua bandeja cheia de copos voou e atingiu o chão tão fortemente que um caco de vidro voou e Charlotte a apanhou. Ela sorriu, virou-se e correu alguns metros pelo salão lotado com Nicholas atrás dela. A morena pulou numa mesa próxima e arremessou a faca no teto, que possuía uma estranha decoração de médias caixas pontiagudas, Nicholas olhou para cima e percebeu, tardiamente, que elas iam cair sobre ele. Ele não se moveu, mesmo se o fizesse, não seria diferença.
Charlotte esperou pacientemente qualquer guarda sair de uma das entradas para socorrer Nicholas e direcionou-se essa saída. Os outros guardas logo apareceram para pará-la. Eram só cinco. Bufou. O que Nicholas tinha escondido desses novatos? Ele não tinha lhes dito que ela era uma ágil assassina? Ela pulou no primeiro e subiu no ombro dele quebrando seu pescoço. Contra o segundo ela lutou momentaneamente, mas logo quebrou seu pescoço também. O terceiro e o quarto foram ao mesmo tempo e Charlotte mal conseguiu refletir sobre o porquê de Nicholas ter levado guardas tão despreparados. Ela quebrou a cabeça de um contra a parede e quebrou a coluna do outro. O quinto olhou para ela, virou-se e correu. A morena até o deixaria viver. Mas ela tinha uma reputação a zelar. Um copo de acrílico foi o suficiente para atravessar aquela linda cabeça de guarda que ele tinha.
Mas quando ela já estava longe uma mão agarrou a sua. Nicholas. Ele não morre nunca?
— O Coração, Charlotte. – Nicholas pediu ofegante.
Charlotte pôs a mão no pescoço e puxou um colar com um pingente de coração de Prata, riu quando Nicholas tentou pegá-lo.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!— Ah, Nicholas. Quando vai aprender a não me subestimar? – ela sussurrou jogando o objeto para cima, bem alto. Uma sombra pairou sobre eles e Jane pegou o colar, depois fugiu como uma raposa. Nicholas virou-se para persegui-la, mas Charlotte o impediu.
— Deixe que Laurent faça isso. – ela pediu e outra sombra passou sobre eles. Laurent.
Nicholas assentiu e a puxou para si.
— Ainda vai me matar, Charlotte.
— Estou convicta disto. – ela disse segurando os cachos dele, puxando-o para si e beijou-lhe os lábios cheios por Charlotte tanto chupá-los.
— Ai. – Nicholas reclamou quando Charlotte mordeu os lábios dele, a moça riu ao ser pressionada contra a parede. – Eu te amo, Charlotte, mesmo que tente me matar, que me traia, que me subestime e que seja cética e não acredite nisso.
— Não acreditava. – ela corrigiu. – Mas passei a sentir. E depois de sentir, passei a amar. – continuou sentindo as mãos de Nicholas serpentearem para seu traseiro. Hora de se divertir.
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