Shadowhunters - Especial De Natal

Capítulo 6 - A Ceia de Natal


Simon's POV

Logo depois de dar um abraço na Izzy desejando à ela um feliz natal, abracei fortemente minha melhor amiga. Clary.

– Feliz natal Diurno. - Ela riu. - Estou brincando.

– Tudo bem, Caçadora.

Ela me abraçou mais forte, depois se separou e olhou para mim.

– Que coisa não. - Ela comentou. - No natal retrasado éramos os mais mundanos do mundo, e nesse natal...

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– Ficamos apenas um pouco mais diferentes dos outros. - Eu disse.

Ela sorriu e me abraçou rapidamente, já que uma pessoa chamada Jace a puxou para longe de mim, lhe dando um abraço de urso que a fez tirar os pés do chão, logo depois a beijou. Eu tive que dar risada. A porta do apartamento de Magnus se abriu e quem entrou foi Sebastian e Camille, pareciam bem felizes e não parecia que haviam tentado se matar.

– Feliz natal, Diurno! - Camille disse alegremente quando passou ao meu lado, indo logo para a mesa pegar uma taça de bebida.

Eu fiquei confuso, e perguntei a Sebastian.

– O que aconteceu?

Ele suspirou e passou a mão nos cabelos loiros platinados, parecendo mais confuso do que eu mesmo. Ele me olhou com as sobrancelhas franzidas e disse:

– Eu não faço ideia...

Um cheiro forte pairou sobre o local, era um cheiro de queimado. Olhei ao redor e todos estavam com os narizes franzidos. Uma fraca fumaça estava vindo da cozinha.

– Ai meu Deus! - Isabelle se alarmou deixando a taça de champanhe das mãos cair no chão.

– Que foi? - Maryse questionou.

– O peru!

Isabelle saiu correndo para a cozinha, Clary teve um troço e exclamou um palavrão que Jocelyn repreendeu, mas Clary não ligou e foi atrás de Isabelle como todo mundo ali na sala. Ao chegar na cozinha, fumaça enfeitava tudo ali, franzi o nariz. Olhei para o fogão onde Isabelle havia aberto o forno e uma grande fumaça negra saia, a única coisa que vi lá dentro depois que a fumaça se dissipou um pouco, foi um cotoco de peru tostado. Lá se foi a ceia de natal.

– Isabelle, você não havia deixado o peru no fogo médio? - Maia perguntou, aflita.

Isabelle sorriu amarelo.

– Na verdade eu deixei no fogo alto.

Clary a fuzilou com os olhos, não só ela como todo mundo.

– Eu disse que não era bom deixá-la cozinhar. - Disse Jace.

– Cala a boca Jace. - Isabelle se irritou.

Magnus se aproximou, jogando o cachecol branco de franjas para trás do pescoço.

– Então, acho melhor arranjar outro peru.

– Não dá! - Disse Maia. - Demora pelo menos duas horas para ficar pronto.

– Isso é um problema. - Disse Jordan, que estava olhando a cena de longe.

Magnus, no entanto, apenas sorriu e levou os dedos para o alto.

– E quem disse que irá demorar duas horas?

Todos o olharam confusos. Magnus estralou os dedos e um maravilhoso peru dourado surgiu encima do balcão. Maia se virou e encarou Magnus irritada.

– Porque não fez isso antes?

– Porque vocês não me pediram.

Isabelle's POV

Depois da cena do peru queimado graças a mim, fomos logo jantar já que todos estavam com fome. Estávamos sentados na mesa gigante com deliciosas comidas e claro com o prato principal, o peru. Simon que estava sentado ao meu lado, por sua vez, nem comia. Senti uma pontada de pena dele que estava lá só por estar mesmo, mas ele bebia um copo de sangue. Tá aquilo era nojento, mas como o próprio Simon dizia: "não se você for um vampiro".

– Está tudo uma delicia. - Disse Amatis, saboreando um pedaço do peru.

– Graças a mim. - Sorriu Jace. - Obrigado, eu sou um ótimo cozinheiro.

– Quem fez está torta? - Perguntou Sebastian, olhando enojado ara o pedaço de torta em seu parto. - Está com um gosto estranho.

– O, demo. - Disse Jace. - Fica quietinho, fica.

Sebastian ficou calado, e mordeu o pedaço da torta. Ele só queria era irritar Jace, já que havia sido ele que tinha feito.

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Olhando todos sentados a mesa, achei tudo um pouco estranho. Jamais imaginei passar um natal com todo mundo junto, na mesma casa, na mesma mesa, comendo as mesmas comidas, aquilo era estranho. Não era só eu que provavelmente estava pensando naquilo. Porém, sempre é bom inovar em algo não? Eu por outro lado estava adorando este natal, estava adorando a decoração, estava adorando basicamente tudo.

– Que tal um brinde? - Camille se levantou da cadeira com a taça levantada. Todos a encararam com as sobrancelhas franzidas em confusão e expressões surpresas. Camille Belcourt querendo fazer um brinde com todo mundo? Já estava sendo estranho ela estar passando o natal ali. - Qual é - Ela bufou. - Levantem-se. Um brinde não vai matar ninguém.

Sebastian foi o primeiro a se levantar com uma taça de vinho em mãos. Ele e Camille trocaram olhares que para mim e para os outros eram desconhecidos. Mas eu não sou burra, sabia que algo estava acontecendo entre eles... Este é meu palpite. Simon e eu olhamos um para o outro por causa das trocas de olhares entre Camille e Sebastian, nós rimos baixinho, mas nos levantamos das cadeiras para um brinde. Depois todos se levantaram.

– Um brinde a este maravilhoso natal que com certeza - Camille disse, depois olhou para Sebastian. - Eu nunca irei esquecer.

Eu disse que estava rolando algo. Sebastian desviou os olhos dela. Ninguém questionou nada, e apenas brindamos sorrindo.

– Um brinde!

E batemos as taças dando um gole logo em seguida.


***


Sentei-me na pequena calçada em frente a porta do apartamento de Magnus. Já havíamos comido a ceia, e agora eu estava do lado de fora com um copo de chocolate quente. Qual é, estava frio não me culpe, e também estava com vontade de beber. Os outros estavam lá dentro, se divertindo com algo. Nevava bem pouco agora, branco estava para todo o lado, em cada canto das ruas. Alguém colocou um casaco de lã sobre meus ombros atrás de mim, ao levantar minha cabeça dei de cara com um sorriso que já era tão familiar, e lindo. Os olhos castanhos estavam calmos e gentis.

– Está um pouco frio para você ficar apenas com apenas um casaco. - Ele disse justificando-se ao casaco de lã marrom que colocou em meus ombros.

– Tudo bem, obrigado. - Eu sorri de canto.

– Posso? - Ele pediu para que se sentasse ao meu lado. Assenti.

Respirei fundo sentindo o ar gélido entrar pelas minhas narinas. Simon também estava com um copo em mãos. Eu sabia que chocolate quente que não era.

– O que está bebendo? - Perguntei, mesmo sabendo o que era.

Ele abaixou o copo e eu pude ver o liquido vermelho lá dentro. Dei uma leve risada, e levantei os olhos para Simon.

– Você é hilário. - E voltei meus olhos para a caneca com o chocolate, onde uma suave fumaça subia. Fiquei a mexendo num ato descontraído.

Simon ficou calado um instante.

– E você é perfeita. - Ele disse, me fazendo erguer o rosto para encara-lo.

Ele sorria no canto dos lábios; em lábios que horas atrás eu havia beijado loucamente. Ao lembrar daquilo dei risada.

– Ninguém é perfeito, Simon.

Ele me encarou com uma tranqüilidade infinita.

– Mas você é perfeita para mim.

Ele não era um doce? Meu lado mundano pensou. Sorri largo para ele. Nem me importei em abraça-lo aconchegando minha cabeça em seu ombro, enquanto ele me abraçava pela cintura puxando-me um pouco mais para ele. Umas pessoas passaram ali na rua e acenaram a nós dizendo feliz natal, retribuímos simpaticamente.

– Que natal doido esse, não? - Disse, olhando para a neve em minhas botas. Já Simon encarava o céu.

– Muito. - Ele disse.

– Você percebeu os olhares da Camille e do Sebastian?

– Doido também.

Ambos rimos. Camille e Sebastian ficando era engraçado de se pensar. Um casal bem doido eles.

– O peru queimando também foi bem doido. - Gargalhou Simon, me zoando por ter deixando o peru tostar.

Lhe dei um soco no braço. Ele me olhou surpreso, mas ainda rindo.

– Mas é verdade!

– Nós dois se agarrando na cozinha também foi bem doido. - Eu disse, lembrando-se do "filme porno ao vivo". Como Jace havia dito.

Simon apenas riu. O abracei mais forte e fechei meus olhos. Estar com Simon daquele jeito estava me deixando muito bem. Sentir seus braços ao redor de mim, me deixava se sentir protegida. Sei que sou uma Caçadora de Sombras que pode se proteger muito bem sozinha, mas era nova aquela sensação. Tudo que eu estava sentindo com Simon era novo. Porém, eu não queria sentir aquilo, pois eu sabia no que iria dar. Corações são frágeis. Eu não quero que o meu fique mais frágil ainda, porque mesmo quando temos um decepção, nunca voltaremos a ser como antes. Mas, ignorei aquilo. Queria ficar com Simon.

– Eu gosto de você. - Disse, ainda de olhos fechados. Pude sentir Simon enrijecer levemente. - Eu gosto muito de você Simon.

Ele deu um leve beijo em minha cabeça.

– Eu também gosto muito de você, - Murmurou. - Isabelle.

E ficamos ali. Apenas sentindo um ao outro num abraço delicioso