A Guardiã

Partida



Os primeiros raios de sol que tocaram a bela floresta dourada eram abençoados por Illúvatar, que os fizera no intuito de tornar iluminado tudo o que antes era tomado pelas trevas.
Os viajantes já aprontavam seu barcos para a longa descida do Anduin, mas antes que partissem foram convocados para uma última homenagem dos Senhores de Lórien.
- Os convocamos para que fossem presenteados como forma de agradecimento por estarem engajados nesta árdua tarefa disse-lhes Celeborn
Algumas donzelas élficas aproximaram-se dos nove guerreiros reunidos pondo sobre seus ombros capas cinzentas que foram presas por broches em forma de folha.
- Capas élficas, serviram para protegê-los dos olhos astutos do inimigo descrevia Galadriel
- Meu presente a você Legolas é um arco do Galadhrim digno da habilidade de nosso povo da floresta ela entregou um comprido arco cinza ao elfo que ficou maravilhado com a leveza de seu material
- Le hannon (obrigado) disse ele
- Estes são os punhais de Nondolim eles já foram úteis na guerra entregou-os a Pippin e Merry não tema jovem Peregrin Tûk, encontrará sua coragem. disse com um meio sorriso
- Obrigada senhora disseram eles
- A você Samwise Gamgi, corda élfica e isto a bela e esguia elfa entregou-lhe uma caixa
- Obrigada minha senhora, mas o que seria o conteúdo desta caixa? perguntou o hobbit
- É um punhado de minha terra, de onde tudo vingará, use-o bem.
- E qual presente um anão pediria aos elfos perguntou dirigindo-se a Gimli que escorado em seu machado curvava-se diante da elfa
- Nada, exceto ver a bela dama do Galadhrim mais uma vez ele fez Galadriel sorrir pois ele é a mais bela de todas as joias debaixo da terra
A esposa de Celeborn soltou um riso baixo enquanto Gimli virava-se para sair.
- Na verdade, há uma coisa que pode parecer-lhe bobagem ele olhou-a nos olhos contentar-me-ia com uma mecha de seu belo e dourado cabelo.
- Darei-lhe três - disse estendendo-lhe as mechas
- Fico agradecido, minha senhora. ele fez uma reverência e retirou-se
- E você Aragorn, creio que não posso lhe ofertar maior graça do que a que já possue ela tocou Elessar que brilhava no peito do Guardião mas creio que vá precisar disto ela ofertou-lhe uma bela bainha
- Agradeço.
- Boromir, filho de Denethor II meu presente será apenas uma lembrança do que passaste aqui estendeu um cordão de prata de onde pendia um pingente com formato da folha de um Mallorn
- Certamente será a lembrança dos melhores dias de minha vida milady ele a reverenciou
- Adeus Frodo Bolseiro, dou-lhe a luz de Elendil, nossa estrela mais amada, que haja uma luz pra você nos lugares mais escuros quando todas as outras luzes se apagarem. abaixou-se beijando o topo da cabeça do hobbit
Frodo sentiu-se protegido quando tocou o frasco de cristal que continha um líquido incolor.
- Marianne Lislar (Marianne Brisa brilhante), vou ofertar-lhe algo que já foi seu, mas sofreu adaptações a elfa estendeu uma mochila, agora encapada com o mesmo tecido das capas que usavam
- É a minha mochila? perguntou Mary surpresa
- Com pequenas modificações pronunciou-se Celeborn ela abrigará tudo o que for necessário.
- Agradeço imensamente ela fez uma vênia retirando-se junto com os outros
Os barcos que foram separados para transportar a Sociedade haviam sido abastecidos com lembas e outros tipos de comidas leves e fáceis de carregar.
Dividiram-se nos três barcos, Aragorn, Frodo e Sam no qual guiava os outros, Boromir, Pippin e Merry logo atrás e após, Legolas Gimli e Marianne.
Todos sentiriam falta daquele lugar tão mágico, mesmo para aqueles que viviam na Terra Média e sua saudade era atenuada por serem tocados pela suave melodia que Senhora Galadriel cantava, sua melodia de despedida.
Ai! laurië lantar lassi súrinen,
Yéni únótimë ve rámar aldaron!
Yéni ve lintë yuldar avánier
mi oromardi lissë-miruvóreva
Andúnë pella, Vardo tellumar
nu luini yassen tintilar i eleni
ómaryo airetári-lírinen.

Sí man i yulma nin enquantuva?

An sí Tintallë Varda Oiolossëo
ve fanyar máryat Elentári ortanë
ar ilyë tier undulávë lumbulë
ar sindanóriello caita mornië
i falmalinnar imbë met, ar hísië
untúpa Calaciryo míri oialë.
Sí vanwa ná, Rómello vanwa, Valimar!

Namárië! Nai hiruvalyë Valimar!
Nai elyë hiruva! Namárië!
- Para onde estamos indo Aragorn? perguntou Merry logo após saírem das fronteiras da floresta, descendo velozes a correnteza do Anduin
- Para o Argonath, fronteira setentrional de Gondor os olhares de Faramir e do Guarião se cruzaram
- Os pilares dos reis completou o outro
***
Os dias de viagem se passaram com poucas ou nenhuma ameaças aparecendo as vistas dos viajantes, as águas caudalosas do rio Anduin iam acalmando-se a medida em que aproximavam-se das Pedras dos Reis.
Permitiram-se algumas paradas ao longo do trajeto e em uma destas, Legolas atirou contra um Nâzgul que ameaçava o grupo, era a primeira vez que usava seu arco novo e ele parecera não falhar.
POV MARIANNE
O crepúsculo aproximava-se no horizonte, eu estava cansada, mas tinha que ajudar os outros a remarem, mesmo que meus braços doessem.
Havíamos escapado de um Nâzgul graças a Legolas que usara com maestria o arco dado por Galadriel. O arco que antes carregara, vindo da Floresta das Trevas, deu-me como presente, o que agradeci com veemência.
Movíamos em silêncio, sem trocar nenhuma palavra por medo de sermos surpreendidos por Orcs ou coisas piores.
Legolas estava remando devagar, pois a correnteza fraca já servia para conduzir o barco, de súbito ele virou a cabeça para a esquerda com uma expressão de medo.
- O quê? perguntei aos sussurros
- Estão perto respondeu virando a cabeça de um lado para o outro
- Aragorn, Boromir! falei Estão nos seguindo!
- O que vamos fazer? Não teremos tempo de deixar os barcos a margem e nos escondermos antes de sermos alvejados. Boromir esperava uma resposta
- Deitem-se! E escondam-se com as capas! ordenou o Dunedáin
Todos obedecemos e tentamos nos ajeitar da melhor forma possível, o que era complicado devido ao pouco espaço dentro das canoas.
Ouvimos grunhidos e gritos de exclamação vindos das margens, realmente os Orcs faziam tamanha algazarra que não teriam como passar despercebidos por ninguém.
- Mestre, veja! gritou um deles São barcos dos elfos!
- Estou vendo seu imprestável! gritou uma voz mais forte e rouca que fez meu sangue gelar E pelo visto, estão vazios!
- É chefe, vazios como a carcaça que deixamos para trás! houve gritos e exaltações do grupo
- Cale a boca e continue procurando, não devem estar longe!
Os ouvimos desaparecer na mata, mas no entanto ninguém ousou se levantar, seja por medo ou espanto, comecei a perceber que o inimigo estava mais próximo do que imaginávamos.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!