A Devoradora

Capítulo 2 - Atrasada


A noite havia sido incrível. Ele era meu sonho, ele era minha vida. Era a primeira vez que eu havia sido amada de verdade.

Estiquei meu braço para encontrar ele no meio das cobertas, mas não o achei. Olhei no relógio e eram 10:30 da manhã - ''Ah, meu Deus!'' - gritei em minha mente. Ao lado do relógio havia um papel, a letra era dele:

Minha Lise,

Eu não quis acordá-la, pois você estava dormindo como um bicho-preguiça muito fofo. Eu preparei o café da manhã, seu preferido. Pena que o final de semana tenha acabado, daria tudo para repetir o tempo que passei com você. Eu te amo. Meu voo sai às 11 hrs. Provavelmente não vai dar tempo de me despedir pessoalmente. Não vejo a hora de te ver de novo.

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Um grande beijo, de seu Nyny.

Passei a mão no cabelo. Estava inconformada, como pude dormir até tão tarde? Não queria ficar sem vê-lo pois mais um mês ou mais. Troquei a roupa o mais rápido que pude. Mordi a panqueca com calda de chocolate e saí como uma loca pelas ruas. Chamei um taxi e corri para o aeroporto. Faltavam apenas 5 min. para às 11 hrs. Eu comecei a gritar para o motorista se apressar. Ele deve ter me achado uma maluca.

Ao chegar perto do aeroporto, o transito estava congestionado, mas não tinha tempo para dicar parada. Joguei 50 libras no colo do motorista e o mandei ficar com o troco. Saí do carro e corri para o aeroporto. Um monte de garotas amontoadas me indicavam onde meu amor estaria. Corri para lá, mas quase fui esmagada.

– Carl! - Gritei para o segurança.

Carl, segurança particular e um grande amigo meu, me avistou e conseguiu me puxar para dentro da barreira. Enfim consegui respirar.

– Onde ele está?

– Está quase entrando no avião, é melhor se apressar!

Dei um beijo na bochecha dele e corri para o portão que levava ao avião. Eu o vi meio entristecido entrando no avião.

– Nyny! Parei imóvel esperando que ele se virasse.

– Lise! - Ele pareceu aliviado. - Você veio!

Corri para abraçar ele, e ele fez o mesmo. Nos abraçamos durante minutos.

– Eu pensei que não ia chegar a tempo. O transito estava terrível. Quase não chego! - Eu disse desesperada e chorando.

– Calma, você está aqui, estou tão feliz que você veio. Foi muito difícil pra mim deixar você naquela cama sozinha. Eu te amo.

– Eu te amo - Nos beijamos várias e várias vezes. Até que ele me separou um pouco dele e começou a rir.

– O que é, tenho cara de palhaça? O que é tão engraçado?

– Lise, amor... sua roupa..

Foi aí que entendi o que ele quis dizer... Eu estava com parte do meu pijama ainda!

– Ah ha ha ha! Calma, toma minha jaqueta.

– Você é perfeito. Salvou minha vida e minha dignidade, meu bravo cavaleiro.

– O que eu não faria pela minha princesa?

Nos beijamos novamente e eu fui para casa, satisfeita por ter chegado a tempo de vê-lo mais uma vez. Afinal eu não sabia quando iria vê-lo novamente. Ele estava indo para New York, e eu iria ficar aqui, vendo ele pela TV e me contentando com a internet ou o telefone para nos manter perto.