“I’m waking up to ash and dust
I wipe my brow and sweat my rust
I’m breathing in the chemicals
I’m breaking in and shaping up
Then checking out on the prison bus
This is it, the apocalypse”

Sabe aqueles dias que você, a toda alegre e divertida pessoa que é, só tem vontade de encostar a cabeça na janela do carro,observar a chuva com um olhar triste e fingir que está em um daqueles videoclipes dramáticos?

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Então, graças ao sonho de ontem eu estava nessa situação. Mas certa ruiva não me deixava em paz.

–Riley?- Ela chamou pela vigésima quinta vez.

–Fala Rachel.- Eu disse, sem tirar os olhos da rua.

–Ah, me respondeu finalmente. O que aconteceu com você?-ela disse

Não respondi.

Ela tacou o celular na minha cara e eu rosnei.

–EU SONHEI COM O MEU AVÔ, FELIZ?-gritei enquanto ela estacionava.

“Oh oh oh
I’m waking up
I feel it in my bones
Enough to make my system blow

Welcome to the new age
To the new age
Welcome to the new age
To the new age”

Assim que o carro parou, eu sai e bati a porta, marchando para a Scotts&Fields sem olhar para trás.

X-X-X-X-X-X-X

Desculpa Rih...

– Rachel

Fechei o celular e bufei, voltando a organizar os papéis na mesa. Quando eu cheguei, Percy me encaminhou novamente ao décimo primeiro andar, então obedeci. Até que eu estava gostando da minha mesa nova, e me acostumando com Annabeth se jogando para cima do Luke e dando risinhos para mim.

Depois que acabei de organizar os papéis deitei minha cabeça na mesa e comecei a pensar sobre o sonho. Pouco tempo depois as lágrimas começaram a sair.

Merda,pensei, e espiei o que estava acontecendo no andar.

Mesma coisa de sempre, todos concentrados em seus papéis e computadores, e o mesmo grupo de pessoas concentrados em sua conversa perto do bebedouro. Eu conseguiria escapar até o banheiro sem ser notada.

Levantei-me devagar e enxuguei um pouco os olhos quando ouvi uma tossida familiar atrás de mim.

– Meu deus, esse dia só fica melhor.- me virei, encarando seus olhos azuis e tentando meu melhor sorriso falso.

Ele me encarou por dois segundos, bem dentro dos meus olhos. Isso me deu uma sensação de segurança, não sei exatamente por que. Logo depois ele pegou a minha mão e me puxou para a última sala do corredor. Uma velha conhecida nossa.

X-X-X-X-X-X-X

–Senta aqui Riley.-ele disse, me levantando e me colocando em cima da tampa da copiadora.

–O que você quer?- choraminguei sem querer.

–O que aconteceu, Rih?

Ele nunca me chamou de Rih antes. Me aninhei no peito dele por impulso, ele colocou os braços(muito fortes, por sinal) , e por algum motivo comecei a explicar o que havia acontecido, do jeito que conseguia.

– Ontem.....sonho...borboleta.....depois......vovô....ele disse...que estava vendo tudo. Depois me beliscou...e eu acordei.- disse, limpando as lágrimas pretas de rímel de sua camisa branca.

– Ah, Rih..- ele fez carinho nas minhas costas e falou mansinho.- Talvez seja verdade. Talvez ele te visitou mesmo, não foi só um sonho.

– Eu sei. Mas não é só isso.- Eu disse, me afastando e o encarando. – Eu sinto tanta falta do vovô. Eu sei, sou apenas “uma menina mimadinha” mas.... ele me protegia. Eu gostava dessa sensação. E eu sempre o decepcionava. E agora, não tenho nada.- as lágrimas voltaram a sair invontulariamente.

Ele colocou a mão no meu rosto e enxugou minhas lágrimas, não tirando os olhos dos meus.

– Riley, eu me arrependo tanto de ter te chamado de mimada. Eu sei lá, quando eu descobri que a neta do Quíron ia trabalhar no mesmo prédio que nós, pensei que você seria só um peso fútil e fresco. E desculpe-me por ter sido grosso, esse meu pensamento não saia da cabeça. Odeio a idéia de pessoas atrapalhando meu trabalho. E Rih, eu vi o jeito que tratou meu irmão. Ninguém trata ele com carinho, além de nós. Seu avô te ensinou isso. Seu avô..te ensinou a se importar com as pessoas. E eu sei que o casamento é falso, mas eu vou fazer tudo ao meu alcance para você se sentir bem. Eu posso te proteger. Não tanto como seu avô. Mas pos- minha boca na dele interrompeu seu pensamento.

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Foi inevitável. Depois de seu choque inicial ele começou a me corresponder. Coloquei a mão no seu pescoço. Isso estava mesmo acontecendo. Eu estava mesmo beijando voluntariamente o...

Luke- sussurrei, me afastando, assustada.

Ele me encarava, também assustado.

–Hã........acho que eu vou...- gesticulei sem rumo.

–Sim-ele murmurou.

– Obrigada.- disse, andando apressada para o banheiro, tentando afastar o que estava pensando de minha mente.

Foi...bom.