The Winchesters

Capítulo Dois - "Time to be a Hero"


Aqueles curtos segundos passaram como se fossem horas. Depois daquela simples saudação, os dois garotos ainda se olhavam sem reação.

- Oi! Sou Oliver. – o estranho, que agora tinha um nome tomou a iniciativa de dizer algo. (Que bela voz! - pensava Max). Oliver estendeu a mão para Max. (E que mão grande. – se não estivesse pensando, teria pagado o maior mico).

- E-eu sou Max. – sua mão tremia um pouco quando cumprimentou o outro.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

- Putz! Que aperto de mão forte! – disse Oliver com um sorriso no rosto. Tentava disfarçar a “dorzinha” que sentia.

Max estava tão nervoso que tinha se esquecido de controlar sua força. Largou a mão do menino antes que á quebrasse.

- Então, Oliver, você mora aqui? – arqueou uma das sobrancelhas. A não ser que ele fosse filho de Nick, coisa que era quase que improvável, ele só poderia ser um dos empregados. Max tinha parado de tremer e tinha as duas mãos dentro dos bolsos.

- Moro sim. Minha mãe trabalha aqui e nós moramos na casa de hóspedes, lá nos fundos, perto da piscina. – apontou para além da cozinha.

Que ótimo, agora tinha alguém com quem conversar.

- Então cara... Como você se chama mesmo?

- Maximillian. Pode chamar de Max. – disse com um sorriso.

- Então, Max. Eu iria adorar ficar aqui e conversar, mas eu preciso ir pra escola. Não dá pra se atrasar no 1º dia, não é? – Oliver olhou ao redor à procura de algo. – Você viu um celular perdido por ai?

- Não. Quer ajuda pra procurar?

- Ah, nem precisa. Lembrei onde deixei. – ele correu até a cozinha.

- GOSH! Como ele é lindo! Adorei! –Max dizia para si mesmo.

Oliver já voltava da cozinha com seu celular na mão. Andou até a porta, abriu, virou para Max:

- Agora eu tenho que ir. – uma expressão desapontada estava estampada na face. – Quando eu voltar nós conversamos melhor.

Fechou a porta e tomou seu caminho. Max correu até a janela e olhou aquela bela figura andar pela rua, até virar a esquina.

- Realmente, muito lindo! – ainda estava deslumbrado com a beleza de Oliver.

Depois de certo tempo, teve a “grande ideia” de ir até a praia, afinal, estava na Califórnia, o lugar mais ensolarado de talvez todo o país.

Foi até o quarto, e como um raio, pegou tudo que precisava e partiu pelas ruas.

Corria descontroladamente por todos os caminhos que avistava, precisava achar uma praia. Parou em um beco, assustou alguns gatos e pombos. Saiu da ruela para uma grande e movimentada rua. Ninguém tinha percebido sua movimentação acelerada, talvez apenas pela ventania que causava.

Vestia sua calça diz preferida, uma camiseta com listras vermelhas e pretas. Uma touca preta na cabeça escondia seus cabelos. Seus sapatos usados, que antes estavam limpos, agora tinham lama e uma variedade de coisas grudadas a ele. Essa era a desvantagem de correr feito louco.

Aproximou-se da primeira pessoa parada que viu. Uma mulher muito bonita que estava esperando o semáforo fechar para poder atravessar a rua.

- Com licença, moça. – tocou no braço da mulher, ela se assustou, estava concentrada em algo. – Desculpe, mas, você sabe pra que lado tem alguma praia?

A mulher explicou todo caminho que Max deveria fazer para chegar á praia mais próxima.

Max andou até entrar num estacionamento, não podia deixar ninguém ver a demonstração de seus poderes. Correu pelo caminho especificado e depois de uns dois ou três segundos estava na praia.

Ao invés de encontrar pessoas espalhadas na areia, se divertindo na água e fazendo coisas de praia, mas viu o oposto.

Uma multidão de pessoas se encontrava na calçada, eram muitas e Max não conseguia ver oque todos olhavam. Aproximou-se das pessoas e perguntou, enquanto tentava olhar por cima das cabeças.

- O que tá acontecendo ali? –perguntou para um homem, que olhava por uma brecha entre as pessoas.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

- Te um cara apontando uma arma pra uma mulher. A polícia está perto pra tentar fazer que ele a solte.

Max andou normalmente até a borda da multidão aonde podia ver o homem. Começou a correr para longe, de forma “humana” para que ninguém visse seus poderes. Depois, começou a correr muito rápido, levantando muita areia atrás de si. Quando chegou até o bandido, agarrou-o pelo tronco e o levou para bem longe. Quando parou, num beco na parte perigosa da cidade, jogou o homem na parede. Só depois de alguns segundos o indivíduo se deu conta do que estava acontecendo.

- Diz ai, vagabundo. Por que tava tentando matar a mulher? –disse, dando uma olhada para trás, ninguém passava na rua.

- C-c-como eu cheguei aqui? –dizia assustado, olhando para os lados. – QUEM É VOCÊ? – apontou a arma para Max.

- Eu te trouxe aqui, porque você queria matar aquela mulher. – se aproximou um pouco, a arma ainda apontada contra seu peito. – E agora, antes de te matar, quero saber o por que.

Dois sonoros disparos foram ouvidos acompanhados de dois flashes de luz.

As balas tinha atravessado o peito de Max. Ele olhou para os buracos. O sangue jorrava. Olhou para o atirador, um sorriso maldoso surgiu em seu rosto. Suas mãos seguraram os ombros do homem, o levantou, batendo-o contra a parede. O impacto fora forte o bastante para quebrar duas costelas dele.

- MAS COMO? – o homem estava indignado. – Você deveria ter morrido!

- Olhe outra vez. –Max soltou-o no chão e levantou a camisa. O sangue que outrora escorria, agora não passava de linhas que manchavam sua camisa. Os buracos já estavam terminando de se fechar quando Max olhou para a face horrorizada do estranho. – É nisso que dá sair atirando em qualquer um.

Pegou-o novamente pelos ombros, o bateu na parede e berrou:

- ME RESPONDA! OQUE VOCÊ QUERIA COM AQUELA MULHER! – aquele assunto não tinha nenhum interesse para Max, mas naquele momento queria saber mais que tudo.

Entro soluços de dor e choro, o homem começou falar:

- Eu só queria a bolsa dela. Mas ela começou a gritar e quando eu percebi, tava cercado de policiais.

- Então quer dizer que você é ladrãozinho barato? – arremessou-o na outra parede, o baque foi surdo, seu braço estava quebrado. – Na próxima vida, só aponte armas para alguém quando realmente precisar.

O homem chorava, enquanto Max o chutava na barriga, nas pernas, na cabeça e em todo lugar que conseguia alcançar com os pés.

Continuou nisso por 5 minutos. O corpo já inerte e sem vida, totalmente desfigurado e ensanguentado, estava lá, jogado entre sacos de lixo e sujeira. Um meio nada “honroso” de se morrer.

Max correu pra fora do beco em direção de casa. O caminho tirou seus sapatos, que estavam sujos de sangue e jogou no esgoto.

Chegou a casa e correu para seu quarto. Tirou toda a roupa, ficou só de cueca e se jogou na cama. Agora sabia que não podia ter matado aquele homem, mas não pode evitar.

Ele tinha aquela necessidade de “fazer justiça” com as próprias mãos. Aquilo o fazia se sentir um herói, mesmo sabendo que era o vilão da história.

O remorso se abateu em si como uma grande pedra, começou a chorar.

Chorou por muitos minutos, até que se lembrou de algo, e de um salto, se levantou da cama dizendo:

- Talvez eu ainda tempo pra salvar ele. – sem hesitar, vasculhou sua bolsa e pegou duas seringas com agulhas. Trocou-se em tempo recorde e voltou a sair de casa.

Se seus pensamentos estivessem certos, ainda poderia salvar aquele homem.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.