Harry Potter Por Olhos Negros
Epílogo - 19 anos depois...
19 anos depois...
Desde a Segunda Guerra Bruxa, muitos comensais foram presos em Azkaban e mesmo aqueles que foram absolvidos por entregar nomes importantes ao Ministério, tiveram que, no mínimo, se afastar, o que foi que aconteceu com Lúcio, e consequentemente, com Narcisa, que haveria de acompanhar o marido como sempre fizera. Entregando muitos de seus antigos colegas, que seguiam Voldemort, e tendo provado que não havia participado diretamente na guerra, os Malfoy conseguiram sua liberdade, mas a fama permanecia a mesma. Tendo que se isolar da comunidade bruxa inglesa, Lúcio e Narcisa se mudaram para a Irlanda, onde teriam paz sobre seus nomes, mais próximos de familiares antigos. Após o casamento de Draco e Ellie, Lúcio teve a certeza do que tinha que fazer: deserdar o filho. Mas Narcisa não deixaria por isso mesmo, e usou de sua influencia sobre o marido para conseguir convencê-lo a deixar pelo menos a mansão para o filho, já que teriam que se mudar. Muito contra a vontade e nada satisfeito, Lúcio atendeu esse último pedido.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!A mansão estava irreconhecível. Assim como Hogwarts se reconstruíra depois da guerra, a antiga mansão dos Malfoy agora era incrivelmente clara e acolhedora, diferente do clima pesado e intimidador que a antiga decoração escura lhe trazia. A mansão agora era habitada pela nova família Malfoy. Ellie havia mudado cada pintura ou traço que lembrasse seus antigos donos, mesmo que ainda nutrisse um amor à casa que acolhera sua infância junto a Draco. As paredes eram pintadas de um azul marinho escuro, mas os móveis eram mais claros e havia iluminação por toda parte, quase com o dobro de janelas e abajures. A mando de Draco, o porão que guardava más lembranças fora extinto se transformando em uma incrível sala de coleção para os famosos artigos de Quadribol que o atual dono da casa tanto adorava. O jardim também fora refeito deixando mais flores aparecerem ao lado dos pavões albinos, e claro, ao lado de um Bicuço mais velho que dormia na grama – uma bela recordação de Sirius. Mais a frente da mansão, ele ainda estava lá: o velho carvalho. Ellie fazia questão que ele fosse cuidado e preservado, mas algo novo se encontrava em seus galhos. Um balanço grande de madeira deixava o carvalho mais simpático para as tardes de verão.
Aquela manhã de verão em específico, estava perfeita. No andar de cima, o quarto principal era invadido pelos raios solares que atravessavam as frestas da cortina branca. Da janela, o carvalho era visto e seus galhos balançavam com o vento que refrescava aquele calor. No quarto, o vento entrava fraco e fez a cortina dançar levemente. Já a cama, parecia o melhor lugar pra se estar. Ellie estava deitada ao lado de Draco e ainda dormia em sono profundo assim como ele. Com os lençóis bagunçados, ela se virou para o lado e ficou frente a frente com o rosto de Draco. Bicuço acordou em baixo de sua janela e fez um chiado que a acordou. Ela abriu os olhos lentamente, e viu o rosto adormecido de seu marido a frente. Abriu um sorriso de lado, mas os olhos fechavam e abriam ainda com sono. Ela abraçou o travesseiro e já voltava para outro sono profundo naquela manhã perfeita pra se dormir, mas a porta do quarto do casal estava totalmente aberta e o sono dela se foi com apenas um grito passando pelo corredor junto com os passos pesados correndo.
- EU VOUUUU PRA HOGWARTS!!! – Scorpius passou correndo pela porta em direção a escada.
Ellie se ergueu com o susto e somente levantou a mão nervosa e a mexeu. Com a mágica, a porta se fechou com força em um só baque, isolando os gritos no corredor. Ela franziu e voltou a dormir, Draco nem se mexeu na cama de tão cansado.
- Lizzy! Lizzy! – Scorpius desceu as escadas feito louco. A pequena miniatura de Draco, loiro com olhos claros, com seus onze anos, estava mais que empolgado. – Elfo idiota! Onde você está?
- Elfo idiota? - Lizzy limpava a mesa de centro da sala. - Deixe sua mãe saber disso...
- Qual é! – Scorpius correu até ela e animado, deu um beijo na bochecha do elfo que sorriu – Você sabe que eu te amo Liz!
- Sei... – Uma Lizzy mais madura o fitou – Agora vá tomar café, antes que seus pais acordem com você gritando.
- Meu pai não acorda Liz... – O garoto sentou no sofá.
- Mas sua mãe sim... E eu não ia gostar de vê-la te matando hoje...
- Nem eu... hoje eu vou...
- Deus... – Lizzy revirou os olhos...
- Pra Hogwarts elfo! – Scorpius se levantou e saiu correndo pra sala de jantar – Eu vou embora dessa casa!
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Lizzy riu-se e recolheu a vassoura que limpava o chão sozinha em um canto.
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A mesa de jantar já estava posta com um café da manhã completo. Com sucos e bolos que Lizzy sempre preparava com louvor. Scorpius entrou na sala e já via a bagunça matinal de sempre. As gêmeas já discutiam pela manhã. Mais novas que Scorpius, ele já estava acostumado a ver suas irmãs, Camille e Tonks, fazendo algo errado e já sabia também que a bagunça terminaria assim que sua mãe descesse. Idênticas, as gêmeas tinham a metade do tamanho de Draco, ficando um pouco acima do joelho de Ellie e Draco. Por volta dos seis anos, as duas pequenas meninas tinham cabelos pretos e ondulados nos ombros, e olhos negros como a noite. Elas também tinham a mania de se meter em encrenca e não calavam a boca um minuto se quer, mas eram uma graça, ainda mais com seus vestidinhos, os quais eram dados por Narcisa que adorava presentear as netas.
- Bom dia fedelhas... – Scorpius puxou um cadeira e sentou onde Ellie sentava antigamente, deixando uma cadeira vazia ao seu lado.
- Bom dia? – A pequena Camille franziu do outro lado da mesa.
- Sua cara já estraga meu dia... – Tonks continuou ao lado de Camille que riu-se.
- Também amo vocês... – Scorpius pegou um pedaço de bolo.
- Quem pegou a varinha da Senhorita? – Lizzy entrou na sala de jantar segurando a varinha de cedro e encarando os três. Mas as gêmeas apontaram uma à outra em uníssono:
- Foi ela!
- As senhoritas tem é muita sorte... – Lizzy encarou seriamente as duas – Lizzy devia é contar tudo que vocês fazem...mas não! Lizzy esconde pra não ver o pior castigo...Imagina se a senhorita descobre!
- Descobrir o que Lizzy? – Ellie entrou na sala seguida de Draco e as gêmeas arregalaram os olhos para o elfo que ficara sem palavras.
- Descobrir que eu peguei sua varinha, mãe. – Scorpius se entregou sem culpa. Sempre salvava as irmãs. – Fiquei empolgado com hoje e queria vê-la.
- Que isso não se repita. – Ellie se sentou ao lado de Scorpius na cadeira vazia, ficando entre o filho e Draco, que se sentou na cabeceira. Draco puxou a cadeira com cara de sono ainda.
- Mãe! – Camille fitou Ellie do outro lado da mesa – Nós podemos ir com Scorpius?
- Deixa, deixa, deixa, deixa, deixa! – Tonks sorria sem parar.
- Não, já disse... – Ellie bocejou e pegou a xícara que Lizzy servia.
- Pai, nós podemos ir com Scorpius? – Tonks tentou apelar para o lado fraco.
- Não, sua mãe já disse...
- Pai... – Camille chorou.
- Não! – Draco as fitou seriamente, mas as duas ainda sorriam implorando e ele se derreteu. – Vocês tem que obedecer sua mãe.
- Draco! – Ellie o fitou e Scorpius sorriu disfarçado com a briga – Porque você sempre faz isso?
- Isso o que? - Draco viu Lizzy lhe servindo café.
- Isso! Deixa sempre parecendo que eu sou a chata. Elas não podem por motivos óbvios... – Ellie fitou as duas que ficaram desapontadas – Quando tiverem onze anos vocês irão, agora é a vez dele.
- Podemos voar no Bicuço então? – Camille sugeriu e Tonks se animou.
- Não! – Ellie cortou o pão.
- E usar seu colar de chifres? – Tonks sorriu.
- Não!
- Você nunca deixa nada! – Camille cruzou os braços.
- Olha o que vocês me pedem também! - Ellie pegou uma torrada.
- Podemos comprar alguma coisa no Beco Diagonal? – Tonks insistiu.
- Por Merlin! É de manhã ainda! - Ellie largou a faca na mesa – Draco. Me ajude aqui...
- Sua mãe já disse. - Draco fitou as duas - Vamos só comprar o material do seu irmão. – As gêmeas sorriram conquistando Draco de novo – Só...isso. E não me olhem assim. – Ele fortaleceu a voz e Ellie ficou mais satisfeita.
Camille se levantou e chegou perto de seu pai subindo em uma de suas pernas. Tonks fez o mesmo do outro lado, fazendo Draco largar o café.
- Pai... – Camille fez olhos de cachorro abandonado. Devia ser genético.
- Nós sentimos tanto sua falta... – Tonks também era esperta na voz mimada.
- Você faz plantão toda noite... – Camille abraçou o braço de seu pai.
- E nós só queremos algo pra lembrar de você... – Tonks a seguiu e Scorpius revirou os olhos ao ver a cena que sempre se repetia quando elas queriam alguma coisa.
- O que vocês querem? – Draco sorriu convencido. Estava mais que acostumado com aquela cena.
- Doces.
- Não. - Tonk revidou Camille - Artigo das trevas.
- Isso! - Camille sorriu mais.
- Parem já! – Ellie tinha que tomar as redias todas as vezes – Seu pai está cansado e é capaz de cair nessa chantagem. Vamos. Desçam. – Ellie franziu e Scorpius ria-se ao lado.
- Mas mãe...
- Agora, Tonks! – Ellie usou o mesmo tom bravo e amável que a Sra. Weasley usava para controlar dois de uma vez só. Camille e Tonks desceram do colo de Draco saindo sem presentes, mas elas foram mais espertas e sabiam que coração tinham que amolecer primeiro.
- Mãe... – Camille chegou perto dela com a voz amena, e Ellie a fitou – Nós podemos regar o buquê de flores que o tio Harry te deu?
- As coloridas... – Tonks continuou.
- Podem... – Ellie se acalmou – Mas não reguem demais. – As gêmeas já saiam quando Ellie as chamou – E meu beijo? – As duas voltaram sorrindo e deram um beijo em cada bochecha de sua mãe. – Juízo, pras duas... – As gêmeas viraram a porta sorrindo.
Na sala, subindo as escadas até o quarto de sua mãe para ver as rosas que mudam de cor, que haviam ganhado várias botôes nesses anos todos, Camille sussurrou para Tonks.
- Esse plano foi genial.
- Nós somos geniais! – Tonks concordou.
- Ele precisa de ajuda!
- Com certeza.
A mesa de jantar com o café posto ficou mais calma sem as gêmeas. Enquanto Draco lia o jornal rotineiro e Lizzy retirava os pratos que serviam Camille e Tonks, Ellie já terminava seu café quando reparou em um Scorpius mais quieto do que de costume.
- O que foi filho? – Ellie o fitou ao seu lado.
- Nada... – Ele mal mexia na comida.
- Conheço seu nada... – Draco ainda lia o jornal - É o mesmo nada de sua mãe... – Draco ergueu a sobrancelha para a esposa que sempre dizia nada quando tudo a incomodava.
- Achei que estivesse animado com a escola... – Ellie sorriu – Acordou a nós dois com seus gritos pela casa.
- Estou...é só... – O garoto suspirou – Medo eu acho...
- Medo? – Ellie franziu – Medo de que?
- Mãe... – Scorpius desabafou – E seu eu cair na Grifinória?
- Eu te deserdo – Draco largou o jornal dando risada.
- Pai...
- Draco!
- Você está preocupado de cair lá? – Draco riu-se – Olhe as mulheres que saem de lá! – Ele fitou Ellie e ela sorriu corando. Mesmo depois de anos ainda gostava de elogio vindo dele. – Garanto que solteiro você não fica.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!- Filho, não importa a casa. – Ellie sorriu – O que importa é quem você é, não onde te colocam. Se fosse assim, o Chapéu Seletor não levava em conta sua opinião. – Ela levantou o queixo dele – Eu sei que é difícil. Ninguém quer começar em um lugar novo...Lógico que isso assusta. Mas você vai gostar...e toda essa empolgação vai valer a pena, eu prometo...
- Meu avô vai me matar se eu for pra Grifinória...
- Vai nada! – Ellie o fitou mais – Seu avô só fala. E ele é doido por você... - Ela tentou mais para animá-lo - Não vê comigo? Demorou dezenove anos, mas hoje em dia ele até me cumprimenta! – Ellie ergueu a sobrancelha e Scorpius riu-se com a piada. – Não pense nos outros...pense no que você quer...
- Obrigado, mãe...
Scorpius sorriu de volta mais aliviado e a empolgação voltou. Ele se levantou e abraçou sua mãe com força. Ellie deixou seu sorriso por cima do ombro do filho e Draco sorriu com a cena voltando ao jornal.
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A estação King’s Cross. Esta sim era a mesma de sempre. Apenas os trens estavam mais modernos, mas quando se tratava do primeiro dia de setembro, os rostos eram sempre os mesmos. Finalmente, a plataforma 9 3/4 estava pronta pra levar seus alunos de volta a Hogwarts, a escola tão desejada. Harry já havia chegado nela com Gina e seus três filhos, Thiago, Alvo e Lily. Próximos a eles, a nova família Weasley conversava ao se lado. Hermione conferia as últimas malas de sua filha, Rose, que embarcaria junto a seu primo, Alvo, pela primeira vez rumo ao castelo. Enquanto isso, o próprio Alvo pedia conselhos a seu pai sobre qual casa queria ser escolhido.
- Ainda vai chegar nossa vez, Lily! – Hugo, irmão de Rose, também com seus cabelos ruivos, sorria para a prima que o acompanharia quando chegasse aos onze anos.
- Ron, me ajude aqui, por favor.... – Hermione conferia as malas ainda.
- Você já conferiu três vezes, só em casa! – Um Rony adulto, mas não menos folgado revirou os olhos.
- Só não quero que Rose esqueça nada...
- Fique tranquila Mione, - Gina a acalmou – Ela vai se dar bem. Acredite. Não foi fácil deixar Thiago ir em seu primeiro ano. E não muda muito com Alvo também.
- Mãe? – Rose ajeitou seu cabelo ruivo – Posso buscar água?
- Claro, só não demore. – Mione sorriu para a filha.
- Pronto? – Thiago ao lado de Gina viu seu irmão se aproximando novamente com seu pai – Já se conformou de ir para Sonserina, irmãozinho? – Thiago provocou e Gina o fitou brava.
- Vamos parar com isso? – Gina repreendeu o mais velho.
- Não se preocupe Alvo... – Lily era doce com o irmão – Vai dar tudo certo!
- Valeu, Lily... – Alvo sorriu para a ruivinha também.
- Acho que o trem já vai sair... – Harry olhou para os lados. Rony que estava ao lado do velho amigo, cochiou somente para ele.
- Sempre procurando ela... – Rony riu-se ao referir-se sobre Ellie. Harry sorriu de volta.
A estação estava lotada. Muitas famílias se despediam e havia malas por todos os lados, com corujas ou não em cima. Do meio de uma das multidões, ouviu-se vozes pequenas e femininas de dentro. Harry olhou para trás.
- Saiam da frente! – Harry reconheceu a voz de Camille.
- Saiam seus idiotas! – Tonks vinha atrás tentando passar pelas longas pernas que cortavam seu caminho.
- Tio Harry! – Camille abriu um sorriso quando viu Harry em sua frente. Ele sorriu de volta e agachou abrindo os braços pra receber as duas, que correram cada uma para um braço.
- Onde está a mãe de vocês? – Gina cumprimentou as duas.
- Não sei tia... – Camille se soltou – Deve estar brigando com meu pai por ai... – A pequena fez todos sorrirem.
- Tia, - Tonks encarou Hermione – Olha o que eu sei fazer! – Ela pegou um graveto que já estava na sua mão – Wingardium Leviosa. – Tonks viu o graveto sacudir e girar, e não levantar nada, mas estava satisfeita.
- Muito bem! – Hermione sorriu de volta.
As gêmeas viram Thiago, o filho mais velho de Harry, em um canto e ao mesmo tempo levantaram a mão dando um acesso simpático e apaixonado, cumprimentando em uníssono.
- Oi Thiago... – As duas sorriram bobas para ele.
- Hei... – Thiago corou, mas acho engraçado.
- Olha Cam! É o Ted! – Tonks abriu os olhos ao ver o rapaz alto e bonito do outro lado – Vamos ver o cabelo dele mudar de cor!
- Vamos dizer a Victoire que ele é nosso! – Camille rosnou decidida.
- Isso!
- Não se percam! – Harry tentou pará-las mas era impossível. Foi quando um Scorpius totalmente cansado saiu da multidão se espremendo também. Ele fitou o grupo conhecido por sua família e sorriu para todos se aproximando.
- Hei... – Scorpius cumprimentou a todos ainda afobado, e se virou para Harry - Tio, você viu minhas irmãs?
- Foram atrás de Ted, porque?
- Minha mãe está louca atrás delas... – Ele o fitou mais sério – Se você vir alguma explosão ou fogo, me avise. Pode ser elas...
- Okay... – Harry riu-se.
- Eai Alvo! - Scorpius cumprimentou seu amigo - Preparado?
- Acho que sim... – Alvo tentou disfarçar o nervosismo.
- As casas, não é? – Ele sorriu – Não se preocupe. Se eu ficar na Grifinória e você na Sonserina a gente dá um jeito.
- Não acha mais fácil acontecer o contrário... – Alvo sorriu.
- Você conhece minha situação, cara. – Scorpius abaixou a voz - Eu preciso ficar na Grifinória. – Obvio que Scorpius tinha certeza que Rose iria para lá, e teria que ficar na mesma casa. – Mas não importa, Alvo. A gente vai destruir aquela escola mesmo se separando.
- Acho que não quero destruir nada... – Alvo tentou falar baixo para Gina não escutar.
- Qual é! Nossos pais detonaram aquele lugar. Se a gente não fizer nada, vou ter meu nome manchado!
- Que nome? – Alvo franziu rindo-se, pois já conhecia o amigo.
- Acorda! Meus dois avôs já foram pra Azkaban, meu pai foi comensal, minha mãe espiã, seu padrinho é o Harry Potter! Eu preciso dar mais alguma explicação?
- Acho que não... – Alvo riu-se mais quando viu que Harry também sorria ao lembrar dos velhos tempos. – Mas e a sua mãe, Scorpius? Ou você não pensou nisso?
- Minha mãe é só a professora de Arte das Trevas de lá. Ela tem vários alunos pra tomar conta. E isso é ótimo! A gente pode aprontar que ela dá cobertura. E se a gente se machucar meu pai é diretor do Hospital St. Mungus... Vai por mim Alvo. Nossa geração vai superar qualquer coisa.
- Vai é? – Uma voz veio de trás de Scorpius que fez ele gelar.
- Alvo... – Scorpius o fitou muito mais sério e com pânico nos olhos – Minha mãe esta aqui atrás, não é? – Alvo concordou com a cabeça e seu amigo engoliu seco.
- Acho bom o senhor se comportar... – Ellie não sorriu.
- Sim mãe... Eu estava só brincando... – Scorpius ergueu a sobrancelha para Alvo enquanto Ellie e Draco cumprimentava a todos.
- Como vai Potter? - Draco deu um aperto de mão em Harry.
- O Natal será em casa esse ano? – Gina deu um beijo em Ellie.
- Por mim...tudo bem... – Ellie sorriu para Hermione – Só espero achar minhas filhas até lá. – Ellie arregalou os olhos e Rony deu risada.
- E você Hugo? – Draco fitou o filho dos Weasley – Melhor?
- Sim... foi só um sapo de chocolate estragado mesmo. – Hugo sorriu – Minha mãe disse pra eu parar de comer que nem meu pai... Se não acho que vou visitar o senhor toda semana.
- Obrigada pela poção Draco, - Hermione o fitou agradecendo – Não sabia mais o que fazer com aquela dor de barriga dele.
- Sem problemas... – Draco sorriu de volta.
Enquanto as famílias conversavam, o coração de Scorpius parou. Um gelo subiu em suas costas ao vê-la. Rose vinha de onde buscara água e vinha mais bela e ruiva do que nunca. Ele deixou a boca abrir um pouco, e mesmo quando ela se juntou a eles, ele não conseguiu dizer nada. Ela acenou discreta para ele, mas ele mal levantou a mão, ainda abobalhado. Como queria que fosse pra mesma casa que ela...
- Hei Rose! – Camille surgiu novamente da multidão.
- Blusa bonita! – Tonks veio do outro lado de Rose.
- Obrigada meninas... – Rose olhou da direita a esquerda onde as gêmeas estavam.
As gêmeas sorriram maliciosas para Scorpius e ele sentiu o coração bater mais forte, mas era tarde demais. Sabia do que as duas eram capaz para envergonhá-lo.
- Rose... – Camille sorriu – Quer saber um segredo?
- Claro! – Rose sorriu inocente.
- Scorpius não falou de outra coisa a não ser você! – Tonks continuou e Camille piorou:
- Durante toooooodo o verão!
- Meninas! – Ellie advertiu as filhas.
- Relaxa mãe! – Tonks se aproximou de Scorpius que era fitado por todos na roda.
- É! - Camille sorriu maliciosa - Ele até tem um presente pra ela!
- Eu vou matar vocês! – Scorpius rosnou, mas de nada adiantou.
- Vamos... – Camille passou por trás do irmão, e ele sentiu a pequena irmã colocando algo em sua mão que estava para trás também – Entregue a ela, Scorpius!
Scorpius ergueu a mão pra frente sem saída, mas ele só não deduzira que a armadilha de suas irmãs cairia tão bem. Os olhos de Rose brilharam ao ver na mão de Scorpius, uma rosa, tão bela e incomum, com a ponta do cabo cortado, indicando que as gêmeas haviam cortado do belo buquê, que se formara a partir da rosa que Harry dera a Ellie, anos atrás. A cor amarelo-nervoso da flor, só indicava mais uma vez o estado crítico do garotinho loiro.
- Obrigada... – Rose sorriu para Scorpius em sua frente, que estava com o cabelo ainda loiro, mas as bochechas vermelhas.
- Magina... –Scorpius viu a rosa se tornar arroxada na mão de Rose. Um roxo simpático indicava mais do que agradecimento.
- Bom! – Rony tentou quebrar o clima dos dois – O trem já está saindo... – Hermione deu um empurrão de leve no marido, ainda boba ao ver a filha naquela situação.
Tonks e Camille se juntaram mais próximo de Ellie, grudando cada uma em uma perna. Ellie olhou pra baixo apertando a bochecha das duas.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!- Você são terríveis! – Ellie sorriu e Camille lhe fitou.
- Desculpa roubar uma rosa mãe...
- Mas ele precisava... – Tonks sorriu se desculpando também.
- Concordo completamente... – Ellie deu mais uma olhada na cara de bobo de seu filho para Rose.
Um sirene soou do trem chamando todos para embarcar. Harry pegou a mala de mão de Alvo, enquanto Gina dava um beijo de despida em Thiago. Hermione abraçou Rose mais uma vez, enquanto Rony criava mais dois cabelos brancos ao ver o Malfoy de olho em sua filha.
- Vou sentir saudade... – Rose abraçou Hugo.
- Se cuida pequena! – Thiago acenava pra Lily enquanto entrava no trem.
- Não se preocupe... – Gina deu um beijo na testa de Alvo – Qualquer coisa é só mandar uma coruja, está bem? – Ela o abraçou – Vou sentir sua falta...
Ellie se aproximou de Harry, vendo a cara de preocupação dele de deixar mais um filho partir.
- Eu vou tomar conta deles... – Ellie sorriu tentando acalmá-lo – Só espero que Lizzy consiga o mesmo com as gêmeas durante a semana, até eu chegar nos fins de semana e ver a casa de cabeça pra baixo... – Ela suspirou e Harry deu risada.
- Qualquer coisa me avise... – Harry olhou para baixo e segurou o colar de patas que nunca tirava, indicando que aquele ainda era o meio de comunicação deles.
- Pode deixar... Sei bem de quem eles são filhos... – Ellie riu, pondo a mão no ombro dele enquanto via Draco se despedir de Scorpius – Já volto, Harry...
Ela se aproximou de Scorpius, enquanto Draco pegava Tonks no colo e Camille segurava uma das pernas de seu pai.
- Nervoso por Rose ou pela escola? – Ellie se agachou próximo ao filho.
- Mãe...
- Estou brincando... – Ela sorriu e abaixou a voz – Eu tenho muito orgulho de você, sabia?
- Orgulho de cada vaso que eu quebro dia sim, dia não?
- Não! – Ellie riu-se – Você sabe do que eu estou falando.
- Eu que tenho orgulho de ser seu filho... – Scorpius fitou os olhos negros da mãe e a abraçou.
- Te encontro em Hogwarts...mais novo aluno de magia? – Ela o fitou de novo e sorriu.
- Sim, professora. – Scorpius fez uma continência de soldado.
- Credo! - Ellie se levantou dando risada. – Não me chame assim!
- Vou te chamar de Lúcia! – Scorpius sorriu.
- Dez pontos a menos pra sua casa, seja ela qual for! – Ellie sorriu de volta dando um último olhar.
- Scorpius! Vamos! – Alvo gritou da porta do vagão, pendurado junto a Rose, que ainda tinha a rosa em mãos.
- Já vou! – Scorpius deu um último olhar a sua mãe e a seu pai que ainda tinha as gêmeas próximo a ele. Ele fitou cada irmã. – Obrigado fedelhas...pela rosa...
- De nada... -Camille riu-se. - Vai ser ótimo você casar com Rose...
- Assim você sai de casa mais rápido! – Tonks sorria no colo de seu pai.
- Também amo vocês...
A sirene fora ouvida novamente do trem e Scorpius se apressou dando ainda algumas olhadas para trás enquanto se dirigia ao vagão. Ellie viu seu filho ingressar no trem e se juntou a Draco, e aos outros pais para ver seus filhos partirem acenando das janelas do vagão. Assim que chegasse em Hogwarts antes do próprio trem para o ínicio das aulas, Ellie teria um ano bem cheio com aquela turma de sangue aventureiro, solta pelo castelo novamente.
O trem partiu deixando Harry, Hermione, Rony, Gina, Ellie e Draco acenarem, junto a seus filhos mais novos.
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