POV Enya

QUE ÓDIO! Como aquela mulher se atreve a falar aquilo do meu pai? Quem ela pensa que é? QUE ÓDIO! AARRRGGG!

Eu pensava enquanto andava sem rumo pelos corredores de Hogwarts. Sim eu surtei quando a Sapa Velha falou aquilo sobre o papai. E não, não me arrependo de ter saído da aula daquele jeito. E agora eu tenho detenção com aquela coisa cor de rosa!

Continuei andando e só pensava em arranjar um lugar para que eu pudesse ficar em paz e que ninguém me achasse. De repente, uma parede começa a se mexer e eu paro para ver o que era. Uma porta estava surgindo na parede, quando ela finalmente se formou eu toquei em sua maçaneta pensando se entrava ou não. Decidi entrar. Quando abri a porta vi um quarto normal mas muito bonitinho. Muito parecido com o meu quarto e da Mel lá na casa da Vovó. Não, espera. Era igual ao quarto, mas com poucas diferenças.

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Me senti em casa e me joguei na cama, comecei a pensar em tudo o que aconteceu hoje, só nos meus primeiros dias em Hogwarts. Fui selecionada para a Grifinória, trombei na Pancy e ela me xingou, depois o “Loirinho Azedo” me derrubou no chão, Fred me beijou e disse que gostava de mim, Córmaco me beijou a força me trazendo péssimas lembranças do passado com o Jesse, e por último, essa Sapa Velha querendo que todos acreditem que o Mundo Bruxo não está correndo perigo, e ainda fala um monte de mentiras sobre meu pai.

Sabe, às vezes acho que sou a pessoa mais azarada do mundo! Tudo quanto é desgraça sempre acontece comigo. Acho que eu deveria começar a pensar na possibilidade de morrer, talvez assim eu tenha um pouco de paz. Não! Eu não posso fazer isso. Acabei de conhecer o meu pai, não quero perdê-lo. E minha irmã, Mel ficaria arrasada se eu fizesse isso. Tenho que aguentar, tentar ser forte como ela.

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Depois de muito tempo, resolvi sair de lá. Mel e os outros devem estar preocupados comigo. Quando sai, percebi que já estava na hora do almoço. Resolvi ir primeiro para o salão comunal deixar meus livros e depois fui para o salão principal.

Assim que cheguei lá, Mel me viu e veio correndo na minha direção.

— Você é louca? O que deu na sua cabeça para sumir desse jeito? Eu tava morrendo de preocupação com você! Onde você se meteu? Eu rodei esse castelo todo te procurando e nada!- Mel gritou na minha cara.

— Desculpa Mel! Eu...

— Eu não quero saber! Vai sentar e comer! Daqui a pouco começa a detenção!- ela disse com raiva. Mas sério, ela precisa saber o que quer. Uma hora pede que eu diga onde eu estava e depois não quer mais saber. Eu heim!

— Tá bom!- eu disse e fui me sentar do lado do Fred.

— Onde você se meteu Nynha? Eu tava preocupado. – ele falou me abraçando de lado e eu encostei minha cabeça em seu ombro.

— Eu tava andando por aí e encontrei um lugar legal!- eu disse cutucando minha comida com o garfo.

— Que lugar? Eu te procurei no castelo todo e não te achei! E olhe que eu conheço isso aqui muito bem!- disse Fred me olhando.

— Qualquer dia desse eu te mostro. - eu disse e comecei a comer.

Quando terminamos de comer, eu, Mel e Harry fomos em direção a sala da sapa velha para a detenção. No caminho eu e Mel fizemos as pazes, nós três fomos rindo e conversando.

— O que será que essa sapa velha vai mandar a gente fazer?- eu perguntei.

— Sei lá! Aquela mulher é doida!- disse Mel.

— E bota doida nisso!- disse Harry e começamos a rir.

Quando finalmente chegamos a sala da sapa velha, ela abriu a porta e nos mandou sentar numas carteira, onde tinha uma pena e uma folha de papel sobre ela.

— Então professora, o que a senhora quer que a gente faça?- perguntou Harry.

— Bem, eu quero que vocês escrevam “Não devo contar mentiras”. - ela disse com aquela cara sínica dela.

— Mas a senhora não nos deu tinta. – eu disse.

— A querida, não é preciso tinta! – ela disse e juro que tinha algo no olhar dela que não era nada bom.

— Quantas vezes teremos que escrever isso?- perguntou Mel.

— Até que penetre bastante em você!- ela disse e deu um sorrisinho sínico.

Quando comecei a escrever, senti minha mão esquerda pinicar, e quando terminei de escrever a primeira frase e olhei para minha mão, vi minha letra começar a ser escrita nela. A tinta da pena era meu sangue! E tudo que eu escrevesse com ela, aparecia em minha mão.

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Olhei para Mel e Harry, e eles também estavam olhando para a mão que assim como a minha estava cortada. Umbridge olhou para nós e perguntou:

— Algum problema crianças?

Nós três nos olhamos e Harry disse:

— Não senhora.

— Muito bem. Vamos, continuem.

Eu olhei pra ela, que estava com aquela porcaria de cara sínica e voltei a escrever na folha. A cada letra escrita, eu sentia uma enorme dor em minha mão. Depois de muito tempo escrevendo e segurando as lágrimas, pois eu não ia dar esse gostinho de me ver chorando à Velha Sapa, ela finalmente disse:

— Muito bem, acho que já penetrou bastante em vocês que não se deve mentir. Vocês já podem ir.

Harry, Mel e eu nos levantamos e fomos em direção a porta quando Umbridge diz:

— Você não senhorita Enya McKinnon.

— Por que não?- eu perguntei um pouco irritada.

— A senhorita saiu da minha aula sem permissão. – ela disse. – Você ficará mais uma hora aqui.

Eu a olhei com tanto ódio, que acho que a mataria com a mente se tivesse esse dom. Olhei para Mel e Harry que olhavam para mim com pena e balancei a cabeça para eles afirmando que ficaria bem e que eles podiam ir.

Quando eles fecharam a porta suspirei derrotada e olhei para Umbridge que me olhava com aquela cara sínica dela e voltei para a minha carteira.

Assim que sentei Umbridge disse:

— Isso Senhorita McKinnon, é para a Senhorita aprender que não se deve contar mentiras e muito menos me desafiar. – então ela me deu uma nova pena, com uma ponta, digamos assim, mais afiada. -Pode começar a escrever, ainda temos uma longa hora pela frente. – ela disse com o seu famoso sorriso sínico e comecei a escrever.

Assim que escrevi a primeira letra, senti uma dor duas vezes pior que antes e deixei escapar um pequeno gemido de dor.

— Algum problema?- Umbridge perguntou.

— Não senhora. – eu respondi com os dentes trincados.

Continuei escrevendo com aquela pena maldita, que a cada letra eu sentia uma dor insuportável em minha mão. Respirei fundo e continuei segurando as lágrimas, porque nessa uma hora de tortura, não darei esse gostinho a Umbridge. Não darei.