A Viajante Dos Mangás

Cap. 35 Especial: Minha não tão doce Haruka


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Eu estava com 13 anos quando minha mãe conheceu o Hiroshi, e um ano depois eles noivaram, e isso só aconteceu, pois eu disse a minha mãe que ela deveria se casar com ele, naquela época eu já era maduro o suficiente para entender que não se volta atrás com um divorcio.

– Taka-kun – Chamou minha mãe no dia do jantar de seu noivado – Essa aqui é a Haru-chan, filha do Hiroshi – Comentou empurrando a menina de 10 anos para cima de mim – Seja um mocinho e cuide dela durante o jantar – Completou sorrindo.

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A garota deu um sorriso tão doce e inocente que naquela hora eu tive certeza, minha vida não será nada fácil.

[...]

– Takahiro – Gritava Haruka parada na porta do meu quarto, era assim todas as manhãs – Heey! Takahiro acorde – Continuava a gritar.

– Vá embora Haruka, eu quero dormir – Murmurei com a voz rouca ainda embargada no sono me virei para o outro lado e cobri meu rosto com o cobertor.

– Qual é! – Resmungou derrotada, pude ouvir seus passos se aproximarem da minha cama e então ela começou a me chacoalhar – Taka-kun! Vamos levante você prometeu que sempre faríamos as refeições juntos – Continuou a resmungar fazendo drama, quando percebeu que eu não acordaria ela pulou em cima de mim.

– Haruka saída de cima de mim! – Murmurei tentando inutilmente continuar a dormir, meu sono foi interrompido subitamente quando notei que aquilo havia acontecido...

– Taka-kun... – Murmurou Haruka – Você está excitado? – Completou, na mesma hora pude sentir meu rosto ruborizar empurrei Haruka da cama e corri para o banheiro, na verdade era uma ducha gelada que eu estava desesperadamente procurando.

Este tipo de coisa estava começando a me irritar, acontecia com frequência, na verdade piorou quando a Haruka decidiu trocar as famosas camisas largas e pesadas de dormir por um pijama de seda que ela havia ganhado da minha mãe, o meu corpo então reage a essa mudança, e eu tenho que tomar banhos gelados de manhã cedo e isso já passou dos limites. Porque minha mão deu um pijama de seda tão provocativo para uma garota de apenas 16 anos? Ela tem problemas.

– Ah que demora para sair do chuveiro, estava se aliviando é? – Falou Haruka assim que ouviu o som da porta sendo aberta, eu mal havia chegado à cozinha e ela já estava reclamando.

– Não é da sua conta o que eu fiz no chuveiro – Rebati, e ela estava certa no final eu realmente me aliviei porque o chuveiro gelado não ajudou em muito – E Haruka – Comecei um pouco sério – Você deveria parar de me esperar para fazer as refeições, até porque eu pretendo me mudar daqui a alguns meses – Completei, a reação dela foi a mesma desde que eu disse a todos que pretendia me mudar, Haruka foi a única que não gostou da ideia.

– Eu já te disse você não irá – Falou colocando as xícaras no lugar – Eu não deixarei Takahiro – Completou totalmente focada, mesmo sua expressão sendo a de total irritação.

– Você precisa aceitar logo, eu tenho 20 anos, é normal eu querer sair da casa de meus pais com essa idade, em breve você também irá fazer isso, então se acostume – Comentei sentando-me a mesa e me servindo de uma fatia de torrada.

– Eu não vou me acostumar – Falou já com o tom de voz alterado – Quando eu fizer 18 anos e puder sair de casa aí sim você pode se mudar, porque eu vou poder ir com você – Completou me fazendo soltar uma risada.

– Tá certo Haruka, tudo bem. Vamos mudar de assunto por hora? – Falei ainda com vontade de rir.

Não é surpresa que com 15 anos eu tenha entendido que eu gostava da Haruka mais do que como irmã, e desde então eu sofro com o problema de conviver com a pessoa que amo sem nem poder ficar com ela, além do fato de que isso provavelmente é errado, já que fomos criados juntos. Também não é surpresa que eu gosto de ouvi lá dizendo coisas como “viver juntos” ou “não quero que você vá” porque isso me soa como um romance, mesmo que proibido.

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– No que está pensando para estar com esse sorriso maligno no rosto – Perguntei notando o sorriso assustador em seus lábios, Haruka as vezes viaja pro mundo dos mangás e isso é assustador de certa forma.

– Estamos parecendo o Ran e Ichigo de Ichigo Jinkan* – Falou dando um sorriso desconcertante.

– Ichigo Jinkan? Explique-se – Comentei olhando fixamente para ela.

– Ah, é sobre uma menina que vai morar com rapaz para poder estudar na escola e tals, é um mangá shoujo – Comentou não dando atenção enquanto devorava mais um pacote de Ana Maria.

– Shoujo? O que te fez ler shoujo Haruka? – Perguntei curioso, estilo shoujo não é o favorito da Haruka, ela gosta de sainen, horror, e ecchi ela também lê uns hentais quando dá vontade. Ela tem um gosto masculino quando assunto é mangás.

– Eu queria ler algo diferente, aqueles ecchis são deprimentes às vezes – Comentou fazendo biquinho.

– Deprimentes?

– É, sabe as meninas sempre tem seios enormes, enquanto eu quase nem os tenho – Falou enquanto apertava os seios, tive de me controlar e pensar em qualquer coisa para não ficar excitado novamente – Takahiro, você prefere mulheres peitudas? Ou as com o bumbum grande e empinado é melhor? – Perguntou me fazendo engasgar com o café.

– O Que? Porque da pergunta? – Falei constrangido, a Haruka sempre faz perguntas desnecessárias que me deixam sem graça ou em saia justa, com essa, se eu responder a primeira é capaz dela ficar zangada já que acabou de dizer que não tem seios fartos, se responder a segunda vai dizer que sou pervertido que só pensa em sexo anal. E sim ela é capaz de dizer algo assim.

– Esqueça, não importa – Falou se levantando – E sabe, o Ran e a Ichigo se casam no final do mangá – Comentou dando uma piscada e então saindo em direção ao banheiro, por alguma razão eu congelei e devo ter ficado corado, minhas bochechas ficaram quentes de repente. Ela faz de propósito, só para me irritar.

Horas depois...

– Takahiro! Preciso da sua opinião vem aqui – Gritava Haruka do quarto, já passava das duas e nós dois não tínhamos nada pra fazer em pleno sábado, então eu estava vendo televisão e ela deveria estar vendo anime no quarto, deveria.

– O que foi? – Falei me arrastando para o quarto dela. Eu tive de segurar a respiração quando abri a porta, ela estava de calcinha rendada e um sutiã branco, olhando fixamente para duas roupas que deve ser o motivo do problema dela.

– Qual desses dois looks ficariam melhor em mim? – Perguntou descontraída, nem notando que eu me esforçava para não perder o controle.

– Hm... - Eu olhei as roupas atentamente sem me aproximar, ficando parado na porta – A primeira, mas você vai aonde? – Perguntei curioso.

– Quer dizer nós vamos ao centro – Falou dando ênfase no nós.

– Não mesmo, eu recuso. – Falei já saindo do quarto, ela então me seguiu ainda de lingerie.

– Vamos, é pra dar uma volta se divertir. – Falou chorosa.

– Não, obrigado eu passo – Continuei negando. Ela deu uma rápida corrida e parou em minha frente bloqueando o caminho para a sala.

– Você vai sim! – Falou decidida.

– Não, eu não vou senhorita Haruka! E está decidido – Rebati, ela se aproximou colando os nossos corpos.

– Taka-kun? – Disse com uma voz sensual me fazendo engolir seco fingir não estar vendo nada – Você poderia ser gentil com essa pobre moça e acompanha lá até o centro? – Continuou ainda utilizando aquela voz sensual.

– Haruka, não estamos nos seus mangás hentais, esse tipo de artimanha não funciona – Falei desviando o olhar para não fixa-los nos seios dela.

– Droga – Murmurou – E mesmo que funcionasse, em você não surge efeito – Comentou cruzando os braços emburrada.

– Como?

– Você é o Taka-certinho-kun, nunca faz nada que não seja certo, incesto então... Você nunca me “atacaria” mesmo que eu provocasse – Murmurou aquilo por alguma razão me deixou irritado, ela pegou em um ponto fraco meu o de desafiar, eu não gosto que duvidem de mim, ou do que eu faço ou não, aquilo teria volta.

– Sério? – Falei dando um sorriso diabólico enquanto segurava seu queixo firmemente, cheguei próximo ao seu ouvido – Não duvide do que sou capaz – Murmurei nele, ela ficou paralisada e pude notar que estava arrepiada, eu a empurrei para a parede e ela não reagiu me aproximei o suficiente para sentir sua respiração e seu hálito – Não provoque um homem Haruka – Falei me aproximando mais e então me afastei, não sei como ela reagiria se continuasse, e isso ainda é errado, até que continuemos no mesmo teto é errado.

Ela ainda estava em choque, e eu fiquei com pena.

– Vá se arrumar nós vamos para o centro – Falei então ela sorriu alegremente e correu para se vestir, enquanto eu... Bem eu deveria resolver um pequeno problema que surgiu com aquela brincadeira.