Estou jogado no chão gritando de dor, acho que gritei alto demais. Escuto golpes na porta da frente. Era o Sr. Mebahel que tinha escutado meus gritos e deve ter pensado que Reynolds havia me batido.


– O que esta acontecendo ai? – grita Sr. Mebahel do outro lado da porta.

– Calma, respire fundo. – disse Reynolds segurando minha mão.

– O... senhor... Meba... – desmaio de dor.


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No sonho vejo uma casa no meio do mato e macacos pulando nas arvores detrás dela. Vejo uma mulher que aparentava ser mais velha que Reynolds e uma garota que parecia ter uns 13 ou 14 anos, ela tinha um pingente azul em seu pescoço assim como eu. A garota vai até a margem do rio em frente da casa e a vejo levantar uma bola de agua com a mente. Fiquei impressionado, ela era uma de nós. A cena muda para dentro da casa, elas estão dormindo, mas a mulher creio que seja sua Cêpan, acorda assustada por que percebeu uma movimentação estranha fora da casa, ela tenta acordar a garota, mas eles arrombaram a porta e a casa já estava cercada por homens grandes com uma pele pálida e com sobretudo preto, eram os mogs. A mulher se movimenta muito bem apesar de ser um pouco velha, ela se desviou de adagas e quebrou o pescoço de um mog, uau! Isso era incrível. Mas os mogs também estavam preparados um deles pega seu canhão e aponta para o peito dela e atira, meu coração parou, a garota grita o nome Hilde. A garota corre até sua Cêpan e num momento de dor e desespero ela bate com força seu pé no chão e gera uma forte onda de terremoto que mata os mogs que estavam dentro da casa. Mas parece que isso não foi suficiente, pois havia mais mogs do lado de fora. A garota chora ao ver sua Cêpan quase morta, mas obedece a sua ultima ordem e sai correndo pela janela de traz e a casa desaba, eu nunca me imaginaria deixando Reynolds nessa situação. A garota cai ao sair da casa, mas quando se levanta rapidamente estava cercada por todos os lados. O chão ainda treme aos pés dela, alguns mogs caem, mas eles são bons lutadores. Um deles agarra a garota que grita desesperadamente por socorro e então enterra em suas costas sua espada brilhante que a ponta aparece no abdômen dela, posso ver a cara de orgulho daquele maldito mog.

Acordo duas horas depois com policiais na porta de casa interrogando a Reynolds e uma mulher que parecia ser enfermeira olhando minha cicatriz.


– Quem fez isso com você? O que significa esse símbolo? – Disse a mulher.


Olho com surpresa para meu tornozelo e vejo um símbolo esférico lórico que me lembrava muito o pingente que vi no pescoço daquela garota do meus sonhos. Agora tudo fazia sentido, havia sonhado com a numero Um.


– Eu não sei, quem é você? É um deles? – perguntei encarando a mulher.

– Deles quem? Do que esta falando? – questiona.

Droga! Falei demais. Pensei

– Nada. – falei mais calmo.

– Foi seu pai que fez isso com você?


Olho para porta e vejo Reynolds na rua conversando com dois policiais e o Sr. Mebahel. Droga se tivesse obedecido a Reynolds não estaríamos passando por isso agora, mas será que nunca terei uma vida normal? Pensei.


– Não. Eu fiz isso em mim mesmo, as vezes tenho ataques de pânico – foi a primeira coisa que veio a minha cabeça porque semana passada havia visto com documentário falando sobre o assunto.

– Ataques de Pânico? – riu a enfermeira.

Droga, como vou a fazer acreditar. Pensei.

De repente vem uma ideia louca em minha cabeça, dou um chute na enfermeira e começo quebrar algumas coisas da casa. Reynolds e os policiais entram correndo na casa, quando Reynolds me vê, corre até mim e me abraça.


– O que esta fazendo? – disse no meu ouvido.

– Disse que tenho ataques de pânico.


Posso ver um sorriso torto em seu rosto. Ele me acalma e disse aos policias.


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– Era disso que eu estava falando, eu me descuidei e ele teve um ataque como esse e se queimou. Prometo ficar de olho nele policiais.


Os policiais olham entre si e enfermeira se levanta com seu nariz sangrando, acho que bati forte demais.


– Esse menino é esquisito. – sai reclamando a enfermeira.

– Desculpe pelo transtorno, Sr. Reynolds. – disse os policiais.

– Não se esqueça do meu vidro. – disse o Sr. Mebahel se despedindo.


Quando Reynolds fecha a porta me olha com olhar de espanto.


– Você esta bem?

– Acho que sim. – falo olhando minha cicatriz.

– Temos que sair daqui, arrume suas coisas vamos embora.


Corri para meu quarto e arrumei minhas malas, essa era a primeira vez que estávamos nos mudando, eu não tinha muita coisa, peguei algumas roupas e produtos de higiene. Quando desci, Reynolds já estava com suas malas prontas e com minha arca nos braços, ele nunca me deixou ver o que tinha lá dentro, disse que só poderia ver depois que meu primeiro legado se manifestasse.


– Para onde vamos? – perguntei.

– Nova Deli – Índia – Respondeu Reynolds com um sorriso torto na boca.