A Morte Devolve
Prólogo
Prólogo
Vultos reunidos ao redor do fogo gelado. Vultos negros que não se incomodavam com a luz em meio à escuridão. Lua Nova. A época em que a lua não consegue roubar o brilho que o sol emite. Noite perfeita para se esconder. Esconder-se? De que? Do inimigo, do amigo... Esconder-se da morte.
O grupo peculiar reunia-se em volta de uma chama peculiar. A chama não ardia, não queimava. O fogo crepitava, mas aqueles que estavam em volta dele congelavam. Congelavam as mãos cobertas por luvas, o corpo sob a capa e a alma guardada pelo corpo. Congelava as entranhas, a grama, os troncos, os galhos despidos de folhas e vida.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!_ Reunimo-nos em honra ao Lorde morto sem justiça! _ uma voz bradou.
_ Em nome do Lorde traído pelos servos! _ uma diferente entoou.
_ Em nome daquele que deve reinar! _ uma terceira voz juntou-se ao coro.
_ Reunimo-nos para vingar a morte do mestre! _ a primeira voltou a falar.
_ Trazer de volta o que foi levado sem o mérito!_ a segunda voz disse.
_ Fazer reinar aquele que perdeu o trono! _ e a última voltou novamente.
Aqueles que apenas ouviam mantinham a cabeça baixa. Não falavam ou murmuravam. Mantinham-se quietos, apenas ouvindo, absorvendo, respirando os sons proferidos. Hipnotizados pelas vozes fortes das figuras mais esguias que lideravam o culto.
_ Queremos que a Luz perca a batalha pela primeira vez!
_ Queremos que as Trevas dominem a mente do inocente!
_ Queremos que a Vida dos traidores se perca no abismo da Morte!
Rodeando o fogo, encarando os companheiros, os três vultos pareciam um só. Andavam com os mesmos passos, tocavam o chão ao mesmo tempo. Respiravam com a mesma freqüência. Não seria duvidoso que seus corações batiam no mesmo ritmo. Ou simplesmente não batiam.
Pararam, de repente, no mesmo lugar em que começaram. Juntos, pela primeira vez, entoaram:
_ Queremos trazer o Lorde das Trevas de volta a vida!
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