Inevitável

Prólogo


Cabelos loiros e sedosos, olhos cinza e frios, com postura reta. Scorpius Malfoy caminhava em direção à garota que o admirava.

Sorriso torto, dentes brilhantes, suas pernas bambeiam quanto mais ele se aproxima.

Queixo fino, nariz aquilino... Havia perfeição em cada traço, até na forma como ele andava e bagunçava o cabelo, deixando a respiração dela mais rápida.

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Como um príncipe encantado.

Seu costumeiro cheiro de hortelã invadiu a sala, deixando Rose Weasley entorpecida.

E se ele gostasse de mim?

Scorpius olhou curiosamente para uma planta roxa que se movia e Rose balançou a cabeça tentando afastar os pensamentos.

Merlin! De todos os garotos do mundo, por que ele?

Reunia todos os defeitos dele e os repassava mentalmente. No entanto, era tarde demais. Não tinha como impedir que seu coração batesse mais forte quando o via, mesmo que ele fosse o maior imbessil da face da terra.

Porque sim, Scorpius Malfoy era o maior implicante do mundo, sempre querendo irritá-la, infernizava suas tardes de estudo fazendo brincadeiras, desconcentrando-a.

Mas não podia evitar que seu coração se acelerasse.

O amor é inevitável como o prazer de ouvir a sinfonia de sua bela voz,

Como a perfeição que ostenta,

Do doce cheiro que me entorpece,

Inevitável,

Como as batidas do meu coração.

Ele perguntou o que ela escrevia e Rose fechou o caderno rapidamente.

Inevitável e ao mesmo tempo evitado.

Scorpius Malfoy sorriu ironicamente e sentou-se de frente para ela depositando o livro em cima da carteira.

– Não consigo entender nada de aritmética. – comentou olhando para o livro com pesar e Rose bufou.

– Não me impressiona já que nunca te vi acordado naquela aula. – retorquiu deixando-o irritado.

O garoto deu de ombros já se levantando.

– Se não quer me ajudar, então já estou indo. – assumiu sua típica pose arrogante, Rose sabia – não ousava se esquecer -, Scorpius era um Malfoy, ele possuía seu orgulho e nunca rastejaria por ajuda.

E quando ele já tinha virado-lhe as costas, Rose segurou-lhe o pulso e os olhos se encontraram, nos deles havia confusão, nos dela certeza.

– Eu quero te ajudar... – hesitou, mas por fim deu um leve sorriso – Scorpius.

Foi a primeira vez que pronunciou o nome dele, sem o acompanhamento do sobrenome. Sua voz saiu quase num sussurro, era apenas um pequeno crime que apenas os dois presenciaram.

Ela não mais o queria chamar pelo sobrenome, pois já não tinha medo. As consequências poderiam vir, Rose não se arrependeria, pelo menos era o que achava.