You Could Stay

Mad Hatter


O chapeleiro foi embora para casa acompanhado por seus dois companheiros que foram dormir logo após o chapeleiro dizer que iria ficar bem. Ele foi para seu quarto e deitou em sua cama pensando em nada, absolutamente nada. Estava muito triste para pensar em alguma coisa, muito menos conseguir dormir. Ficou deitado olhando para o teto durante uma hora até que teve uma ideia. O oráculo estava apenas mostrando Alice sendo atacada pelo Jaguadarte; não mostrava o lugar, nem nada em volta. Ele se levantou da cama, os olhos enormes brilhando, e começou a procurar em seus armários e gavetas, tentando não acordar a lebre de março e mallymkun. Ficou revirando seu quarto por meia hora até que, embaixo de alguns objetos esquisitos dentro de um armário, ele pegou um pequenino frasco com um líquido preto dentro.

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– Sabia que você seria útil um dia. – disse para o frasco.

Aquele frasco fora um presente de quando o chapeleiro ainda era criança que a Rainha Branca deu a ele. Ela fez essa única poção, em pequena quantidade, porque ela seria capaz de ver além do oráculo; isso era um segredo entre ela e o chapeleiro, ninguém mais sabe da poção, mas a Rainha disse para o chapeleiro somente a usar em emergência, pois nunca mais ele teria uma igual. O poder do líquido preto fazia mostrar o que estava escondido no oráculo e o chapeleiro não achou hora melhor para usá-lo.

Mesmo sendo madrugada e estava escuro, chapeleiro não pensou duas vezes e foi correndo para o castelo branco, com o frasco na mão, pegar o oráculo com absolem. Ao chegar, foi direto para o jardim, onde havia fumaça e tinha certeza que absolem estaria lá com seu narguile.

– Chapeleiro. – disse ele bem lentamente.

– Absolem, preciso do oráculo.

– Só há um motivo para estar aqui esta hora. – ele solta fumaça em direção ao chapeleiro – Creio que o que está em sua mão será útil. – ele vira a cabeça para a direita, onde se encontra o oráculo.

– Obrigado! – o chapeleiro tira a fumaça de sua cara e vê o oráculo em cima de uma pedra.

Ele despeja todo conteúdo preto do frasco no oráculo, que começa a fazer algumas manchas pretas e começam a se curvar. Depois de alguns segundos, ele vê Alice, o jaguadarte e algumas formas em volta que não havia jeito de confundir. Uma espécie de floresta, só que tudo parecia ser em espiral, as árvores eram meia tortas e a ponta de cada grama fazia o formato espiral. Era a Floresta de Ladeon, ficava a leste do castelo. As criaturas que vivem lá não são ofensivas a não ser que você mexesse com a toca delas.

Assim que descobriu, chapeleiro entrou no castelo em direção ao quarto de Alice. Abriu a porta silenciosamente caso ela estivesse dormindo, mas não estava.