Harry Potter Por Olhos Negros

Relíquias da Morte - 07


A tarde começava a cair e o sol ir embora. Ellie chegou com Harry da caçada e passaram pela proteção. Do lado de fora da barraca não havia ninguém, nem Hermione, nem Draco. Ellie ainda segurava o peixe e Harry, o coelho quando os dois entraram na barraca e deixaram o jantar em cima de uma mesa. Ellie tirava o casaco molhado, quando Harry também escutou vozes vindas lá de dentro.

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Não acredito!

Ele ficou uma fera! Depois que Ellie correu, eu fui atrás dela. Mas meu pai me segurou pela gola e me bateu. Merlin, como a mão dele é forte!

Ellie ouviu a risada de Hermione e a voz de Draco. Ela olhou para Harry e eles seguiram a voz. Hermione estava sentada na mesa de frente para Draco, e ambos seguravam uma caneca cada. Ellie e Harry ainda estavam pasmos com a cena que viam. Hermione Draco rindo juntos. Era um milagre que Ellie não espera ver, muito menos tão cedo.

– Mas sua mãe não falou nada? – Hermione fitou Draco.

– Minha mãe só defendia a Ellie. O Draco não! “Ele tem que apanhar pra vê quem é que manda” !

– Ellie, Harry! – Hermione ainda ria quando viu os dois se aproximarem e sentaram na mesa.

– Do que estão rindo? – Harry sentou ao lado de Hermione ainda assustado com a cena.

– Draco estava contando de quando Ellie colocou pó vermelho no xampu de Lúcio...

– Nossa! Essa é perfeita! – Ellie se lembrou e já começava a rir - Eu fiquei sabendo que ele odiava a família do Ron e não achei certo, então...

– Meu pai saiu um verdadeiro Weasley...Nossa, ele ficou uma fera! – Draco mirou Harry sem ódio pela primeira vez na empolgação da história. Hermione ainda recuperava o fôlego da risada.

– Ele soube que foi você? – Harry perguntou pra Ellie, mas ela não conseguia responder pois perdera o fôlego dando risada.

– Essa idiota pôs a culpa em mim! – Draco riu também – Ela saiu correndo com Lizzy e quem sobrou fui eu! Nossa... nunca apanhei tanto na minha vida...

Ellie perdia a respiração ao lembrar-se de tudo. Harry e Hermione ainda riam imaginando a cena. Ellie se recompôs, e se levantou.

– Acho que vou preparar o peixe...Estão com fome?

– Eu te ajudo... – Hermione continuava rindo.

As duas foram pra cozinha enquanto Ellie ainda dava mais detalhes da história clássica de sua infância. Mesmo nos seus primeiros dias com os Malfoy, ela já aprontava. Harry e Draco ficaram sentados de frente um para o outro na mesa. As risadas e os sorrisos se foram deixando um silêncio percorrer longos minutos. Os dois se olhavam e procuravam algo que se podia dizer...Mas nada. Nada tinha pra ser dito.

– Ellie disse que vocês estão procurando as Horcruxes... – Draco o fitou, mas Harry só concordou com a cabeça – Dividir a alma em seis... Isso é loucura...

– Com certeza...

– Escuta Potter...Eu já me desculpei com a Granger, mas acho que com você vai ser mais difícil...

– Só não a machuque. – Harry o encarou e Draco franziu – Ellie...não a machuque. É só disso que preciso saber.

– Não se preocupe...

– Eu me preocupo sim. – Harry o cortara novamente, mas Draco voltou a tentar.

– E quanto ao soco que eu te dei no vagão...

– Eu entendo. Não precisa se desculpar...Eu machuquei Ellie, e você quis defendê-la. Eu faria o mesmo se a visse chorando.

– Ok... – Draco desistiu.

Harry, pode dar uma olhada em Rony pra mim, por favor? – Hermione gritou da cozinha, e Harry se retirou da mesa sem muita licença, deixando Draco sozinho.

Em seguida, os quatro jantaram o peixe que Ellie caçara, e Hermione levou um pouco para Rony depois. Draco ainda deu um último feitiço em Rony e o braço já estava quase melhor, se não fosse por uma infecção que parecia deixar Rony piorar.

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Alguns dias se passaram e todos continuavam a revezar o medalhão, que deixava sua marca de raiva e angústia a quem lhe usava. O poder das Trevas no medalhão despertava os piores medos e inseguranças de quem o colocasse. Assim, eles decidiram trocar entre si, mas Draco ficara de fora, como Ellie havia sugerido. Era cedo demais pra despertar algo ruim em Draco. Naquela manhã, Harry acordou e ao abrir os olhos, viu Rony que ainda dormia, e reparara em Hermione que ficara deitada no chão ao lado de Rony, para vigiar sua febre. Harry passou os olhos pela sala, mas estava tudo quieto. Alguns passarinhos assoviavam lá fora, mas o som era muito baixinho. Harry viu Hermione abrir os olhos, e Rony acordou com o barulho dos dois se mexendo. Os três mal tinham acordado quando escutaram Ellie gritando lá fora da barraca.

– Eu te odeio Draco!

– Você me odeia? Não foi isso que você disse dias atrás! – Um barulho fora ouvido– Você vai pagar por isso Ellie!

Harry sentiu uma fisgada no coração com o susto e se levantou na hora. Colocou os óculos apressado e a varinha já estava no bolso, mesmo quando dormia. Hermione tambem se levantou assustada ainda de camisola, e Rony os seguiu mais lento, por causa da dor. Harry puxou o pano da barraca e viu Ellie e Draco lá fora.

– Você me paga seu idiota!

Hermione , Harry e Rony respiraram fundo aliviados quando viram a cena. Ellie estava no chão e Draco a segurava, enquanto brincavam de luta. Ellie se debatia e gargalhava, enquanto Draco ameaçava lhe bater. Harry quis brigar com Ellie por ela o ter acordado gritando e o assustado. Ele imaginou que fosse qualquer coisa. Que os dois tinham brigado. Que Draco acabaria com seus planos. Que Ellie ficaria magoada...Mas não. Era só a velha brincadeira de mão dos dois.

– Me solta, seu imbecil!

– Quem que manda aqui? – Draco a soltou sem querer, e ela se levantou rindo, e num impulso, mordeu o braço dele. – Ai! Isso não vale! Você tem dentes de cachorro quando quer!

– Quem é que manda aqui bonzão!? HEIN? – Ellie tentou passar uma rasteira em Draco, mas ele conseguiu segurá-la e a derrubou primeiro.

Harry sorriu sem querer ao ver Ellie rindo. Lógico que não era agradável ver Draco lhe batendo, mas Ellie ria tanto, que não parecia machucar de verdade. Hermione revirou os olhos sorrindo, e entrou. A preocupação passara, mas Hermione não entendia essas brincadeiras grosseiras. Rony ainda estava com o braço enfaixado, quando seguiu Hermione com os olhos e se virou para Harry.

– Acha que eu devia bater nela? Em Hermione... – Rony perguntou a Harry, que ainda assistia a brincadeira de Draco e Ellie. – Isso funciona pra eles...

– Com eles, mas acho que se você batesse em Hermione ela nunca mais falava com você...

Rony sorriu com a possibilidade idiota, e entrou na barraca de volta. Harry o seguiu, deixando Ellie e Draco a sós. Na cozinha, Hermione estava limpando um dos coelhos que Ellie caçara naquela semana. Rony e Harry se sentaram na frente dela, em uma espécie de balcão.

– Quase não reconheço o Malfoy perto dela... – Rony fitou os dois.

– Ele até me pediu desculpas por me chamar de sangue-ruim... – Hermione secava um prato.

– Quando foi isso? – Rony franziu.

– Quando Ellie saiu com Harry pra caçar. Não lembro direito...

– E você aceitou? – Rony sentia uma pontada de ciúmes, pois o medalhão ainda estava com ele.

– Aceitei. Não tinha outro jeito. Desde que ele chegou, ajudou bastante a mim, e cuidou de você. Ele até está fazendo o que eu mando. – Hermione sorriu de lado - Vamos dar uma chance...Quem sabe onde esse lance com Ellie pode parar...

– Eles estão juntos pra valer? – Rony fitou Harry que balançou a cabeça que sim – Nossa, eu preciso parar de dormir. Estou perdendo tudo.

– Imagina então o que nós não sabemos sobre Hogwarts. Todos nós estamos praticamente dormindo...

Harry lembrou de Gina e os dois perceberam. Hermione tentou desviar o assunto contando sobre algumas coisas que lera nos Contos de Beedle, o Bardo, e a atenção de Harry voltou para a busca das Horcruxs. Hermione apontou a varinha para a carne de coelho e um fogo rasante passou, cozinhando a carne.

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Aquela noite de outono, já no meio de outubro, não estava tão quente como antes, mas também não havia o vento gelado que o inverno traria mais tarde. Nem por isso, o céu deixava de estar aberto. Harry fazia vigia lá fora, quando entrou na barraca.

– Acho que nunca vi tantas estrelas juntas...

Na barraca, Hermione, Rony, Ellie e Draco estavam sentados no chão em uma quase roda. Ellie estava ao lado de Draco conversando e Hermione tentava ensinar um jogo de cartas trouxa a Rony. Eles tinham acabado de jantar, quando se reuniram na pequena sala.

– Harry, você viu meu colar? - Ellie o fitou - Eu tirei pra entrar no banho e não lembro onde eu deixei.

– Está aqui... – Harry pegou o colar em cima do balcão e sentou ao lado dos quatro. Ellie pegou o colar e o colocou no pescoço.

– Porque o seu colar é igual ao dele? – Draco franziu ao reparar que o colar de Harry era idêntico ao dela.


– Porque? – Ellie gaguejou

– É... – Draco assentiu – Porque são iguais?

Ellie olhou para Harry, que a fitou de volta. Hermione e Rony pararam com o jogo de cartas e começaram a assistir a cena atentos.

– Eu e Ellie que fizemos...Como um amuleto. – Harry respondeu inseguro.

– Ele parece bem antigo... – Draco mirava o colar de pata de Harry quando olhou para o colar de Ellie e viu um par de chifres desenhado. – Porque tem desenhos diferentes?

– Porque o patrono de Harry é um cervo, e o colar dele é de patas, porque eu me transformo em cachorro. – Ellie explicou, e já estava aliviada quando Draco fora mais esperto.

– Mas Harry não sabia que você se transformava... – Draco começou a se exaltar – Ele só descobriu quando chegamos aqui. E você usa esse colar há muito tempo. Só não tinha reparado que o Potter tinha um igual.

– Eu... – Ellie olhou desesperada para Harry buscando uma explicação. E o silêncio formado fora cortado pelo olhar fixo e sério de Harry para Ellie

– Conte a ele, Ellie. – Harry falou baixo, mas o suficiente pra Rony e Hermione arregalarem os olhos. – Uma hora ele vai descobrir.

– Descobrir? – Draco já ficava impaciente. – Descobrir o que Ellie?

Ellie respirou fundo. Sabia que teria que contar uma hora, mas não esperava ser tão cedo. Ela nem pensara nisso, mas ali, Harry estava lhe encorajando. E talvez não tivesse uma oportunidade melhor. Teria até medo de contar a sós com Draco. E se ele reagisse mal? Aliás, não tinha como reagir bem. Ellie respirou mais uma vez. Olhou de Mione a Rony e de Harry para Draco. Harry lhe olhou mais uma vez lhe encorajando. Chegara a hora.

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– Ok... – Ellie não sorria – Um dia você ia descobrir mesmo...

– Ellie! Fale logo... – Draco a fitava. Os cinco estavam sentados no chão em uma roda, que agora virara de confissão. Ellie fazia caretas impacientes. Não sabia por onde começar. Por dentro, ela pediu ajuda a Sirius, ou para qualquer um que a estivesse ouvindo lá em cima.

– Merlim...

– Ellie!

– Calma Draco. Não me apresse. – Ellie o olhou – Vamos lá... – Ellie conseguira a atenção de todos. Seu coração já estava na boca e suas mãos suavam frio de nervoso, mas ela resolveu contar tudo de uma vez com a voz apressada – Bom, na verdade...Eu conheço meus pais. Na verdade não conheci minha mãe, só meu pai... Sirius Black. – Draco parou – Como você sabe, meu pai era amigo dos Potter e ele conheceu minha mãe, Camille, em uma viagem. Ela era trouxa e trabalhava com animais. Acho que por isso que ela gostou quando meu pai contou que podia virar um cão. – Ellie tentou sorrir - E sim, é por isso que eu também posso virar um cachorro. Quando minha mãe faleceu, meu pai também foi preso em Azkaban injustamente por dedurar os Potter. – Draco ainda estava com os olhos arregalados e a testa franzida quando levantou. Era muita coisa. Ellie levantou também e continuou – Eu era pequena e não havia ninguém pra cuidar de mim. Foi quando Dumbledore me levou pra um orfanato. Ele cuidou de mim e sempre me visitava, mas ele ficou sabendo que Você-Sabe-Quem estava voltando e me pediu que eu fosse para a sua casa, já que Cissa estava louca por uma menina. Esses anos todos eu trabalhei para Dumbledore e a Ordem da Fênix como espiã. Acompanhando cada passo de seu pai, e no final...os seus passos também. Mas eu juro que me apeguei a você e a sua mãe de verdade. – Ellie recuperou o fôlego e viu Draco passando as duas mãos na cabeça. Estava agitado demais e andava de lá pra cá – Eu queria te contar...mas não podia. – Ellie quase sussurrou – Desculpe...

O silêncio invadiu a barraca e Harry, Hermione e Rony se entreolharam. Ellie tinham os olhos mais esperançosos, e os de Draco eram os mais assustados. Ele andou a esmo umas três vezes sempre nervoso e com as mãos agitadas. Ele fitou Ellie finalmente e falou devagar.

– A sua mãe...era trouxa?! – Draco engolia as próprias palavras e Ellie franziu.

– Merlin!...Foi só isso que você ouviu?! – Ellie arregalou os olhos e Draco andou impaciente e explodiu.

– Quando ia me contar isso Ellie?!

– Não sei...eu..

– Eu te contei tudo! Tudo que eu passei! Tudo que eu fiz! E você escolheu me esconder realmente tudo da sua vida!

– Draco, eu não queria contar assim...eu...

– Você é filha de Sirius Black, se aliou a Dumbledore e espionou minha família!

– Desculpe...eu...

– Por Deus Ellie! Você nem tem sangue puro! – Draco não gritou, mas ela se ofendeu.

– É isso que eu era pra você até então? Um rosto bonitinho com uma droga de sangue puro?

– Você sabe que eu não ligo pra isso! Mas... Ellie! Você já pensou quando meus pais souberem? Eu já estava preocupado em contar a eles que você não se tornou só minha irmã...e você vem com isso! Agora que eles não vão aceitar!

– Se você se importa tanto com isso, vá embora então! Eu não me importo!

Draco a fitou com magoa. Ele se virou e quase rasgou a saída da barraca ao sair apressado sem dar nem um último olhar. Ellie lacrimejou ao vê-lo sair, mas Hermione a acolheu pelos ombros lhe impedindo de ir atrás dele. Harry e Rony saíram atrás de Draco e o viram ainda dentro da proteção. Draco chutou o chão, e estava totalmente nervoso.

– Você está bem? – Harry chegou manso com Ron.

– Se eu estou bem Potter? Eu fico sabendo que tudo que eu conhecia dela é mentira e de repente eu tenho que estar bem? Não, eu não estou bem! – Draco olho pro céu estrelado e voltou – Eu sabia...Sabia que tinha algo nela...mas tudo isso?! Eu arrisquei tudo por ela, e ela me responde assim?

– Não valeu a pena? – Rony ajudava.

– Lógico que valeu! Eu não sei o que faria sem ela. – Draco começava a lacrimejar e Harry via o quão ele gostava mesmo de Ellie.

– Imagine o lado dela... Ela não ficou esses anos todos em sua casa por nada. Ela podia ter saído na primeira vez que Lúcio a bateu. Mas ela ficou por você... – Harry tentava ajudar.

– Não é tão fácil Potter...

– É mais fácil do que parece. – Harry engrossou a voz - Se você visse o jeito que ela me olhou com raiva quando eu te ataquei no banheiro...O ódio nos olhos dela...O quanto ela gosta de você...Você saberia que o passado dela pouco importa... – Harry pôs a mão no ombro de Draco – Eu também fiquei surpreso quando descobri tudo... Mas se você por na balança o que ela perdeu pra nos salvar... Pra poder salvar todos agora... – Harry tirou sua mão do ombro dele – Não vou obrigar você a ficar, mas acho que você sabe o que vale a pena. Se ainda tem algum respeito pela infância, pela vida que ela perdeu tentando ajudar a mim e a você... Se você ainda gosta dela assim... – Harry o fitou mais forte - Pense bem antes de fazer outra besteira.

Draco estava sem resposta pelo tamanho da raiva. Harry se afastou e deixou Draco sozinho fazendo um sinal com o olhar para Rony fazer o mesmo. Eles entraram na cabana e viram Hermione consolando Ellie, mas decidiram não interromper e ficar em um canto. Ellie ajudara Hermione uma vez e agora era sua vez. Elas estavam em um canto e Ellie chorava baixinho, enquanto Draco devia se decidir lá fora.

– Não fique assim... – Hermione limpava as lágrimas de Ellie. Ela olhou para Harry e Ron ao lado, com cara de pena.

– Eu achei que ele fosse entender. Achei que ele tinha mudado... – Ellie se exaltou - Eu sou muito burra mesmo!

– Ele mudou Ell, só esta confuso... – Hermione tentava animá-la – Lembra quando você brincou que nem Amortentia amoleceria o coração dele. Pois é... você não precisou nem de magia pra isso... – Ellie sorriu mas ainda não acreditava em nada.

– Harry, - Ellie o fitou - O que ele disse?

Antes que Harry abrisse a boca, Draco entrou cabisbaixo na barraca novamente, mas ele ainda estava agitado. Harry olhou para ele e Draco olhou de volta. Ellie se levantou apressada lhe olhando.

– Draco...eu...

– Não. Não fale. – Ela chegou perto dele com os olhos molhados e jurava que ele partiria. - Você vai jurar... – Draco soltou um ar pela boca junto com a raiva – Você vai jurar...Que não vai esconder mais nada de mim... Mais nada... – Ele a fitou sério e ela abriu um sorriso enorme. - Você sabe que meu pai vai matar você quando souber, não sabe? – Ela fez um sim rápido com a cabeça e Draco continuava sério. – E você sabe que minha mãe vai surtar...e que Lizzy está tão ferrada quanto você...Você entende isso Ellie? – Ela fez de novo um sim sorrindo.

– Você vai ficar? – Os olhos dela brilharam de choro e alegria e Draco os fitou.

– Eu sempre vou ficar...

Ellie pulou em Draco e o abraçou com força, deixando somente o rosto de Draco aparecer para o trio. Em um quase sorriso, Harry mirou Draco em um olhar de aprovação e Draco lhe respondeu com outro olhar de agradecimento.