Liga Da Justiça Jovem

Capítulo 15- Saudades


Estávamos agora Gotham, dentro de um barracão, lutávamos contra um vilão conhecido pelo Batman, Clayface (cara de barro).

Lancei duas facas ao mesmo tempo que Robin e Artemis laçavam discos e flechas, todos explodiram ao mesmo tempo dentro do vilão, barro voou para cima de nós sujando as nossas roupas e deixando elas peganhentas e difícil de mover. Clayface restaura-se rapidamente, não tínhamos nenhum plano então atacávamos quando quiséssemos.

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Kid começou a correr á volta do vilão, levantando-o, Megan ajudou a subir o vilão mais alto com os seus poderes, Superboy salta e dá um soco na cara dele deformando-a e de seguida restaura-se, Clayface sorri e o seu corpo fica como uma manta, lisa a pairar, ai ele dividisse em quatro, cada um fica um cubo e com o peso, os cubos caiem no chão com força fazendo-o tremer.

Robin corre, na corrida ele pega o seu bastão que aumenta de tamanho, ele salta por cima de um cubo e espeta o bastão, vê-se que do bastão sai descargas eléctricas, Aqualad aproveita a oportunidade e lança um jato de água contra o cubo, a descarga eléctrica é levada a todos os cantos do cubo, que só treme e mais nada.

Superboy tentava destruir um cubo com murros, ele desmanchava mas logo de seguida voltava a ser um cubo, isso o estava a irritar, e muito. Kid e Miss Marte trabalhavam juntos, mas sem sucesso.

Eu fiquei com o ultimo cubo e o partilhava com Artemis, implantamos pequenas bombas, mas nenhuma mudou o resultado. Aqualad parecia que nem estava ali.

Os cubos ficam líquidos, o líquido vai até ao centro e lá forma-se o corpo de Clayface, ele levanta os braços, e subtilmente os braços aumentam, do seu corpo sai mais mãos, uma para cada um.

Uma mão foi direta a mim, esbugalho os olhos, o braço vinha depressa demais para tentar fugir do caminho, a minha única chance era saltar e foi o que fiz, dei impulso e saltei, abri as minhas pernas fazendo a espargata, as minhas mãos foram para o centro e as coloquei no braço de clayface, sorri, acho que aquele braço não ia mais me apanhar, mas antes de ter a absoluta certeza algo atinge-me por trás e empurra-me contra uma parede, grito, não poderia ir de frente, tentei esmurrar com o cotovelo, mas aquilo voltava, oiço alguma coisa a rasgar o ar e desseguida o meu corpo pára de mover para a frente e cai, olho para trás o braço gigante tinha sido cortado por um birdmerang (os boomerangs do Robin) sorri para ele, mas atrás dele aparece uma mão.

-Robin! Cuid…- alguma coisa tinha saltado para o meu corpo, e tapava a minha boca e nariz, tentei tirar mas a substância parecia cola, mas castanha, era o braço partido de Clayface. Estava a ficar sem oxigénio e cada segundo sentia-me mais fraca, como os meus olhos não estavam tapados vi o todos serem pegos e vencidos, não todos, Aqualad ainda não e o Robin estava a debater-se, não consegui ver como acabou, eu mesma desmaiei.

Acordei com água a bater no meu rosto, inspiro profundamente e abro os olhos, meu pai estava de pé com um copo na mão, ele estende a mão e aceitei a ajuda, ele levanta-me, baixo, muito baixo pergunta se estava bem, respondo com um suspiro de um ya.

Os outros também estavam a ser acordados, fomos para a montanha, lá o Batman poem-se á nossa frente e diz

-Eu preciso falar com Aqualad, o resto, para o choveiro e vão para casa.

-Ir para casa? Eu estou em casa – irónico como sempre, disse Superboy.

Foi devagar, ainda custava respirar, baixo ouvi a voz do Batman a dizer “ só Aqualad” queria saber para quem ele falou, olho discretamente e foi o Robin, ele agora deve sentir-se mal.

Tomei banho e voltei para casa, mesmo depois da missão ainda faltava treinar, era cansativo mas era preciso, eu e o Robin estávamos na sala de treino.

Tinha cordas penduradas no teto, no fim tinha argolas, Robin estava lá pendurado, era a vez dele, ele estava a levar-se ao máximo, por isso percebi que ele estava enfurecido.

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Ele dava mortais e rodava numa certa altura ele deixou cair-se dando mortais, o treino normalmente era cairmos num pilastro, Robin cai lá mas desequilibrasse e vai contra uma parede e do nada dá um murro na parede, que racha e forma um buraco.

-Dick…

-Agora não Julieta, desculpa…

Suspirei, subi para as cordas, fazia tudo que Dick tinha feito, mas mais devagar, não queria desperdiçar energia, tinha planos para mais tarde.

-O mestre Bruce deseja vê-lo mestre Dick.

Continuei o treino, saltei para o pilastro, parei com a leveza de um gato, tomei um banho, vesti-me com calças leggins pretas e camisola preta, quando prendia o meu cabelo abri a porta, mas um barulho vindo da janela chamou a minha atenção, fui até lá.

Dick e meu pai jogavam basquete, os dois riam mas jogavam, sorri só por ver a alegria que eles tinham.

-Eles parecem com duas crianças brincando, né? – assustei-me, mas era só o Alfred.

-Sim…a alegria deles é muito contagiante- sai da janela – Alfred, vou sair, não te preocupes que não vou fazer nenhuma besteira, só vou…visitar um lugar, diz para os dois que eu quero ficar sozinha, sei que eles vão seguir-me quando pararem de jogar.

.Não se preocupe senhorita eu aviso.

Sorri para Alfred, sai de casa a pé, sei que ia demorar mais, mas não importava, não tinha pressa de chegar aonde eu ia. Na cidade subi para os prédios e fui por cima, era mais rápido e gostava da emoção e das memórias.

Tinha acabado de chegar num bairro, os prédios eram velhos e a tinta não ajudava com a aparência, algumas pessoas passavam pelas ruas, pareciam assustadas, e deveriam, o bairro era perigoso, muita gente vivia a roubar, eu não tinha medo, eu mesma conhecia essas pessoas e já fui igual a elas, agora sou conhecida como a filha desconhecida do bilionário Wayne ou da órfã de rua que por coincidência era filha do Bruce Wayne , desci do prédio, andava na rua, nos becos via a forma de algumas pessoas, ela comprimentavam-me e eu a eles.

-Hey! Olha quem voltou! É Babydoll!

-Hey Badguy! Quanto tempo! – sim, nós tínhamos apelidos, meu era Babydoll, é assim porque quando eu tive que fazer o meu primeiro roubo a minha aparência parecia com um boneco.

-De volta para as ruas? Teu paí já te devolveu? Te digo, vieste numa má altura para negócios!

-Não tou de volta, só vim a minha casa, mas olha se eu voltar eu falo com você Badguy!- despedi-me dele e entrei num apartamento, na rua toda este era o apartamento que parecia mais novo mas mais descuidado, o elevador estava partido, as escadas rangiam e as portas eram muito inseguras, e eu vivia ali com minha mãe.

Subi até ao ultimo andar,só tinha dois apartamentos, o da esquerda e o da direita, o meu era o da esquerda, a porta parecia normal, ninguém tinha arrombado, isso era bom.

Peguei a chave que estava escondida debaixo do tapete de entrada, abri a porta, a casa parecia intocada.

Na entrada tinha um pequeno corredor, via-se o sofá e a televisão, se acabássemos o corredor, do lado esquerdo tinha uma pequena cozinha junto com a sala, atrás do sofá tinha outro pequeno corredor, mas esse com três portas, o do meu ex-quarto , o quarto da minha mãe e a casa de banho.

Passei a mão na bancada, tinha muito pó, peguei um pano dentro da gaveta e comecei a limpar-lha.

Memórias vieram para a minha mente.

Flashback on

Eu tinha mais ou menos 5 anos, via televisão sentada no sofá, minha mãe limpava a cozinha, olhei para trás, era onde a minha mãe estava, ela estava de bico de pés para chegar no ponto mais alto, com intenção de ajudar gritei.

-mãe, eu consigo chegar lá, deixa que eu limpo – ela risse.

-Como a mocinha pensa que vai chegar lá em cima?

-Com um plano é claro! – saltei do sofá, subi a bancada da cozinha e depois subi para as cavalitas da minha mãe, ela ainda ria-se, tinha determinação para limpar aquele canto e sabia que iria conseguir.

Consegui limpar, só depois de algum tempo é claro, minha mãe que ainda ria pegou-me das suas costas, põe-me na frente dela em cima da bancada, toca no meu nariz e diz.

-Olha se não é a minha gatinha, minha gatinha muito esperta, é não é? – então ela ataca-me com cócegas.

Flasback off

Sorri triste, que saudades eu tinha daquele tempo, tudo feliz…

Acabei de limpar a cozinha, fui para os quartos, para o quarto da minha mãe, de vez em quanto dormia ali, abraçada a roupa dela, fazia isso para não sentir-me sozinha, era uma mania que eu tinha.

No guarda roupas tinha um vestido dela, estendi em cima da cama, deitei-me e abracei o vestido, o cheiro que tinha na roupa era o mesmo dela e isso fazia eu estar confortável, liguei a pequena televisão que tinha no quarto, ainda estava a passar uma gravação que eu e minha mãe fizemos, a gravação era eu a tocar no piano e a cantar, tudo com ela.

-Mãe, mas eu vou falhar as notas! Não graves isto! – ouvi a minha voz mais criança vindo da televisão.

-Querida, tu não vais falhar, sabes porquê? É porque eu estou aqui! Vá agora calma, vou deixar a máquina aqui para tocar contigo!- diz mãe

Agora apareceu eu num piano, era um velho piano que antes tínhamos, eu vendi para comer alguma coisa

As notas começaram a ser ouvidas, era uma música muito bonita, chamava-se How To Save A Life dos the fray.

Com a música a passar eu adormeci na cama, abraçada com o vestido e com a minha imagem na mente.

Na janela do quarto estava duas pessoas, Robin e o Batman.

-Achas que devemos levá-la para casa?- pergunta Robin a olhar para o quarto pequeno.

-Ela queria ficar sozinha, não devemos fazer nada.

-Então viemos ver se ela estava bem?

-Este bairro é perigoso, então sim, eu só vim aqui para ver se ela estava bem.

Os dois ficaram na janela até que a música acabasse, estavam sentados na janela, quando acabou eles foram embora.

Acordei com o sol a bater na minha cara, tinha esquecido de fechar a janela, uma brisa passou por mim deixando-me arrepiada, levantei-me devagar, arrumei a roupa penteei o meu cabelo, o cabelo ficou com algumas ondulações, normal.

Voltei para casa, devagar. Tirei os meus sapatos para não fazer barulho, fui para o meu quarto, mudei de roupa para uma mais confortável dentro de casa, um calção e uma camisola.

Na cozinha estavam todos a comer, disse olá e comecei a comer, ninguém perguntou onde eu estava, era bom, não queria que ninguém soubesse da minha outra casa, porque se precisasse eu podia estar lá sozinha.

Mais um dia ia começar…