Corri até a minha lança e percebi que ela se levantava, logo em seguida correndo em minha direção. Como uma forma de atrasá-la me virei e arremessei uma pedra em sua direção, ela levanta a sua mão em forma de defesa, mas a pedra era pesada e se chocou violentamente contra sua palma, quebrando ou deslocando alguns dedos. Ela gritou. Finalmente consegui alcançar minha lança, soltei em voz alta:

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- Vamos belezinha! Ajude-me, você é a minha salvação – em seguida voltei minha atenção para Rachel.


Ela corria até a mim, de alguma forma havia conseguido recuperar uma de suas facas. Concentrei-me no ataque, reunindo todas as forças que felizmente, ainda teimavam em me abandonar.Fulminei-a com os olhos. Ela arremessou a faca, e eu lancei a lança. Ambos ao mesmo tempo. Dei um passo para trás por causa da força do lançamento, ela continuava correndo em minha direção.

A lança passou zumbindo pelos seus ouvidos. Ela soltou uma gargalhada mortífera e lançou a faca. As minhas costelas doeram, tentei me deitar no ar para escapar da morte, mas a faca cravou em minha garganta. Cai estatelado no chão, com o liquido rubro e viscoso tomando conta da minha jaqueta, e camiseta. Minha visão ficou turva. Então escutei lá no fundo uma voz:


- É o seu fim filho de Zeus - Rachel disse isto - é claro.


Não pude escutar mais nenhum som. Fechei os olhos.


Tudo se passou como um filme em minha cabeça. A colheita, eu me oferecendo como tributo para poupar a vida de um garoto de 13 anos; lembrei de Audrey e seu sorriso, e a forma de como conseguia me deixar desejável; lembrei de Marília e suas loucuras, e também seu senso de humor inperceptível; lembrei de Karina, minha mentora impaciente, mas que apostou todas suas fichas em mim. Será que ela está desapontada comigo?, pensei.


Lembrei do desfile, a qual, não ligara muito; do treinamento, que eu tirara um 9. Tentei rir da minha irritação naquele dia; a entrevista, me destaquei sendo um dos melhores; o banho de sangue, as mortes. E meus aliados, deixei-os para trás. Espero que vençam. Nada, nada eu iria esquecer. Nem da minha meio-irmã, espero que ela vinge a minha morte.


- Obrigado Zeus - digo num sussuro.


E antes de aprofundar na súbita morte, eu escuto lá no fundo o som de um canhão. Eu havia morrido. E nada havia mudado.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.