CAPÍTULO 13

“-- SHIIIIIIIIIIII

A velhinha de óculos e coque prendendo os cabelos brancos chamava a atenção novamente de alguns estudantes que estavam fazendo algazarra no local. Eu não sei o que me deu pra ir à Biblioteca Municipal de Forks. Na verdade eu acho que sei sim. O Google estava perdendo a credibilidade e eu não consegui achar nenhuma informação confiável e relevante sobre a cultura irlandesa.

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Passei a noite em claro e dormi por duas horas (o tempo de a biblioteca abrir). E ainda tinha que ler as pilhas de livros que estavam sobre a mesa à minha frente. Ao que aparentava, eu teria muito mais problemas em descobrir o segredo da minha avó (que eu tinha certeza que também era sobre mim) do que em pegar o vampiro que estava rondando Forks e La Push.

Eu já estava craque em ler sem ler, ou seja, passar os olhos pelas páginas e se alguma coisa chamasse minha atenção eu parava e relia. Essa é uma boa tática se você tem exemplares com mais de trezentas páginas.

Continuei com esse esquema até ler “CELTA”, escrito em letras grandes e garrafais bem no meio da página. Parecia que a palavra saltaria da folha a qualquer momento. Deduzi que isso com certeza era um sinal.

Conjunto de povos, organizados em múltiplas tribos e

pertencentes à família linguística indo-europeia que se espalhou

pela maior parte do oeste da Europa a partir do segundo milênio a.C..

Explicação digna do Wikipedia. Continuei a leitura até que vi Irlanda lá no meio quase invisível (não tão invisível assim).

Os grupos celtas perpetuaram-se pelo menos até o

século XVII na Irlanda, país onde por seu isolamento, melhor

se preservaram as tradições de origem celta.

Algo me dizia que era isso que eu estava procurando. Ouvi o sino da igreja tocando, olhei no relógio: meio-dia. Eu tinha que ir pra La Push, logo meu turno começaria, então arranquei – discretamente – a folha do livro que falava sobre os celtas, ou pelo menos parte dela, e saí pra pegar meu carro no estacionamento.

Uma hora da tarde eu já estava na entrada da floresta sentada sobre minhas grandes patas esperando os dois retardatários. Meu cunhado foi o último a chegar.

“-- Achei que não viriam mais. – falei estressada.

-- Calma! A gente só se atrasou uns minutinhos... – Seth respondeu.

-- Tudo bem... Só vamos acabar logo com isso que eu preciso voltar pras minhas pesquisas. – reclamei.

-- Que pesquisas? – Quil perguntou curioso.

-- Nenhuma. – eu não falaria sobre elas com ninguém, era um “projeto” meu e que dizia respeito somente a mim. – Quil você deveria cuidar da sua vida, ouvi dizer que a Claire tem um monte de pretendentes... – abandonei a frase no ar, logo logo ele esqueceria dos meus problemas e se focaria na ronda.

-- Ih... A Duda tá pior que a Leah hoje. – Seth disse caçoando do amigo.

-- Seth eu também não estou muito contente com você não. – o retruquei.

-- O quê? Comigo? O que foi que eu fiz? – perguntou atordoado, acho que eu o deixei nervoso.

-- Você está noivo da minha irmã há quanto tempo mesmo? Pra mim está enrolando ela. – e realmente era verdade.

-- Nós não estamos noivos há muito tempo não. – tentou desconversar. – É só um ano...

-- Um ano?! Mentira Duda, tem quase dois anos que ele enrola a sua irmã. – Quil o dedurou e eu virei-me para olhá-lo.

-- O casamento tá marcado para o final do ano. – olhamos para ele o questionando com o olhar. – Que isso gente... Nem é tanto tempo assim. É que eu precisava arrumar uma casa pra gente morar né? Além disso, a Cecília queria que você estivesse aqui no dia. E de um jeito bizarro ela sempre me disse que você ia voltar, até parece que ela previa isso. – seus pelos se arrepiaram um pouco me deixando mais intrigada sobre a minha família.

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-- Gente vocês sabem do Jake? – perguntei sem mostrar meu real interesse. Eu era melhora amiga dele! Tinha direito de saber aonde ele havia se enfiado!

-- Não. Desde ontem ele não aparece aqui. – respondeu Seth dando de ombros.

-- Aonde é que ele se meteu? – questionei mais a mim mesma do que a eles.

-- Não esquenta não. Ele sempre some quando está com a Nessie. Acho que o Jake está aproveitando que o leitor de mentes não está em casa. – falou Quil fazendo graça.

Enquanto ele ria e conversava com Seth o bolo em minha garganta cresceu e eu tentei me segurar pra não pensar em nada que me comprometesse. Graças aos céus lembrei-me de que podia bloquear meus pensamentos e ter mais privacidade.

Nos separamos e eu fui para o leste tentando encontrar algo que preenchesse minha grande cabeça e não me deixasse pensar no Jake... Afinal por que eu estava sofrendo assim?! Eu havia incentivado ele a voltar com a monstrinha.

Bufei e virei contra a direção do vento. Eu estava curtindo a solidão até que o cheiro enjoativo chegou ao meu nariz e eu chamei os garotos para seguirmos o rastro.

Em poucos minutos estávamos reunidos e correndo na esperança de achar a droga de vampiro. Então como um passe de mágica o cheiro simplesmente sumiu e nós ficamos rondando o local tentando encontrar algum rastro dele.

Ao final da tarde voltamos pra casa tensos e frustrados. Felizmente o vampiro desconhecido não havia feito nenhuma vítima que fosse de La Push. Mas não podíamos contar que ele fosse seguir essa regra. Eu tinha a certeza de que ele estava nos fazendo de otários e a essa hora deveria estar rindo às nossas custas.

POV Desconhecido/

Voltei para a gruta e encontrei Leslie da mesma forma em que a deixei. Aquela garota estava me enervando. Mas eu não poderia me desfazer dela, não agora em que seus poderes estavam sendo mais úteis do que nunca e eu estava conseguindo confundir os lobos.

Em algum momento eles estariam desestabilizados e eu poderia destruí-los, juntamente com os últimos descendentes de Hiberni. Só então eu me daria por satisfeito.

Fim POV/