A Menina de Olhos Cinzentos

O Mapa do Maroto


Quando eu escutei meu nome eu sabia que tudo ia mudar, eles iam contar para os outros e todos iam ficar contra mim, menos Simas porque eu acho que ele entendeu. Corri para o castelo mesmo ainda não chegado a hora da gente voltar, meu joelho ardia um pouco mas com as neve caindo sobre ele passava um pouco da ardência.

Chegando ao pátio eu vi Rosemary sentada em um banco escrevendo em seu diário que sua mãe havia lhe dado ano passado de presente de Natal, me sentei ao lado dela, por alguns minutos ela encarou um pouco séria mas com um sorriso forçado no rosto.

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– Oi Susie.

– Rosemary, já chega, me fala logo o que está acontecendo.- eu não aguentava mais ver ela assim.

– Quer mesmo saber?.- ela me perguntou de cabeça baixa, seus cabelos avermelhados cobriram seu rosto.

– Quero, quero saber, você ficar assim não é legal.

Ela se levantou de cabeça baixa, ainda deixando seus cabelos sobre o rosto, estava me dando medo.

– Meu problema é o Chester, ele está gostando de uma garota, sendo que eu gosto dele, você sabe quem é ela?.- ela se levantou e eu pude ver seus olhos castanhos soltarem lágrimas.

– Rosemary eu....- ela me interrompeu.

– É isso Susie, ele gosta de você e você sabe, quando ia decidir me contar?.

– Rosemary me desculpa...

– Desculpa? Você sabe a quanto tempo eu e Chester somos amigos a mais tempo do que eu sou com você, Susie você não pode entrar na minha vida e estragar tudo, Susie Black a menina sombria, é assim que todos te chamam, você guarda segredos, não vai as aulas. VOCÊ MENTE.

– Eu não minto.

– Como não? Claro que foi você que deixou Sirius Black entrar na Torre da Grifinória, você inventou tudo isso você....- eu estava em fúria, queria enfiar minha mão na cara de alguém, interrompi Rosemary gritando:

– O QUE VOCÊ QUER ROSEMARY? QUER QUE EU CONTE QUE MEU PAI É UM ASSASSINO, QUER QUE EU CONTE QUE EU ESTOU COM MEDO, QUER QUE EU CONTE QUE EU NÃO GOSTO DO CHESTER?.- já sem folego eu parei de gritar com Rosemary, olhei para os lados e agradeci a mim mesma por não ter ninguém ouvindo ou vendo nossa discussão, Rosemary ainda chorando me abraçou, e eu não entendi.

– Desculpa Susie, me desculpa mesmo, você é minha amiga eu, eu não...

– Eu que devo desculpas Rosemary, eu menti, você está certa.

Ela me soltou do abraço e secou as lágrimas, eu fiz o mesmo, dei um sorriso de leve e ela perguntou:

– Mas é verdade, você é filha do Sirius?.

– Sim, mas olha, eu juro, não tenho nada a haver com as coisas que ele fez ou vai fazer, por favor me aceite, juro eu não sou como ele.

– Eu sei Susie, eu confio em você, desculpa pelas coisa que eu disse ta bom, desculpa por eu ter surtado pelo Chester, mas o que você vai fazer? Sirius Black com certeza está atrás de Harry.

– Eu sei, as coisas não vão ficar legais pra mim.

– Por que?.

– Harry sabe, ele sabe que eu sou filha de Sirius.

– O que vamos fazer?.- ela perguntou, quando ela disse ''o que vamos fazer?'' eu me senti segura sabendo que ela não ia me deixar.

– Eu não sei.

Ela pegou seu diário no banco aonde estava sentada, entramos no castelo que estava quase vazio, subimos pelas escadas e fomos pra nosso Salão Comunal, sorte que Rosemary sabia a senha porque se fosse por mim íamos ficar esperando alguém para nos ajudar, entramos dentro do quadro fomos entrando e conversando sobre o que íamos fazer, até que levo o maior susto de todos.

– Susie.

– Harry? O que está fazendo aqui?.- pergunto assustada.

– Rosemary pode nos dar licença?.- ele disse.

– Desculpa, boa sorte Susie.

Quando Rosemary foi embora eu me senti sozinha, fiquei com medo de Harry ele era meu amigo, mas eu já vi ele perdendo a cabeça.

– Por que não me contou?.- Harry cruzou os braços e se apoiou na parede.

Me sentei no sofá e suspirei, então começamos uma pequena discussão.

– Não queria que ninguém ficasse sabendo, vocês não iam nunca mais falar comigo.

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– Quando descobriu?.

– A uns anos, mas confirmei ano passado.

– Susie, você sabe o que ele é? Ele traiu meus pais, ele era amigo deles, eles morreram por culpa dele.- me levantei do sofá em fúria.

– Harry, eu sei como é eu também não tenho mãe, mas isso não tem nada haver comigo, o que você queria que eu dissesse? ''Oi pessoal, meu pai é um assassino, mas não se preocupem não sou como ele''.- falei irônica, no inicio me arrependi um pouco.

Harry descruzou os braços e me olhou com um pouco de raiva subiu para o dormitório me deixando sozinha, fiquei um pouco triste com isso, considerava Harry um de meus melhores amigos, agora eu sei que está meio tarde para pedir desculpas.

(....)

Alguns dias passaram, as coisas podiam ter piorado, e pioraram mesmo.

As únicas pessoas que falavam comigo era Rosemary, Simas, Dino e Silene, Gina não tinha coragem nem de olhar para mim, Chester a mesma coisa, Dino só falava comigo porque não sabia o que estava acontecendo com o pessoal, visitei meu tio algumas vezes, ele disse que Harry e ele treinaram o feitiço do Patrono, e que Harry foi um sucesso.

– Que bom pra ele.- disse, com certeza com meu tom ignorante, não suporto fazer isso.

– O que houve Susie?.- meu tio perguntou.

– Harry descobriu, descobriu que sou filha de Sirius, agora não quer mais falar comigo, ninguém mais quer falar comigo.

– Susie, as vezes nossos verdadeiros amigos ficam até o final, amigos se magoam, brigam, mas sempre voltam, Harry é uma boa pessoa, uma hora ou outra ele vai entender Susie.- meu tio me deu um abraço pelos ombro, e me deu Feliz Natal atrasado.

Foi assim alguns dias, eu ficava conversando com Silene ou Rosemary e eu ia visitar meu tio, hoje ia visitar Hagrid e Bicuço e saber como foi a audiência no Ministério, já que o caso de Draco e Bicuço não saiu impune. De tarde troquei de roupa e desci o Salão Comunal na direção da cabana de Hagrid, vi Harry, Hermione e Rony indo visitar ele também, esperei uns minutos no pátio, nesses minutos Chester veio falar comigo.

– Oi Susie.

– Oi.

– Está tudo bem? Você nesses dias não tem falado com Harry.- quando ele disse isso, senti como se o mundo tivesse parado.

– Eu e Harry brigamos, ele descobriu que eu sou filha de Sirius, acho que você sabia disso não é?.

– Eu sei, a maioria só acha que você é parente, Draco mesmo está com medo de você ser parente dele.- quando ele disse me levantei do banco aonde estávamos.

– Como assim?.

– O nome dele é Draco Black Malfoy.- eu acho que fiquei tonta.

– O mundo tá girando rápido ou minha cabeça ta rodando?.- Chester riu e eu também, vi Rosemary olhando pra gente, imediatamente me lembrei de que eu não devia estar ali.

– Chester, bem, eu vou indo.

– Tudo bem, tchau.

– Olha, antes de ir que queria dizer que, é melhor ir falar com a Rosemary.

– Por que?

– Apenas vá falar com ela, mas não fala que fui eu que pedi, tudo bem?.

Ele assentiu com a cabeça e eu sorri, sai correndo pela ponte do colégio em direção a casa de Hagrid, vi Hermione, Harry e Rony voltando, então me escondi atrás de uma árvore, quando foram embora fui correndo para a casa de Hagrid, quando bati na porta ele me atendeu.

– Olá Hagrid.

– Olá Susie, entre.

– Então como foi a audiência? Demitiram você?.

– Não, não, pior do que isso.

– O que? O que foi Hagrid?.

Hagrid olhou para fora da janela e estava quase chorando.

– O Bicuço foi condenado a morte.

Com apenas uma simples frase meu dia foi horrível, Bicuço era um bom hipogrifo, no jantar fiquei pensando nisso, nem me importei com o fato de Hermione, Rony e Harry não estarem falando comigo, subimos para nossos dormitórios e Rosemary disse:

– Chester falou comigo hoje.- ri um pouco e disse:

– Verdade?O que ele disse?.

– Bom,ele disse que a gente não se falava mais e colocamos as coisas em dia, fiz uma pergunta pra ele meio indiscreta mas, eu queria saber.

– O que você perguntou pra ele?.

– Perguntei o porque ele gosta de você.

– O que ele respondeu?.- eu fiquei mais curiosa do que a Rosemary em saber a resposta.

– Nada, ele mudou de assunto, acho que ele ficou meio sem graça.

Me troquei e ficamos conversando, Hermione entrou no dormitório falando com Silene, mas quando me viu fechou a cara, Silene não entendeu e se afastou e veio falar comigo:

– A Hermione está um pouco estranha não acha?.- Silene disse quase em um sussurro para mim e Rosemary.

–Eu também acho.- dessa vez eu falei alto, para Hermione escutar, ela não olhou para mim.

Eu não conseguia dormir um minuto, estava sem sono, peguei minha varinha e coloquei minha ridícula pantufa, eu tinha ganhado ela de natal do meu tio. Desci o Salão Comunal com leves passos, para ninguém ouvir, o que estranhei era que a porta do Salão estava aberta, desci as escadas correndo, eu ia direto chamar meu tio, passei pelo Salão Principal, então as coisas começaram a ficar escuras:

Lumus.- Disse o feitiço e fui andando, escutei um barulho de pequenos passos, olhei para baixo não era nada, eu estava andando de costas, até que esbarro em alguém.

– Aí.- gritei.

–Susie?.

–Harry?.

– O que está fazendo aqui?.- perguntei.

– Mal feito feito, Nox.– ele disse e nossas varinhas se apagaram, mas uma outra se acendeu, me fazendo gritar de susto.

– Potter? Black? O que estão fazendo andando pelos corredores a noite?.

– Eu sou sonambulo.-disse Harry.

– Extraordinário, como os dois se parecem com seus pais, andando empertigado.

– Meu pai não era assim, eu também não sou, agora se não se importa eu agradeceria se abaixasse sua varinha.- disse Harry.

Snape me olhou com aquele sorriso debochado dele, como se fosse vitorioso é estivesse certo no que acabou de dizer:

– Esvazie os bolsos, esvazie os bolsos Potter.- mandou Severo.

Harry tirou um pergaminho do bolso do casaco, era o Mapa do Maroto, ele havia me mostrado quando ainda estávamos de bem, aquele mapa mostrava toda Hogwarts, as passagens secretas e tudo mas, se Snape a pegasse era o fim.

– O que é isso?.- perguntou Snape.

– Um pedaço de pergaminho.- eu disse, Harry me olhou surpreso.

– Mesmo? Abra, Potter.-Harry abriu.

– Revele seus segredos.- O mapa começou a aparecer os cumprimentos, se Severo soubesse do mapa estávamos ferrados:

– Leia.- ele disse para nós dois.

– Os Srs. Aluado, Rabicho, Almofadinha e Pontas, apresentam seus cumprimentos ao professor Snape e...- Harry parou de ler, eu soltei uma breve risada.

– Continue.

–... e pede que ele não meta seu nariz anormalmente grande no que não é de sua conta.- Snape ficou furioso e ainda acrescentei.

– O Sr.Pontas, concorda com o Sr.Aluado.- Harry riu por alguns instantes.

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– Ora, mais, que insolência.

– Professor Snape.- escutei a voz de meu tio, ele estava todo aranhado.

– Ora, ora Lupin, dando um voltinha a luz do luar, não é?.- o que será que Snape estava insinuando?

– Harry, Susie, vocês estão bem?.- nós dois assentimos com a cabeça.

– Isso ainda vamos ver.- rapidamente Snape pega o mapa da mão de Harry, eu estava o estrangulando por pensamento.- Eu acabei de confiscar um artefato muito curioso do Sr.Potter e da Senhorita Black, de uma olhada nisso, parece ser da sua especialidade e claro que está repleto de magia negra.

– Duvido muito disso Severo ,parece apenas um pedaço de pergaminho para insultar qualquer que tente ler.- nessa hora, Lupin soltou uma pequena risada.Snape tentou pegar o pergaminho da mão de Lupin, mas este foi mais rápido.

– Com tudo, vou investigar se realmente tem uma característica oculta, já que é minha especialidade, Harry e Susie, podem vir comigo por favor? Professor boa noite.

Eu e Harry seguimos Lupin em silêncio, o que será que ele ia falar com a gente?. Andamos um pouco e finalmente chegamos na sala, então ele começou a falar:

– Entrem, eu não tenho a menor ideia Harry, de como esse mapa chegou as suas mãos, mas francamente eu estou abismado que não o tenha devolvido, você não pensou que isso na mão de Sirius Black é um mapa até você?.

Harry negou com a cabeça.

– Não senhor.

– Sabe seu pai não dava muita bola pra regras também, mas ele e sua mãe deram suas vidas pra salvar a sua e arriscar o sacrifício deles andando por aí pelo castelo, desprotegido e com um assassino a solta parece uma maneira muito ingrata de agradecer, olha, eu não vou acobertar você novamente Harry, ouviu?.

– Sim, sim senhor.

– Quero que retorne ao seu dormitório e fique lá e não mude seu caminho, se mudar, eu vou saber.- Lupin disse batendo no mapa, eu já ia indo com Harry até que ele fala:

– Susie, você fica.- chegou a hora de tomar bronca.

– Com licença senhor, só para o senhor saber, esse mapa não funciona sempre, ainda pouco mostrou alguém no castelo, alguém que sei que está morto.

– Quem ele mostrou?.

– Pedro Pettigrew.- Lupin arregalou os olhos com todo o espanto do mundo.

– Isso não é possível.

– Foi o que eu vi.- Harry saiu andando, mas depois voltou.- Boa noite professor.

Me virei novamente para Lupin, ele estava me olhando sério, eu já sabia que as coisas ia ficar feia.

– Susie, o que estava fazendo fora da cama a essa hora da noite junto com o Harry?.

– Tio, eu não estava conseguindo dormir, fui para o Salão Comunal ficar no sofá mas aí eu vi a porta do Salão aberta, eu ia vir falar com o senhor, até que encontrei Harry, então começou essa confusão.

– Foi isso mesmo?.- Lupin sempre me pediu para ser honesta, dessa vez eu estava sendo, não que eu sempre mentia, só as vezes.

– Foi.- confirmo com a cabeça.

– Tudo bem, pode ir, boa noite.

– Boa noite tio.

Eu estava no meio da sala pronta para ir embora, quando eu me viro:

– Almofadinhas.

– O que?.

– O apelido de Sirius era Almofadinhas, sei que o senhor e ele eram amigos, qual era seu apelido?.- ele deve ter fica alarmado com a minha pergunta.

– Por que, quer saber?.

–Curiosidade.- dou de ombros e ele sorri.

– Aluado, meu apelido era Aluado.

– Então, boa noite Aluado.- ele riu e disse:

– Boa noite, Almofadinhas.

No fundo até que gostei do apelido, mas só de pensar que era de meu pai perdia um pouco a graça.

Bom, não totalmente.