Tarde Para Amar

Capítulo 10


Ri. Sério que ele quer começar de novo mesmo, tipo, desde o comecinho? Fiquei olhando pra ele e rindo, sem me mover.

- Não vai me fazer de bobo, vai? Você mesma disse que queria começar de novo. – ele ficou sério, percebi que sua mão ainda estava estendida.
- Não eu... – não sabia o que dizer, então apenas sorri, dessa vez de verdade, estava realmente achando a situação cômica, sorri e peguei sua mão, dobrando de leve meus joelhos e fingindo pegar numa saia inexistente, como um cumprimento. – O prazer é todo meu, Bernardo. Meu nome é Clara. – ele deu um beijo em minha mão fazendo meu braço formigar, e antes que esse formigamento tomasse meu corpo inteiro tirei minha mão da dele sutilmente, ainda sorrindo. Passei o olho pelo Thomas e pela Leandra e sinceramente repreendi uma gargalhada ao ver a expressão deles.
- Que porra é essa? – o Thom disse em voz baixa e pausadamente. Não aguentava mais segurar o riso e estava prestes a rir quando tocou a campainha. Olhei para o Bernardo e ele estava com a mesma expressão que eu, ambos prestes a cair na gargalhada. O Thomas abriu a porta e o Caio entrou, cumprimentando a Lê e vindo em nossa direção. Parou quando percebeu a cena em que nos encontrávamos: eu e o Bernardo, de pé na frente do sofá, com poucos centímetros separando nossos corpos e um sorrindo largamente para o outro.
- Alguém pode me explicar que caralhos tá acontecendo aqui? – ele se virou para o Thomas e pra Leandra que estavam encostados um no outro e com cara de assustados e como se divertindo ao mesmo tempo. Dei uma olhada para o Bernardo e elevei a voz:
- Tá acontecendo que eu e o Bernardo resolvemos começar do zero novamente. Tava começando a ficar um clima pesado e eu vi que isso não ia levar a lugar nenhum. – mal acabei de falar e o Caio veio na minha direção passando a mão pela minha testa e minha bochecha com uma cara completamente preocupada.
- Clara, tá tudo bem meu amor? Você tá com febre, ou alguma coisa do tipo? Gente vocês já pensaram em chamar a ambulância? – tirei suas mãos do meu rosto e o empurrei de leve.
- Não é nada disso seu idiota. É sério tá. Vou fazer o que, vou ser obrigada a aguentar ele com a gente mesmo, então vamos tentar da melhor forma possível. – sorri de leve me virando para o Bernardo.

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