Capítulo 11- Lysander ganha a confiança

- Poção polissuco? – Uma voz familiar chega aos meus ouvidos.
Lysander e eu nos viramos e damos de cara com Rose e Scorpius.

Rose carrega uns três livros, e Scorpius uns quatro.

- E que vontade é essa de estudar? – Pergunto, realmente impressionado.

- Ah, estamos estudando uma coisa... – Scorpius fala, rapidamente se virando em direção ao menino com o olhar fixo nos livros que os dois carregavam, e olha desconfiado para ele.

- Ah, desculpa, gente – Digo dando mais espaço para eles verem o gênio – Esse é Lysander – Eles se cumprimentam – Filho da Luna.

Scorpius larga os livros em cima da mesa, e Rose faz o mesmo:

- Prazer, Lysander – Rose estende sua mão. E ele aperta a dela, um pouco envergonhado – Rose, Rose Weasley – Ela da uma batidinha no ombro de Scor – E esse é Scorpius, nosso amigo.
Eles acenam um para o outro, e por um bom tempo eles se encaram:

- Te conheço de algum lugar – Questiona Scor – Você me é familiar.

Lysander não parece nada surpreso:

- Talvez você conheça o...

Scorpius pensa rápido, e está com a resposta na ponta da língua antes mesmo de Lysander acabar a frase:

- Cara, você é irmão do Lorcan Lovegood! Não é? – Scor da uma gargalhada, arregalando os olhos – Eu e seu irmão fizemos um acampamento ano passado, você é idêntico a ele!

- Acertou – Disse ele, timidamente.

Rose da uma risadinha e então todos ficamos em silêncio, nos encarando.

Aos poucos, a biblioteca vai ficando com um número maior de alunos, a maioria já são bem mais velhos que nós, e estão fuçando em livros que estão empoleirados nos altos das prateleiras.

- Então, também estão procurando poções para ajuda-los a desvendar as coisas? – Lysander diz, sendo ingênuo. Fazendo Rose corar e Scorpius olhar feio para mim.

Sei que o Malfoy já sabe de tudo, é obvio que Rose “trombou” com ele hoje, mais cedo ainda e lhe contou tudo.

Então eu digo com um sorriso sincero:

- Scor, o Lysander já sabe de tudo... Ele é um gênio, pode confiar... E ele descobriu tudo, TUDO sozinho!– dou ênfase nessa palavra, e mesmo tendo conhecido ele hoje, sinto que devo confiar perpetuamente nele, é algo dentro de mim que me diz isso - Isso mesmo! SO-ZI-NHO!

Ele se assusta um pouco, já minha prima da uma risada debochada:

- Ah, sim... Eu também teria suspeitado de algo se estivesse no seu lugar, Lysander! – Rose já se familiariza com ele.

Sentam-se à mesa conosco, colondo os nossos livros na nossa frente: “Poções Nivel 1”,” Salas mágicas”,” transformações: passo a passo”, “poções complexas nível 3”, “árvores familiares dos grandes bruxos”; E vários outros.

- Sobre o que estão pesquisando? – levanto a sobrancelha

- sobre a sala precisa – Dizem os dois juntos

Dou uma risada, e parece que todas, TODAS as pessoas do local estão olhando para mim... Acho que ri alto demais:

- Jura que vocês ainda vão gastar tempo pesquisando isso enquanto temos James a nossa disposição?

Lysander e Scorpius param o que estão fazendo e me fitam.

- E como ele pode nos ajudar – diz Rose

Eu nem desconfio que na hora da confusão de arrumar as malas, move-las para cá e para lá, antes de irmos para King’s Cross , James tenha dado um jeito de pegar o Mapa dos Marotos novamente, já que ninguém o olhava, a não ser eu, e ele desapareceu por algum tempo.

- James tem um mapa que irá nos ajudar. – Olho para o lado e vejo Lysander distraído, estralo os dedos na frente de seu rosto – Lysander – falo – Lysander! – Repito, e com isso ele parece sair do seu estado de transe. – Acho que agora temos que nos focar na ideia que esse garoto aqui teve – aponto para o loiro que já estava com as páginas abertas , correndo os olhos pelas fileiras e fileiras de coisas escritas no livro de poção

Scorpius afirma com a cabeça, e Rose já está com o livro de poções complexas aberto no sumário.

- Poção polissuco, né? – Pergunta Scor, dando um livro para mim e tomando posse de outro. – E o que ela faz?

Na verdade eu não sei... Mas Lysander já tem a resposta na ponta da língua:

- Ela te transforma na pessoa desejada. Exemplo, se eu quiser me transformar em você, preparo a poção, pego ou um fio de cabelo, ou uma unha, coloco na poção, bebo-a e fico igual a você por exatamente uma hora. – Ele ri – Por falar nisso, numa das edições tribruxos, uma na qual seu pai participou – Ele me cutuca – um homem, um comensal da morte – sei o que são, meu pai me disse que eram os seguidores do Voldemort, mas hoje em dia, eles não existem mais – bebeu a poção polissuco e ficou no lugar de um Auror muito famoso, que faleceu em 1997, ou em 1996, não me lembro, mas ele quase matou o Potter. Deve ter sido uma aventura para o seu pai!
E então ele se distrai novamente, provavelmente imaginando as cenas perigosas que houveram.
Tecnicamente meu pai nunca deu muita ênfase em seu quarto ano, nem em seu sexto.
Sei que houve o torneiro tribruxo, faz uns 17 anos... Pena que não se tem mais esse torneiro desde que meu pai, mesmo sendo abaixo da idade permitida, foi escolhido, junto a Tia Fleur, Viktor Krum e com Cedrico Digory. Meu pai nunca falou muito nesse Digory, só disse que ele era um menino extremamente corajoso e fiel, que teve compaixão até seu último e que ele faleceu na competição. Haviam três tarefas, a que eles tinham que pegar um dragão ou coisa do tipo, a segunda eles tinham que pegar alguém num lago e na terceira era um labirinto, que era na verdade uma passagem para um cemitério, pelo que o meu pai disse.
Todos sabemos que nem meramente devo possuir uma, aliás, nem isso. As chances são de 0,000001 em 99,9999999% de algo realmente perigoso acontecer comigo.
E sinceramente, ouvindo sempre as historias do meu pai, qual é a graça disso?
Qual é a graça da minha vida?
Me contento com a história de Dino e Kate, o que mais deve ser um plano para nos separar, só isso...
- Ai, coitado do Tio Harry - Diz Rose aterrorizada - Que trauma deve ter sido para a Tia Fleur! Pelas barbas de Merlin, heim...
Scorpius joga o livro que estava lendo para o lado e pega outro:
- Nada aqui, nem sobre a sala precisa, muito menos sobre poção polissuco.
Leio 2 livros e tão obtenho nenhuma informação, vou para as prateleiras de livros empoleirados sobre poções e vou coletando-os.
Sento-me a mesa e coloco mais 5 livros que podem nos ajudar.
Quase estou caindo no sono quando escuto uma voz que me faz arrepiar:
- Lysander! Ae, não consegui dormir direito depois que você me acordou - Lorcan chega, apontando para seu irmão. - mancada você ter me acordado aquela hora, cara - E então ele olha para o lado e seus olhos se encontram com os de Rose. Ele bagunça seu cabelo loiro, olhando para minha prima- Olá, gatinha... Qual é o seu nome? - ela cora:
-Rose, Rose Weasley, prazer... - Hãm.... - ele levanta a sobrancelha
- Lorcan - Diz o gêmeo, apertando a mão da menina
- prazer então, Lorcan... Vocês são gemêos! Uau!
Scorpius se levanta rapidamente, fitando a troca de olhares dos dois:
- Lorcan, seu pervertido! - Eles riem normalemnte no começo, mas depois, Scorpius começa a rir de um jeito meio estranho - Rose, relaxa... Lorcan foi sempre muito adiantado para a idade dele... Com 11 anos já abalando corações das meninas de Hogwarts - Scorp diz, com um sorrisinho desdenhoso, vendo que o garoto gostou de Rose .