Diário De Thalia Grace

(Don't) Wake me up when September Ends


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Não é como se eu tivesse esperado a vida inteira para o que aconteceu. Mas eu me conformei. Eu simplesmente aceitei o fato. Coisa que muitos não o fazem. Eu estava pronta pra seguir em frente, sem olhar para trás, sem me prender ao passado. Porque a única parte do meu passado que eu não era capaz de deixar para a trás caminhava bem ao meu lado. E ninguém poderia tirá-lo de mim. Não agora. Nem nunca.

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Acordei e sorri mesmo antes de abris os olhos. Sob minha cabeça eu sentia o peito de Luke se mover, devido à respiração calma e tranquila do loiro. Se ainda estava confusa sobre o que havia acontecido no dia anterior, minhas dúvidas rapidamente foram respondidas ao perceber as roupas jogadas pelo quarto. Sentei-me, admirando como o sono do filho de Hermes era pesado. Tão sereno que parecia um anjo. Passei a mão por seu rosto e debrucei-me sobre ele, tomando seus lábios nos meus.

- Bom dia – sussurrei, quando seus olhos azuis de abriram, calmamente – Dormiu bem? – sorri, deitando-me novamente.

- Melhor que nunca. – ele se virou, ficando por cima de mim – E se não me engano, temos uma guerra pra lutar. – seus lábios se fecharam num sorriso e logo depois, tocaram os meus num selinho.

- Eu não quero ir – respondi como uma criança mimada - Aqui está muito bom.

- Ah, é? – seus lábios trilhavam beijos em meu pescoço e eu me sentia arrepiar – Thalia Grace recusando uma batalha pra ficar enfurnada dentro do chalé?

- Cale a boca – eu ri, beijando-o por um milésimo de segundo antes de me levantar.

Entrei no banheiro e encostei a porta, sem trancar. Abri o registro do chuveiro e olhei-me no espelho por um segundo. Eu estava péssima. Mas sorria. Meu corpo doía, apesar de ter dormido horas e mais horas. Entrei no box, sentindo a água morna cair em meus ombros. Fechei os olhos por alguns segundos, apenas tempo o suficiente pra sentir um par de braços fortes me abraçando por trás.

- Economize água e tome banho comigo. – o filho de Hermes cochichou em meu ouvido, beijando minha nuca.

Seria um logo banho.

Vesti o uniforme e minha armadura de batalha. Quando se está na caçada, dificilmente usa-se a proteção de metal, ainda que possa morrer em batalhas. Mas nada mais era como antes, agora. Luke vestia sua armadura antiga, o que trouxe algumas lembranças à mente. Saímos para o café-da-manhã, e não me espantei ao ver todos os campistas fortemente armados.

“CAMP HALF-BLOOD, CAMP HALF-BLOOD, CAMP HALF-BLOOD”, eles gritavam e eu e Luke entramos na brincadeira. Todos estavam animados, até mesmo os que diziam ser pacatos. Desde a grande batalha, o acampamento havia se tornado entediante, eu não os culpava.

Rachel então caiu no chão. Seus olhos começaram a brilhar. Corremos até ela.

- Eles estão chegando – ela sussurrou – Agora.

Drew estava ao meu lado, em choque.

- Leve-a para o chalé de vocês. Rezem por Apolo, dê alguma comida quando ela se recuperar. – ordenei, e ela assentiu – Nós vamos pra batalha.

O sol nascia atrás de nós. Luke segurou minha mão. Estávamos à frente de toda a guarda. Os romanos se aproximavam pela frente em grande quantidade. Eles tinham quase o dobro de campistas que possuíamos.

- Chame os campistas do fundo. – o filho de Hermes sussurrou – Eles são muitos.

- Eles podem estar planejando um ataque por mar, Luke. Querem nos desfalcar e tirar nossas defesas. Não podemos ceder. É melhor tentar resolver isso pacificamente.

- Os romanos não querem ser pacíficos. Eles sabem que estão em vantagem, pequena.

- Não é o que eles estão vendo – sorri, maquiavelicamente – Estou manipulando a névoa.

- Já te disse que você é perfeita? – seus dedos tocaram meu rosto, puxando-me para um último beijo.

- Amigos romanos – anunciei, do topo da colina. – Nós não queremos brigar, mas não somos tolos. Estamos preparados para enfrentá-los, se necessário. Não sei que ganhará a batalha, mas não será fácil. Haverá muitas perdas, de ambos os lados. Então peço que pensem. Pensem nas famílias destruídas, nas lágrimas das mães que lhes tomarão a face. A morte dói. Não para nós. Nós simplesmente nos esquecemos, ou vamos para o paraíso. Mas dói para todos aqueles que amamos, e que nos amam. A maioria de vocês já conhece a dor de perder alguém querido, imagino. E aqui, lutando, é como pedir essa dor para todos que se importam conosco.

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- Devemos ouvir vocês? – um garoto loiro, aparentemente o líder, gritou – Vocês nos traíram! Atacaram-nos! São indignos de confiança. E agora pedem paz? O que lhes dá o direito da tão merecida paz?

- Vocês serão destruídos pelos atos de seus amigos. Por que eles foram covardes. E não nos enfrentaram. – uma garota morena exclamou. Eu sabia, de certa maneira, quem era ela. Reyna. – Eles feriram nosso orgulho! E agora, terão a coisa mais importante para eles simplesmente retirada de suas vidas. Assim como foi conosco.

- Vocês transformaram um de nós em um monstro. Fizeram Jason Grace se virar contra aqueles que o acolheram. Aqueles que foram sua única família. – o loiro retomou a fala.

- Não diga isso de meu irmão. – desci a colina, em direção a eles. Seus rostos estavam em choque. – Eu tive que o deixar para a própria proteção. Dois filhos de Zeus atraíam muitos monstros. – meu olho se enchia de lágrimas e eu já empunhava minha lança – E ainda sim, nenhum de vocês o conhece tão bem quanto eu. Eu nunca apontaria minhas armas para as pessoas que eles se importa, e essa é a razão pela qual ainda não ataquei nenhum de vocês. Mas você – apontei para o loiro arrogante – Não parece ser alguém que faria falta.

E então tudo ficou escuro. Flashes de luz. Vermelho sangue. Era sangue, muito sangue. Foquei os olhos, e vi o rosto de Luke. Ele era lindo, mas por que parecia tão... Desesperado? Foi quando notei que o sangue era meu. Uma dor aguda em minha clavícula. Uma flecha. Mal percebi que minha mão estava no local, tentando estancar o sangramento. Mas era em vão. Com os dedos trêmulos, toquei o rosto do filho de Hermes.

- Não chore – sussurrei, sentindo a dor em minhas palavras. – Nós vamos nos voltar a ver. Eu sei. Thalia e Luke é pra sempre. E sempre. – meus olhos se viraram para Reyna, que tinha os olhos marejados – Cuide... De Jason... Por mim.

- Eu vou estar com você, em breve. – as lágrimas de Luke escorriam por sua face. – Eu te amo.

“Eu te amo mais”, tentei responder. Mas a escuridão me dominou. E eu finalmente estava em paz.

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