Reticências

Capítulo 9


— Viu? Eu disse que estava tudo bem, que eles estavam com o Edward. – Seth foi o primeiro a falar.

—Estávamos preocupados Isabella. Está tudo bem? – Sue olhou para os netos que estavam nos braços de Edward, me fazendo lembrar que ele estava carregando duas crianças, que não eram tão leves assim não.

—Está tudo ótimo Sue. Pai e Billy podem relaxar vocês também. Seth ajuda o Edward a colocar as crianças na cama?

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—E vou perder a confusão toda? Ah não. – resmungou e levou uma cotovelada da mãe. – Ai , tudo bem, eu pego o Thony.

Edward cumprimentou a todos com um aceno de cabeça e subiu seguindo Seth.

—Ele é um gatinho mesmo. – Rachel, minha cunhada se juntou ao grupo. – Ele tem namorada?

Rachel era um ano mais nova que Seth, e era igualmente brincalhona e irritante. Amo meus cunhados, mas eles às vezes, me tiram do sério.

—Não sei Rachel. – fui até meu papai abraçá-lo, não o via há dias. – Oi pai.

—Oi linda, então quer dizer que reencontrou seu amigo.

—Espera aí como assim não sabe se tem namorada? Isso é o mais importante.

—Rachel, fique calada e deixe Isabella se explicar.

—Não tenho nada para me explicar Sue - a encarei.

—Como não? Você saiu com meus netos, com um homem que mal conhece.

—Edward é meu amigo. – me defendi.

—Era quando vocês eram crianças. Não sabe como ele é agora. Ele pode ser um pedófilo. - me acusou.

—Menos Sue, ele parece ser um ótimo rapaz.

—Você não o conhece Billy. –contra atacou

—Mas a Bella sim. Se ela acha seguro, não temos com o que se preocupar. Edward é um bom homem. Sou eternamente grato pelo que ele fez a minha filha quando pequenos. Não acredito que ele tenha mudado. O jeito que ele estava com as crianças era paternal.

—Chegamos ao ponto chave Charlie. Eles já tem um pai. – Falou pausadamente cada palavra.

—Sue seja clara e me diga o que está insinuando. Se for que Edward e eu temos algo, está completamente equivocada e maluca. Somos apenas amigos e sou incapaz de trair seu filho.

—Assim espero mesmo. Lembre-se que é uma mulher casada e que seu marido está à beira da morte.

— Não precisa jogar isso na minha cara, sei muito bem das coisas. – estávamos discutindo num tom alto e acabamos chamando a atenção de alguns clientes.

—Billy vamos. Rachel vai dormir aqui essa noite, assim como o Seth. – ela ordenou.

—Seus filhos sempre são bem vindos aqui e espero que não esteja os mandando ficar para me vigiar.

—E você precisa ser vigiada? – perguntou em deboche.

A ignorei e subi para o apartamento. Bati a porta com força. Estava tendo um dia maravilhoso, mas Sue tratou de estragar tudo. Sempre tive uma ótima relação com minha sogra, mas desde que começamos a ter problemas no casamento, ela vem me perturbando, achando que a culpa é minha, que estou magoando o filho dela. Depois do acidente sua desconfiança em cima de mim triplicou. Ela passou a mandar os filhos virem todos os dias para cá, no começo pensei que fosse para me ajudar. Mas depois vi que não. Agora com Edward aqui, tudo iria piorar.

Não a deixaria se intrometer em minha vida desse jeito. Me acusar de estar tendo um caso com Edward era ridículo.

Me joguei no sofá cansada.

—Mamãe pegou pesado com você? – me assustei com Seth a minha frente.

— Um pouco.

—Desculpa se causei algum transtorno Bella. – Edward pediu constrangido.

—Não se desculpe. Você é meu amigo. Deixe que eles falem para lá. – bati no sofá indicando que ele se sentasse. – Você tem namorada?

—Não, porque a pergunta.

—Rachel me perguntou isso.

—Bem típico dela mesmo, agora vai ficar apaixonada pelo cabeçudo aí.

—Ei sem ofender né. E quem é Rachel?

—Eu. Muito prazer te conhecer. – a espevitada foi logo entrando e sentado ao lado de Edward, que a olhou assustado. – Então tem namorada, mulher, quantos anos tem, o que faz?

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—Rachel menos, vai assusta- lo desse jeito. Essa é minha cunhada.

—Se parece mesmo com o Seth. E não tenho ninguém não, tenho 29 anos e sou chefe de cozinha, o que me lembra que tenho que ir trabalhar. – se levantou para tristeza dela.

— Ah que pena, volte mais vezes, e se quiser falar comigo e só falar com a Bella, ou me ligar.

—Menos garota. – Seth saiu puxando a irmã para fora.

—Cunhados legais esses seus.

—Muito, às vezes eles são piores que as crianças.

—Imagino. O que vai fazer amanhã? – estávamos de frente um para o outro.

—Vamos a igreja de manhã e depois ficar em casa. Meu pai vem almoçar conosco, e provável que meus sogros também. Quer vir também?

—Quem vai cozinhar?

—Eu, não sou nenhuma chefe de cozinha, mas dá para o gasto.

—Posso ajudar? – acho que ele não estava levando muito fé nos meus dotes culinários não.

—Já que insiste. – ficamos em silêncio e depois nos abraçamos.

—Vou cuidar sempre de você Bella, é uma promessa.

—Obrigado, por estar sempre do meu lado.

— Eu que agradeço por me deixar fazer parte da sua vida.

—Atrapalho? – nos afastamos rapidamente.

—Não pai. Edward se lembra do meu pai?

—Claro, como vai o senhor?

—Bem e surpreso. Como conseguiu encontrar a minha filha depois de tanto tempo?

—Não sei. Simplesmente a encontrei. - manteve o braço nos meus ombros.

—Algo me diz que ainda vou ter muito o porquê ser grato a você.

—Me ajuda a cuidar dela e estaremos quites. – os dois apertarem as mãos em um acordo.

—Fechado.

—Vou indo. Tchau Bella. – demos um abraço rápido sobre o olhar atento de Charlie. – Chego ao meio-dia. Senhor Swan.

—Até mais.

Papai me olhou com as sobrancelhas erguidas, o que não poderia significar boa coisa.

—Pergunte.

—Está feliz? – não era o que esperava.

—Muito, me sinto em paz.

—Não deixe ninguém estragar isso então. E como está o Paul?

—Deu uma piora hoje.

—Anthony deve de ter ficado arrasado. – sentamos no sofá.

—Sim, mas depois fomos ao shopping e ele se divertiu tanto, precisava ver.

—Quando Sue me ligou falando que tinha desaparecido fiquei preocupado, quase coloquei o FBI, exercito atrás de vocês. Liguei diversas vezes para você.

—Não vejo meu celular desde ontem, devo ter deixado aqui. E Sue é uma dramática.

—Sem dúvidas, tome cuidado com ela. E desculpa por ter te afastado do seu amigo. Deve ter ligado para o Sam, ele teria entrado em contato com eles, mas achei que era uma amizade boba de crianças. Esse brilho nos seus olhos, fora às vezes relacionadas com seus filhos, só o vi duas vezes. E nas duas aquele garoto estava presente.

—Pai, você também não. – me queixei, era só o que faltava.

—Não estou dizendo nada. Só quero que seja feliz.

—Oi vovozinho lindo – Sophie apareceu igual um furacão e se jogou em cima do avô.

—Oi lindinha, saudades de você.

—Também, hoje vi o papai e brinquei muito. – abriu os braços para mostrar.

—Nossa que ótimo, se divertiu muito?

—Demais não foi Thony? – Anthony chegou à sala coçando os olhos de sono.

—Sim. Oi vovô.

—E aí garoto se comportando?

—É claro e cadê o Edward? – se virou para mim.

—Já foi. Amanhã ele vem para o almoço. E aí o que tem a falar sobre ele? – perguntei um tanto apreensiva não queria contendas entre os dois.

—Até que ele não é TÃO chato assim. – respondeu com descaso.

—Tudo bem então. Agora é banho, achei que fossem dormir sem tomar banho.

—Lógico que não, a gente não é porquinho não mamãe. – Sophie pulou no meu colo. com fome.

—Primeiro banho, depois comer e ir dormir.

— Mas eu acordei agora, não quero dormir de novo não, vou ficar acordada a noite toda.

Meia hora depois ela já estava dormindo. Anthony ficou assistindo TV e papai foi embora, ele teria um encontro hoje, torcia para que ele encontre-se alguém que o fizesse feliz.

Desci até a lanchonete só para vê se estava tudo certo, e como estava, subi, tomei um banho e cai na cama. O dia foi cheio e tudo o que queria era um merecido descanso.

POV Edward

O dia tinha sido incrível, passar ao lado de Bella e dos filhos dela foi uma das melhores coisas que já fiz.

Me divertir como a tempos não me divertia. E senti uma vontade enorme de ter filhos, formar uma família. Quando Bella me fez aquela pergunta gelei, pois estava pensando nisso naquele momento, em como queria que aquelas crianças em meus braços fossem minhas, meus filhos. Senti raiva de Paul por ter chegado à minha frente e ter roubado a mulher que amo. Senti raiva de Charlie por tê-la tirado de mim.

Agora ninguém nos separaria, éramos os melhores amigos novamente. Amigos... Repetia essa palavra sem parar, para que meu coração e minha mente se convencessem disso. Mas quando lembrava o nosso embaraço no estacionamento, esquecia disso. Pedi para que ela pegasse a chave sem maldade alguma, estava com as crianças no colo e não conseguiria pegar. Quando ela colocou a mão no bolso, foi que percebi que isso não daria certo, comecei a sentir coisas que não deveria sentir. Acabei rindo dela e lhe entreguei Anthony, que acabei vendo ser um garoto incrível. Tínhamos os mesmos gostos por jogos, acho que poderíamos nos dar bem. Já Sophie, eu amava aquela menina, nos empanturramos de sorvete, doces e a tudo que tínhamos direito.

O momento tenso do dia foi quando chegamos. A sogra de Bella veio cheia de insinuações. Não gostei dela.

Já os cunhados dela era muito engraçados, a garota era meio atirada, já Seth era uma figura.

—Cara todo mundo ficou preocupado achando que a Bella tinha fugido com você. Você não está pegando ela não né? Seria sacanagem com o meu irmão. – ele tagarelava enquanto subíamos as escadas.

—Somos apenas amigos, pode dizer isso para sua mãe. Vocês não precisam se preocupar.

—Eu sei, você é legal. Vamos logo que quero voltar para não perder a confusão lá embaixo.

Encontramos com Bella já na sala. Fiquei feliz por ela ter me convidado para almoçar com eles. Estava pensando em fazer o convite para virem ao restaurante. Alice daria um chilique com certeza, como está fazendo agora.

—Edward me responde uma coisa. Você veio aqui por quê?

—Para te ajudar. – respondi de má vontade.

Tinha chegado atrasado para preparar o jantar, o bom que a equipe era competente e estava se virando sem mim.

—E por acaso você tem me ajudado Edward Anthony Cullen?

—Tenho Mary Alice. – ela odiava que a chamasse assim.

—Não me chame assim e você não me ajuda em nada. – ainda bem que já tínhamos fechado, pois ninguém merecia ouvir os gritos de Alice.

—Não ajudo? Desde que cheguei aqui tenho me matado de trabalhar. E só porque fiquei dois dias um pouco ausente, você vem me perturbar. Poxa vida, deixei tudo arrumado, o que mais você quer Mary Alice?

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—Já pedi pra não me chamar assim. Eu quero sua dedicação 100%.

—Não sou seu empregado e muito menos seu escravo. Se quer alguém 100%, contrate alguém para isso, ou cozinhe você mesma. – sai a deixando falando sozinha. Jasper nos esperava no bar.

—Cara, como você aguenta ela?

—Amor, muito amor. – respondeu tomando um gole de vinho e resolvi acompanhar.

—O que vai fazer amanhã? – Alice se materializou a minha frente.

—Vou almoçar com Bella, mas não se preocupe estarei aqui para fazer o jantar.

—Não abriremos amanhã. Teremos compromisso.

—Ah temos? – Jasper perguntou confuso tentando se lembrar de algo.

—Sim querido, iremos almoçar na casa da Bella. – engasguei.

—Alice para com isso. Você não vai a lugar algum.

—Porque não?

—Amor nem fomos convidados, deixe o seu irmão em paz.

—Quero conhecê-la, algum problema?

—Todos. Você vai fazer barraco lá.

—Nunca me rebaixaria a isso, só quero conhecê-la algum mal nisso? – essa cara de anjinho de Alice não me enganava, mas confesso que queria vê a cara dela quando conhecesse Bella e visse a pessoa maravilhosa que ela é.

—Tudo bem pode ir. Isso se Bella concordar, vou ligar para ela amanhã e perguntar.

—Perfeito. – Alice estava aprontando.

—Um aviso: Se fizer algo contra a Bella te jogo do prédio.

—Credo, quanta violência. Vou me comportar prometo. – agora ela falava sério.