Eu Juro Que Odeio Ele

Você Não Está Sozinha!


Capítulo 10 - Você Não Está Sozinha!

Rose bufou. Não acreditava totalmente em Scorpius ainda. Em algum lugar na mente dela, ela pensava que ele era tão culpado quanto os outros, mas mesmo que ele fosse ela iria refrescar a mente dele para toda aquela idiotice. A parte ruim é que ela não queria lembrar que era tudo mentira, ela não saberia se tinha forças suficiente para contar tudo em uma voz firme. Por fim, ela se conteve e suspirou fundo.

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– No dia 01 de janeiro, depois de sair correndo da festa, eu esbarrei no Luke... – Rose começou.

Scorpius ia fazer um comentário, então Rose logo disse:

– Não interrompa, por favor! – Ela disse e ele assentiu.

“Continuando... Ele me ofereceu uma carona e eu aceitei. Claro que eu pedi desculpas para ele por ter o abandonado e ele riu. Ele riu! Como assim ele riu? Ai que tá, eu não sabia. Foi ai que eu perguntei qual a graça e ele até comentou que o matariam se ele dissesse e eu fiquei insistindo,insistindo até então foi ai que ele disse:”

Flashback On

– Lily falou comigo há algum tempo e bem, ela me perguntou se eu podia fazer um favor para ela. – Luke disse sem me olhar.

– Que favor? – Perguntei confusa e curiosa, mas sem olhar para a cara dele.

– Ela me pediu para fazer da sua vida mais parecida com a de uma adolescente normal. Ou foi isso que ela me falou. – Ele comentou rindo e dando de ombros.

– Anh, e em que você ajudaria a me tornar “uma adolescente normal”? – Perguntei fria e fazendo aspas quanto a menção de Lily.

– Entenda: eu recusei! Porque achei meio ridículo o que ela queria e tudo o mais. Então ela partiu para uma parte mais avançada: me ofereceu dinheiro. E bem, me desculpe! Não pude recusar, precisava daquele dinheiro para...

– Você não respondeu a minha pergunta – Falei grossa.

Ele suspirou fundo e disse:

– Ela pediu para eu dar em cima de você e tentar, como ela disse, fazer de sua vida mais parecida com a de uma adolescente.

– Disso eu já sei! E no que um cara idiota como você faria da minha vida mais normal? – Falei irônica e sai do carro assim que ele parou na frente da minha casa.

Flashback Off

Rose ainda contou a mini briga que teve ao chegar em casa e ao final da história, Scorpius ainda assimilava as ideias e Rose tentava manter a calma e tentar esquecer toda aquela idiotice.

– Isso não pode ser verdade! – Scorpius comentou olhando piedosamente para Rose.

– Isso é só o começo, Malfoy. Ela também influenciou Alice e ainda obrigou a Albus para não me contar. – Ela disse com os olhos marejados e a voz tremendo.

– Espera, Albus sabia? – Scorpius perguntou incrédulo.

– Sim, e eu descobri que era por conta dessa história que ele não falava mais com o Zabine. – Ela falou com a voz rouca e falhando.

Rose andava de um lado para o outro em frente ao carro, já nem mesmo se importava com o penhasco a sua frente e ela estava começando a desmoronar, mas tentava se manter forte, pois não queria nem um pouco se passar de fraca na frente de Scorpius.

– Então ele não teve culpa. – Scorpius concluiu confuso, enquanto passava uma das mãos pelos cabelos.

– Lógico que tem! – Ela exclamou com raiva. - Se ele fosse mesmo meu amigo teria denunciado essa baboseira ou então me influenciado a não cair na deles.

– Então é só por causa disso que você brigou com todos? – Ele perguntou e bufou.

– SÓ ISSO, MALFOY? – Ela parou de andar e gritou fazendo seu rosto ficar tão vermelho quanto seus cabelos. – Eu descobri que minha vida é uma mentira e você me pergunta se é só isso?

– E aliás, eu sou uma adolescente normal, tá bom? Lily que é uma louca! – Ela acrescentou e voltou a andar de um lado para o outro.

Sua tristeza parecia se transformar aos poucos em raiva e descontava tudo no chão pelo qual ficava indo e voltando. Scorpius imaginou um buraco se criar onde a ruiva andava.

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– Calma, Rose, você está se precipitando. – Ele disse fazendo um gesto com as mãos abertas como se pedisse calma.

– CALMA? PRECIPITANDO? VAI VER SE EU ESTOU NA ESQUINA, MALFOY! – Ela gritou jogando uma das mãos para o alto e se afastou de vez, não voltando dessa vez.

Scorpius não disse nada apenas se aproximou dela e conteve os braços e pernas irritados da garota com um abraço. Ela tentou se livrar dos braços deles e o empurrar para longe, mas o garoto ficou firme. Aliás ele era bem mais forte que ela. Então ela desitiu e o abraçou de volta, colocando a cabeça em seu peito e soltando as lágrimas, que ela tentava a muito tempo não deixar cair.

– Você pode acreditar em mim, tá ok? – Ele falou afagando os cabelos dela.

– Eu finalmente pensava que tinha amigos... – Ela disse engolindo o choro.

– Mas pelo menos agora você tem. – Ele disse e ela olhou incrédula para ele.

– O que foi? – Ele perguntou rindo da cara de espanto dela.

– Você me considera sua amiga? – Ela perguntou indignada. – E ninguém te pagou para isso? – Ela acrescentou e riu.

Ele riu junto com ela.

– Olha ai, você já está melhorando... Fez até piada da sua situação. – Ele comentou e ela assentiu.

– Pelo menos isso. – Ela falou em um tom mais triste e suspirou fundo voltando a encostar sua cabeça no peito dele.

– Você não está sozinha, Rose! – Ele sussurrou no ouvido dela e ela suspirou o abraçando mais forte.

Depois de um silêncio agradável, Scorpius comentou:

– Rose, eu acho que você vai ter que conversar com Lily e com os outros... – Ele disse relutante, pensando que ela ficaria com raiva dele.

– Ahn? Tá louco? Por quê? – Ela perguntou desgrudando dele novamente e o olhando.

– Precisa conversar com eles, saber os motivos deles, tentar entende-los para depois julgar o correto a se fazer. – Ele explicou e ela bufou irritada.

– Não, não vou mesmo! – Ela disse cruzando os braços embaixo dos peitos.

– Rose... eles são seus amigos acima de tudo. – Ele disse se aproximando devagar.

– Amigos não fazem isso que eles fizeram. – Ela disse o encarando com raiva.

– Sim, mas... – Ele tentou argumentar, mas ela o interrompeu.

– Espera só um segundo aê! – Ela exclamou apontando o indicador para cima e ele ergueu uma sobrancelha confuso. – Você não está mais falando com o Zabine também, por quê?

Scorpius pareceu entender o que ela queria dizer e não soube o que responder. Com a demora da resposta, Rose soltou uma risada irônica.

– Que ótimo!! Você também sabia, não é mesmo? – Ela disse voltando a ficar séria e exclamar com raiva.

– Não! Eu jurei para você, lembra? Jurei que não sabia. – Ele argumentou e ela negou com a cabeça fechando os olhos com força.

– Então me responda. – Ela disse em um tom mais calmo e o encarou profundamente.

Scorpius suspirou fundo e abaixou a cabeça.

– Eu nunca fui amigo dele, Rose! – Ele comentou agora a encarando e ela descruzou os braços.

– Como não? Eu posso ter sido antissocial antes, mas eu via você, o Albus e ele andando pelo colégio juntos. – Rose comentou fria.

– Eu andava com ele, porque Albus andava com ele. – Scorpius explicou e suspirou desviando o olhar de Rose e encarando a paisagem de Londres ao redor.

– E quer que eu acredite nisso? – Ela perguntou rindo ironicamente de novo.

– Se quer saber a verdade, vai ficar sabendo. – Ele falou irritado.

Rose engoliu em seco pela mudança repentina de humor do rapaz e assentiu.

– Ano retrasado eu tinha uma namorada, foi a minha primeira. E nós estávamos ótimos e tudo o mais. Só que no verão entre o ano retrasado e o passado ela me deu o fora e eu descobri mais tarde que foi para ficar com outro garoto que tinha chegado na cidade. E adivinha quem era esse garoto? – Ele falou irônico e soltou uma risadinha nervosa. – O pior foi que ele a traiu no primeiro mês e ela veio correndo até mim e eu apenas a ignorei.

– Você deveria ter raiva dessa vadia, não dele. – Rose interviu se aproximando de Scorpius aos poucos.

– Sim, mas enquanto ele estava com ela, ele me enchia todos os dias, dizendo que ela era maravilhosa e tal. A questão é: eu não tenho ódio pelo que ela fez comigo e sim porque ele não é uma boa pessoa na minha opinião. – Scorpius suspirou ao final da história e se sentou na grama, se encostando em seu carro.

Rose se sentou ao lado dele e apoiou a cabeça no ombro dele.

– Desculpa ter feito você falar sobre isso. – Ela comentou baixinho e ele assentiu a descorando de seu ombro e colocando seu braço por sobre os ombros dela para depois colocar a cabeça dela em seu peito.

– Tudo bem, mas... – Ele fez um suspense para depois concluir:

– Você vai ter que falar com os seus primos. – Ele disse e sorriu.

Ela negou com a cabeça, tentando afundar seu rosto mais ainda em seu peito, como se para se esconder da tarefa de falar com os primos, o que era isso que ela queria. Não saberia se tinha coragem de olhar para eles, muito menos para tentar falar com eles ou entendê-los.

– Por favor, Scorp... não... – Ela suplicou apertando a cintura dele no abraço.

– Sim, Rose, sim! – Ele disse rindo do drama da ruiva. – Vai ser bom para você e para eles.

– Não, não será. Vai ser muito pior! – Ela argumentou ainda tentando se esconder.

– Vamos lá, Rose, dê uma chance para eles. Eles erraram como qualquer outra pessoa... – Ele disse enquanto afagava o cabelo dela.

– Mas eu nunca vou esquecer... – Ela disse em uma voz tristonha.

– Eu não falei para você esquecer! – Ele disse com um sorriso no rosto.

Ela levantou a cabeça ficando de frente para ele.

– Como consegue ser tão calmo? – Ela perguntou virando a cabeça de lado e ele riu.

– Do mesmo modo que você consegue ser bipolar. – Ele comentou sorrindo de orelha a orelha.

Ela riu e se levantou tirando os pedaços de grama presas em seu corpo.

– E quanto a conversa com seus primos? – Scorpius insistiu com uma sobrancelha erguida.

– Vou pensar sobre isso... – Ela concluiu dando-se por vencida.

– A fim de um lanche? – Ele perguntou em um tom brincalhão e ela sorriu animada assentindo.

– Então vamos! – Ele comentou se levantando.

Os dois entraram novamente no carro e fizeram a viagem de volta agora mais animados e conversando.

– Pode passar na minha casa primeiro? – Ela perguntou quando estavam se aproximando do Rio Tâmisa.

– Claro, mas por quê? – Ele perguntou dobrando em uma rua que seria um atalho para a casa de Rose.

– Guardar as minhas coisas e talvez trocar de roupa. Estou horrível! – Ela falou estendendo os braços como se mostrasse o estado em que se encontrava.

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Como Rose havia saído sem ânimo algum de casa, ela havia colocado um blusão social branco e uma saia abaixo do joelho preta e seu cabelo, mesmo solto, estava descabelado e bagunçado.

– Você não está horrível, Rose! – Scorpius falou sincero.

– Han...han... Conta outra. Eu tô parecendo uma vovó. – Ela falou e desceu do carro quando o loiro parou em frente à sua casa. – Volto já!

– Ei, espera! – Ele chamou e ela abriu a porta novamente. – Vou passar em casa, me mande um sms quando estiver pronta.

– Ok! – Ela falou e sorriu fechando novamente a porta.

Rose entrou em casa e Scorpius saiu catando os pneus em direção à sua casa. Rose subiu correndo as escadas e adentrou seu quarto.

Em uma parte ela estava muito feliz. Mesmo com todo o rolo entre Scorpius (tanto o lance do ódio eterno quanto ao pequeno romance do ano anterior), ela sabia que, de um certo modo, eles eram amigos e Scorpius tinha sido um ótimo amigo naquele dia. Ela estaria em casa nesse momento, mas não se arrumando para ir lanchar e sim chorando o seu drama tão mesquinho e sujo. Ela achava que era um drama muito besta e desnecessário, mas o que a magoou mesmo ela foi ela pensar que não tinha amigos. Aliás, ela ainda estava chateada com aquela situação, mas com a conversa de Scorpius em que eles possam estar arrependidos, uma chama de esperança nasceu na garota, onde ela poderia ter seus amigos de volta. Ela só esperava que, no momento certo, seu orgulho não estragasse tudo.

Em outra parte estava bastante deprimida. Mesmo que a culpa não fosse realmente sua, ver o estado físico e mental de seus amigos/primos pela manhã, em que se assemelhavam a mortos vivos que nem mesmo sangue fresco se interessavam, foi terrível para ela e ela se sentiu muito culpada. E se tivesse deixado toda aquele drama de lado e apenas conversado com Lily ou pedisse para Zabine se afastar? Mas Rose não saberia como seria hoje, se Lily ainda estaria tentando manipular a vida dela e ela sendo a perfeita mocinha do filme americano da prima ou se ela e seus amigos poderiam viver uma vida, quem sabe, menos tumultuada e todos, em clicheres, pudessem viver felizes para sempre.

Mas uma coisa ela tinha certeza: A vida não é um conto de fadas, muito menos a dela. E a esperança maior dela é que a sua vida também não fosse um pesadelo (por mais que ela não acharia ruim acordar no final).

Ela tomou um banho rápido e colocou um vestido florido e algumas pulseiras. Prendeu o cabelo em um coque frouxo e vestiu uma sapatilha bege. Passou uma maquiagem básica - corretivo, pó e um brilho - e colocou o colar que Scorpius a tinha dado no natal.

Pegou seu celular e mandou uma mensagem para Scorpius:

“Estou pronta. =)”

Ela pegou uma bolsa pequena – só para o celular, chaves, documentos e dinheiro – e desceu as escadas para o hall. Pegou o seu casaco do cabide e o pendurou na bolsa. Se sentou no sofá para só depois perceber que não havia ninguém em casa. Se levantou relutante e foi até a cozinha atrás de algum sinal de vida por ali. Achou muito estranho, normalmente sua mãe só saia de casa de manhã, horário em que trabalhava. “Ah, talvez tenha ido ao shopping ou coisa do tipo” pensou Rose até ver um bilhete pregado na geladeira. Foi até ele e viu escrito em letras cursivas e belas o seguinte recado: “Se chegarem antes de mim, estou na casa de sua tia Gina. – Hermione Weasley, a mãe preocupada de vocês!”.

Rose riu com a assinatura e resolveu mandar um sms para a mãe não se preocupar dizendo que tinha visto o recado, mas já estava de saída e não sabia que horas iria voltar, mas prometeu não demorar. Assim que mandou a mensagem, o celular vibrou novamente e a telinha esclareceu com a notificação de uma nova mensagem de Scorpius dizendo que havia chegado.

Rose guardou o celular e saiu em direção ao lado de fora, onde Scorpius deveria estar a esperando. Fechou a porta e encontrou Scorpius escorado no carro a esperando. Ao ver a ruiva, Scorpius sorriu maroto e passou uma das mãos pelos cabelos loiros e arrupiantes.

A ruiva se encaminhou até ele.

– Ótima recompensa! – Ele comentou a olhando da cabeça aos pés fazendo ela corar e ele rir.

– Quem disse que eu não estava horrível? – Ela perguntou irônica e depois soltou uma risada.

– Eu! Aliás, você estava linda como sempre, só que agora está tentando me matar do coração! – Ele falou teatralmente e ela corou, mas riu logo depois.

– Isso não combina com você! – Ela comentou ainda rindo.

– Tem razão, clichês não são as minhas especialidades. – Ele disse e abriu a porta fazendo um sinal para que ela entrasse no carro.

Ao passar por Scorpius, a ruiva sentiu o cheiro do perfume dele, que era doce, mas intenso como todo perfume masculino. Ela se derreteu por dentro, aliás, o garoto além de perfumado estava muito bonito. Usava um moleton azul marinho sem capuz e com detalhes brancos, enquanto usava uma camisa branca por baixo, jeans surrado e o seu precioso Nike verde. Além disso tudo o seu rosto e seu cabelo molhado pareciam perfeitos para Rose. Na verdade, tudo nele parecia perfeito para ela.

Ela se sentou no banco do carona e ele fechou a porta dando a volta para entrar no banco do motorista. Ele ligou o carro e depois saiu em direção a um restaurante ali perto.

Era um restaurante simples – que em horários diferentes de almoço e janta, mais parecia uma lanchonete. – e era onde todos os que moravam naquele bairro (ou perto) iam para lá em ocasiões mais informais. Servia de quase tudo, desde o misto quente à comidas raras em Londres. A família Weasley e amigos é uma das tradicionais famílias que tem o grande hábito de fazer suas refeições lá, logo Rose e os primos tinham mania de comer lá.

Scorpius estacionou e os dois se encaminharam até o restaurante, onde pediram uma mesa para dois e logo foram atendidos por um garçom conhecido.

– Ah, olá senhorita Weasley e... Senhor Malfoy! – Lucas, o jovem garçom se aproximou dizendo e teve uma surpresa em encontrar o casal tão inesperado. – Onde estão os senhores Potters?

– Primeiramente, Lucas, já falei para não chamar a gente pelo sobrenome. Segundo: Olá Lucas! – Ela comentou alegre e ele riu acenando com a cabeça. – E terceiro, eu não faço a mínima ideia de onde eles estejam.

– Faltou o quarto! – Lucas interviu sorrindo malicioso.

– Que quarto? – Rose perguntou confusa, mesmo tendo uma ideia do que seja.

– Que surpresa é essa de ver o filho de Draco Malfoy e uma filha de Rony Weasley juntos? – Ele perguntou com o mesmo sorriso.

Rose e Scorpius riram.

– Ah, caro Lucas, não estamos juntos no sentido que você fala. – Rose respondeu se recuperando.

– Não?! – Lucas e Scorpius perguntaram em uníssono.

Rose riu de sua situação para depois assentir.

– Pô, pensei que estávamos... – Scorpius comentou baixinho.

– Amigos antes de tudo... – Rose falou olhando de um para o outro.

– Entendo! Sei... – Lucas falou com um sorriso malicioso e soltou uma risadinha. – Mas enfim, o que vão querer? O de sempre?

– Sim! – Scorpius e Rose responderam e Lucas se afastou.

Scorpius pegou na mão de Rose, que olhou assustada para o movimento e retirou sua mão depressa.

– Ei, calma! – Scorpius comentou rindo e Rose revirou os olhos. – Eu só queria perguntar se é verdade se somos só amigos.

– Eu não sei, Scorpius. – Rose respondeu encarando os orbes azuis escuros do loiro a sua frente. – Acho que a gente pode deixar as coisas fluir por enquanto.

– Tudo bem! – Ele comentou sorrindo. – É até melhor deixar o drama do dinheiro passar e você se ajeitar, primeiramente, com os seus primos.

“Pelo menos não é um somente amigos” Scorpius pensou aliviado. Ele estava muito feliz com a presença de Rose em sua vida. Desde o ocorrido com sua antiga namorada, ele nunca mais sentira nada por ninguém, nem mesmo havia pensado em se enrolar com alguém. Mas Rose ainda era mais que a sua antiga namorada, mesmo tendo passado sua vida quase inteira a odiando e sendo odiado por ela, eles se conheciam como ninguém. Sabiam até seus medos e seus segredos. Sim, eles eram um livro aberto um para o outro e Scorpius estava disposto a “ler” Rose e descobrir e entender cada pedacinho dela. Porque agora eram amigos e talvez mais que amigos e futuramente, no desejo de Scorpius, seriam muito, mas muito mais do que amigos.