Dividida.(tomione)

Na verdade é tesão reprimido


POV Tom Riddle.

A cara que a Hermione fez quando leu meu nome foi de total desprezo, em outros dias eu até poderia achar engraçadinho aquele biquinho que ela fez, mas como o desprezado foi eu, não achei graça nenhuma. Os sorteios se seguiram e então Dumbledore sorteou os dias de patrulha de cada dupla. A primeira dupla que começaria essa noite, seria uma menina da Corvinal e um Lufano. Hermione e eu seriamos amanhã, e do jeito que as coisas andavam, isso não ia prestar.

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—O professor Dumbledore irá mostrar o apartamento de vocês. -disse o diretor, todos já tinham deixado a sala, menos Mcgonagol e eu.-Boa noite.

Essa história de apartamento só podia ser coisa do caduco do Dumbledore, eu seria capaz de apostar isso, porque ô ideia idiota. O ruim mesmo era que iria perder muita privacidade.

Caminhamos em silêncio pelos corredores de Hogwarts, Minerva não parecia nada satisfeita com aquela situação, pelo que Malfoy contava das brigas entre eles, não teríamos uma convivência muito amigável. Caminhávamos na direção oposta a torre da Grifinória, e Dumbledore parou em frente a um enorme quadro que tinha uma fênix sobrevoando uma paisagem, olhando melhor, ela voava a cima de uma estrada que se bifurcava em dois caminhos, a fênix só voava a cima da estrada não escolhia um caminho.

“Qual era a lógica se ela não escolhia um caminho? Que desperdício de magia. Quadro idiota.”

—Essa é a entrada para o apartamento. - Nesse momento a fênix se virou e nos encarou, ou melhor, parecia que ela me encarava. - Podem escolher uma senha, eu escolheria algo divertido. - disse ele sorrindo por baixo do seus óclinhos de meia lua.

“Qual é a graça que ele via nessa situação toda?”

—Então, Tom? Alguma sugestão?

—Acho melhor não. Não sou bom com coisas engraçadas. -Falei forçando um sorriso. - Escolha você Minerva. Pelo que ouvi de Malfoy você é muito criativa. -Tentei esconder o sarcasmo, sem muito sucesso é claro.

—Babuíno Boboca! -respondeu ela com um tom mal contido de irritação.

—Excelente Minerva! Então a senha será babuíno boboca, ah que divertido. - Exclamou Dumbledore todo animado.

Ela falou aquilo com tanto desprezo que eu tive certeza que aquilo era direcionado a Malfoy. Implicâncias a parte o professor nos deu passagens e conseguimos ver o interior do cômodo.

—Vamos! Podem entrar é aqui que vocês vão ficar até o final do ano.

Fiz menção a Minerva passar primeiro e enquanto eu lhe dava meu melhor sorriso, falso, mas o melhor, ela me olhou dos pés à cabeça com nojo:

Grifinórias.... desprezam, mas no fundo se derretem por um Sonserino....”

Assim que passei pelo quadro olhei minuciosamente a sala, era ampla e com duas enormes janelas uma de cada lado, cada uma ao pé de uma escada que levava a um segundo piso que continha duas portas de madeiras de frente uma para a outra, os quartos.

Gostei da decoração as paredes eram forradas por livros, com exceção dos espaços das janelas, um enorme tapete ricamente trabalhado cobria todo o chão, um sofá em tons escuros e detalhes em dourado ocupava o centro da sala seguido de uma poltrona de cada lado deste nos mesmos tons porem cobertos por mantas verde esmeralda, uma lareira no canto esquerdo praticamente camuflada entre os livros fechava o conteúdo da sala. Para trás do sofá, entre a abertura causada pelo encontro das escadas no segundo piso, se via uma porta dupla de madeira, provavelmente a cozinha.

“Até que não era tão ruim.”

—O seu quarto senhorita McGonagol é o subindo a escada da direita, e, o seu senhor Riddle é subindo a escada a esquerda.

“ Obvio que era né? Se o dela é a direita o meu seria aonde? No teto por um acaso?”

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—Obrigada, Professor Dumbledore, se me der licença eu vou me recolher. -Disse Minerva já subindo a escada.

—Claro. Já estou de saída. Espero que se sintam confortáveis.

Assim que o velho caduco do Dumbledore saiu, eu afrouxei a gravata e me dirigi a escada, parei em frente a janela que tinha vista dos portões de entrada de Hogwarts e mais além era possível ver o vilarejo Hogsmead, deveria ser uma linda vista pela manhã com o sol nascendo.

O quarto não era lá muito luxuoso como eu gostaria que fosse, mas com certeza era de bom gosto. A porta provavelmente de carvalho vinha com meu nome esculpido, assim que entrei me deparei com uma enorme cama com direito a dossel e tudo, ela ocupava quase que a extensão toda da parede, no lado direito a parede era toda revestida com livros com exceção a uma porta no canto que devia ser o banheiro, ao lado esquerdo uma enorme janela ocupava quase a parede inteira era do tipo que tem aqueles sofás embutidos para se sentar e ler. Tudo era, obviamente, em tons de verde e prata.

Decoração a parte eu estava morrendo de sono, assim que sai do banho fui direto para cama, de tanta preguiça, nem vesti o pijama, dormi só de cueca mesmo.

POV Hermione Granger

Acordei cedo no outro dia, e depois de uma ducha fria e já vestida com o uniforme, arrumei rapidamente meus materiais e já ia descendo quando me lembrei do livro do vira tempo, eu não sabia latim, mas vai que eu encontre alguém que saiba.

Minerva já me esperava na mesa da Grifinória.

—Bom dia. - Cumprimentei já arrumando um copo de suco para mim.

—Podia ser melhor. Ainda acho que essa história de dividir apartamento vai dar merda. - respondeu ela

—Ah Minerva, eu adoraria dizer que vai dar tudo certo, mas o máximo que eu posso te desejar é boa sorte.

—Sorte? Eu vou é precisar é de um milagre para não tentar um assassinato contra aqueles arrogantes de uma figa.

—Aqueles? Que eu saiba você divide o apartamento só com o Riddle.

—Ah tecnicamente sim né? Mas quando se trata do Riddle é um pacote fechado com direito a olhar fuças do Malfoy toda linda manhã. - Respondeu ela com um sorriso demoníaco.

—É só ignorar, uma hora eles cansam de te incomodar.

—Tomara, mas o Riddle nem é tão chato, agora o Malfoy esse sim me tira do sério. Ele é um mala. - disse ela ficando até vermelha de tanta irritação.

Nesse momento Malfoy que passava pela nossa mesa, da uma risada, e coloca a cabeça entre eu e a Minerva.

—Minnie, meu amor, você sabe que não vive sem mim. Eu sou a alegria do seu dia. - Sussurrou ele no ouvido dela.

Minerva puxou Abraxas pelo colarinho da camiseta, fazendo ele encara-la, ela estava roxa de tão P* da vida.

—Você é a desgraça da minha vida, isso sim. Eu te odeio.

Malfoy lançou o sorriso mais cretino que eu já vi e com toda calma do mundo, como se a Minerva não estivesse preste a lançar um Avada nele, ele tirou as mãos dela do colarinho e respondeu enquanto o arrumava.

—Não, Minnie, meu amor, isso tudo que você sente na verdade é tesão reprimido. - O cara de pau ainda lançou um beijinho pra ela antes de sair correndo pro lado da mesa da Sonserina.

Olhei Minerva cautelosamente ela parecia paralisada, alguns segundos depois ela fechou os olhos e se concentrou em respirar.

—Eu vou matar esse desgraçado! - Disse ela pulando da mesa, corri até ela, segurando-a pelo pulso.

—Não você não vai. Por que você é superior.

—Eu não quero ser superior, eu vivo sem superioridade principalmente se não tiver aquele energúmeno na minha vida. - Respondeu ela virando-se na direção da mesa Sonserina. Segurando a vontade de rir, peguei ela pelo pulso e comecei a reboca-la para a saída.

Quando já estávamos no corredor, a segurei pelo ombros.

—Respira, calma. Respira de novo. Respira mais uma vez.

—OK, Hermione entendi o recado, mas só um soco, só unzinho.-pediu ela como se fosse um gato pidão.

—Minerva!

—Tudo bem, eu vou me controlar.

—É assim que se fala. Agora repete comigo, eu não vou cometer um homicídio hoje, só mais hoje, porque eu posso me controlar.

—Sério?

—Sério! Agora repete.

—Eu não vou cometer um homicídio hoje, só mais hoje, porque eu posso me controlar.

—Ótimo, vai repetindo isso, porque nós temos Defesa Contra as Artes das Trevas com a Sonserina agora e ninguém quer ver um assassinato na sala, entendido?

—Não vou prometer nada.

POV Tom Riddle.

—Qualquer dia desses ela perde a paciência e você vai ver o que é bom pra tosse.

—Ou talvez eu finalmente descubra o sabor dos lábios dela. Só tempo dirá. -Respondeu Abraxas sentando-se do meu lado.

—Você é um cara de pau.

—Faz parte do meu legado. Termina logo esse café que nós temos aula com Dumbledore agora e ele já não vai com a nossa cara quem dirá se a gente chegar atrasado.

—O atrasado aqui é você, eu já terminei. - Respondi me levantando.

Malfoy colocou 2 bolinhos no bolso antes de sair da mesa, o caminho até a sala do professor Dumbledore foi feito em silêncio, mas tivemos que desviar de dois corredores por causa dos Dementadores o que fez com que a gente chegasse em cima da hora para a aula.

Fui direto para a mesa que dividia com a Hermione no fundo da sala, ela já estava lá e pelo jeito tinha decidido ignorar minha existência.

“Legal....vai uma aula animadora desse jeito.”

—Bom-dia alunos. Bem, sei que estávamos trabalhando sobre duelos, mas em vista dos últimos acontecimentos, vamos pular algumas etapas e a partir de agora iremos estudar o feitiço do Patrono. Alguém aqui poderia me dizer do que se trata esse feitiço? - Quase que no mesmo segundo que ele falou a mão da Hermione estava no ar.

—Sim, senhorita Granger.

—O Patrono é o único feitiço capaz de repelir Dementadores, ele é descrito como um feitiço de energia positiva que conjura um guardião de luz contra os Dementadores. O patrono inicialmente é apenas um feixe de luz prata, mas quando bruxo é muito poderoso ele se torna um patrono corpóreo geralmente assume a forma de um animal que é único para cada bruxo. Para conjurar um patrono é preciso se concentrar numa lembrança feliz.

—Exatamente, 50 pontos para Grifinória.-Exclamou o professor fazendo alguns de nós Sonserinos resmungar. - Você descreveu o feitiço como se fosse uma conhecedora da causa, por um acaso você não saberia conjurar um patrono, senhorita Granger?

—Sim, eu sei.

—Que tal uma demonstração? –Hermione sorriu e levantou indo em direção. - Você já sabe qual a forma do seu patrono?

—Uma lontra.

—Que interessante -disse de forma dissimulada para irrita-la.

Ela apenas suspirou antes de se voltar para o resto da turma com a varinha apontada para o fim da sala.

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—Expecto Patronum.

E então uma forte luz prateada saiu da ponta de sua varinha ao meu lado, no fundo da sala, surgiu um lobo, ou melhor, uma loba que uivou antes de correr em direção a Hermione.

—Você não disse que era uma lontra? Isso não parece uma lontra. - digo tentando irrita-la mais um pouco.

Par variar ela apenas me ignora e passa a falar com Dumbledore

—A última vez era uma lontra. Eu não entendo.

—Como assim da última vez? Eles podem mudar?-Perguntei realmente interessado no assunto, aprender o patrono era um feitiço útil quando se tinha Dementadores nos corredores da escola e a sua ficha não era lá muito limpa.

—Quando um patrono assume uma forma corpórea essa forma está ligada ao profundo daquele que o conjurou, seus gostos e principalmente seus sentimentos influenciam na forma que ele assume. Não são raros os casos em que a forma do patrono muda completamente quando um bruxo ou bruxa se apaixona, a tendência é que os patronos de um casal também sejam um casal.

—Mesmo assim Professor eu não entendo por que ele mudou. -disse Hermione encarando confusa a loba prata parada ao seu lado.

—Um patrono só muda quando o Bruxo muda Hermione.

—Olha nem é tão ruim assim. -disse Minerva obviamente tentando animar à amiga. -O lobo significa inteligência, e generosidade, mas principalmente fidelidade por que quando um lobo ama é pro resto da vida. É por isso que lobos e cachorros são símbolos de amor incondicional.

—Humm ...Acho que a Granger está apaixonada. -cantarolou Malfoy fazendo Hermione ficar um pimentão.

—Menos 10 pontos para a Sonserina pela piadinha inconveniente. Senhorita Granger muito obrigado pela demonstração, pode ir sentar-se.

POV Hermione Granger

“como assim meu patrono mudou?”

Ainda indignada por meu patrono ter mudado fui me sentar ao lado do ser que eu me recuso a falar o nome. Então o professor começou a explicar o processo para se conjurar o patrono, mas eu simplesmente ignorei a explicação e tentei me concentrar em qual seria a tal mudança que tinha ocorrido.

Demorei um pouco antes de voltar a prestar atenção no que o professor dizia.

—...sinto informar que embora pareça fácil conjurar um patrono, na verdade esse feitiço é extremamente delicado, principalmente quando você estiver cara a cara com o Dementador, por isso que eu escolhi que vocês terão uma preparação. Como a senhorita Granger disse para conjurar um patrono você tem que pensar na lembrança mais feliz que você tiver, mas isso tudo quando você estiver perto de um Dementador que incentiva você a se sentir infeliz então é meio complicado, certo?-

—Certo professor, mas como o senhor pretende nos preparar?-perguntou Minerva enquanto se desviava de um origami em forma de coração que Malfoy provavelmente tinha enfeitiçado para ficar voando em volta dela.

—Simulando uma situação parecida para que vocês exerçam a capacidade de pensar em coisas boas, divertidas até nos momentos mais difíceis. - Ao falar isso ele se aproximou de um baú que parecia mais velho que as calcinhas da mãe de Merlin. - Por isso é que nós vamos trabalhar com o feitiço Riddikulus feitiço usado contra Bicho papões, senhor Malfoy seria capaz de me dizer o que esse feitiço faz exatamente?

Malfoy pego de surpresa se endireitou rapidamente encarando o professor.

—É claro.... bem ...Ele –Ele- Riddle parecia indignado do meu lado.

Levou à mão a testa e resmungou baixo, algo do tipo, “idiota”, mas logo em seguida ergueu a mão para responder, como eu fazia quando Rony ou Harry não sabiam uma resposta e eu não queria que eles se sentissem envergonhados.

“Será que ele se importa com o amigo dele?”

—Ele faz com que o bicho papão se transforme em algo engraçado, mas é preciso se concentrar na imagem que você quer que ele assuma.

—Isso mesmo senhor Riddle, 30 pontos para a Sonserina. E quanto ao senhor Malfoy, deveria passar a aula prestando atenção em mim e não nos atributos da senhorita McGonagol.

A sala inteira explodiu em risadas foi impossível não rir, Minerva que me perdoe, mas tinha sido muito engraçado ainda mais quando ela ficou vermelha que nem pimenta.

—Silêncio! Quero que prestem atenção agora, quero todos vocês em fila aqui em frente a esse baú. Dentro dele está um bicho papão, ele vai assumir a forma daquilo que vocês mais temem na sua vida, eu quero que vocês se concentrem em transformar esse medo em algo muito engraçado então lancem o feitiço riddikulus, ok?Vamos começar, pode ir senhor Straizer.

Um garoto da Grifinório moreno e desengonçado foi o primeiro a tentar, ele não foi muito bem sucedido com seu medo de alturas e Dumbledore teve que interferir. Logo depois foi a vez da Minerva, eu tive um ataque de risos quando vi que o maior medo dela era ser reprovada nas provas finais de Hogwarts, o mesmo medo que eu tinha. O feitiço da Minerva foi muito bem sucedido ela transformou o bicho papão no Malfoy vestido com as roupas intimas de uma senhora de idade.

Malfoy ficou puto da vida e ficou resmungando que ia ter troco.

Alguns alunos da Sonserina foram depois, mas eles não eram tão criativos quanta Minerva, logo chegou a vez do Malfoy o maior medo dele era receber uma bronca do pai.

“Pelo amor de Merlin o que há com os garotos dessa família?”

Ele transformou o bicho papão dele na Minerva de joelhos implorando por um beijo dele. Na hora todo mundo começou a rir, e sem que ninguém esperassem Minerva gritou do fundo da sala.

—Grandessíssimo idiota! Quem você pensa que é? Seu Babuíno boboca inconsequente! Estupefaça!

Malfoy não deve ter visto nem da onde veio feitiço porque meio segundo depois ele bateu contra a parede e caiu desacordado. Minerva ficou estática, acho que a ficha dela não tinha caído ainda. Dumbledore foi correndo até Malfoy que continuava desacordado, sacudiu ele, mas nada do Malfoy acordar.

—Ai meu Merlin...-falou Minerva num sussurro quase inaudível. - Que foi que fiz? - disse ela olhando na minha direção com olhos esbugalhados de medo.

—Calma Minerva, ele só deve estar desmaiado. - falei tentando acalma-la.

Riddle que estava do meu lado parecia estar achando graça de alguma coisa.

“Que insensível! Nem parece que é o amigo dele que está machucado.”

—Alguém vá até a enfermaria chamar ajuda por favor! -pediu o professor Dumbledore em tom um pouco preocupado, e foi o que bastou para que Minerva saísse correndo até Malfoy.

—Oh Meu Merlin, será que ele vai ficar bem? - disse ela agachando-se ao lado dele e passando a mão pelo rosto de Abraxas.

Nesse momento, Tom praticamente se engasgou tentando não rir da situação. Dei uma cotovelada na barriga dele para ver se ele se tocava, mas tudo que ele fez foi apontar o queixo em direção a Malfoy, como se me mandasse olhar o que iria acontecer.

—Sempre soube que você não poderia ver sem mim, Minerva- disse Malfoy. - Agora vem cá me da um beijinho.

O estralo da mão de Minerva na cara de Malfoy poderia ser ouvido de longe e foi o que bastou para que Dumbledore perdesse a paciência, pelo menos era isso que parecia.

—Chega! Vocês dois agora para a sala do diretor. Senhor Riddle, você é o responsável pela turma continuem a praticar. - Dumbledore praticamente carregava Minerva e Abraxas pelos pulsos.

—Vocês ouviram o professor, voltem para fila e continuem o exercício.

POV. Tom Riddle

Eu não acreditava que Malfoy teve coragem de brincar com a cara da Minerva daquele jeito. Como eu estava responsável pela turma não teria que fazer aquele exercício idiota, na minha opinião, mas o restante dos alunos voltou para fila e quem ia recomeçar ia ser Hermione.

“Qual será o seu maior medo?”

Abri o baú com um feitiço silencioso e esperei para ver no que ia dar. A princípio a imagem se transformou em uma mulher de longos cabelos cacheados, vestida de preto que empunhava uma punhal, mas de repente ela se dividiu em duas formas, dois garotos. O primeiro, mais alto, tinha cabelos ruivos e o segundo, tinha cabelos pretos e olhos verdes, ambos pareciam decepcionados, mas nada que desse medo em alguém, principalmente em alguém forte como a Hermione. Voltei minha atenção para Granger que parecia apavorada.

—Você nos traiu, Mione.-disse o ruivo.

—Você nos abandonou. - Quem falou agora foi o moreno, Hermione parecia incapaz de fazer o feitiço para acabar com aquela palhaçada, mas a gota d’agua veio pela voz do ruivo.

—Eu tenho nojo de você Hermione Granger ... Voc-

Me intrometi na frente de Hermione nesse momento.

— Riddikulus!-imediatamente o bicho papão se transformou num cachorrinho de brinquedo que ficava latindo e dando cambalhotas para trás. -Estão todos dispensados, essa aula já deu o que tinha que dar.- falei voltando minha atenção para Hermione que continuava estática, mas agora lágrimas escorriam pelo seu rosto.-Hey, já passou, era só um bicho papão. Passou. Vai ficar tudo bem.

Hermione simplesmente não reagia, continuou parada chorando, com muita cautela passei meus braços por sua cintura e a abracei. Ela não me abraçou de volta, mas também não fugiu. Não sei quanto tempo ficamos assim, mas aos poucos sua respiração foi acalmando e logo tinha voltado ao normal.

—Está melhor agora?

Ela me encarou alguns segundo antes de lançar um sorriso fraco e um dar de ombros como resposta.

—Eu vou ver se encontro a Minerva, por aí. Até a monitoria Tom.- Com isso ela saiu sem nem um segundo olhar em minha direção.

O dia passou voando, faltavam apenas 30 minutos para a hora do jantar, eu estava morrendo de fome, mas antes de qualquer coisa eu ia tomar outro banho para ter certeza que não tinha mais nada daquela losma nojenta que a Professora fez a gente usar como adubo para aquelas plantas estranhas.

Sai do banho me sentindo novo, era melhor assim já que ainda teria que fazer monitoria com a Hermione. Assim que fiquei pronto resolvi esperar na sala já que o Malfoy tinha combinado de passar aqui, para contar que fim tinha levado aquela história com a McGonagol. Mas logo que abri a porta do meu quarto consegui ouvir vozes no andar de baixo, parei para ouvir, deixando a porta meio aberta.

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—Hogwarts inteira está falando do que aconteceu na aula de DCAT hoje. -dizia Minerva.

—Sobre qual parte já que hoje foi uma aula e tanto?

—Sobre mim e o traste, mas principalmente sobre você e Riddle. É verdade?

—Depende o que?

—Ah você sabe. Sobre ele ter meio que te defendido na frente de todo mundo.

—Obvio que ele me defendeu, ele ficou responsável pela turma lembra. Era obrigação dele.

— Claro e era obrigação dele te abraçar todo romântico e protetor depois?

“Romântico? eu?”

—Você está impossível hoje não é senhorita McGonagol?! Mas ok, não, não era. E quem esta espalhando essa historia de romântico, pelo amor de Merlin, ele só estava sendo gentil.

—Primeiro: Parkinson está fazendo o trabalho sujo, e segundo: Só sendo gentil? Acorda Hermione! Tom Riddle não é esse tipo de garoto.

—Ta, tanto faz.- Hermione parecia estar ficando irritada.

—Tem alguma coisa rolando que eu deva saber?

—Não.

—Hermione....

—Se vamos falar desse tipo de assunto que tal você me explicar o que rola com o Malfoy, hein dona Minerva?

—Não sei do que você está falando. - disse Minerva se fazendo de desentendida.

—Vou fingir que acredito.

Me preparo para sair do quarto, e nesse momento escuto a entrada do apartamento sendo aberta sendo seguida pela voz do Malfoy.

—Não gostei dessa senha, me senti ofendido Minnie.

—Era o objetivo Malfoy. - Responde Minerva ríspida.

—Vocês não conseguem parar não é mesmo? -digo descendo a escada. -Boa noite.

—Boa noite- Respondem Minerva e Abraxas. Hermione só baixou os olhos fingindo examinar o tapete.

—Vamos comer, eu to enxergando a morte de tanta fome. -disse Malfoy.

—Espera que a gente também já está indo. - Minerva.-Eu só vou pegar minha capa.

—Anda logo que meu estomago não pode esperar. - gritou Malfoy enquanto Minerva subia para pegar a capa.

—Você é um idiota Malfoy.- Respondeu Minerva com a voz abafada por estar já dentro do quarto.

Malfoy deu de ombros e jogou-se ao lado de Hermione no sofá.

—Então Hermione, que tal você falar um pouco mais sobre você, Tom e eu, em especial Tom, estamos muito curiosos. - um crucio agora era tudo que Malfoy merecia

—Não tem nada para falar.

—Aposto que tem, vai, pelo menos uma curiosidade. Que tal a coisa mais ousada que você já fez no seu lugar favorito aqui em Hogwarts?

—Malfoy, deixa ela em paz. - disse tentando para Malfoy antes que ele falasse uma besteira.

—Ela não se importa não é mesmo Hermione? Vamos começar pelo simples. Qual seu lugar favorito em Hogwarts?

—A biblioteca?!- respondeu ela sem ter muita certeza se deveria responder a Abraxas.

—Viu, nem foi tão difícil. Agora qual a coisa mais ousada, atrevida ou safada que você já fez lá?

Eu não sei o que eu queria mais nesse momento, matar o Malfoy ou descobrir porque Hermione ficou vermelha feito um pimentão e com os olhos arregalados.

“Meu Merlin,o que será que ela andou aprontando?”

—E-Eu nuca faço esse tipo de coisa Abraxas. -para mim era obvio que ela estava mentindo, mas fiquei só na curiosidade, já que nesse momento McGonagol terminou de descer.

—Desculpa a demora. Vamos?

—Damas na frente. - respondi esperando com a porta aberta, assim que Malfoy foi passar por mim eu dei uns tapa na cabeça dele, já que falar não adiantava apelei para força bruta.

—Ai...Por que tudo isso? -

—Para você aprender a parar de ficar falando besteira.

—Só estava descontraindo.

—Da próxima vez eu só vou lançar um crucio.

As meninas andavam na nossa frente assim elas provavelmente não teriam ouvido nossa pequena discussão. Apertei o passo para poder andar ao lado delas.

—É mais conveniente, Mione. Ou você quer andar sozinha pelo castelo a noite com um bando Dementadores?

—Nada que um patrono não resolva.

—Por favor, dorme comigo eu não quero dormir sozinha, por favor?

—Tudo bem, depois da ronda eu vou direto para lá, ok?

De repente elas pararam, e quando me virei para ver o que era, dois Dementadores praticamente bloqueavam o corredor.

—Que merda! E agora como nós vamos passar!-Exclamou Malfoy irritado.- Do apartamento de vocês até o salão esse é o único caminho, não tem um outro além desse.

Ficamos encarando os Dementadores.

—A Hermione pode conjurar um patrono. - disse Minerva, encarando a amiga.

—Sinceramente, hoje eu não estou num bom dia para ter pensamentos felizes. E se não der certo de primeira eles só vão ficar irritados.

—Ótimo eu vou definhar de fome aqui. - Disse Malfoy se escorando na parede.

—Malfoy deixa de ser chorão. - Rebati mal-humorado

Hermione parecia concentrada em algo, alheia a nova discussão entre Minerva e Malfoy.

—Já sei! Venham –exclamou ela seguindo na direção da onde tínhamos vindo.-Tenho certeza que existe um atalho por ...Aqui!

Neste momento ela parou em frente a uma estátua de um velho maltrapilho sentado em .... em pilhas de pratos? Era isso que parecia pelo menos.

—Hermione isso é só uma estátua– para variar foi Malfoy que abriu a boca para constatar o óbvio.

Em resposta Granger apenas lançou um olhar do tipo que parecia que ela estava lançando crucio nele por pensamento. Voltando sua atenção a estatua ela pegou varinha que estava escondida na parte de trás da saia e apenas encostou na cabeça do velho, então este se mexeu para o lado revelando uma passagem secreta.

—Como sabia disso? -perguntei com desconfiança

—Sabendo.

Em poucos minutos estávamos ao lado da entrada do salão principal, saindo através da estátua de um dos cavaleiros que ficavam guardando a entrada.

—Depois do jantar a gente se encontra aqui, pra fazer a roda.- falava enquanto se afastava indo em direção a mesa da Grifinória.

—Sem querer acabar com o Love que você tem por ela, Lord. Você não é o único por aqui que parece ter segredos.

—Eu sei. Deixa isso de lado, depois eu vejo o que eu posso fazer.

Apesar da fome eu praticamente não sentia o gosto da comida, Hermione era a única coisa na qual eu consegui me concentrar, mas quem sabe na ronda?