Lost Memory

Chapter Twenty-two


— Parece-me que todo mundo já está dormindo. - Sara murmurou ao marido após entrarem em casa e notarem o silêncio. A maioria das luzes se encontravam apagadas também.

— Então acho melhor nem fazermos barulho algum pra não acordar ninguém. - Grissom usou um tom baixo para falar. — Até porque acredito que nós... - ele apontou da esposa para si próprio. — ... Não queremos ver ninguém acordando agora ou queremos?

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Ao perguntar isso Grissom deixou um pequeno e malicioso sorriso escapar-lhe, fazendo com que de sua esposa também escapasse outro.

— Não!... Não queremos! - ela respondeu, alargando mais ainda o sorriso.

— Seu sorriso é tão lindo! - Grissom tocou com extremo carinho a face da esposa.

Sem dizer mais nada ele a beijou e ela correspondeu no mesmo instante. Diferentemente do beijo trocado instantes atrás na praia, que começou doce e foi crescendo de intensidade à medida que o casal ia se aprofundando no gesto de carinho, esse beijo de agora começou já intenso, cheio de vontade e desejo.

Se para Sara já era difícil ter o marido por perto e não poder beijá-lo e tocá-lo como queria; dormir com ele e não haver intimidades. Para Grissom já era a mesma coisa. Em certas noites, ele acordava do nada e ao olhar para o lado cama e ver Sara dormindo serenamente, sentia uma enorme vontade de tocá-la, mas não tinha coragem para fazer isso e se contentava em apenas admirá-la.

— Acho melhor irmos para o quarto! - ofegante, ela murmurou para ele que assentiu.

Segure-se em mim enquanto vamos
Enquanto descemos por este caminho desconhecido
E embora esta onda esteja nos amarrando
Apenas saiba que você não está sozinho
Porque eu vou fazer deste lugar o seu lar

De mãos dadas, sorrisos bobos nos lábios, passos cuidadosos e silenciosos, o casal subiu as escadas que os levava até o quarto onde dormiam. Para a sorte deles o quarto dos filhos ficava distante do deles, mais precisamente no outro corredor da casa.

Durante o caminho o casal fez umas três parada "estratégicas" para trocarem alguns beijos nada inocentes. E quando alcançaram a porta do cômodo onde dormiam, eles entraram nele aos beijos.

Após fechar a porta do quarto, Grissom que havia parado por um segundo de beijar Sara para que pudessem respirar, encostou a esposa na porta. Um sorriso brincava nos lábios de ambos e este enfeitava seus rostos apaixonados, desde a praia.

Novamente suas bocas se encontraram em outro beijo quente. Grissom se agarrou a esposa tomando cuidado para não apertá-la demais por causa da barriga dela onde os dois filhos deles se encontravam crescendo fortes e saudáveis.

Naquele momento podia até haver um pouco de medo pelo desconhecido e também a falta de lembranças da parte de Grissom acerca de como era beijar a esposa, como era tocá-la com a intimidade que antes ele costumava ter com ela, como era senti-la em seus braços, e junto a seu corpo como acontecia naquele instante em que se beijavam. Contudo havia o mais importante, o Amor. Esse sentimento estava presente dentro de Grissom e de seu coração, e isso era tudo que bastava tanto para Sara quanto para ele.

Acalmem-se, tudo vai ficar claro
Não preste atenção aos demônios
Eles te enchem de medo
O problema pode arrastá-lo para baixo
Se você se perder, sempre poderá ser encontrado
Apenas saiba que você não está sozinho
Porque vou fazer deste lugar o seu lar

A necessidade por respirar falou mais alto e eles interromperam o beijo que trocavam.

As mãos de Grissom seguraram as de Sara e as acariciaram levemente. Seus olhos azuis fitavam a mulher ternamente, assim como, ela também o fitava da mesma maneira. Sem que palavra alguma fosse proferida entre o casal, já que os olhos de ambos transmitiam tudo o que suas bocas queriam dizer naquele momento, Grissom devagar, foi puxando a esposa em direção à cama deles. Ela se deixou ser levada por ele. Deixaria que ele tomasse a iniciativa do que se desenrolaria ali entre eles, já que era ele quem era a parte vulnerável deles dois.

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Já na cama, de joelhos sobre ela e de frente um para o outro, eles voltaram a se beijar lentamente, mas o beijo não durou por muito tempo, porque logo Grissom abandonava os lábios de Sara para se dirigir ao pescoço dela. A pele macia, doce e com cheiro inebriante era algo que o homem não sabia descrever em palavras. Só sabia que era bom... Muito bom!

Sara sentiu seu corpo se arrepiar ao sentir o toque dos lábios de Grissom em seu pescoço. Ela quase perdeu a força nos joelhos quando as mãos dele foram se insinuando por baixo de sua blusa e tocaram a sua pele, que ansiava pelo toque dele há meses. Que saudade daquelas mãos passeando por sua pele! Suas mãos também fizeram o mesmo que as dele, foram se insinuando por debaixo da camisa que Grissom usava. Uma troca de olhar e a mulher podia ver o desejo escancarado de seu marido por ela.

Foi Grissom quem tomou a iniciativa de com sutileza ir levantando a blusa da esposa até tirá-la por cima de sua cabeça. Com as duas mãos, ele deslizou pela extensão de seus braços finos, alcançou seus ombros massageando-os de leve e por último, tocou seus seios ainda cobertos pelo sutiã que segundos depois Grissom já os tirava para que pudesse assim, vislumbrar e tocar seus montes macios. Antes de senti-los, o homem lançou um olhar a esposa como se pedisse sua permissão. O sorriso dela foi a resposta e o incentivo para que ele fosse em frente. Primeiramente, ele tocou com as mãos e viu-a arfar diante de seu toque ao mesmo tempo em que agarrava-se aos seus ombros. A receptividade dela foi algo que lhe encantou e então, ele se inclinou para frente e tocou seus montes macios com a boca. Pode ouvi-la gemer e agora agarrar seus cabelos assim que sugou um de seus seios sensíveis.

De certa forma, ele sentia-se como um inexperiente, já que aquela estava sendo sua primeira vez, tendo em vista que ele não se recordava das outras vezes em que tivera relações com a esposa e nem com nenhuma outra mulher que passara por sua vida antes. Estava puramente seguindo seus instintos e seu desejo que era enorme.

Assim que Grissom acabou de se deliciar com os seios da esposa foi à vez dela de despi-lo de sua camisa polo preta. Tirou a peça e atirou-a em um canto qualquer do quarto. Instantes depois eles já haviam se livrado de suas calças e estavam usando apenas suas peças íntimas.

Grissom fez Sara deitar na cama. Seus olhos passearam por todo o corpo já seminu da esposa. Deus, como ela era linda! E como ele já a amava. Não precisava nem que suas lembranças voltassem para que recordasse do amor que sentia pela esposa.

— Você é linda demais, Sara!

Ele deitou-se ao lado dela e tocou seu rosto.

— Te amo!

Os olhos dela se encheram de lágrimas. Como era bom voltar a ouvir aquelas duas palavras saindo da boca dele. Seu coração transbordava de felicidade e alegria. Seu marido já lhe amava e através de seus olhos ela conseguia enxergar o mesmo grande amor de sempre. Com a voz embargada ela lhe respondeu:

— Eu também te amo, Gil... E é pra toda vida!

Despois dessa declaração de amor de ambas as partes, o que se seguiu depois foi à consumação de um amor que nem uma perda de memória poderia apagar por completo.

Livraram-se das últimas duas peças que ainda vestiam e deram vazão ao sentimento que existia entre eles.

Na penumbra daquele quarto, eles foram se amando. Sussurros... Gemidos... Palavras de amor ditas baixinhas e ao pé do ouvido iam compondo o ato de amor deles.

Para Grissom aquele momento mágico que era estar fazendo amor com Sara marcava para ele, o começo de sua relação com a esposa a qual ele teve que reaprender a amar após ficar desmemoriado.

Já para Sara aquele mesmo momento mágico marcava a retomada de sua história de amor com Grissom. História essa que foi interrompida assim que o supervisor perdeu a memória.

Para ele aquela era sua primeira vez com a esposa.

Para ela era como se fosse uma segunda "primeira vez".

Havia sincronismo no balanço de seus corpos...

Havia sincronismo em seus corações...

E havia sincronismo em suas juras de amor.

Era lindo... Era mágico... Era perfeito o que acontecia naquele quarto. A sutileza dos gestos, dos movimentos e das palavras.

Palavras vindas do coração, palavras vindas da alma e ditas através dos olhares trocados enquanto faziam amor.

Momentos depois veio à libertação de seus corpos em um orgasmo intenso e suas bocas se uniram para juntas abafarem o grito que possivelmente lhes escaparia após chegarem ao ápice do prazer.

Após o momento espetacular compartilhado por ambos, nenhuma palavra fora dita até porque elas se faziam desnecessárias naquele momento.

Abraçados, saciados, felizes e trocando leves carícias, o casal acabou minutos depois sendo sucumbido pelo sono que viera os tomar.