Quiet.

16 - A amansadora de feras retorna


POV'S Queen

Naquele momento, somente uma palavra definia tudo que eu estava sentindo ou pensando; Raiva. Mas além da raiva, minha mente processava 3 coisas que eu podia e tinha que fazer naquele momento.

1. Ficar ali e ir para o meu quarto como se eu nunca tivesse visto a Clair e deixar eles se resolverem, ouvir gemidos no quarto ao lado, acordar e ver a o rosto do Thai radiante e depois correr para consolar o Taylor.

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2. Eu podia voar na cara dela, e arrancar o resto do cabelo dela todo. Depois espancar o Thai. Por que? Bem, como ele sabe que a Clair e o Taylor terminaram? Eles mantem contato, se vem as escondidas? O que ela quer agora, voltar com ele? Sei que o Thai é babaca o suficiente para aceitar e ser enganado de novo. Na verdade, o egocentrismo, a frieza e sua a grosseria não são aplicadas a Clair sabe, ela é muito "especial" que só merece as partes boas dele. Com "boas" quero dizer, bem, o Thai foi o único que me entendeu em relação a minha mãe e mesmo sendo um idiota ele já passou por uns bocados também. Eu tenho que aturar as coisas boas e ruins, sera que eu sou a "especial" por isso?

3. Ir embora dali.

Adivinha o que eu fiz?

– Thai, eu preciso falar com você – Ela disse fazendo uma voizinha fresca – Em particular – Serrou os dentes pra mim.

– Ah não se incomodem eu já estou de saída – Disse com um sorriso amarelo.

– EI – Ele me segurou pelo ombro me impedindo de sair – Saída pra onde?

– Não faz isso Thai – Falei com um suspiro – a Clair está na sua frente pedindo pra conversar e você vai mesmo tentar me impedir e se fazer de preocupado para onde eu vou ou deixo de ir? – Grunhi tirando sua mão – Boa sorte.

Fechei a porta com força e desci as escadas com pressa. Sai do condomínio e comecei a andar pela rua. O fato de eu estar ainda molhada e suja com todos ao redor estarem comentando sobre isso não me importava, minha cabeça já estava cheia demais. Cheia de que? CHEIA DO THAI. Meus pés me levaram aquele portão, eu sabia que debaixo do segundo vaso de planta estava a chave reserva. Peguei-a e abri o portão fechando com cuidado, fui de fininho até a porta abrindo-a com a outra chave debaixo de um piso solto debaixo do tapete. Assim que entro ligo o interruptor e me deparo com um loiro e um taco de basebol com uma faca na boca.

– PUTA QUE PARIO RANDOM, QUER ME MATAR? – Falei colocando a mão no meu peito tentando controlar a respiração.

– FALA A GAROTA QUE ARROMBA MINHA CASA – Ele disse meio irritado meio aliviado. Devia ser porque eu não era um ladrão maniaco da serra elétrica.

– Eu não arrombei, eu usei a chave – Retruquei – E sim, pra que a faca? Se eu fosse mesmo um assassino de russos primeira coisa que faria é enfiar ela na sua boca.

– Eu não tive tempo pra pensar – Ele falou revirando os olhos – E essas roupas molhadas e sujas? VOCÊ FOI VIOLENTADA? – Ele disse girando meu corpo me analisando.

– Não Random! Só tive um conflito com toner, água e Thai – Falei entredentes me lembrando da Clair – Posso entrar?

– Você não devia estar perguntando isso do outro lado da porta?

– Sabe como é, resolvi antecipar todo processo – Ele riu fechando a porta atrás de mim.

– Não vai me contar o que aconteceu? – Ele disse passando a mão em meus cabelos colocando todos meus fios para trás limpando meu rosto.

– Quem sabe depois de um banho e algo quente pra tomar – Falei fechando os olhos – Ah e uma muda de roupas.

– Sabe, eu não tenho roupa de garota aqui.

– Sério? – Abri um dos olhos.

– Ta, talvez uns shorts – Ele revirou os olhos.

– Só shorts?

– Já ouviu falar em "rapidinha"?

– E elas vão embora só de camisa?

– Era melhor você ter ido na Adson.

– O Chad deve ta la.

– Sim, e?

– Já ouviu falar em rapidinha?

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Vou me poupar em dizer que rimos muito, que o shampoo do Random tinha um cheiro bom e que só tinha um quarto na casa. Contei à ele o que tinha acontecido resumindo tudo em um "Clair apareceu lá em casa".

Depois do banho vestir o short que ele havia me dado e uma de suas blusas. Desci as escadas e o encontrei largado no sofá. Peguei a xícara de café em cima da mesa e subi para vasculhar onde o Random guardava os edredons. Achei preservativos, e mais preservativos e pera, mais preservativos! Até que reparei uma fileira de armários no alto do corredor, que ah, eu não alcançava. Desci e peguei umas das cadeiras da cozinha e me arrastei com ela pelas escadas fazendo um barulhão – olá bela adormecida. Subi na mesma pegando um edredom e desci para cobrir o Random. Sabe a imagem de um russo angelicalmente dormindo? Não era essa, o Random roncava e dormia coma boca aberta – uma palavra, fofo. Subi e me joguei na enorme cama de casal e aumentei o ar-condicionado no máximo – finalmente uma noite descente – me afoguei no travesseiro e tentei por minha mente em ordem.

O cheiro do Random estava por toda a parte.

Me cobri até a cabeça e respirei fundo. O aroma doce do shampoo era a única coisa que eu sentia, e o Thai e a Clair era a única coisa que eu pensava. De manhã acordei como se tivesse com uma puta ressaca, meu celular tinha ficada em casa e eu estava totalmente desorientada. Cambaleei até a porta tendo uma visão do banheiro, e do Random saindo do banheiro, do Random saindo do banheiro de roupa intima.

O Random com seu corpo sarado saindo do banheiro de roupa intima.

– Bom dia – Falei fazendo o Random me olhar assustado e por a toalha em frente ao seu "barney".

– Bom dia – Ele falou meio envergonhado colocando os cabelos loiros molhados para trás.

– Que horas são? – Disse num bocejo.

– Vai dar 8. Você trabalha as nove né?

– Sim – Falei indo em direção ao banheiro – vou sair depois de tomar café.

– Ok – Ele disse indo em direção ao seu quarto – Indo fazer seu ritual matinal? – Ele zombou.

– O Thai devia manter a boca calada – Grunhi.

Entrei no banheiro e lavei o rosto. Depois comecei a fazer a tal das "caras estranhas" denominadas "ritual matinal". Desci e fui até a cozinha, peguei o pote de café solúvel e comecei a preparar meu café. Peguei as torradas que estavam em cima do prato – provavelmente eram do Random, eram – e me sentei no sofá para comer enquanto assistia televisão passando os canais aleatoriamente. Pouco tempo depois Random desceu e se juntou a mim, depois me deu carona para o trabalho.

– TAYLOR – Gritei assim que o vi.

– Viu ela? – Ele perguntou.

– Cara, vem cá.

Subi numa das cadeiras da mesa abrindo os braços fazendo ele rir. Então o sininho tocou.

– Cristo redentor – Ouvi a voz rouca irreconhecível do Thai – Aonde você foi? De quem é essa blusa? – Ele grunhiu me puxando da cadeira.

– Não é da sua conta – Grunhi me soltando – Quer saber, vai pra porra da puta que te pariu! Deita na estrada e deixa o trator passar por cima de você.

– Ai senhora drama – A Clair apareceu por trás do Thai.

– Você também, vai ser fuder.

– Vai deixar ela falar assim comigo Thai? – Grunhiu – Por que me colocou para fora daquele jeito ontem? Estava tarde e eu poderia ter sido abusada ou sei lá – Ele expulsou ela?

– Eu realmente não me importo.

– Você está machucado é por isso que está agindo assim. Claro que você se importa! Esse não é você.

– Você não sabe como eu sou quando não estou apaixonado por você – Meu coração pulou.

– Satisfeito agora Taylor? – Ela disse revirando os olhos.

O que está havendo afinal?