Encontros e Desencontros

Hábitos, sentimentos e condições que não mudam.


Andei até a minha vaga, abri o carro e entrei. Joguei a minha bolsa no banco do passageiro, liguei o carro, dei ré e sai do estacionamento. Ia em direção a minha casa, dirigindo normalmente, pensando em tudo que o Warrick tinha me dito. “Será que eu tinha o direito de fazer o que ela falou?” Essa era a pergunta que se repetia a todo segundo na minha cabeça.

Minutos depois, cheguei em casa. Coloquei o meu carro na garagem, peguei a minha bolsa e sai do mesmo. Sai da garagem, entrando pela porta da frente. A casa estava acessa, porém quieta.

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CW: Gil.- Falei alto, olhando para os lados e não obtive resposta.- Gil!- Falei novamente e nada. Suspirei então, jogando a minha bolsa no sofá.

GG: Sentiu a minha falta?- Sussurrava, segurando a minha cintura por trás, me puxando para ele. Tirava o meu casaco, o jogando na mesinha de centro. Beijava o meu pescoço, virando-me devagar para ele. Ele ria, como se estivesse tudo certo.

CW: Não Gil... Eu estou suja, preciso tomar um banho.- O empurrei, porém ele segurou o meu braço, puxando-me para ele e me beijando. Correspondi, até certo momento, mas logo o empurrei com força.- Eu disse não.- Falei dura, passando rápido por ele e subindo as escadas mais rápido ainda. Entrei no meu quarto onde tranquei a porta.

GG: Cath abre essa porta!- Batia devagar, porém insistentemente.

CW: Não quero!

GG: Ah é?- De repente ficou calmo, até ele dar arrombar a porta com o ombro.- Você não abriu por bem, eu abro por mal.- Falou ofegante, eu o olhava assustada.- Agora me diz, o que houve com você?

CW: Nada.

GG: Ninguem fica assim do nada.

CW: Eu fico!

GG: Porque você é doida.- Falou impulsivo.- Olha, eu fiz um jantar para nós dois, eu mesmo cozinhei. Estava esperando você chegar para te fazer uma surpresa, eu planejei toda uma noite para passarmos juntos, já que é a minha ultima noite em Las Vegas. E olha como você reage, como se não existisse mais nada entre a nós. Qual é o seu problema?

CW: Nenhum.- Falei direta, levantando da cama e indo em direção ao banheiro. Gil passou a minha frente, me olhando diretamente.

GG: Você realmente não vai me dizer?

CW: Eu não tenho nada para falar com você.- O olhei nos olhos.- Agora me dá licença, eu quero entrar ai.- Ele saiu devagar, abri a porta.- Vê se não arromba essa.- Bati a porta, a fechando em seguida.

30 minutos depois sai do banheiro, com o hobby por cima da camisola. Olhei para cama, Gil já estava deitado, dormindo. Respirei fundo, tirei o hobby e o coloquei ao lado da cama. Deitei ao seu lado, engolindo o choro, me virei ao lado oposto ao dele. Lagrimas escorriam lentamente dos meus olhos, molhando o travesseiro. Eu não fazia barulho algum, para não acordá-ló. Senti respiração ofegante perto do meu pescoço, a mão de Gil passava pela minha cintura, me abraçando por trás. Segurei a sua mão, a acariciando. Virei-me devagar, o olhando. Ele estava acordado, encarando-me. Não tive coragem em pedir desculpas, não tive coragem em dizer nada. Apenas o beijei, carinhosamente e delicadamente, um beijo sem fim, como se fosse o ultimo. Ele correspondia, me puxando mais para ele.

CW: Eu amo você, por favor, nunca se esqueça disso.- Sussurrei, bem baixinho, nem sabia se ele tinha escutado. Ainda chorava feito uma boba. Ele me abraçava, ajeitando-me no seu colo.

No dia seguinte, acordava com o barulho que Gil fazia no quarto.

CW: Que horas são?- Falei sonolenta.

GG: Ainda são 06h00min. - Falou baixo.- Desculpe se eu te acordei.

CW: Não, tudo bem.- Ajeitei-me, encostando na cama, o olhando mexer na sua mala.

GG: Você viu o meu passaporte?- Falou confuso, mexendo no bolso da calça. Eu o olhei, rindo. Abri a gaveta do criado-mudo.

CW: Serve esse?- Continuei rindo, mostrando o passaporte em minha mão.

GG: Sim.- Riu, sentando-se na cama, pegando-o da minha mão.

CW: Sobre ontem a noite.- Recuei a minha mão com o passaporte.

GG: Está tudo bem.- Tentou pegar novamente, me interrompendo.

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CW: Não, não está.- Recuei.- Eu queria te pedir desculpas.

GG: Você não deveria pedir, eu também errei, te chamei de “doida”.

CW: Às vezes, eu realmente sou.- Brinquei.- Essa semana não tem sido nada fácil para mim, nem aqui e muito menos no trabalho. Eu não deveria ter agido daquela maneira, estava errada.- Sussurrei, mexendo na sua camisa e aproximando-me dele. Ele me olhava, sorrindo. Sorria também, trocando olhares com ele. Devagar, o beijei. Intensifiquei o beijo, quando ele ia parando devagar.

GG: Olha, eu adoraria ver o seu pedido de desculpas completamente, porém não tenho tempo. Sou enrolado e o meu vôo sai as 10hrs. - Explicou-se, me dando um selinho e levantando da cama. Olhava-se no espelho, arrumando a camisa que eu tinha quase desabotoado. Continuei sentada ali, encostada na cama, o encarando calada.

CW: Eu acho que vou começar a me arrumar para ir ao trabalho.- Levantei, jogando o edredom para o lado, indo em direção ao banheiro.

GG: Mas já? Não está muito cedo?- Perguntou curioso, me olhando da porta.

CW: Quando mais cedo chegar lá, melhor.

GG: É... você não vai me levar no aeroporto?- Encostou-se na porta, me olhando por inteiro.

CW: Para que? Você tem a Heather.- Respondi seca, entrando dentro do box.

GG: Impressão minha ou isso saiu irônico?

CW: Que seja.- Liguei o chuveiro.

GG: Você ainda continua com esses ciúmes bobo da Heather?- Abriu a porta do box, olhando-me de cima abaixo, sorrindo.