Cap. 34 Muito, muito á frente.

Cheguei à sala e por poucos minutos eu cheguei antes do sensei, o que me fez suspirar de alivio, mesmo eu estando totalmente acabada, com cara de zumbi e com o uniforme amarrotado. Mas tudo bem é claro eu vou cumprir o meu dever como aluna temporária nesse colégio para ídolos. Até agora tudo está indo bem, eu escrevi a minha música e cheguei a tempo na sala, e agora nesse exato momento eu recebo um bilhete do Syo-kun

“Ganbate Kudasai!”

Mesmo estando escrito apenas boa sorte, eu fiquei muito feliz por ele ter mandando algo assim para mim. Eu olhei para ele e silabei um “arigatou” que ele entendeu me dando um sorriso de resposta.

– Certo pessoal, vamos começar com as apresentações – Disse o Ryuuya-sensei fazendo minha atenção se direcionar a ele.

– O primeiro é o Jinguuji Ren – Continuou, olhei para os lados e constatei que o Ren não estava na sala. – Ren? Onde está o Ren? – Falou o professor já irritado, sim ele se irrita com facilidade.

– Ele não veio sensei – Pronunciou uma menina que como resposta recebeu os olhares assassinos do professor deixando a mesma constrangida.

– Pois bem se ele quer reprovar ou ser expulso que seja – Respondeu irritado – A próxima é a Nakamura Nana – Completou fazendo toda a sala se virar para mim, eu levantei e peguei minhas partituras comecei a andar em direção ao piano que ficava no fundo da sala, o caminho não era longo mas foi o suficiente para eu começar a me tremer e ficar enjoada. Assim que sentei no banquinho do piano organizei as partituras quando terminei dei um longo suspiro para acalmar meu coração que na altura do campeonato não sei como não pulou pra fora. E finalmente eu comecei a tocar e cantar.

Tooi, tooi waraenai hanashi.

(Muito, muito à frente, teremos uma triste conversa)

Itsuka, boku ga inaku natta nara

(Algum dia, se eu tiver ido embora)

Fukai, fukai mori ni ochita

(Tendo caído em uma floresta muito profunda,)

Kimi wa hitori de yukunda ze

(Você deve ir sozinho lá)

A cada verso que eu cantava vinha na minha cabeça toda a conversa que eu tive com a Amaya e desejo de entender tudo, e o medo que vinha com o esse desejo.

Sono mama futari ayunde, hitori

(Como estamos, iremos andar sozinhos)

Uso tsuku koe mo mou taedae ni.

(Mesmo a voz cheia de mentiras já é fraca)

Utsumuki futari kage ga hitotsu

(Olhando para baixo, nossas sombras se tornaram só uma)

Boku mo hitori de yukunda ze?

(Também devo ir sozinha lá?)

Havia também os pensamentos voltados a o Dan, na verdade depois de toda essa confusão são esses o que prevalecem na minha cabeça. Por alguma razão, que eu ainda não entendo.

Kimi wa awai koi ni ochita.

(Me apaixonei levemente por você)

Takai takai gake ni saku hana.

(Como flores que desabrocham em um penhasco muito alto.)

"todokanai naa." wakatteru kuse ni.

("Eu não posso alcançá-la", embora eu já soubesse).

Kondo wa hitori de yukunda ze.

(Dessa vez, eu devo ir sozinha lá)

Assim que eu terminei demorou uns dois minutos para que sala tivesse qualquer reação, porém a resposta foi positiva. Eles aplaudiram muitos se encontravam emocionados para meu alivio é claro. [n/a link da música completa]

– Obrigado Nakamura, pode se sentar – Pronunciou o sensei – Sua vez Kurusu Syo – Completou.

– Que maldade me fazer cantar depois dessa música tão perfeita que a Nana compôs – Disse Syo fazendo todos rirem, ele foi até o começo da sala e cantou uma música que ele intitulou Changing Our Song* uma música bastante agitada e que era a cara dele. Todos adoraram, e assim foi até o final da aula, depois da aula assustadora eu fui junto ao Syo encontrar com o resto do pessoal.

Nós dois estávamos caminhando calmamente em direção á biblioteca onde nos encontraríamos com o pessoal quando demos de cara com o Ryuuya-sensei e o Ren.

– Se você continuar a vagabundear você vai ser reprovado Ren! – Gritava visivelmente irritado o sensei, Ren deu de ombros e virou as costas – Escute! – Gritou mais uma vez fazendo Ren parar onde estava – Você tem até o final de tarde para me entregar a música se não serei obrigado a expulsar você! – Completou

Eu e o Syo nos entreolhamos e na mesma hora entendemos o que o outro pensava.

“Deveríamos falar com o pessoal”

Nós dois fomos o mais rápido que conseguimos até a biblioteca onde estava o Natsuki, Ittoki, o carinha do cabelo desconectado azul marinho a Tomo-chan e a Haruka.

– ~Syooooo-kuuuuuuun!~ - Pronunciou Natsuki saindo de onde estava com uma velocidade assustadora e agarrando o Syo deixando o pobre coitado quase sem ar.

– Me solta Natsuki! – Resmungou Syo tentando se soltar sem sucesso.

– Ah Nana-chan! – Disse Natsuki percebendo que eu estava ali, sim ele só percebeu agora que eu estava do lado do Syo – Vocês dois... – Murmurou pensativo soltando o Syo – Tem andado muito juntos... – Continuou falando sozinho – Vocês por acaso estão sabe... Juntos? – Completou aproximando o seu rosto do meu, me dando a visão perfeita de seus incríveis olhos verdes esmeraldas me fazendo lembrar-se de seu alterego Satsuki... Ele estava com seus orbes esmeraldas arregalados quase sem piscar esperando a minha resposta, quando voltei a si percebi que estava ruborizada.

– Nãão – Falei quase que em sussurro gesticulando a cabeça e as mãos negativamente, assim que dei a resposta Natsuki pareceu ficar aliviado.

– Fico feliz! Ele é o meu Syo-kun! – Disse agarrando Syo mais uma vez, eu sorri sem jeito por ele ter pensado uma coisas daquele e por ele ter respondido aquilo, daquela forma, parecia estar se certificando que eu não gostava do Syo.

– Me solte Natsuki tenho uma coisa importante para dizer – Resmungou Syo sendo solto logo em seguida – Nós dois vimos o Ryuuya-sensei brigando com o Jinguuji Ren – Completou Syo fazendo todos mudarem a expressão.

– É verdade – Era a minha vez de falar – O sensei estava brigando por conta que o Jinguuji-san não fez a música e estava vagabundeando pelo colégio – Completei.

Não deu outra depois da conversa Haruka decidiu ir atrás de Ren e então acabamos indo todos juntos. E agora estamos aqui procurando pedaços de papel da música do Ren, que ele rasgou e se espalharam pela escola, nós só achamos algumas partes e o logo o tempo se esgotará.

– Droga – Murmurei sentando-me em um banquinho afastada do pessoal, dei um longo suspiro exausta e fitei o céu, na altura do campeonato minha mente estava a mil, era tantos pensamentos que eu não conseguia entender.

– No que está pensando Nana? – Cortou Happy que apareceu atrás de mim.

– Na verdade, nem eu mesma sei – Falei quase sem sentimentos na voz.

– Entendi, e aí preciso das minhas respostas – Comentou Happy sentando ao meu lado – Então?...

– Ah certo, bom meu personagem preferido é o Syo eu tenho certeza – Murmurei ainda fitando o céu.

– Tá, mas o que mais gosta nesse anime? Sério que não pensou em nada? – Comentou Happy.

– Não... – Falei – Na verdade eu não tenho ideia do que eu mais gosto nesse anime – Completei dessa vez olhando o Happy mostrando uma feição engraçada, ele estava sério.

– Nana! – Resmungou o mesmo – Pense um pouco vai! Você deve ter no mínimo uma ideia! – Completou um pouco alterado.

– Hai hai Happy-sensei – Brinquei, tentei forçar alguma ideia boa mas nada saiu – Ah se for pra dizer o que mais gosto nesse anime, deve ser a força de vontade que a Haruka tem, os meninos do Utapri o carisma da Tomo-chan, as músicas... Ah acho que só – Falei ignorando totalmente o que havia dito.

– Nana – Começou o Happy sério, não um sério engraçadocomo antes, um sério assustador me fazendo estremecer – Você realmente não se lembrava de nada desse anime? – Completou.

– Não o suficiente, eu só sabia quem era o grupo Starish e o Cecil Aijima que aparecerá como um gato preto – Respondi.

– Nana... A resposta está certa... Eu vou te levar agora – Falou Happy com sua expressão assustadora.

– N-n-ani! – Falei, mas não deu tempo de contestar tudo ficou branco anunciando o fim da viagem por Uta No Prince-sama.