Caixão em Forma de Coração

Hermione corria por um corredor vazio. O corredor em Hogwarts onde eles tinham se beijado pela primeira vez.
Ela se deparou com ele parado no fim do corredor, em frente a uma porta.
-Granger? Por que está correndo tanto?
Hermione tentou falar alguma coisa, mas, foi interrompida por ele.
-Venha. Entre aqui. Tenho um presente. – Ele sorriu para ela, abrindo a porta.
Hermione se viu dentro da sala em que eles tinham dormido juntos.
-O que você quer Malfoy? – ela perguntou, desconfiada.
-Aqui – ele entregou a ela uma caixa em formato de coração.
A caixa começou a esquentar suas mãos. Ela jogou-a no chão.
A caixa começou a se expandir, até ficar de um tamanho que caberia uma pessoa deitada.
Draco surgiu de trás dela. Estava sombrio. Pálido e com olheiras. Sorriu para ela.
De repente, Rony invadiu a sala.
-Malfoy! Deixe-a em paz! – ele gritou.
Malfoy riu e agitou sua varinha.
Rony foi envolvido por faixas brancas, e arremessado no caixão em forma de coração.
Hermione tentou gritar, mas, sua voz não saia.
Draco sorriu para ela.
-Quer ir junto com ele?
E então, ele começou a avançar em sua direção, deixando-a apavorada.
-Malfoy, me deixe em paz!
-Hã? – Draco respondeu.
Hermione acordou assustada.
Draco estava do seu lado, meio sonolento.
-Por que você gritou comigo? – Draco perguntou, confuso.
-Desculpe. Pesadelos. – Hermione se deitou ao seu lado novamente, se encostando nele.
-Ah, ok. – Draco afagou seu cabelo. – Posso fechar a janela? Está claro...
-Pode. – Hermione respondeu, distraída.
Draco se levantou e foi fechar a janela. Ele estava usando apenas a calça do pijama de flanela. Ele era extremamente pálido.
-Você já foi a uma praia? – Hermione perguntou.
-Hum... Não.
-Ah, ok.
-Sou muito pálido. – Draco sorriu, enquanto voltava para a cama – Eu sei.
-Não tanto. Só... Ah, você é pálido sim. – Hermione riu.
Draco deu risada.
-Acho que é melhor você voltar a dormir. Seus pais vão voltar a qualquer momento, e você foi dormir tarde.
Hermione revirou os olhos.
-Sua preocupação é...
-Irritante? – ele disse, interrompendo-a – Eu sei. Vou ir para a sala. Lá é o meu lugar.
Draco saiu do quarto e fechou a porta, ouvindo a risada de Hermione.
-Não entendo como ela ri dessas besteiras – ele falou sozinho, enquanto descia as escadas.
Deitou-se no sofá da sala e dormiu.
Foi acordado por Hermione, alguns minutos depois, saltitando do lado dele.
-O que acontece?
-Feliz Natal – Hermione respondeu, sorrindo, e beijando-o.