Solitaria - Filha de dois deuses (Hiatus)

Capítulo 4: Cavalos alados, metralhadoras e leões,


Como assim alguém estava atrás de mim, de Nicholas e (Argh) Natalie?

-Quem está atrás de mim? – perguntou Nicholas se levantando e vindo junto com a irmã para meu lado, dei um passo para a direita ficando o mais longe o possível deles.

A professora olhou alarmada para o secretario.

-Oh deuses, Hugh, use os feitiços de proteção em torno da escola e rápido – ela falou, o secretario assentiu e saiu da sala, a professora se voltou para o resto da sala.

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-Ok, saiam daqui, voltem para casa, digam que... Que as férias foram adiantadas e que vocês vão voltar mês que vem.

Eu não tinha idéia de como eles iriam acreditar nisso, mas a professora estalou os dedos e uma lufada de ar saiu de seus dedos, os outros alunos ficaram meio que robotizados, pegaram suas mochilas e saíram da sala apressadamente, olhei para ela atônita.

-Como fez isso? – perguntei.

-Outra hora, agora vamos.

-Peraí, ir para onde? – perguntou Natalie.

A professora olhou para ela e falou:
-Cruz, não complica, agora vamos – ela disse autoritária, já falei que adoro essa professora?

Um barulho de vidro quebrando nos fez virar a cabeça a tempo de ver a janela da sala quebrando e uma dúzia de homens entraram segurando metralhadoras, estavam vestidos de preto dos pés a cabeça.

A professora nos colocou atrás dela e gritou:

-Não, fiquem longe deles – e agitou as mãos para cima, o chão começou a rachar e videiras cresceram chegando até o teto.

-Uou – falei recuando surpresa, tá legal, o que é aquilo?

A professora fez uma expressão de como se tivesse segurando alguma coisa pesada e ergueu as mãos, o chão rachou novamente e mais plantas cresceram.

Uma bala atravessou as videiras e atingiu o braço da professora, sufoquei um grito, mas a professora colocou a mão sobre o braço e uma luz verde brilhou.

A professora se virou para nós.

-Saída de emergência. No fim do corredor. Corram, encontraram transporte lá fora.

Sem esperar ela falar duas vezes nós saímos correndo e saímos da sala, olhei para trás brevemente a tempo de ver a professora começar a brilhar em uma luz verde.

Seguimos pelo corredor vazio, Natalie na frente, eu e Nicholas seguindo-a.

-O que está acontecendo? – perguntou Nicholas para mim, olhei para ele cética.

-Você acha que se eu soubesse estaria aqui?

Ele ficou quieto, olhei para trás e vi um homem sendo arremessado contra a parede e ficando desacordado. Outro homem saiu da sala correndo, ele recarregou a metralhadora e atirou, me abaixei e o tiro pegou em um armário a minha direita.

-Corre – gritei para Natalie que abriu as portas duplas, o homem atirou novamente e Nicholas gritou quando a bala pegou de raspão em seu braço, olhei para o gramado em minha frente, Natalie havia parado e eu esbarrei nela empurrando para frente, fazendo com que ela batesse no cavalo com asas, peraí, cavalo com asas?

Estavam lá três cavalos, um branco com manchas vermelhas, outro bege e ouro negro com olhos azuis, suas asas eram como as de pássaros, só que varias vezes maiores.

Hugh, o assistente do diretor estava parado ao lado dos cavalos gesticulando com as mãos para o alto e murmurando algumas palavras o ar estava ondulando e adquirindo uma tonalidade roxa escura. Ele se virou surpreso para nós e eu sufoquei um grito, pois seus olhos também estavam brilhando.

Ele correu até nós e segurou em meu pulso com força, fiquei surpresa, as imagens mais recentes passaram em minha mente, o café da manhã, as aulas, o que a professora disse, então ele me soltou.

-Montem nos pégasos e saiam daqui.

-Pégasos? Ir para onde? – perguntei.

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-Para o Olimpo – falou a professora Danielle saindo da escola, ela estava usando um vestido branco curto, sua pele estava verde e suas orelhas levemente pontudas, como as de um elfo. Ela também brilhava em uma luz verde.

-Para onde? – perguntei, pois achei que não tivesse ouvido direito.

-Para o Olimpo, Emily – ela falou, então viu que Nicholas estava segurando o braço – Oh, Nicholas venha aqui – ele esticou o braço e ela colocou sua mão sobre o ferimento, um cipó se enrolou em seu braço, Nicholas olhou surpreso para ela.

-Professora, o que... Quem é você?

Ela sorriu bondosa.

-Uma ninfa, garoto, uma ninfa.

--*--

Acampamento Meio-Sangue, arena , Rafael Nasciment.

Dei um passo para o lado deixando a espada de setenta centímetros de errar por milímetros, bati com o escudo no peito do oponente Um, girei nos calcanhares e joguei a espada no elmo do oponente Três, dei uma rasteira no segundo oponente e pisei em seu peito colocando a espada em sua garganta.

-Até que para um filho de Hermes eu luto bem contra um filho de Atena e dois de Ares, não? – dei um sorriso, ouvi palmas atrás de mim e me virei, um garoto com cabelos pretos e olhos verdes veio andando em minha direção, sua camiseta laranja estava amarrotada.

-Parabéns Rafael, têm certeza que é filho de Hermes? – dei um sorriso e ele tirou uma caneta do bolso, destampou-a e no lugar da mesma, surgiu uma espada de bronze celestial que ele apontou para mim – Mano a mano, eu e você.

Assenti e peguei minha espada ao lado do terceiro oponente e fiquei em posição de combate, mas quando ia dar o primeiro golpe ouvi alguém chamar o nome de Percy e o meu:

-Percy, Rafael – olhei para a porta da arena, uma garota loira entrou usando a parte de cima de uma armadura, seus cabelos presos em um rabo de cavalo, seus olhos cinzentos brilhando com medo, ela foi até Percy, que a abraçou pela cintura com uma das mãos e deu um selinho em sua boca.

-O que foi Annie? – Percy perguntou olhando preocupado para ela.

-Quiron está chamando vocês dois.

-Eu? – Percy e eu perguntamos ao mesmo tempo e rimos de nossa coincidência.

-Por quê?

Annabeth deu os ombros, mas tive a impressão de que ela sabia e não queria nos contar, tão típico de Atena.

-Ok – eu e Percy a seguimos saindo da arena, quando passei por um filho de Apolo, apontamos para trás indicando os outros semideuses desacordados na arena. Ele assentiu e entrou lá.

Paramos em frente uma casa pintada de branco com as portas e janelas de azul claro, nós íamos entrar quando ouvimos um rugido, nos viramos rapidamente sacando as armas, um imenso leão estava parado com a boca aberta, seu pelo laranja brilhando a luz do sol.

-O que é isso? O Acampamento não tem defesas contra monstros? – perguntei.

-Tem, mas... – Annabeth foi interrompida quando o leão saltou em minha direção, com a pata pronta para me empalar.