Abriu a janela do quarto e entrou em silêncio. A noite tornara-se subitamente desagradável, estranhamente mórbida e triste. Era para ser diferente e divertida, mas acabou mal no preciso momento em que prometia ser o que Maron queria que fosse.

Fechou a janela. Tinha chegado a voar. Ela não tinha um carro como Trunks e, mesmo que o tivesse, não o usaria, para que o pai não soubesse que ela andava a desobedecer às suas ordens. A técnica Bukuujutsu era mais útil e mais discreta.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Trunks não lhe saía do pensamento. Vira nele um olhar atormentado quando desatara a correr pelo parque de estacionamento afora. A morte de Son Goten era o problema. Trunks fazia o que fazia porque na consciência tinha o peso daquele seu ato horrível.

Devia dormir, acordar descansada para um novo dia e discernir melhor sobre aquele assunto, mas ela não queria dormir. Como poderia dormir com a lembrança daquele olhar, com a lembrança daquela frase?

“Porque não, se sou culpado?”

Mas por que estúpida razão Trunks não acreditava que iriam regressar à Dimensão Z? Ele, acima de todos, devia saber que iriam embora daquela maldita Dimensão Real, pois ele era o mais sério candidato a interagir com alguém.

Deixou-se ficar à janela. Esperava pela chegada do Toyota vermelho à urbanização. Iria falar com Trunks, ter uma conversa franca. Havia de lhe abrir o coração, confessar o que sentia por ele, pedir-lhe, implorar-lhe que deixasse aquele caminho de autodestruição e de pena por si próprio.

Estava disposta a esmurrá-lo, se ele se recusasse a querer conversar com ela.

Observou as sombras da noite apreensiva, antecipando, de algum modo, uma espera em vão. Mas não iria desistir, mesmo que tivesse de ficar ali durante dias a fio.