– Menina, menina acorde, o que está fazendo aqui?.

– Desculpe, eu acabei dormindo.- respondi ao guarda.

– Aonde está seu responsável?.

– Eu não sei.

– Eu terei que lhe colocar lá fora.

Eu acabei dormindo no meio da plataforma, esperando meu tio, o guarda me levou até a porta da Estação King's Croos, aonde eu fiquei sentada no banco esperando meu tio chegar.

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Eu fiquei lá por horas, esperando por ele, mas ele não chegava, eu já estava ficando com frio, peguei meu cachecol é o coloquei no pescoço, minha boca estava vermelha de frio, a neve caía mas o céu estava aberto com as estrelas já aparecendo um pouco, diante de mim para uma mulher, ruiva de olhos verdes, ela tinha uma tatuagem em seu pulso, a imagem não consegui ver direito mas ela se sentou do meu lado e disse sorrindo:

– Posso me sentar?.

– Claro.- respondo sem jeito.

– Bela, roupa!

– Obrigada.- eu disse, a mulher sacou alguma coisa de sua bolsa lilás e me mostrou sua varinha, eu ia pegar a minha mas ela me parou.

– Não vou te machucar, só quis te mostrar que sou como você.

– Como vou saber se está me dizendo a verdade?.

– Conheço sua mãe e seu pai, Sirius Black não é?.

Assenti com a cabeça, ele apontou para um carro preto, parecia o de Lupin, mas o dela não era mágico.

– Aquele é meu carro, eu moro por aqui mesmo em Londres, quer ir comigo?.- eu disse sim com a cabeça e ela me ajudou a levar minha malar até seu carro.

Ele me deixou sentar na frente, coisa que meu tio não faria, ele nunca me deixou ir na frente, ele tinha medo de que eu caísse ou fizesse alguma besteria.

Eu fiquei pensando, quem seria ela? Por que estava me ajudando? E por que eu estava confiando nela?. A mulher ficava olhando para mim e depois observava a estrada, eu apenas olhava pela janela,a neve caindo, os carros passando e a bela Londres, eu nunca havia ido tão longe, eu sempre fiquei pelo bairro do Largo Grimmauld, mas a mulher morava em uma casa muito grande e muito suntuosa, suas cores de marfim claro, combinavam com a neve que caia,ela era maior que há de meu tio, nossa casa ao lado dessa parecia um cubículo.

– Você não vai entrar?.- a mulher me pergunta com a porta de sua casa já aberta.

O belo lustre que ficava na sala era coberto com nomes e datas, pareciam recados ou coisas de bruxos, a sala de entrada tinha um piano, eu nunca vi um na vida ou ao menos pude tocar, um retrato aonde estava o piano uma foto de uma mulher e um bebê.

– Essa foto, e a mesma de meu colar.

– Eu sei, Susie.

– Como sabe meu nome?.

– Eu sei quem é seu pai, eu sei quem é sua mãe.

– Como?.

– Oras, acabo de me lembrar que não me apresentei, me chamo Dominique.- em poucos minutos eu é Dominique estávamos falando sobre meus pais,a cada minuto que se passava eu pensava que todas as minhas respostas podiam ser respondidas com ela.

– Você sabe aonde está meu pai?.- silêncio, isso me fez lembra de Lupin, o nosso breve silêncio sempre que eu fazia essa pergunta.

– Vejo que você não sabe mesmo, eu acho que deveria descobrir sozinha.

– Mas por que? Por que ninguém gosta de falar de meu pai?O que foi que ele fez?.-eu perguntei, eu suplica, não aguentava mais perguntar as pessoas sobre meu pai e ninguém conseguir me responder.

– Ele fez coisas Susie, coisas e escolhas, eu não posso simplesmente lhe contar, eu não saberia adivinhar sua reação.

– Foi uma coisa boa? Ou ruim?.

– Uma coisa que fez o seu amigo ser como ele é.- meu amigo? Do que ela estava falando?.

A cada minuto que se passava diante de Dominique eu ficava mais curiosa, a única coisa que ela conseguia me responder era sobre minha mãe:

– Nossa, sua mãe era incrível, eu nunca conheci mulher igual, ela era bondosa, alegre e gostava muito de ler.

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Eu sorri, em saber que minha mãe era admirada pelas pessoas, acho que sou um pouco parecida com ela, Dominique se virou para mim e perguntou:

– Sei que você deve estar tentando entender tudo mas, eu não posso lhe contar tudo,sobre sua mãe sim,então eu vou lhe contar o que aconteceu.-eu apenas me ajeitei na cadeira e escutei sua história,sobre minha vida.

– Estavamos no colégio,Lily e James haviam se formado em Hogwarts,e eu e sua mãe estavamos na casa dela com você,você era linda,tinha os olhos cinzentos de seu pai e seus cabelo preto escuro ondulado parecido com o de sua mãe,mesmo para um bebê seu cabelo era grande,sua mãe logo soube que você pegaria o dom da família dela,você sabe do que estou falando não sabe?.- assenti com a cabeça.- Seu pai não sabia sobre você, Marlene ficou com medo da reação dele, eles eram apenas namorados que gostavam de se divertir e viver a vida, mas naquela noite, algo aconteceu. Os comensais da morte, foram até a casa de Marlene e sua família, eu não estava lá, sua mãe te escondeu no armário de sapatos, você estava dormindo quando te encontrei, você teve muito sorte de sair viva.

– Então quer dizer, que minha mãe foi, assassinada?.

Dominique fez que sim com a cabeça, tudo agora fazia sentido, o porque de eu ser assim, o porque nunca conheci meu pai ou porque meu Tio Lupin nunca me disse nada.

– Eu já ouvi falar sobre os comensais da morte,eles são como os discípulos de você-sabe-quem, são como seguidores.- eu disse.

– Seu pai e Marlene faziam parte da Ordem da Fênix Original, onde era composta pelos pai de Harry, seu pai e sua mãe, seu tio Lupin entre outros, eles eram encarregados de, como direi? Não deixar os comensais ou você-sabe-quem fazer alguma coisa, havia acontecido a maior guerra eu acho, por isso, eles começaram a matar todos da Ordem.

– Por isso nunca encontrei ninguém da família de minha mãe ou á de meu pai,estão todos mortos, a única pessoa que eu conheço é Lupin, ele era o melhor amigo de pai e meu padrinho.

– Susie, eu não sou apenas uma amiga de sua mãe.

– Como assim?.

– Eu sou prima de Marlene, você logicamente também é minha prima.

Eu sorri, e pensar que aquela mulher fazia parte da minha família, que eu não era a única,ela podia me dar as respostas ela podia me ajudar:

– Como você soube de mim?.

– Eu que tirei você de lá no dia que sua mãe morreu, tinha um bilhete dizendo que era pra te deixar com Lupin, então eu deixei você com ele, ele não sabia que Marlene tinha morrido, eu só disse que ela queria um tempo pra você, então ao longo do tempo eu tento te ver mas eu não sabia como você iria reagir, então eu te vi sozinha na estação, e bem, suponho que Lupin já tenha descoberto que Marlene morreu a muito tempo.

Agora não estávamos falando mais sobre meus pais, agora estávamos falando de mim.

– Você é bem parecida com eles, principalmente com Sirius, ele tinha esse espirito aventureiro, principalmente para arranjar encrencas.

– Eu não disse isso antes mas, obrigada por me ajudar, eu não sei porque meu tio não veio me buscar.- digo cabisbaixa.

– Você sabe que sim, estamos em fase de lua cheia, eu sei o que ele é.

Estava de noite e eu estava morrendo de fome, Dominique abriu a porta para uma menina que tinha mais ou menos a minha idade, tinha os cabelos mais vermelhos do que o de Dominique e seus olhos eram castanhos escuros, não verdes escuros como o de Dominique.

– Poxa mãe, a senhora disse que ia me buscar na casa da Morgana.

– Eu tive que resolver umas coisas filha.

A menina parou na minha frente me encarando,não era um olhar de reprovação e sim um olhar de surpresa, ela deveria estar se perguntando''Quem é essa menina?'', eu cheguei bem perto dela e me apresentei:

– Olá, me chamo Susie.

– Rosemary, mas, eu acho que já te conheço.

– Ela é a menina que eu disse pra você minha filha, a Susie.- disse Dominique.

– Ah sim, muito prazer, mamãe estava doida procurando por você.

– Então meninas, que tal Rosemary, você levar Susie lá pra cima e lhe mostrar o seu quarto?.

Nós subimos aonde tinha tinha um corredor com 4 portas, a segunda porta a direita era o quarto de Rosemary, o quarto era lindo, verde claro com luzes penduradas no teto,a janela dava em direção a rua, aonde podia ver as crianças ainda de noite brincando na neve, a cama era grande, tinha um baú, aonde com certeza ela guardava seus brinquedos e suas coisas, ela não tinha um guarda-roupas e sim um closet aonde era cheio de roupas, aquilo ali era o quarto de que toda garota queria ter, meu quarto do lado dela, era, eu não sei, adorava meu quarto.

– Bom, suas malas estão ali perto da minha estante, se quiser trocar de roupa você pode.

– Rosemary, obrigada por tudo.

– Minha mãe falava muito de você, o tempo todo tentando de encontrar, estou feliz por te conhecer, é verdade que você é mesmo bruxa?.

– Sim eu sou.

– Minha mãe é, ela estudou em Hogwarts, eu sempre quis estudar lá.

– Por que não estuda?.

– Ainda não recebi minha carta, faz 2 anos que eu acho que vou receber, acho que não nasci com um aura mágica.- ela disse desanimada.

– MENINAS, O JANTAR ESTÁ PRONTO.- gritou Dominique da sala.

– Acho melhor nós irmos.- digo e Rosemary assenti.

A comida era realmente uma delicia, enquanto Rosemary e Dominique conversavam sobre o que Rosemary fez na casa de Morgana sua amiga trouxa ou sobre a escola aonde Rosemary estudava, era tudo de trouxas, eu fiquei observando um retrato que tinha Dominique é um homem com os cabelos ondulados pretos ,eles estavam sorrindo com um diploma na mão, depois do jantar eu me levantei e fui ver quem era na foto, atrás do porta retrato estava escrito, ''Dominique e Almofadinhas''.

Almofadinhas? Quem é Almofadinhas? Eu já vi aquele homem em alguma lugar, fui até a cozinha aonde Dominique e Rosemary estavam, me aproximei dela e perguntei:

– Quem é Almofadinhas?- ela parou de enxugar os pratos e olhou para mim.

– Era o apelido de seu pai, ele, James, Peter e Remo, dava apelidos uns pros outros, o de seu pai era Almofadinhas.

Eu comecei a rir,em pensar que meu pai tinha um apelido desses, Dominique riu e pediu a Rosemary que fossemos dormir, amanhã seria Natal e tínhamos que dormir cedo.

– Como é Hogwarts?.- pergunta Rosemary meio sem jeito e eu sorrio.

– É incrível, muito linda mas, claro tem seus defeitos.

– Tem amigos lá?.

– Tenho muitos.- me lembrei de Silene, e pensar que eu nunca a visitei enquanto ela estava na Ala Hopitalar.

– Eu espero que ainda possa receber minha carta, eu ficaria feliz se eu recebesse.- ela disse sorridente.

Eu troquei de roupa enquanto Rosemary falava o porque ninguém chama ela de Rose, ela não gosta desse apelido, ela diz que fica um pouco vulgar, ela gosta mesmo e de que nós a chamemos ela por Rosemary. Depois de nos trocarmos fomos dormir, eu dormi no chão, quer dizer em um colchão que Dominique havia deixado pra mim,eu não conseguia dormir sem pensar que eu não estava em casa, que eu estavam em outro lugar.

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Me levantei e fui andando pela casa em direção a cozinha, estava com sede, foi quando eu vi um enorme vulto preto na janela da sala, eu sai correndo em direção á ela, para vê o que era, o vulto era enorme, ele estava começando a clarear sobre a noite escuro de Londres, era branco e muito grande, eu sabia o que era, e uma das poucas palavras que pude dizer antes de sair correndo foi:

– Lupin.

Eu tranquei a porta do quarto de Rosemary e me encolhi no colchão, peguei o cobertor que Rosemary havia me emprestado e me enrolei nele, tentando esquecer aquilo ,sempre que Lupin se transformava eu ficava nervosa e com medo por ele.

Só de pensar que talvez ele estivesse me procurando já faz eu ficar mal.