CAPÍTULO 040

OÁSIS DE KINGETEMON

O oásis de KingEtemon é onde fica localizado a base central desse lorde das trevas. Um lugar paradisíaco com muitos coqueiros, sombra fresca, campo verde e um pequeno lago. Possui também uma grande pirâmide idêntica a de Gizé. Esta pirâmide é que é a base do lorde rei. Ele chegou com sua tropa de digimons dinossauros e foi logo para a área de controle onde ficavam cinco Gazimons trabalhando. Eles ficavam sentados e nas suas frentes alguns monitores com radares e mapas de toda a região.

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— E aí, acharam os pirralhos? — perguntou o mestre

— Não, mestre, foi muito esquisito. Há uma hora eles estavam nas ruínas, mas parece que sumiram do mapa sem mais nem menos — disse o Gazimon

— Como assim sumiram? A incompetência já chegou aqui em vocês? Estou ferrado com um monte de inúteis ao meu redor. Agora é o seguinte, deixa eu raciocinar aqui bem direitinho. Se eles fugiram, se esconderam em algum lugar. Se se esconderam, alguém os levou. Então esse alguém deve ser o Mummymon. Aquela múmia decrépita e seu amiguinho sempre tentando passar por cima de mim. Nunca me enfrentaram em campo aberto. Onde já se viu, aqueles dois me pagam, ainda acabo com a raça deles — disse o digimau bastante mal humorado.

— Mestre, uma última informação. O general Vademon mandou avisá-lo que os escravos chegarão amanhã pela manhã e que precisa do senhor lá — disse o Gazimon.

— Mandou! Precisa de mim? Que é isso agora? To sem moral nessa porra agora. O Vademon é quem manda? Quem é que é o chefe agora? Olha, eu to perdendo a paciência com vocês todos. Preciso renovar meus subordinados e pra isso oh, em três tempos consigo novos empregados. Mandar, mandar uma ova, no máximo ele pede — disse o rei mais irritado ainda.

— Nossa que cara chato... — disse um Gazimon bem baixinho, mas não o suficiente para o mestre não ouvir.

— O que? Repete!!!!

— N-não m-mestre p-por favor...

— Tarde demais eu ouvi tudo que você disse. Você me conhece pra falar de mim assim? — KingEtemon pegou o pobre Gazimon pelo pescoço e começou a estrangulá-lo ali mesmo. Apertou tanto que o coitado quebrou o pescoço e morreu — Ah que maravilha, quebrou o pescoço, adoro esse barulhinho peculiar de osso quebrando. Olhem a cabeça dele mole pra lá e pra cá, pra lá e pra cá, pra lá e pra cá hahahahahahahahahaha Ahhh virou dados. A questão é a seguinte, alguém mais vai falar mal de mim?

— NÃO MESTRE!!! — disseram em uníssono.

— Ótimo. Ah, amanhã eu quero os digiescolhidos rastreados. Se eu voltar da mina e saber que fracassaram, serão quatro pescoços quebrados. Olha, eu sou um assassino nato. Mato por diversão, se quiserem me testar é só fracassarem. VÃO FRACASSAR?

— Não mestre! — disseram em uníssono

— Excelente. Hoje não terá a ração de vocês, porque me dão muitas despesas. Vão trabalhar com fome assim mesmo — o perverso saiu e foi para os seus aposentos enquanto os coitados dos Gazimons trabalhavam em jejum.

...

Paulo e os outros foram salvos pelo Mummymon esquisito. Apesar de sua aparência esquisita, ele era um digimon bom, apesar de ser vírus. O digimon múmia começou a contar sobre o seu envolvimento nada amigável com o rei do deserto.

DIGIMON: MUMMYMON

ATRIBUTO: VÍRUS

NÍVEL: PERFEITO

NPD: 31 MIL PD

UMA MÚMIA QUE LUTA COM JUSTIÇA CONTRA O REGIME OPRESSOR DO REI ETEMON. SUA ARMA É A METRALHADORA, MAS PODE USAR AS BANDAGENS DO CORPO COMO ARMAS.

— Eu sou um digimon que está lutando contra o KingEtemon faz muito tempo. Eu e meu amigo conseguimos lutar com seus capangas, mas contra ele... impossível. Lutamos pela liberdade dos escravos que trabalham com ele. Há anos ele tem domínio sobre todo o deserto. Nunca conseguirei vencê-lo — disse o digimon.

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— Escuta, Mummymon, vamos achar um jeito de destruirmos ele e conseguir salvar os cativos. Precisamos criar um plano de como salvar os prisioneiros, não é pessoal? — disse Paulo.

— Eu concordo com você, Paulo. Acharemos uma saída pra acabar com o KingEtemon — disse Mia.

— Mummymon, o KingEtemon é tão perigoso e poderoso assim? — perguntou Ruan.

— Tanto que nem imaginam. Escuta, ele é sádico, cruel, impiedoso, mata por prazer. Ele mata porque gosta de matar, aquilo é a ruindade em forma de digimon. Nem mesmo alguns digimaus são tão ruins quanto ele — disse o digimon.

— Assim, sem me intrometer muito na sua vida, mas qual é a sua relação com o KingEtemon? Percebi que você praticamente odeia ele — perguntou Rose.

— Há algum tempo eu era casado com uma digimon chamada Aruchenimon. Como temos a capacidade de ficar na forma humana, não chamávamos tanta atenção assim. Vivíamos num vilarejo próximo a esse deserto, que nem existe mais. Daí um dia KingEtemon apareceu na nossa casa e me ofereceu a chance de uma vida melhor, pra todos na vila. Como éramos ingênuos, também não sabíamos de nada, aceitamos. No caso eu aceitei na ilusão de algo melhor. Comecei a trabalhar pra ele, servia como seu capanga. Prendia, fazia coisas absurdas com os digimons inocentes e me arrependo até hoje. Daí uma vez escutei ele conversar com o Vademon que ia escravizar todos naquele vilarejo inclusive Aruchenimon. Portanto, eu havia pedido demissão na hora, mas não dava. Ele não aceitava e mandou que me matassem. Fugi, mas voltei pra vila... Aruchenimon não estava em casa. Um mensageiro do desgraçado me disse que era pra eu voltar para a pirâmide dele que encontraria ela, até que... a encontrei na sua forma de digimon na frente da pirâmide com o imperador. Ele apontou uma espada próxima ao pescoço dela dizendo para eu voltar para o seu exército senão a mataria ali mesmo. Eu disse " eu volto, mas a deixe em paz", no entanto ele disse "que pena nunca dou uma segunda chance" e enfiou a lâmina no peito dela e morreu na minha frente. Fiquei desesperado e comecei a lutar com seus capangas que estavam ao redor, mas não consegui triscar sequer no maldito. Foi aí que ele me atacou me deixando gravemente ferido e quando ia me matar, um amigo me salvou. Gladimon. Eu sei que é estranho um digimon vírus e um vacina serem amigos, mas realmente nos tornamos amigos e até hoje fazemos parte dos digimons que querem destronar KingEtemon. E até hoje eu sonho com o dia em que verei o imperador ser derrotado. É o meu sonho, mas está muito difícil de acontecer — explicou o digimon com lágrimas no único olho.

— Nossa, que história mais triste — disse Rose chorando.

— Nós vingaremos a morte de todos que morreram nas mãos desse tirano — disse Paulo decidido.

— Que bom, pelo menos somos muitos agora — disse Gladimon que acabava de chegar. — Mummymon, descobri algo que não vai acreditar. Mais escravos virão para a mina de Crome-digizóide do imperador.

— Tem certeza? — perguntou Mummymon.

— Claro. Descobri que são Gekomons igual a esse aí. Amanhã bem cedo eles passarão pelas minas — disse o guerreiro.

— São a minha família!!! Eles foram levados pelas tropas de KingEtemon — disse o Gekomon.

— Uma coisa é certa. O KingEtemon vai se ausentar da pirâmide amanhã bem cedo. Talvez se formos lá primeiro — disse Jin.

— No que está pensando Jin? — perguntou Paulo.

— Nada por enquanto. Mas quando tiver certeza, eu direi a vocês. — disse o nerd.

— Bom eu ficarei de guarda lá fora. Se precisarem de alguma coisa pra comerem têm algumas frutas logo ali naquela outra parte da caverna. E água, tem um poço artesanal aqui em fora. Apesar de ser deserto, aqui no subterrâneo passa água em abundância — disse Gladimon.

...

Márcia foi se deitar num dos quartos — se podemos chamar assim, pois o cômodo era apenas uma outra parte da caverna mobiliada com uma cama e um guarda-roupa, além de um mini banheiro com chuveiro mini mesmo, pois era apertado. A mulher ficou impressionada com o digimon que falara a pouco. Nem acreditava que fez amizade com um digimon. Depois dormiu.

Dynasmon ainda continuava sentado no chão se recuperando dos ferimentos, mas logo decidiu se levantar e ir diretamente para o quarto. O guerreiro passou com muita dificuldade na entrada do seu quarto e caiu de bruços na cama quebrando-a.

"Não acredito. Me esqueci que estava na forma de digimon. Amanhã vai dar pra ficar normal".

...

KingEtemon acordou bem cedinho e foi se aprontar para ir à mina.

— Ahhh que sono, mas é necessário que eu vá — disse o macaco. Ele comia algumas bananas enquanto se aprontava para ir.

— Mestre, o Mammothmon está pronto — avisou um Gaomon que trabalhava para ele.

— Obrigado, Gaomon. De todos os meus subordinados, você é o mais competente — e saiu com seu Mammothmon e seus DarkTyrannomons.

— O puxa saco sempre puxando o saco do mestre — disse um Gazimon.

— Cara que inveja é essa? Somos da mesma espécie, mas no meu caso eu sou mais bonito. Faço apenas o que o mestre manda, por isso sobrevivi até hoje — disse o digimon boxeador.

...

Márcia dormia feito um anjinho e nem se deu conta que um homem a acordava. Era Ray tentando acorda-la dando uns tapinhas nas costas dela.

— Moça, ei moça. Acorde, preciso de uma coisa — ele estava bem melhor do que antes e a acordava na tentativa de pedi-la mais analgésicos.

— Não, pai. Deixa eu dormir mais — disse ainda com os olhos fechados.

— Preciso que me ajude com algo — disse ele.

— É você, cavaleiro — ela abriu os olhos e viu a cara do homem bem perto do dela — AHHHHH QUEM É VOCÊ?!!!

— Calma, eu sou o mesmo que você ajudou. Na verdade sou um humano que tem a capacidade de virar um digimon — explicou o homem.

— Olha, eu não consigo mais entender os digimons. Cada dia que se passa essa história de digimons e digimundo me surpreende. Mas agora eu quero uma explicação ... — ao perceber que o homem estava SOMENTE de calção na sua frente, começou a passar mal. — Ai meu Deus!!

— Ei, oi, está bem? Ei eu ia pedir mais uns daqueles comprimidos para dor. Sabe, eu melhorei muito das dores e foi graças ao seu remédio. Posso pegar? Onde está?

— Que... que remédio?... — ela não parava de olhar para o corpo malhado dele e também para o rosto dele — Ah o remédio... está na minha... sacola logo ali... pegue o que quiser. Leve tudo se quiser.

— Aqui na sacola? Bom, tem vários remédios... Achei — ele ficou também nervoso, pois nunca mais viu uma mulher tão linda na vida — Pronto, achei. Ainda está doendo, mas melhorei muito. Muito obrigado por tudo ontem, ah se quiser tomar um banho tem um chuveiro logo aí. Sai água do subterrâneo. Er... já vou indo para o meu quarto, se precisar de algo me chame, ok?

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— S-sim — engoliu em seco — e-eu o chamo — ela ficou olhando até ele sair, parece que ficou hipnotizada só com o simples fato de ver um homem sarado só de calção, essas mulheres de hoje se impressionam por pouca coisa. — Jesus Cristo, será que aguento uma barra dessa? Acho que meu coração vai saltar pela boca. Que perfeição é essa?

Ray também ficou um tanto impressionado com a beleza de Márcia e começou a corar. Ele, diferentemente dela, consegue se disfarçar melhor. Sentou-se na cama ainda com o braço esquerdo na tipoia feita de gaze, tomou o remédio e ficou pensando.

"Caramba, agora eu pude perceber que ela era muito bonita. Que olhos são aqueles? Mas não posso me envolver sério novamente com uma mulher, todas são iguais, enganadoras, traidoras. Mas... ela é muito linda."

...

KingEtemon chegou à sua mina de Chrome-digizoide. A mina era uma caverna subterrânea. Sua entrada uma caverna normal, mas ao passo que vai indo mais além, no fundo, chega até as profundezas . O subterrâneo era cheio de estalactites e o ar era rarefeito. Os pobres escravos trabalhavam nesse sufoco todo. Como havia dito, a entrada era uma caverna. Ao lado tinha uma torre de comando em que Vademon administrava tudo.

— Ai que nojo desses escravos, fico me coçando com essa imundície. Mas por que eles ainda estão aqui em fora? Ei você — disse KingEtemon.

— Sim mestre — disse um Cockatrimon capataz.

— Por que esses escravos ainda estão do lado de fora? Por que não estão trabalhando?

— Mestre, ainda é cedo. Agora que eles saíram das celas — disse o pássaro.

— Ah bom. Pode fazer o seu trabalho também, vá — ele foi para o topo da torre voando.

— Mestre KingEtemon, que bom que apareceu. Aquele carregamento de Gekomons virá daqui a pouco. Serão os novos escravos, cerca de vinte deles — disse o digimon Vademon.

— Será uma boa ajuda para essa mina...

— Não, mestre. O problema é que esta mina não vai lhe dar mais lucro.

— Vademon explique-se de uma vez.

— Mestre KingEtemon, é simples. A mina não ta dando mais Crome-digizoide bruto como antes. Se encontrarmos uma pepita minúscula será pura sorte. E o pior é que esses digimons não estão produzindo mais o que presta.

— Que má notícia. Então preciso comprar outra mina do KingChessmon. Se for pra bancar meu luxo, comprarei. Ah eu também acho que esses escravos não prestam mais. Eles precisam ser destruídos de uma vez por todas.

— O mestre pensa em matá-los com as próprias mãos?

— Não, Vademon, eu não tenho tempo. Preciso encontrar os pirralhos e seus digimons... faça o seguinte, daqui a pouco coloquem os escravos nas celas e peguem as bombas de TNT e ponham-nas nas celas. Quando elas explodirem, todos morrerão de uma só vez. Ai preciso bancar as minhas riquezas e estes digimons já não prestam mais.

As crianças acordaram cedo ainda e começaram a planejar algo para salvar os prisioneiros das garras de KingEtemon.

— Pessoal eu achei um jeito de driblar o inimigo — disse Jin sempre junto de seu tablet. — É muito provável que existam sensores no deserto, por isso eles sabem a nossa localização. Tenho quase certeza de que o centro do comando deles fica na pirâmide. Se eu instalar um programa no sistema deles será muito fácil enganá-lo. Vai dar uma falsa localização de nós. Precisamos ir para a pirâmide primeiro, pois com certeza KingEtemon foi para essa mina dele.

— Você é um gênio, Jin. Então a nossa missão principal é salvar os cativos e destruir completamente o KingEtemon — disse Paulo.

Continua...